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Sociologia 2ª ano do Ensino Médio

1.1. ANTROPOLOGI A
A antropologia é uma ciência social que surgiu no século XVIII. Porém, oi somente no século XIX
que se organizou como disciplina científica. A palavra tem o seguinte significado, cuja
origem etimológica deriva do grego anthropos/antropo (homem, pessoa) e logos/logia (razão,
pensamento ou estudo). Esta ciência estuda, principalmente, os costumes, as crenças, os hábitos e
aspectos físicos dos diferentes povos e a evolução da espécie humana. A antropologia é o estudo
do homem como ser biológico, social e cultural. Sendo cada uma destas dimensões por si só
muito ampla, o conhecimento antropológico, geralmente a antropologia é organizada em
áreas especializadas com o objetivo de estudar detalhadamente os aspectos culturais do ser
humano, por isso, ela divide-se em: Antropologia física ou biológica – estuda o s aspectos
genéticos e biológicos do homem; Antropologia social – estuda as
organizações sociais e políticas, instituições sociais, parentescos e etc. Antropologia cultural –
estuda os sistemas simbólicos, religiões, comportamentos e et c. A antropologia utiliza
como fontes de pesquisas: livros, imagens, objetos, depoimentos e as observações,
através da vivência entre os povo sou comunidades estudadas, são comuns e fornecem muita s
informações úteis ao antropólogo. Qualquer que seja a definição
é possível entender a antropologia como uma forma de conhecimento sobre
a diversidade cultural, isto é, a busca de respostas para entendermos o que somos a partir
do espelho fornecido pelo “outro” – aquilo que representa o diferente, o estranho, no que
nos deixa perplexo. Assim ficamos vulneráveis se mo saber da certeza,
expelimos nossa ignorância quando julgamos e avaliamos o que não conhecemos, caindo nos
erros da generalização e do preconceito.

1ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:


a) – O que significa a palavra antropologia?
b) – O que a antropologia estuda?
c) – O que é antropologia?
d) – Qual o objetivo do conhecimento antropológico?
e) – Cite e explique as divisões da antropologia.
f) – O que a antropologia utiliza com o fontes de pesquisa?
g) – Segundo a perspectiva antropológica, como a compreensão do “outro” pode contribuir para
nossa vida em sociedade?
1.2. CULTURA: SIGNIFICADO E CONCEITO
A palavra cultura vem do latim, significa colere, que definia inicialmente o cultivo das planta
s, cuidado com os animais e a t erra (por isso, agricultura). Define ainda o cuida do com as
crianças e sua educação, cuidado com os deuses (por isso, culto). Neste sentido o termo
cultura seria colere = cultivar ou instruir
Com a antropologia, o termo cult ura passou a ter outro sentido, definido pelo pesquisador
inglês Edward Taylor que diz: “a cultura é todo complexo que inclui conhecimentos, crenças,
arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade o hábito adquirido pelo homem com
o membro de um a sociedade”.
1.3. NATUREZA, TRABALHO e CULTURA.
Tudo começa com a natureza (tudo aquilo não criado pelo homem como água, vento, terra,
etc) e, depois o ser humano, agindo sobre ela com
seu trabalho (toda atividade física e mental que o homem realiza criando ou inventando bens
e serviços) passa criar instrumento s e relações sociais com os outros. Desde
os primórdios sempre procuramos viver melhor, facilitar nosso modo de vida,
isso faz parte da nossa natureza humana – isso acontece graças a tudo aquilo que
nos diferencia dos outros animais como: a linguagem comunicativa simbólica, capacidade de
invenção e criação intencional e planejada; tudo isso favorecida pelas nossas
vantagens fisiológicas: como um cérebro desenvolvido, posição ereta e liberação das mãos. Assim, o
homem primitivo criou o arco, a flecha, para facilitar a caça, criou a agricultura para
sempre ter alimentos, criou roupas, para se proteger do frio, construiram
casas para se abrigar das tempestades (foi se criando a cultura material que são objetos e utensílios
Que facilitam a vida das pessoas) et c. O homem primitivo percebeu que junto com outros seres
humanos podia organizar uma vida social (sociedade) onde se protegeria
dos grandes animais ferozes e de seus inimigos rivais, bem como conseguir mais alimentos,
percebeu também que para perpetuar-se em grupos
precisava de regras sociais que conduzissem as novas gerações ( surgiu a cultura imaterial que são
os costumes, as regras, os valores). O mundo que resulta do pensar e do agir humano
não pode ser chamado de natural, pois se,encontra transformado e ampliado por nós.
Portanto, as diferenças entre pessoa e animal não são apenas de grau, porque enquanto o animal
permanece adapta do a natureza, nós somos capazes de transforma-la através do trabalho,
tornando possível a cultura.
Ao mesmo tempo em que transforma a natureza, adaptando-a às necessidades humanas, o
trabalho altera o próprio individuo, desenvolvendo suas faculdades. O trabalho é, portanto,
condição de transcendência e, como tal, expressão da liberdade.

2ª – ATIVIDAD E – Responda em se u caderno:


a) – O que significa a palavra cultura?
b) – O que é cultura para a antropologia?
c) – Conceitue natureza e trabalho.
d) – O que é cultural material e cult ura imaterial.
e) – Explique o que diferencia o homem de outros animais?
2.0. MULTI CULTURALISMO
O Multiculturalismo ( ou pluralismo cultural) é um termo que descreve a existência de muitas
culturas numa localidade, cidade ou país, sem que uma delas predomine, porém separadas
geograficament e e até convivialmente no que se convencio nou chamar de “mo saico cultural”. O
multiculturalismo implica reivindicações e conqu istas das c hamadas minorias (negros, índ ios,
mulheres, homo ssexuais, entre outras). A doutrina multiculturalista dá ên fase à idéia de q ue a s
cultur as minoritárias são discriminad as, sendo vistas como mov imentos particulares, mas ela s
devem merecer reconhecime nto públ ico. Para se con solidarem, essas cult uras singu lares de
vem ser a mparadas e proteg idas pela lei. O multicultura lismo opõe-se a o que ele julga ser um a
forma de etnocentrismo (visão de mundo da sociedade br anca dominante que se toma por mais
import ante que as demais)

2.2. RELATIVISMO CULTURAL e ETNOCENTRISMO


O relativismo cultural é um movimento que considera as culturas de modo geral, diferente uma
das outras em re lação aos postulados básicos, embora tenham características comuns.
Todos os povos formulam juízos em relação aos modos de vida diferentes dos seus. Por isso,
o relativismo cultural não concorda com a idéia de normas e valores absolutos e defende o
pressupo st o de que as avaliações devem ser sempre r elativas à própria cultura onde surgem.
Os padrões ou valores de certo ou errado, dos usos e costumes das sociedades em geral,
estão relacionados com a cultura da qual fazem parte. Dessa maneira, um costume pode ser
válido em relaç ão a um ambiente cultural e não a outro. O fato de que o homem vê o
mundo atr avés de sua cul tura tem como consequê ncia a propensão em co nsiderar o seu
modo de vida como o ma is correto e natural. Tal tendência, denominada etnocentrismo,
é responsável em seus ca so s extre mos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais.
Estas tendências co ntem o germe do racismo, da intolerância, efrequentemente, são
utilizados para justificar a violência c ontra outros. Entretanto o etnocentri smo apresenta um
aspe cto positivo, ao ser agen te de valorização do próprio grupo. Cada povo tem uma cultura
própria, cada sociedade elabora sua própria cultura e recebe influencia de outras culturas;
dessa forma, todas as sociedades, desde as simples até as mais complexas , possuem
cultura. Não há sociedade sem cultura, assim como não existe ser humano destituído de
cultura.

2.3. TRAÇO CULTURAL e COMPLEXO CULTURAL


Cultura, portanto, é um conjunto de elementos ligados estreitamente uns aos outro,
decompostos em parte. As mais simples são os traços culturais, as unidades de um a cultura:
uma idéia, uma crença, um lápis, uma pulseira e etc.; representam traços culturais. Claro que,
os traços culturais, só têm significados quando considerado dentro de uma cultura e specifica, por e
xemplo: um colar pode ser um simples adorno para determinado grupo é para outro ter um
significado mágico ou religioso. A combinação dos traços culturais forma um complexo cultural,
como exemplo tem o carnaval no Brasil onde se encontra um grupo de traços culturais –
relacionados uns com os outros: carro alegórico, música, dança, instrumentos musicais, fantasias e
etc. o futebol também é um complexo cultural que está decomposto em vários traços
culturais: o campo, a bola, o juiz, os jogadores, a torcida, as regras do jogo e etc.

2.4. PADRÃO CULTURAL e ACULTURAÇ ÃO


Dentro de todas as so ciedades existe um padrão cultural, que é u ma norma estabelecida p
ela sociedade, os indiví duos normalm ente ag em d e acor do co m os padrões est
abelecidos p ela sociedade em que vivem. No Bra sil, por exemplo, o casamento monogâ
mico é um padrão d e nossa cultur a. Se existem sociedad es dif erentes, é porque e xistem
cultura s diferentes, e n a maioria das vezes contatos entr e essas culturas. Exemplo dis so é
a for mação sócio-cultural brasileira. Durante a co lonização no Brasil, ocorr eram intensos contato
s entre cultura do colon izador português e as culturas dos povos in dígenas e dos africanos tr
azidos como escra vos. Como consequênc ia s desse cont ato ocorrera m modificações q ue deram
origem a cultu ra brasileira; esse contato e mudanças culturai s são conhecidos co mo aculturação.

2.5. CONTRACULTURA e MARGINALIDADE CULTURAL


Nas sociedade s conte mporâneas encontramos p essoas qu e contestam certos val ores
vigentes, opondo-se radicalmente a e les. C omo exemplo s têm o tra balho, o pa triotismo, a
acumula ção de riqueza e a ascensão s ocial; sã o valore s cultura is important es na nossa
sociedade, i nfligir esse s valores culturais significa o processo d e con tracultura. Exemplo: o
movimento h iper da década de 60, ele s e pôs radicalmente a esses valores. O contato entre cultur
a pode provo car alé m da acult uração, u ma sér ie de conf lit os me ntais entre os indivíduos
perte ncentes a essas culturas. Esses conflitos tê m origem na insegurança que as pesso as
sentem diante de uma cultura d ifer ente da sua: aqu eles que não consegu em se integr ar
completament e em ne nhuma das c ulturas que os rode iam ficam a margem d a sociedade.
A esse fenômen o dar-se o nome de marg inalidade cultural. Como exemplo temos, no
interior de São Paul o caingangue descara cterizados culturalm ente, eles não conhecem mais nada
do seu pa ssado, n ão se lembram de sua língua, de seus c antos, de sua dança e de s uas
antigas pratica s de trab alho. Também não estão incorporado s à cult ura qu e o s cerca. Eles
são mansos e tri stes.

2.6. RAÇAS x ETNIAS


“Raças sã o populaçõ es mais ou menos isoladas, que diferem das outras populaçõ es da
mesma espé cie pela frequên cia de característica s hereditárias”. Não existe raça humana
pura, pois o i so lamento entr e o s gr upos h umanos sempr e foi rela tivo, nunca ab soluto,
graças às migrações de ár eas para outra e nesse s contatos sempre ocor riam a miscigenação. O
conceito raça é biológico e não deve ser confundido com noções culturais, sociais ou
psicológica s. No ser humano, ao contrário de q ue ocorre nos outros anima is, os
elementos biológico s, embora exerçam in fluência, não determinam a vida do in divíduo. A perso
nalidade hu ma na não é deter minada apenas por fa tores hereditários: vai se r constituído
ao longo da vida e r ecebe influên cia do m eio social, da educação e das experiência s p
oder apre sentar i mportantes mu danças com o tem po. “A pesar dessa complexidade p
odemos cl assificar, para níveis d e e studo didáti cos, trê s “tronco s raciai s” ou raças maiore
s”: mongolóid es (amarela), cau ca sóides ( branca) e negróide (negra). Tendo em vista todas a s
dif iculdades que existem para ap licar o termo ra ça à e spécie h umana, vários cientistas r
esolveram substituí-lo por etnia, q ue se refere a vários grupos diferentes, mas que possuem
traços com uns (fí si cos ou cult urais) e um sentim ento de id entificação de pertencer a um
me smo gr upo. Tornemos como exem plo a população brasileira, que é f ormado por v árias
etnias: o s negro s, os indígenas, os descendentes de portuguese s, de italianos, de japoneses
e outros. O ter mo ra ça não é adequado, pois t anto u ma raça pode estar presente em
vários de sses grupos como em alguns casos um grupo p ode abranger vária s raças.
2.7. DINÂMICA CULTURAL / MUDANÇA CULTURAL
A cultura mater ial e imaterial dos seres h umanos se inova ou e volui ao longo do s
tempos, isso acontece devido acumulação e a transmissão de co nhecimentos, é o q ue d
enominamos genericamente de educação . A educação é feita no interior da fa mília, no conví
vi o soci al. Nós dependemos dos ou tros p ara que eles nos e nsinem cois as que ajude m a
vi ver melhor. Assim, dependemos da cultura acumula da pelas ger ações pa ssadas para v
iver no prese nte e ter esperança de viver melhor ainda no futur o.
O proces so de aquisi ção cultural é acumulati vo e seletivo e ocorre a través da comun
icação. Mais explicitame nte, a linguage m humana é um pro duto da cultura, graças à
linguagem e à comunicaç ão ora que o homem prese rva e desenvolve r sua cultura. A cultura
não é estátic a, ela é dinâmica e, esta sujeita a tran sformações; as culturas mudam continua
me nte, assimilam novos traços ou ab andonam os antigos, at ravés de diferentes formas: cres
cimento, transmi ssão, difusão, esta gnação, declínio, fusão; são a spectos aos quais as culturas
estão sujeitas. A mud ança cultur al, enqua nto proce sso consciente ou inconsciente, p elas
quais as coisa s se realizam se comporta ou se organizam.
Pode o correr com maior ou menor facilidade, dependendo do grau de re sistência ou ace itação.
O aumento ou dimi nuição das populações, as migrações os contatos com povos de culturas
diferentes, as ino va ções científica s e tecnológ ic as, as catást rofes (perdas de safras,
epidemia s, guerra s), as depressões econômica s, as descober tas (aqui sição de um elemento
no vo, cois a já ex istente: lâmpada, máquinas, et c.), a m udança de govern o.
As mudanças t ambém ocorrem de forma im aterial, como um n ovo costume, uma nova org
anização. As altera çõ es podem surgir em co nsequências de fatores intern os (e ndógenos)
ou externos (exógenos): novos ele mentos são agr egados ou os velhos aperf eiçoados por m
eio de invenções; no vos ele mentos são tomad os de empré stimos d e outra s so ciedades;
elementos culturais, inadequados ao meio am biente, são a bandonados ou substituído s; alguns e
lementos, por falta de trans missão de geração, se perdem. __________ __________________
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3ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:


a) – O que é multiculturalismo?
b) – O que é relativismo cultural?
c) – O que se entende por etnocentrismo?
d) – Explique relacionando traço cultural e complexo cultural
e) – O que é padrão cultural?
f) – O que se en tende por aculturação?
g) – Diferencie contra cultura de marginalidade cultural.
h) – Diferencie os conceitos de raça e etnia.
i) – Como ocorre o processo de aquisição cultural?
j) – Explique por que a cultura é dinâmica e como ocorre a transformação cultural? __________
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3.1. FORMAÇÃO DA CULTURA BRASILEIRA


A cultura brasileira reflete os vários povos que constituem a demografia desse país sul-americano:
indígenas, europeus, africanos, asiáticos, árabes, etc. como resultado da intensa miscigenaçã o
e convivência dos povos que participaram da formação do Brasil surgiu um a realidade cultural
peculiar, que inclui aspectos das vária s culturas. O substrato básico da cultura brasileira formou-
se durante os séculos de colonização, quando ocorre a fusão primordial entre as culturas fundam
entais da formação cultural brasileira como a dos indígenas,
dos europeus, especialmente portugueses, e dos escravos trazidos da África subsahariana.
A partir do século XIX, a imigração de europeus não-portugueses e povos de outras cu lturas, com
o árabes e asiáticos, adicionou novos traços ao panorama cultural brasileiro. Também foi
grande a influência dos grandes centros culturais do planeta, como a França, a Inglaterra e,
mais recentemente, dos Estados Unidos, países que exportam habitantes e produtos culturais para o
resto do globo.
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4ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:


a) – Explique co mo ocorreu a formaç ão da cultura brasileira?
b) – Cite alg uns povos que con tribuíram na formação c ultural brasileira.
c) – Em que perí odo da história d o Brasil se iniciou o s ubstrato básico de nossa cultura?
d) – Quais s ão as culturas fundame nta is que influenci aram e alicerçam bas icamente a cultura
brasileira?
e) – O que a conteceu a partir do sé culo XIX na formaç ão cultural brasileira?
f) – Que paíse s mais influenciam atua lmente na cultura bra sileira? __________ __________________
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3.2. OS PORTUGUESES
Dentre os diversos povos que formaram o Brasil, foram os europeus aqueles que exerceram maior
influência na formação da cultura brasileira, principalmente os de origem portuguesa. Durante século
XV o território foi colonizado por Portugal, o que implicou a transplantação tanto de pessoas quanto
da cultura da metrópole para as terras sul-american as. O número de colonos portugueses
aumentou muito no século XVIII, na época do ciclo do ouro. Em 1808, a própria corte de D. João
VI mudou- se para o Brasil, um evento com grandes implicações políticas, econ ômicas e culturais.
A mais ev ident e herança portugues a para a cultura brasileira é a língua portuguesa, atualmente
falado por virtualmente todos os habitantes do País. A religião católica, credo da ma ioria da
população, é também decorrência da colonização. O catolicismo, profun damente arr aigando em
Portuga l, legou ao Bras il as tradições do ca lendário religioso, com suas festa s e procissões.
As duas festas mais importantes do Brasil, o carnaval e as festas juninas, foram introduzidos pelos
portugueses. Além destas, vários folguedos regionalistas como as cavalhadas, o bumba-meuboi,
o fandango e a farra do boi denotam grande influência portuguesa.
No folclore brasileiro, são de origem portuguesa a crença em seres fantásticos como a cuca,
o bicho-papão e o lobisomem, além de muita s lendas e jogos inf antis como as cantigas d e roda.
Na culiná ria, muitos dos pratos típicos brasileiros são o resultado da adaptação de pratos
portugueses às condições da colônia.
Um exemplo é a feijoada brasileira, resultado da adaptação dos cozidos portugueses.
Também a cachaça foi criada nos engenhos como substituto para a bagaceira portuguesa,
aguardente e derivada do bagaço da uva.
A lguns pratos portugueses também se incorporaram aos hábitos brasileiros, como as bacalhoadas
e outros pratos baseados no bacalhau.
Os portugueses introduziram muitas espécies novas de plantas na colônia, atualmente muito
identificadas com o Brasil, como a jaca e a manga. De maneira geral, a cultura portuguesa foi
responsável pela introdução no Brasil colônia dos grandes movimentos artísticos europeus:
renascimento, maneirismo, barroco, rococó e
neoclassicismo. Assim, a literatura, pintura, escultura, música, arquitetura e artes decorativas
no Brasil colônia denotam forte influência da arte portuguesa, por exemplo nos escritos dos
jesuítas luso-brasileiro padre Antônio Vieira ou na decoração exuberante de tália dourada e pinturas
de muitas igrejas coloniais. Essa influência seguiu após a independência, tanto, na arte popular com o
naarte erudita. __________ __________________ _______________ _________________ ________________
5ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
a) – Que paí s europeu mais influenciou na formação cultural brasileira?
b) – Cite e exp lique as principais influências portuguesas na form ação cultural brasileira na religião,
no folclore, lendas, jogos, infantis e culinária.
c) – Explique como ocorreu a coloniza ção do território brasileiro por Portugal?
d) – Qual a mais evidente herança p ortuguesa para a cultura brasileira?
e) – Qual origem da cachaça na cultur a brasileira?
f) – Cite e explique a influência literária e artística na formação cultural do Brasil? __________
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3.3. OS INDIGENAS
A colonização do território brasileiro pelos europeus representou em grande parte a destruição
física dos indígenas através de guerras e escravidão, tendo sobrevivido apenas uma pequena parte
das nações indígenas originais.
A cultura indígena foi também parcialmente eliminada pela ação da catequese e
intensa miscigenação com outras etnias.
Atualmente, apenas algumas poucas nações indígenas ainda existem e
conseguem manter parte da sua cultura original.
A cultura e os conhecimentos dos indígenas sobre a terra foram determinantes durante a
colonização, influenciando a língua, a culinária, o folclore e o uso de objetos caseiros diversos
como a rede de descanso.
Um dos aspectos mais notáveis da influencia indígena foi a chamada língua geral (língua
geral paulista, Nheengatu), uma língua derivada do Tupi-Guarani com termos da língua
portuguesa que serviu de língua franca no interior do Brasil até meados do século XVIII, princi
palmente nas regiões de influência paulista e na região amazônica.
O português brasileiro guarda, de fato, inúmeros termos de origem indígena, especialmente
derivados do Tupi-Guarani.
De maneira geral, nomes de origem indígena são frequentes na designação de animais e plantas
nativos (jaguar, capivara, ipê, jacarandá, etc.), além de serem muito frequentes na toponímia por todo
o território.
A influência indígena é também forte no folclore do interior brasileiro, povoado de seres
fantásticos como o curupira, o saci-pererê, boitatá e a iara.
Na culinária brasileira, a mandioca, a erva-mate, o açaí, a jabuticaba, inúmeros pescados
e outros frutos da terra, além de pratos como os pirões, entraram na alimentação brasileira
por influência indígena.
Essa influencia se faz mais forte em certas regiões do país, em que esses grupos conseguiram se
manter mais distantes da ação colonizadora, principalmente em porções da região norte do Brasil.
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6ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:


a) – Explique a s consequências da colonização europeia so bre os povos indígenas.
b) – Explique a influência da língua indígena na forma ção cultural do Brasi l.
c) – Explique a influencia indíge na no folclore brasile iro.
d) – Cite a infl uencia da culinária indígena na cultura b rasileira.
e) – Em que reg iões do Brasil se têm a maior influência c ultural do povo indígena? __________
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3.4. OS AFRICANOS
A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da África durante o
longo período em que durou o tráfico negreiro transatlântico. A diversidade cultural da África
refletiu-se na diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas
diferentes e trouxeram tradições distintas. Os africanos trazidos ao Brasil incluíram bantos,
nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem às religiões afro-bras ileiras, e os hauçás e
malês, de religião islâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a cultura
africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores.
Na colônia, os escravos aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses e
obriga dos a se converter ao catolicismo.
Os africanos contribuír am par a a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança,
música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; em
certos Estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo
e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos
escravos. Os bantos, nagôs jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, religião afro-
brasileira baseada no culto a os orixás praticada atualmente em todo o território.
Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião sincrética que mistura elementos
africanos com o catolicismo e o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.
A influência da cultura africana é também evidente na culinária regional,
especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro,
uma palmeira africana da qual se extraio azeite de dendê. Este azeite é utilizado em vários
produtos de influências africanas como o vatapá, o caruru e o acarajé. Na música a cultura africana
contribui com os ritmos que são a base de boa parte da musica popular brasileira.
Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu, termina ram dando origem à base
rítmica do maxixe, samba, choro, bossa- nova e outros gêneros musicais atuais. Também a alguns
instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana.
O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da
capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colonial.

7ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:


a)– Explique co mo a cultura africa na chegou ao Brasil?
b) – Explique co mo a cultura indíg ena e africana foram suprimidas pelos colo nizadores?
c) – Quais o s principais Estado s brasileiros onde se tem a maior influência da c ultura africana?
d) – Explique a influência religiosa da cultura africana na sociedade brasileira.
e) – Explique a influência da cul inár ia africana na cultura brasileira.
f) – Explique a influência da mú sica e de instrumentos musicais africanos na cu ltura brasileira.
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3.5. OS IMIGRANTES
A maior parte da população brasileira no século XIX era composta por negros
e mestiços. Para povoar o território, suprir o fim da mão-de- obra escrava
mas também para “branquear” a população e cultura brasileiras, foi incentivada a imigração da
Europa para o Brasil durante os séculos XIX e XX. Dentre os diversos grupos de imigrantes que
aportaram no Brasil, foram os italianos que chegaram em maior número, quando considerada a
faixa de tempo entre 1870 e 1950. Eles se espalharam desde o Sul de Minas Gerais até o Rio
Grande do Sul, sendo a maior parte na região de São Paulo. A estes se seguiram os portugueses,
com quase o mesmo número que os italianos. Destacaram- se também os alemães, que
chegaram mum fluxo continuo desde 1824.
Esses se fixaram primariamente na região sul do Brasil, onde diversas regiões herd aram
influências germânicas desses colonos.
Os imigrantes que se fixaram na zo na rural do Brasil meridional, vivendo em pequenas
propriedades familiares (sobretudo alemãs e italianos), conseguiram manter suas costumes do
país de origem, criando no Brasil uma cópia das terras que deixaram na Europa.
Alguns povoados fundados por colonos europeus mantiveram a língua dos seus
antepassados durante muito tempo. Em contrapartida, os imigrantes que se fixaram nas
grandes fazendas e nos centros urbanos do Sudeste (portugueses, italianos, espanhóis e árabes),
rapidamente se integraram na sociedade brasileira, perdendo muitos aspectos da herança
cultural do país de origem.
A contribuição asiática veio com a imigração japones a, porém de forma mai s limitada.
De maneira geral, as vagas de i migração e uropeia e de outras regiões do mun do influen
ciaram todos os aspectos da cultura brasileira. Na
culinária, por exemplo, foi notável a influência italiana, que transformou os pratos de massa e a
pizza em comida popular em quase todo o Brasil.
Também houve influência na língua portuguesa em certas regiões, especialmente no
Sul do Território. Nas artes eruditas a influência europeia imigrante foi fundamental, através da
chegada de imigrantes capacitados em seus países de origem na pintura, arquitetura e outras
artes.

8ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:


a) – Explique como ocorreu o processo de migração europeia para o território brasileiro?
b) – Quais foram os principais grupos de imigrantes europeus e onde basicamente eles se
instalaram colônias no território brasileiro?
c) – O que aconteceu com os imigrantes que se fixaram na zona rural do Brasil meridional?
d) – O que a conteceu com os imigrantes que se fixaram nas grandes fazendas e nos centros urbanos
do Sudeste brasileiro?
e) – Cite e explique a influencias das culturas dos povos imigrante s na cultura brasileira como na
culinária e artes.

4.1. CULTURA ERUDITA e CULTURA POPULAR


Ao analisar o “Renascimento”, movimento cultural surgido no norte da Itália, nos séculos XIV e XV,
percebemos que ele estava ligado a uma determinada parcela da população da Europa: aburguesia.
A burguesia era formada por comerciantes que tinham como objetivo principal o lucro, através
do comércio de especiarias vindas do oriente. Esse segmento da sociedade conquistou não
apenas novos espaços sociais e econômicos, mas também procurou resgatar ou fazer renascer
antigos conhecimentos da cultura greco-romana.
Daí o nome Renascimento. A burguesia não só assimilou e sses conhecimento s como, ainda,
acrescen tou outro, ampliando o seu universo cultural. Por exemplo, a o tentar reviver
o teatro de Sófocles e Euripedes (que viveram na Grécia antiga), os poetas italianos do século XVI su
bstituíram a simples de claração pela recitação contada dos textos acompanhada por instrumentos
musicais. Dessa forma, acabaram por criar um novo gênero a “ópera”. Desde a su a origem,
a burguesia preocupou-s e com a transmissão desse conhecimento a seus pares.
A partir daí, então, foram surgindo instituições como as universidades, as academias e
as ordens profissionais (advogados, médicos, engenheirose outros). Como passar dos
séculos e com o processo de escolarização, a cultura dessa elite burguesa tomou corpo,
desenvolveu-se com base em técnicas racionalistas e científicas. Surgiu assim a cultura erudita. Essa
cultura“erudita”,ou “superior”, também designada de “elite”, foi se distanciando da cultura, da
maioria da população, pois era feita pela e para a burguesia. Por isso, ao pensarmos em cultura
erudita, imediatamente concluímos que seus produtores fazem, parte de uma elite política,
econômica e cultural que pode ter acesso ao saber associado à escrita, aos livros, ao estudo.
A cultura popular, por sua vez, mais próxima do senso comum e mais identificada com ele, é
produzida e consumida pela própria população, sem necessitar de técnicas racionaliza das e
científicas. É uma cultura em geral transmitida oralmente, registrando as tradições e os costumes de
um determinado grupo social. Da mesma forma que a cultura erudita, a cultura popular alcança
formas artísticas expressivas e significativas.
Vale ressaltar que, ao afirmar que os produtores da cultura erudita fazem parte de uma elite
não significa dizer que essa cultura seja homogênea, é impossível definir cultura erudita,
porque não podem ser homogeneizados os elementos culturais produzidos por intelectuais,
fazendeiros, empresários, burocratas, etc. porém, é igualmente impossível definir cultura
popular, dada as populações culturais diferenciadas de camponeses, operários, classe média baixa,
etc. De qualquer forma, não podemos perder de
vista que o espaço reservado na sociedade para cada uma das duas culturas
é bastante diferenciado, este é um dos aspectos que diferencia
essas duas culturas: enquanto a cultura erudita é transmitida pela escola e confirmada pelas
instituições (governo, religião, economia), a cultura popular não é oficial, é a do povo
comum, ela expressa sua forma simples de conceber a realidade. Não de
vemos esquecer que a cultura é dinâmica, por isso, tanto a cultura popular quanto a
cultura erudita estão sempre, com maior ou menor intensidade, incorporando e reconstruindo novos
elementos culturais sem perder a sua essência expressiva.

9ª – ATIVIDAD E. Responda em seu caderno:


a) – Explique a relação entre Renascimento e burguesia.
b) – Explique por que a origem da cultura erudita está relacionada à burguesia?
c) – O que é cultura erudita?
d) – O que é cultura popular?
e) – Qual o principal aspecto que diferencia a cultura popular da erudita? __________ __________________
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4.2. CULTURA DE MASSA e INDÚSTRIA CULTURAL


A partir do final do século XX, a industrialização em larga escala atingiu, também, os
elementos da cultura erudita (pertence a uma elite que pode ter acesso
ao saber associado à escrita, aos livros, ao estudo) e da cultura popular (aquela de senso comum
produzida e consumida pela própria população, sem necessitadade de técnicas racionalizadas e
científicas, transmitida oralmente, registrando as tradições e os costumes
de um determinado grupo social), dando inicio à “indústria cultural”. O incessante
desenvolvimento da tecnologia, tornando a cada vez mais sofisticada,
principalmente nos meios de comunicação (fotografia, disco, cinema, rádio, televisão, etc.), passou a
atingir um grande número de pessoas, dando origem à “cultura de massa”.
Ao contrário das culturas erudita e popular, a cultura de massa não está ligada a nenhum
grupo social especifico, pois é transmitida de maneira industrializada, para um público generalizado, de
diferentes camadas socioeconômicas. O que temos, então, é a formação de um enorme mercado
de consumidores em potencial, atraídos pelos produtos oferecidos pela indústria cultural. Esse
mercado constitui , no que chamamos de “sociedade de consumo”. Com a industrialização dos
elementos da cultura erudita e da popular, o produto cultural irá se apresentar de uma forma
esteticamente nova e diferente. Podemos tomar com o exemplo a gravação de uma sinfonia de
Beethoven executada com o auxilio de sintetizadores e outros aparelhos de alta tecnologia, cujo
ritmo e som diferentes, qua se original uma nova obra.
A indústria cultural, utilizando-se do s meios de comunicação, primeiramente lança seu produto em
grande quantidade (milhares, milhões de discos, por exemplo) e depois induz as pessoas a consumirem
esse produto, apelando para outras razões além de seu valor artístico. A cultura de massa, ao divulgar
através dos MDCM produtos culturais de diferentes origens (erudita ou popular), possibilita o seu
conhecimento por diferentes camadas sociais, criando também um campo estético próprio e atraente
voltado para o consumo generalizado da sociedade. __________ __________________ _______________
_________________ ________________

10ª – ATIVIDADE. Responda em se u caderno:

a) – O que é indústria cultural?

b) – O que é cultura de massa?

c) – Por que a cultura de massa não está ligada a cultura erudita e nem à cultura popular?

d) – Explique como os MDCM contribuem para a indústria cultural e a cultura de massa?

e) – O que significa a sigla MDCM? Cite exemplos. __________ __________________ _______________


_________________ ________________

4.3. M.D.C.M. – INSTRUMENTOS DE PODER

Vivemos nessa era interligada em que pessoas de todo o planeta participam de uma única
ordem informacional uma situação que é, em grande parte, resultado do alcance internacional
das comunicações modernas. As transformações na mídia ou nas comunicações de massa
contribuem radicalmente na alteração da vida das pessoas e suas relações no meio sócio-cultural.
Quando se fala em mídia de massa ou comunicação de massa está se referindo a uma ampla
variedade de formas de meios de comunicação que abrange um volume de audiência enorme
e que envolve milhões de pessoas em toda uma sociedade moderna e globalizad a como a nossa. São
m.d c.m.: a televisão, os ornais, o cinema, as revistas, o rádio, a publicidade, vídeos game s, CDs, internet,
celulares e etc. A mídia de massa não pode mais ser v ista como um simples meio de
entretenimento, como se fosse algo que não interferisse na vida das pessoas; as comunicações
de massa são instrumentos de informação que influência em nossa forma de pensar e agir, atingindo o
comportamento individual, social, cultural e institucional; como o caso a alteração de valores
sociais dos jovens, as banalidades de questões sociais (pobreza, desemprego, violência, corrupção) e
a o pinião pública (posicionamento reflexivo e prático das pessoas em determinada s situações
especificas sobre questões socioeconômicas, política-jurídico e cultural-ideológ ica). Os
donos dos M.D.C. M. s ão os novos donos de um poder moderno e te cnológico, poi s eles têm
em s uas m ãos in st rumentos que podem influenciar, controlar, manipular ou interferir nas
estrutura s sociais, seja nas instituições sociais, e conômicas ou política s; a mídia de massa tem
dono, são grupos de pessoas que vivem de lucro, logo suas empresas estão a serviço de seus
interesses, que com certeza não é o da sociedade como um todo. Os mdcm são os parceiros
número um do capitalismo. A mídia exerce seu poder de uma forma ideológica, camuflando
suas intenções através de várias apres entações de marketing sistematicamente e intensivam ente até
“inculca” na cabeça das pessoas perspectivas alheias aos seus próprios interesses isso acontece
dentro de comerciais, novelas, filmes, desenhos, programas, séries, telejornais ou jornais escritos,
revistas, rádios e etc. Quase imperceptível, principalmente aos olhos e ouvidos de pessoas
sem instrução intelectual.

11ª – ATIVIDA DE. Responda em se u caderno:

a) – O que é v iver em uma era de o rdem informacional?

b) – O que se e ntende por mídia de m assa ou comunicação de massa?

c) – Explique po r que as mídias de mas sa ou os meios de comunicação não po dem ser mais vistos como
um simples meio de entreten imento?

d) – Quem são os novos donos do poder nesta sociedade da informação?

e) – Explique co mo funciona o poder da mídia de massa sobre a sociedade? __________ __________________


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4.4. M.D.C.M: “APOCALÍPTICOS” x “INTEGRADOS”

Os teóricos se divergem quando se fala da influência dos m. d.c.m na sociedade, e xistem os


apocalípticos, que são autores qu e criticam os meios d e comunicação de massa e, os “integrados” q ue
elogiam os mdcm. Entre os moti vos para criticar os md cm, segundo os “a pocalípticos” estariam: *A
veiculaç ão que eles realizam de u ma cultura homogênea (q ue não considera as diferenças culturais e p
adroniza o público); *O seu desestim ulo à sensibilidade; *O estimulo pu blicitário (criando, junto ao
público, nova ne cessidade de consumo – consumismo); *A sua defin ição como simples lazer
e entretenimento, dese stimulando o público a pensar, tornando-o pa ssivo e conformista. Entre os moti
vos que estariam para elogiar os mdcm, apontados pelos “integra dos”, estariam: *Serem os mdcm a
única fonte informa ção possível a uma parcela da população que sempre esteve d ist ante das
informações; *As informaçõe s veiculadas por eles podem contribuir para a própria formação in telectual
do público; *A padroniza ção de gosto gerad a por eles funciona como um elemento unificador das
sensibilidade s dos diferentes grupos. Os “apocalípti cos” estariam equivocado s por considerarem a cu
ltura de massa rui m simplesmente por seu cará ter industrial, não se pod e ignorar que a soc iedade atual
ind ust rial e que as quest ões estruturais tem que ser p ensadas a partir des sa constatação. Os “integra
dos” estariam errados por es quecerem que normalm ente a cultura de massa é produzida por grupos de
poder econôm ico com fins luc rativos, o que significa a te ntativa de manutenção d os interesses
desses grupos através dos própri os mdcm. Além disso, não é pelo fato de ve ic ular produtos culturai s
que a cultura de mas sa deva ser considera da naturalmente boa, como quere m os “integrados”.
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12ª – ATIVIDADE. Responda em se u caderno:

a) – Explique a d iferença entre os a pocalípticos e os integra dos.

b) – Cite e exp lique os motivos que levam os apocalíptic os a criticarem os mdcm.

c) – Que m otivos levam os integrad os a elogiar os mei os de comunicação d e massa?

d) – Por que o s “apocalípticos” estar iam equivocados em criti car os mdcm?

e) – Por que o s “integrados” estar iam errados em elogiar os mdcm?

4.5. CULTURA, IDEOLOGIA, MDCM e ALIENAÇÃO

Tanto o conceito de cultura co mo o de ideologia te m como questã o explicita ou implícita pensar


a relação “idéias versus contexto”, isto é, como se relaciona o campo das idéias e das
representações que os homens constroem sobre a sociedade (o chamado universo simbólico) e o campo
da produção e reprodução material dessa sociedade. Existeuma distinção e com plexa relação entre a
cultura e ideologia. De maneira geral, a critica que se faz ao conceito de cultura é a
de que ele não trabalha satisfatoriamente com a questão da política, do poder. Com a relação
ao conceito de ideologia, o que se contesta nele é a submissão que estabelece do
simbólico ao econômico, como se o simbólico fosse uma mera reprodução jurídica, moral, ética, estética,
dos preceitos econô micos de uma dada sociedade. A cultura e a ideologia são dois elementos
essenciais que estão relacionados à aspectos políticos e econômicos. Podemos
encontrar em nossa sociedade modos de agir, pensar e sentir influencia
dos por determinações ideológicas, bem como, alterações ideológicas por influencias culturais.
Segundo o pensador marxista, Antônio Gramsci, em seu conceito de hegemonia, expressa a
cultura como um processo social global, no qual os homens deter minam suas vidas (sua forma de
pensar, sentir, agir); e pensava na ideologia como um sistema de va lo res e signifi cados qu e
expressam ou projetariam os interesses de uma classe em particular. Os meios de
comunicação veiculam uma vida ideal – prazer, dinheiro, saúde, felicidade familiar, a ventura,
riqueza, juventude bonita e etc – a um público que, em sua grande maioria, não pode conquista-la.
Por outro lado, as mensagens veiculadas parecem ter efeito de conformar a população a se satisfazer
com imagens. Os m.d.c.m., principalmente a televisão, vendendo imagens, idéias, valores e produtos,
inacessíveis a maioria do povo, atuariam como um instrumento de alienação e conf ormidade das
verdades e men tiras (que ser humano já não sabe dist inguir). Esses instrumentos tentam
manipular e controlar a opinião pública, reforçando a ideologia da classe dominante. Os programas
jornalísticos passam informações fragmentadas sem a possibilidade de relaciona-los como se fossem
coisas independentes: notícias de esporte, de política, economia, natureza, etc. Como
o consumo alienado não é um meio, mas um fim em si torna-se um poço sem fundo, desejo
nunca satisfeito, um sempre querer mais.A ânsia do consumo perde toda relação com as necessidades
reais do homem, o que faz com que as pessoas gastem sempre mais do que têm.
Os m.d. c.m. contribuem para a estimulação artificial do consumo, que é a aquisição de
objetos sem nece ssidades úteis: compra- se livro e você não lê, compra- se roupas que nem veste, etc. O
próprio comércio facilita tudo isso com as prestações, cartões de crédito, liquidações e ofertas
de ocasião, “dia das mães”, “dia dos pais”, “dia das crianças”, etc. O mercado usa a
obsolescência programada para que o consumidor faça o rodízio de substituição de seus produtos, isto
é, os produt os já tem um durabilidade programada e de vem ser substituídos porque já quebrou
ou porque seu de sign é antiquado. A existência de grande parcela da população com baixo poder a
quisitivo, reduzida apenas a o desejo de consumir, é conformada por um me canismo da própria
sociedade que impedem a tomada de consciência: as pessoas têm a ilusão de que vivem numa
sociedade de mobilidade social e que, pelo em penho no trabalho, pelo estudo, há possibilidade
de mudança, ou seja, “um dia eu chego lá...”, e se nã o chegam, “é por que não tiveram sorte ou
competência”.
Por outro lado, uma série de e scapismos na literatur a e nas telen ovelas fazem com que as
pessoas realizem suas fantasias de forma imaginária, isto sem falar na esperança sem anal da
Loto, Se na, jogo do bicho, rifas, bingos e demais loterias. Além disso, há sempre o recurso a o
ersatz, ou seja, a imitação barata da roupa, da jóia, etc. __________ __________________ _______________
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13ª – ATIVIDA DE. Responda em se u caderno:

a) – Tanto o conceito de cultura quan to o de ideologia tem uma questão explicita ou imp lícita. Explique
esta qu estão.

b) – De ma neir a geral, qual a crítica que se faz ao conceito de cultura?

c) – O que se co ntesta ao conceito de i deologia?

d) – Explique a re lação entre cultura, ideologia, política e econ omia.

e) – O que é co nsumo alienado? __________ __________________ _______________ _________________


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5.1. GÊNERO x SEXUALIDADE

O termo gênero tem sido desde a d écada de 1970, o termo u sado para teorizar a qu estão da
diferença sexual. Foi ini cialmente utili zad o pelas feministas ameri canas que quer iam insist ir n o
caráter f undamentalmente social das di stinções baseada s no sexo. A p alavra indica uma rejeição
ao d eterminismo biológico im plícito no uso de termo s como sexo ou diferen ça sexual. A expressão se
xo o u diferença sexual enfati za as características fís icas, biológicas, anatômicas e fisio lógicas dos
sere s hu manos que o s definem como macho/fê mea. Sendo o sexo uma construçã o natural,
com a qual se nasce. Baseado nessas característ icas criou-se culturalmente o precon ceito da
superior idade m asculina sobre a feminina , d ese nvolvendo papéis socia is específicos que moldam
a sociedade. A e xpressão gê nero repr ese nta as r elações soc iais entre seres d e se xo d iferentes
sem enfatizar um precon ceito desigual relacionado com a diferenç a de a natomia ou fisiológica
que caracterizam homens e mulhere s. Dentro d esse novo conceito bus ca r omper-se c om a
ideologia de papéis p ré-definidos e nraizados na cultura estrutural da moderna soc iedade
humana.

5.2. HISTÓRI A DAS REL AÇÕES DE GÊNERO

Na Pré-História, a m ulher t inha um en orme p eso nas so ciedades de tod o o mundo. Não
eram sociedade s matriarcais, e sim matric êntricas, pois a mulher não dominava, ma s as socieda
des eram centr adas nela por causa da f ertilidade. As sim, pela sua inexpli cável habilidade d e
procriar, as m ulheres eram elevada s à categoria de divin dades. Na antiguidad e, o ho mem era
absoluto e a mulher equiparada a um e scravo, pois ela nã o considerada u ma cidadã, e las não
tinham ace sso ao saber, vi stas apenas como receptoras d a semente m asculina. Na I dade
Média, a I greja Católica m edieval c onsiderava a mulher como causa e ob jeto do pecado, p ois
tinha como referência a ideia do peca do original, c ometido por Eva . Assim, sendo, era con siderada a
p orta de en trada para o d emônio. Só não er am consideradas assim quand o eram virgen s,
mães, esposas, ou quando v iviam no co nve nto. A partir do século XVIII, qu e começou as
verdadeiras mudanças, principalmente na ma neira de pensar sobre o papel da mulher, graças ao
Ilumin ismo e à Re volução F rancesa, criou-se um contexto fért il para o surgi mento de novas
ideologias. Da tam dessa é poca as primeira s o bras de carácter femin is ta, escrita s p or mulhere
s como as in glesas Mary W ortley Montagu (1 689-1762) e Mar y W ollstonecraft (1792), " A
Vindication of the Rig hts o f a W oman", que propu nha a igualdade de o portunidades na educ ação, no
trabalho e na po lítica. A partir do século XIX, no contexto d a Revo lu ção Industr ial, o n úmero de
mulhere s empregadas aum entou s ignificativamente. Foi a partir desse moment o, também, que as
ideologias socialistas se con so lidaram, d e modo que o feminismo se for tificou como um al iado do
movimento operário. Nesse conte xto realizou-se a pr imeira convenção dos d ireitos da mulher em
Seneca Fa lls, Nova York em 1848. Também em N ova York , em 1857, a conteceu o movimento
grevista f eminino q ue, reprimid o pela p olícia, re sultou num incêndio que ocasiono u a morte de 12 9
operárias, justamen te no dia 8 de M arço (Dia Internacional da Mulher). Atualmente, esta l uta soci al se
expr essa por múltiplas ações comun s e em gran de parte de formas de or ganização e movimentos.
A luta f eminista (“sist ema dos que p reconizam a igualdade dos dire itos do homem e da mulher”);
cujo objetivo dest a luta diversificada das mulheres é a sua aspiração à emancipaçã o e à mudança
para um respeito social mais dignificante. Ainda a ssim, n ão desapa receram de súbito o s preconceitos
sobre a mulher, po is esses preconceito s têm n a maio r parte uma ra iz h istórica que nã o reside na
essên cia do sistema socioeconômico.
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14ª – ATIVIDA DE. Responda em se u caderno:
a) – Qual a orig em do termo gênero?
b) – O que signif ica a expressão sexo o u diferença sexual?
c) – O que sign ifica a expressão gêne ro?
d) – Explique a importância da mul her na sociedade pré -histórica?
e) – Como a igreja medieval considera va a mulher?
f) – A partir de q ue momento e situa çõ es históricas o pa pel da mulher começou a se evidenciar
na história das sociedades?
g) – Em que momento e em qu e ideologia o feminismo começo u a se fortalecer?
h) – Por que se comemora o dia 8 de março como o di a in ternacional da mulher?
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5.3. RELAÇÕES DE GÊNERO E PATRIARCALISMO


Desde o iníc io a história social, a civilização ocidental, foi moldada dentro de uma estrutura
social patri arcalista, onde o poder decisivo da família, da faze nda, do comércio, do gover no,
estava nas mão s do pai, do senhor, do chefe, do rei. Ma s com o desenvolvimento
socioeconôm ico das sociedades modern as, essa estrutura s ocial patriarcalista pa ssa a sofrer
modificaçõ es dominação ma chista patriarcal – po rque o homem não consegue encontrar a com panheira
que
complemente, mas somente subaltern a: companheirismo só p ode ocorrer numa r elação onde
os diferentes se r econhecem como diferentes, mas não e stabelecem hierarquias, isto é,
companheiri smo sé é possível numa re lação de igualdade entr e os diferentes.
O patriarca lismo interiorizado impede t ambém muitos varões d e usufruírem dos muitos
aspectos hu manizantes da vida como a emotividade, a sensibilidade, a e xpr essão da
afetividade, a intuição e o perdão. Se ndo também um d os principais impedi mentos repressores
das diversa s manifestações d os comportamentos d e sexualidades.
A conquista so cial da mulher é limitad a a determinado s países e classe soc iais. No Brasil, o
maior preconce ito vivenciado, pelas mulheres está no mercado de trabalh o. A remuneração,
não acompanho u o crescimento profi ssional feminino, mesmo co nseguindo uma es colaridade
superior à dos h omens, as mulheres ain da ganham bem meno s.
A nova mulh er busca a conquista no ramo do trabalho, passando dessa fo rma a exigir mais nas
qualidades de um homem, pois hoje não são submissas, nem in feriores a eles. E las
conquistaram a l icença a maternida de, leis sérias contra o as sédio sexual. Ressalt ando com
destaque a Le i número 11.340 de 0 7 de agosto de 200 6, conhecida como lei Maria da Penha,
que sign ifi cou o aumento n o rigor das puniçõe s das agressões contra a mulher quando
ocorridas n o âmbito doméstico ou fa miliar.
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15ª – ATIVIDA DE. Responda em se u caderno:
a) – O que é u ma sociedade patriarcalis ta?
b) – A partir de que momento a mulher pa ssa a ser concorre nte do homem na socie dade
contemporâne a?
c) – Explique po r que a luta fem inista não é contra os homen s?
d) – Por que a lguns homens apoiam a luta feminista?
e) – Como está a conquista social da mulher e qual sua princ ipal dificuldade no Bra sil?
f) – O que a nova mulher busca conquis tar no mundo do traba lho?
g) – O que é a “Lei Maria da Penha”?
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5.4. SEXUALID ADE

Entende-se com o sexualidade o conjunto de vari ações do comportame nto referentes aos
desdobrame ntos dos estímulos sexuais em relação ao pr azer e perpet uação da espécie na
caracterizaç ão da forma : atos se xuais.
O comport amento sexual difere em cada ser humano. O s valores sociais t endem a dividir em
blocos det erminados padr ões d e co nduta sexual. As prin cipais va riações do comportamento
observadas são :
Heterosse xua lidade – é o comportamento sexual onde existe uma combinação binária no
relacionamento: macho-fêmea. Neste caso, h á uma clara associação d e libid o, sentiment os e
desejos pelo sexo oposto. Este comportamento pode assumir um padrão monogâmico ou
poligâmico . Os heterossexuais são as bases de todas as sociedades mod ernas.
Homossexu alidade – é o comportamento sexual no q ual o ind ivíduo sente atra ção pelo mesm o
sexo. Qu ando i ndivíduos d e comporta mentos sexua is diferentes deste têm uma r eação
contrária a este comp ortamento surge a homofobia, que é a aversão ao comportame nto
homossexu al. Existem trê s grandes v ariações no comport amento homosse xual: indivíduos
classificados como passivos (faz p apel feminin o), ativos ( faz o papel ma sculino) e versáteis
(fazem o s dois p apéis). A h omossexualidade pode ser masculina ou f eminina. Por convenção é
comum a utilizaçã o p opular para o termo “gay” quando se expr essa um comport amento se xual
de um indivíduo masculino e o termo “ lésbico” para um comportamento sexua l d e um indivíduo
feminino.
Bissexualidad e – é u m comportamento sexual o nde o indivíduo sente atração tanto p elo s exo
masculino como fem in ino. Há uma com binação de heterossexualidade com homosse xualidade.
Que po de tanto o correr em paralelo, em relacionamen tos extraconju gais, ou p or fases, onde há
momentos de homossexualismos e alternados com moment os de heterossexualis mo.
Pansexualidad e – é um comportamen to sexual no qua l o in divíduo busca em primeiro lu gar o
romantismo, a s ensibilidade, o lirismo e o amor por o utro indivíd uo. Para ele a ques tão de sexo
vem em segun do plano.
Transexual idade – é a b usca incessante por copiar o sexo op osto através de características
alegóricas ou f antasiosas c omo o e xcesso de maquiage m, salto a lto no caso do transexual que
imita o feminino, e sapato no caso do transexua l q ue imita o ma sculino. São pessoas
conhecida s por sua a le gria, entretenimen to, vida noturna e d iversão. O s r epresentantes
clássicos de sta classe são as Drag Que en’s e travestis.
Transgêner os sex uais – é u m comportamento de terminado principal mente p ela gené tica
invertida em rela ção ao s exo . A ssim ind ivíduos q ue nasceram com o sex o m asculino e qu e
possuem feições do sexo femini no e vic e-versa que têm comportam entos sexuais em relaçã o a
suas feições fí sicas.
Pedofilia – é um comportamento se xual no qual o indivíduo adulto tem a ne cessidade d e
praticar sexo co m m enores de idade. Para a so ciedade contempor ânea est e t ipo de
comportame nto é con siderado u m cri me, poi s a ind ução da criança a tira d a sua fa ixa de
crescimento, proporcionan do uma matura ção fora d o tempo cau sando um tra uma par a toda
sua vida.
Monogâmico – é a quele que a pess oa bu sca apenas um único p arceiro para toda a vida ou
parte dela. Nunca um indivíd uo está com mais de uma pessoa ao mesmo tempo . A fideli dade é
um compone nte pri ncipal no relaci onamento. O monogâmi co p ode ter mais de um parceiro
sexual nos seguintes casos: em caso de morte do parceiro vir a ter com promisso com outro ou
no caso de separação d efinitiva também encontrar o utro parceiro para ter um r elacionamento
fixo. O monogâmico não admite o sexo livre ou o sexo co m outros parceiros ao mesmo tempo.
Pode ter comportamento hetero ssexual, homos sexual ou b issexual, ma s nest e último caso
nunca está com dois relacionament os no mesmo período.
Poligâmico – é aquele q ue o in divíduo possui a o mesmo t empo mais de um relacioname nto
sexual. Pode ser por m eio do con sentimento do o utro parceiro ou pelo o que é mai s comum,
através de camuflagem que permite ter v idas anô nimas em relaçã o a uma vida social es tável e
aparente. Nã o significa, ent retanto que o poligâmico faça s exo grupal, embor a em muitos casos
também po ssa ser verif ic ado. O compo rtamento poligâ mico pode estar inserido na
heterosse xua lidade, homosse xualidade, bissexualidad e, grupal e outras afin s.
Assexual – é aqu ele que possui uma i ndiferença ao sexo pela f alta de libido natura l ou por
aversão ao s exo. Este co mportamento está mais asso ciado a problema s hormon ais d o que um
fator de co nvicção ideológica o u f ilosófica. O a ssexual s e sente um ser completo e n ão b usca
em si mesmo, n o sexo opo sto e ne m no pró prio sexo fo rmas de s atisfazer o d esejo, já qu e este
não se manif esta.
Metrossexua l – é aquele q ue o indivíd uo forma um a postura de pr eocupação excess iva com a
aparência e prat ica relaçõ es sexuais c om o sexo oposto. Embora o ter mo tenh a sido usado
inicialmente apenas p ara os homens heterosse xuais ele pod e ser a plicado também p ara a s
mulheres. O objeto de dese jo sexual é a própria pessoa que deve se cui dar bem para s e
destacar em soc iedade.
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16ª – ATIVIDA DE. Responda em se u caderno:


a) – O que se e ntende por sexualidad e?
b) – Diferenc ie monogamia de po ligamia.
c) – Diferencie heterossexualidade de ho mossexuali dade.
d) – Diferenc ie transgênero sexual de transexual.
e) – O que é u ma pessoa assexua l?
f) – O que é um metrossexual?
g) – O que é p edofilia?
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6.1. POVOS TRAD ICION AIS E SUSTENT AB ILIDADE

São populaç ões tradicionais da Ama zônia: indígenas, sering ueiros, castanheiros, extrativistas,
ribeirinhos, pes cadores artesanais, quebradeiras de co co , pequenos a gricultores, quilombolas,
povos da flor esta. Essas comunidade s vivem preserva ndo a cultura da flore sta, vivem da
agricultura de subsistência, da pesca e da caça e colet am produtos naturai s para constituir
renda.
Esses po vos são culturalmente diferen ciados e que se rec onhecem como tais, que possuem
formas pró prias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como
condição par a sua reprodução cultura l, social, religio sa, ancestral e econômic a, utilizando
conhecimen tos, inovações e práticas ger ados e transmit idos pela tradição.
A Amazônia é p alco de comunidades tradicionais que uti lizam os recursos prove nientes da
cobertura florest al e usam os recur sos no presente sem c omprometer o futuro. E ssa intrínseca
relação de depe ndência entre os comunitários e a florest a torna as populaçõ es tradicionais
mais vulneráve is às mudança s climáticas (fenôm enos naturais), transforman do-as nas
principais vít ima s da destru ição do meio ambiente , ocasionada pela cultura e xploratória que
impera na A mazônia.
Neste contexto tr onou-se neces sário fomentar o dese nvo lvimento de projet os sustentáveis,
cujo objetivo, é pr omover a gera ção de emprego e renda, a preservação do mei o ambiente e o
fortalecimento da cultura da floresta. D esenvolvimento suste ntável ou Sustentabilidad e
significa: “sati sfazer as necessidades das atuais gerações sem comprometer a habilidad e de
futuras geraçõ es em atender às suas própr ias necessidades”.
Muitos desse s projetos são direci onados para a capaci tação das comunidades para que
possam gerir e dar continuidade aos trabalhos. Sã o exemplos de projeto s sustentáveis: cursos
de novas té cnicas de plantio, culti vo e criação d e animais e capa cit ação para a fa bricação de
objetos artes anais, biojóias e ecotur ismo.
A importânci a desses povos está no fato de: se as po pulações tradiciona is são beneficiada s
com os pro dutos provenientes da floresta , as riquezas biológ icas encontradas na Amazô nia
são preservada s por essas comun idades que atuam como guardiãs da nature za, reduzindo
gradativam ente a exploração dos re cu rsos naturais p elos grileiros, soje iros, pecuaristas e
demais crim inosos ambientais intere ssados em destruir a bi ossociodiversidade da maior
floresta tropica l do Planeta. A pre servação dos valores e da cultur a das populaçõ es t radicionais
contribuirá para o avanço de um mod elo de desenvolvi mento sustentável na Am azônia,
garantindo o fortalecimento da cidad ania dos povos d a floresta.
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17ª – ATIVIDA DE. Responda em se u caderno:


a) – Quem são as populações tradicion ais da Amazônia?
b) – Como vi vem as populaçõe s tr adicionais da A mazônia?
c) – Como s ão culturalmente e so cialmente organizados o s povos tradicionais da Ama zônia?
d) – Explique a re lação entre os comun it ários, a florest a e os fenômenos na turais.
e) – Devido a que contexto tornou- se necessário fome ntar projetos sustentá veis na Amazônia?
f) – Quais os ob jetivos dos projetos s ust entáveis na A mazônia?
g) – O que signif ica desenvolvimento sustentável ou suste ntabilidade?
h) – Cite exemp los de projetos susten táveis.
i) – Expliqu e a importância dos povo s tradici onais da Amazônia.
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6.2. BIODIVERSIDADE E BIOPIRATARIA

A b iodiversidade amazônica se conta em termos sempre superlativos em númer os de plantas,


peixes, aves , mamíf eros, animais marinhos e insetos, se m contar os microorgan ismos que são
milhões de espécies. Talvez a penas 1% desta mega- biodiversidade am azônica tenha sido
estudada do ponto de vist a químico ou farmacológico . Estudos quími cos e farmacológ icos é a
base para a pesquisa e d esenvolvimento de pro dutos farmac êuticos e talvez a esperança de
encontrar dentro desta vas ta biodiversidade soluções medicina is para doen ças incuráveis. No
entanto da ri ca fauna e flora, que te m g erado tantos pro dutos para o m undo, nenhum
medicamento f oi produzido até hoje, pelos cientistas bra sileiros para a nossa soc iedade.
A biodi versidade amazô nica está amea çada, pois n um ritmo acelerad o d e desmata mentos e
queimada s, graças à irr esponsabilidade, ganância e incompet ência do s governos. Em m enos
de 10 anos, t odas as plantas medicinais existentes estarão extintas, restando ape nas u m
deserto vazi o.
A biopira taria é o contrabando d e diversas fo rmas de vida da fl ora e fauna , mas principalmente,
a apropria ção e monopoli zação dos conhe cimentos da s popula ções tr adicionais no que se
refere ao u so dos recursos nat urais. Ainda existe o fato de que esta s populações estão
perdendo o controle sobre esses recursos. Este conhecimento, portanto, é coletivo, e n ão
simplesme nte uma mercadoria que se pode comercia lizar como qualquer ob jeto no mercado.
Porém, nos ú ltimos anos, através do a vanço da biotecnolog ia, d a f acilidade de se registra r
marcas e patente s em âmbito int ernacional, bem como dos acord os intern acionais ( TRIPs)
sobre propr iedade intelectual, as possibilidades de tal explor ação se multiplicaram.
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18ª – ATIVIDA DE. Responda em se u caderno:
a) – O que é b iodiversidade? E como podemos relac iona-la a amazônica?
b) – Qual a impo rtância da biodiver sidade para os estudos quí micos e farmacológico s?
c) – Por que a biodiversidade amazôni ca está ameaçada?
d) – O que é b iopirataria?
e) – O que e stá acontecendo com o conhecimento da s populações tradicionais no qu e se
refere aos rec ursos naturais?
f) – Como as p esquisas sobre a b iodiversidade e biot ecnologia se protegem do perigo de
perder o contro le de seus conhecime ntos e recursos?

6.3. TRABALHO ESCRAVO

O Pará é o Est ado com a maior inc idência de trabalho escra vo, essa questão tem sua raiz na
história re cen te da Amazôn ia e do Pará, mas persi stem até hoje, dado que o Estado brasileiro
não assumi u, séria e eficazmente, a r esponsabilidade e o empenho de combatê- los e de puni-
los.
O trabalhador escravo, geralmente nord estino, desconhe cendo completamente a geografia da
região, quan do contratado para o cort e de madeira ou para desmatamentos se guidos da
formação de p astos em fazendas, torna- se uma presa fácil do s "gatos" (empreiteiros –
responsá ve is pela contrata ção de mão-de-obr a pra trabalhar e m fazendas ou projetos
econômi co s), porque não sabe e m que ponto da região se encontra, não sabe co mo fugir, nem
tem meios para fazê-lo e é vigiado constantemente.
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19ª – ATIVIDA DE. Responda em se u caderno:
a) – Qual Estado brasileiro tem a ma ior incidência de tra balho escravo?
b) – Onde pod emos encontrar a orig em do trabalho es cravo e qual foi o papel d o Estado nesta
questão?
c) – Explique como ocorre o processo que origina o trabalha dor escravo na Ama zônia?
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6.4. ESTRU TURA FUNDIÁRIA E GRIL AGEM


O termo estr utu ra fundiária co rresponde à forma com o está o rganizada a distr ibuição de terras,
neste caso a Amazônia apresenta caracterí sticas peculiar es ao seu processo histórico de
colonização e ocupação.
Atualmente a questão da terra na Amazônia é bast ante complexa, po is envolve diversas
situações que t em origem histórica, e conôm ica, política e cultural.
Desde o início da co lonização do Brasil, até 1 821, as terras e ram doada s como sesmaria, após
o requerente comprovar o uso da terra há pelo menos 3 anos. . De pois se criou o sistema de
capitanias here ditárias onde as terra s eram oferecidas aos nob res e comerciantes po rtugueses.
Em 1850 foi criada a primeira Lei d e terras, a criação de sta Lei garant iu os i nteresses dos
grandes proprietár ios do N ordeste e do Sudeste que esta vam iniciando a promissora produ çã o
do café. A Lei d efinia qu e: as terra s aind a não o cupadas p assavam a ser proprie dade do
Estado e só p oderiam ser adquiridas através d a compra n os leilões mediante pagamento à
vista, e n ão mais a través de posse, e quanto às terras já ocupa das, estas po diam ser
regularizad as como propriedade pri vada.
Em 1 930 a Lei de terra a dquire um acr éscimo: autor iza-se a desapropria ção de terra com
interesse público e a propriedade deveria ser indeni zada.
Em 1964 os militares cria m o est atuto da ter ra, que ainda está em vigor, apesar de garantir a
reforma agrári a, se criou várias formas de inibir tal processo, como o código civ il brasileiro.
No c aso da Amazônia, nos ano s de 1970 e 1980 ( governo m ilitar), a terra pú blica, hab itada
secularmente por c olonos, ribeirinhos, índios, caboclos em geral, foi sendo col ocada à venda
em lotes de grande s dim ensões para os novos inve st idores, que as adquir iam d iretamente dos
órgãos fu ndiários d o gove rno ou de partic ulares (q ue, em grand e part e, reven diam a t erra
pública como se ela fosse própria). E m ambos os ca sos, era fre qüente que as terr as adquiridas
fossem demarcada s p elos novos proprietários numa extensão mu ito maior do que a do s lo tes
que originalmente havi am adquirido, isto ocorria através da grilagem. A G rilagem é um ato que
corresponde a fa lsificação de document os para q ue de forma ileg al uma pessoa t ornar-se dono
por direito de terras de vol utas o u de terceiros, por meio de docu mentos frau dados, a dulterados
ou falsificados.
O termo gr ilagem provém da té cnica usad a para o efeito, q ue co nsiste em colocar escrituras
falsas d entro uma caixa c om grilos, d e modo a deixar os docume ntos amarelad os (devido o s
excrementos) e r oídos, dando-lhes um a aparência antiga e, por consequência, mai s verossímil.
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20ª – ATIVIDA DE. Responda em se u caderno:
a) – O que signif ica o termo estrutura fun diária?
b) – Explique co mo foi a distribuição d e terra no Brasil de sd e a colonização a té 1821?
c) – O que aco nteceu com a distri buição da terra a par tir de 1850?
d) – O que d efinia a Lei da terra de 1850?
e) – O que é a crescentado à Lei da terra em 1930?
f) – O que se cria a partir do govern o m ilitar de 64 so bre fundiária?
g) – O que a contece com a questão d a terra na Amazônia ent re as décadas de 70 e 80?
h) – Explique co mo acontece o pro cesso de grilagem de terra na Amazônia?
i) – O que é gr ilagem?
j) – Qual a orig em do termo grilagem?
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6.5. PISTOLAGEM E IMPUNIDAD E

A pistolagem, fenôme no que começou também a integrar o cotid ia no de ocupação da terra, é


algo r ecente na Amazônia , datando de mais o u meno s trinta anos. Mas, n ão só n este aspecto
o pistole iro da A mazônia difer e do can gaceiro e d o capang a do norde ste. Ele tem uma or igem
histórica e social diferente da deles e pos sui uma n atureza t ambém pró pria. O pistoleiro surg e
na região p ara proteger contra invasã o (por parte de posseiro s) as grandes e xtensões de terras
adquirida s ma s ociosas ou improdutivas. Um pistoleiro po de ser co ntratado para expulsar
colonos q ue as ocuparam; para assassinar lideranças e sindicalistas. O u ainda, para " ajudar"
nas ações policiais de despejo d e posseiros. Como o contingente policial e ra, e aind a é
insuficiente para cumprir ordens d e manda do emanada s da Ju stiça, alguns fazendeiros
inseriam pisto leiros nos contingente s policiais encarregado s da expulsão.
Sob o olhar conivente e tolerante do Estado empresas e grileiros formaram milí cias pri vadas, a
que chamam de "vigilâ ncia" ou " segurança", monta das para gara ntir a po sse e a defesa da
terra nas distantes terras a mazônicas. Assim, e stabeleceu-se na r egião um compartilha mento
de o bjetivos comuns entre fazendeiros interessados nas terras, autoridade s qu e ignoravam a
participa ção das milícias pr ivadas de defesa das fazenda s, políticos beneficiados com terr as e
a pistolagem.
Após o g overno da d itadura mil itar de 64, o Estado não conseguiu mais recup erar para si o
poder de polícia que, informalment e, havia antes delegad o o u repartido com o s fazendeiros da
região par a ajudarem a " por ordem" na s questões fun diárias e nos conflitos de las decorrentes.
A origem ce ntral da pistolagem na Amazônia, no nosso ente ndimento, é clar a: decorr e d a
repartição do poder do E stado co m os integrantes, defen sores e preposto s do novo capital que
se instalou de sordenadamente na região desde os anos de 1970.
Sobre a violência no campo, o Estado tolerou dur ante vária s décadas esta divisã o do poder d e
polícia, ignorando o u à r evelia das denú ncias da OAB, da Comissão Pastoral da Terra e d e
outras org anizações s obre a particip ação de pisto leiros nessas polícias priv adas. Esta práti ca
flagrante de violação do s direitos human os mais e lementares enra izou-se nas rel ações sociais
e po lít icas da região. Hoje, o Estad o procura re tomar o cont role desta s ituação que envergonha
a sociedade bra sileira, mas tem dificu ldade em dominar e sta anomalia que e le próprio deixou
crescer.
Mesmo nos cri mes em q ue houve julgamentos, as açõe s judic iais só foram p ossíveis depo is
de longos a nos d e luta, pressão e denúncias das e ntidades d e d ir eitos humanos nacionais e
internacionais. Isto evide ncia, c la ramente, a moro sidade d a justiça paraen se, calcada em
empecilho s nas comarcas do interior e da ca pital o nde, ao qu e tudo indica, fica sujeita à
pressão do poder polít ico e e conômico, que aca ba retarda ndo ou influenciando no and amento
dos proce ssos e dos julgament os.
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21ª – ATIVIDA DE. Responda em se u caderno:
a) – Explique a or igem do fenômen o pistolagem (ou d o pitoleiro) na Amazônia?
b) – Qual a r elação do papel do E st ado na origem d a pistolagem na Ama zô nia?
c) – Sobre a violência no campo como o Estado vem garantin do os direitos humano s na
Amazônia?
d) – Como a justiça paraense vem re solvendo a que stão dos crime s pela posse d a terra na
Amazônia?
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7.1. INTRODUÇÃO
Os sere s huma nos indivi dualmente ou em comuni dade, numa reg ião ou país lutam pela
sobrevivênci a e pela prosp eridade sem cuidar muito do que daí p ossa r esultar par a os outros.
As consequên cias são desastrosas e globais e não dependem d o grau de desen volvimento.
Nos países industrializados, os elevados padrões de consumo estimulam a utilização dos
recursos não r enováveis e favorecem o desper dício. Nos p aíses em de senvolvimento, com
dívidas externa s a sfixiantes, a luta pela sobre vivência de termina níveis de exploração dos
recursos ins ust entáveis no futuro.
A crescente internacionalização d a ec onomia alarga a dimensão d as consequência s do
funciona me nto do sistema a todo o planeta. Os efe itos amb ientais globali zam-se; a economia e
a ecolog ia n ão podem dissociar-se.

7.2. CONSUMO, DESIGUALDADE, POBREZA E MEIO AMBIENTE.

O consumo ref ere-se às mercadorias, aos serviços, à energ ia e aos recursos que são
esgotados pela s pessoas na vida em sociedade.
A questão do consumo é um fenôm eno que apresenta tanto dimensões positiva s quanto
negativa s. Por um lado, nív eis crescentes de con sum o em todo mun do significam que as
pessoas e stão vivendo em melhore s condições de que no p assado.
O consumo est á associado ao d esenvolvimento econô mico – com a eleva ção dos padrões de
vida, as pesso as têm mais condições d e arcar com comida , roupas, itens pessoa is, lazer,
carros e as si m por diante. Por outro lado, o co nsumo também pod e trazer impactos negativo s.
Os padrões de consumo podem cau sa r danos à base de r ecursos ambient ais e exacerbar os
padrões de de sigualdade.
As desiguald ades de consumo entre os ri cos e os pobres sã o significativos. Os 20 % mais ricos
da popula ção mundial são responsáveis por 86 % das despesas de con sumo privado, ao passo
que os 20 % mais pobres re spondem por apenas 1,3% desses gastos. O s 10% mais ricos
consomem 58% da energia tota l, 84% de todo papel, 4 5% de toda a quantidad e de carne e
peixe, e são proprietários de 87% de todos os veículo s.
Os atuais padrõ es de consumo não são a penas extremam ente desiguais, mas ta mbém estão
produzindo um impacto severo sobre o meio ambiente. Por exemplo, o consu mo de água doce
dobrou desd e 1960, a queima d e combustíveis fósseis prat icamente quintuplico u durante os
ultimas 50 a nos, e o consumo de m adeira subiu até 40% em relação à 25 anos a trás. O
sortimento de peixes está diminuind o, as espécies selvagens e stão entrando em e xtinção, o
fornecimento de água está se tornando mais escasso e as área s arborizadas estão
encolhendo. Os padrões de consumo não estão a penas esgotando os eleme ntos naturais existen tes, como
também estão co ntribuindo para sua deg radação através do s resíduos e das emissões de
substâncias nocivas. Por fim, ape sar de os ricos sere m os principais consumid ores mundiais, os impact os
mais violentos dos da nos ambientais ca usados pelo aument o do consumo recae m sobre os pobres.
Os ricos estão em melhores condi ções para desfrutar dos di versos benefícios do consumo sem
terem que lidar com seus efeitos neg ativos. Em um nív el local, os grupos aba stados geralmente tem d in
heiro para aband onarem áreas difíceis, deixand o a maior parte do s custos para os po bres. Usinas químicas,
est ações de energia elétr ica, grandes estradas, f errovias e aeroport os, em geral, situam- se próximo a áreas
de baixa renda. Em um nível global, é possível perceber o andamento de um proce sso semelhante: a
degradação do sol o, o desmatament o, a falta de água, as e missões de chumbo e a polui ção do ar são prob
lemas que estão concen trados no mundo em d esenvolvimento. A pobreza tam bém intensifica essas a meaças
ambientais. As pessoas que possu em poucos recursos tê m po ucas escolhas senão maximizar o s recursos
disponívei s a elas. Consequent emente, à medida que a po pulação humana aume nta, é cada vez maior o
número de pressões que se aplicam a uma base de recursos em retra ção.
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22ª – ATIVIDA DE. Responda em se u caderno:
a) – O que é co nsumo?
b) – Explique di ferenciando os im pactos positivos e ne gativos do consumo em nossa
sociedade.
c) – Explique como as desigualda des de consumo ent re ricos e pobres são signifi cativos?
d) – Explique e xemplificando como os atuais padrões de con sumo estão produzi ndo um
impacto se vero sobre o meio amb iente?
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7.3. DESEN VOLVIMENTO SUSTEN TÁVEL E MEIO AMBIENTE.

Em vez de exigir a volta do do mí nio do crescimen to econômic o, os avanços mais re centes


concentram- se n a noção de desenvolviment o susten tável. O desenvolviment o sustentáve l
significa que o crescimento dev e, aos menos idealmen te, s er conduzido d e t al forma a permit ir
a reciclagem do s re cur sos físicos, ao invé s do seu esgotamento, e a manute nção de ní veis
mínimo de poluição. O termo “de senvolvimento su stentável” foi introduzido pr imeiramente n o
relatório Our Com mon F uture ( Nosso Futuro Comum ), de 198 7, encomendado pelas Nações
Unidas, também conhecido co mo R elatório Brundtland, pois a comissão organizadora que
elaborou o r elatório foi presidid a por G. H. Bru ndtland, n a ép oca pri me ira ministra d a Noru ega.
O desenvolvimento sus tentável foi definido como o uso de recurso s renováveis para promo ver
o crescimento econôm ico, a proteção das espéc ies animai s e da b iodiversidade e o
compromi sso c om a manutençã o da pureza do a r, da água e da terra. O dese nvolvimento
sustentá ve l é aquele que “atende as neces sidades de hoje, sem compromet er a capa cidade d e
as próximas gera ções atenderem às suas próprias ne cessidades”.
Após a p ublicação de N osso Futuro Comum, a expressã o “d esenvolvimento su stentável”
passou a ser amplamente utilizada tanto pelos ambientalistas quanto pelos governos. Foi
empregada na C onferencia das Nações Unidas realizad as no Ri o de Janeiro em 1992, a
Conferên cia d a Terra, ap arecendo poster io rmente em outras reuni ões d e cúp ula organizada
pelas Na çõ es Unidas.
Alguns teóricos criticam a noção de de senvolvimento sustentável, pois consideram muito vag a
e omissa em relação às ne cessidad es especificas do s países mais po bres. Para eles, a id éia
do de senvolvim ento sustentável t ende a conce ntrar sua aten ção apenas sobre as
necessidades dos paíse s mais ri cos, despre zando os a spectos em que os altos níveis de
consumo nos países mais afluentes são atendi dos às custas de outro s povo s. Por exemplo, as
exigências de que a In donésia preserve suas florest as tropica is poder iam ser considerad as
injustas, pois a Indonésia necessita bem mai s de ssa r eceita da qual deve a brir mão, ao aceitar
a conservaç ão, do que os paí ses industri alizados.
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23ª – ATIVIDA DE. Responda em se u caderno:
a) – O que signif ica desenvolvimento sustentável?
b) – Qual a orig em do termo “desenvo lvimento sustent ável”?
c) – Por que alg uns teóricos criticam a noção de desenvolvime nto sustentável?
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7.4. CRESCIM ENTO DEMOGRÁFICO E SUSTENTABILID AD E.

Face à delapidação d os recursos no nos so planeta, ter emos que cres cer a um ritmo mais lento
e até inverter as tendênc ias de crescimento demográ fico, de modo a reduzir as necess idades
de consumo sem prejudicar o processo de desenvolvime nto. A su stentabilidade do
desenvo lv imento está intimamen te relacionada co m a dinâmica do cre scimento demográfico.
Se f or verdade qu e a redução das taxas atua is de crescimento popula cio nal nos pa íses em
desenvo lv imento é um imperativo ao desenvolvime nto sustentáve l, tamb ém não é menos
verdade que qualquer indivíduo que viva num país industriali zado representa um encargo maior
para a capacid ade da Terra do que qualquer cidadão de um país mais pobre.
As am eaças à sustenta bilidade dos recursos tanto vêm das desigua ldades de acesso a esses
mesmos recursos, co mo da forma como são u sad os, o u simplesmente do núme ro de pe ssoas
que os utilizam. O s padrõe s de consumo são tão importantes como o nú mero de consumidores
para a conserva ção dos recursos .
O equilíbrio e ntre a dimensão da população e o s r ecursos disponívei s, a taxa de cr escimento
demográfic o e a capa cidade d a economia em satisfa zer as necessidades básica s d a
população, sem pôr em risco a s geraçõ es futuras s erão com cert eza o grande desafio da s
políticas de dese nvolvimento nos p róximos anos.
O caminho a percor rer rumo à sustentabilid ade nã o é f ácil, pois terá obviamente qu e passar
por um conjunto de ações diversificad as:
*Limitar o cre scimento demográfico;
*Controlar o i mpacto deste crescimento sobre os re cursos;
*Aumentar a e ficiência dos recur sos (menos desperdí cio, menor consumo, m aior durabilidade);
*Elevar o pot encial humano (educa ção e formação);
*Melhorar os sistemas de segurança so cial.

24ª – ATIVIDA DE – Responda em seu caderno:


a) – Explique co mo a dinâmica do crescimento demo gráfico pode comprometer o
desenvo lv imento sustentável?
b) – Quais as c ausas que amea ça a sustentabilidade?
c) – Quais a s ações fundamentais p ara o desenvolvimento s ustentável?
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8.1. VIOLÊNC IA e CRIME


Em u m sentido a mplo po demos dizer que violê ncia é toda atitu de ou co mportamento que
desrespeita as b oas relações de convivênc ia social, causando dano s a outras pessoas, seres

violência sexual – Violência na qual o agressor abusa do p oder que tem sobre a vítim a para
obter gra tificação sexual, sem o se u con sentimento, sendo i nduzida ou o brigada a prá ticas
sexuais com ou sem v iolência física . A viol ência sexual acaba por englob ar o medo, a
vergonha e a culpa se ntidos pela vítim a, mesmo naquelas qu e acabam por denun ciar o
agressor, por essa razão, a ocorrência destes crimes tende a ser ocultada.
Negligên cia – A negligên cia é o ato de omi ssão do resp onsável pela criança/ idoso/outra
(pessoa dependente de outrem) em proporcionar as nece ssidades b ásicas, necessárias para a
sua sobrevivência, para o seu dese nvolvimento. Os danos causados pela negligência podem
ser permanentes e graves.

8.2. ASPEC TOS DA VIOLÊNC IA

A v iolência pen etrou e m todos o s a spectos d a vida , ela se manife sta constan temente e
cotidianame nte, na economia (exp loração do homem pe lo hom em, coa ção d o E stado,
dependência material, d iscriminação d o trabalho da mulh er, trabalho i nfantil, impos ições
injustas, etc.); na po lítica (o domí nio de um ou vário s partidos, o poder do chefe, o t otalitarismo,
a excl usão dos cidadãos na tomada de d ecisões, a guerra, a revo lução, a luta a rmada pelo
poder, etc.); na ideologia (implantação de critérios oficiais, proibição do livre pensamento,
subordina ção dos m eios d e c omunicação, m anipulação da opinião pública , propagan da d e
conceitos de fun do violento e dis criminador que result am cômodos à elite g overnante, etc.); n a
religião (submissão dos interesses do indivíduo a os r equerimentos clericais, controle severo d o
pensamento, proibição de ou tras crença s e perseguição de her eges), na família (exploração d a
mulher, ditado sobre o s filhos, agressões , etc.), no ensi no (autori tarismos de gestores,
castigos, proib ição de pro gramas livres de ensino, et c.), no exér cito (voluntarismo de chefes,
obediência irreflexiv a de s oldados, castigos, etc.), na cultura (censura, exclusão de correntes
inovadora s, p roibição de e ditar obras, ditados da b urocracia, etc.,).
Uma das princi pais ca raterísticas de nossa soc iedade é a situa ção social de p aranóia ou
sensação de insegura ção, isto é, os indivíduo s passam a v iver em um clima de constante
ameaça psicológica, traum atizados p ela p ossibilidade de s er vítima de atos violentos. U ma das
causas dessa se nsação é a constante propag ação e aumento das vitimiza ção de crimes
urbanos
8.3. TIPOS DE VIOLÊNCIA

Violência Física – A violên cia f ísica é o u so da força com o objetivo de ferir, dei xando ou não
marcas evid entes.
São comuns, murr os, estalos e agres sões com diversos objetos e queimaduras.
A violência fí sica pode ser agravada quando o agressor está sob o efeito do álcool, ou quand o
possui uma Embriagues Patológica ou um Transtorno Explos ivo.
Violência Psicológ ic a – A violência psicológica ou agressão emocional, tão ou mais p rejudicial
que a física, é ca racterizada p ela rejeiçã o, depreciação, discriminação , humilhação,
desrespeito e p unições exageradas. É uma violência que não deixa marcas corporais visíveis,
mas emocionalmente prov oca ci catrizes para to da a vida. Existem várias formas de vi olência
psicológica, como a mob ilização emocional da vítima para satisfazer a n ecessidade d e
atenção, carinho e de importância, ou como a agressão dissimulada, em que o agressor t enta
fazer com que a vítima se sinta inferior, depe ndente e culpa da. A atitude de oposição e aversão
também é um caso de v iolência psicológ ica, em qu e o ag ressor toma cer tas atitude s com o
intuito d e pr ovocar ou men osprezar a vítima. As a meaças d e morte s també m são um caso de
violência psi cológica.
Violência verbal – A viol ência verbal não é uma forma de v iolência p sicológica. A violência
verbal normalme nte é utilizada para oportu nar e incomod ar a vida das outras pessoas . Pode
ser feita através do silên cio, qu e mu itas vezes é muito mais v io lento que os métodos ut il izados
habitualment e, como as ofensas mora is (insultos), depreciações e os questionári os infindáveis.

8.4. O CICLO DA VIOLÊNCI A

Quando a violênc ia se ma nifesta e la já é co nsequência de d iversas orientaç ões dentro das


relações soc iais. A dinâ mica e a compl exidade da vida social moderna cria um clima propicio
para despertar atitudes ante -social no ser humano.
Sendo u m fenô meno provocado pe la estrutura soc ial e re sultante em confl itos que se
expressam n os vários grupos no qual fa zemos parte. Neste sentido, todo nosso
comportame nto é determinado por algo exterio r a nós. Normalmen te as n ossas atitu des
refletem em consequência s de outras gerando um ciclo o u uma teia de r elações co nflituosas
devidas o con juntos das di ver sas relações sociai s que existem.
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25ª – ATIVIDA DE. Responda em se u caderno:


a) – O que é v iolência?
b) – Cite alg uns tipos de violência corr iqueiros em nosso meio social.
c) – Qual a orige m do termo violência?
d) – O que é cri me?
e) – Explique o s aspectos da violência na : economia, políti ca, ideologia, religiã o, família, ensino
exército e cult ura.
f) – Explique o que se entende por sen sação de insegur ança e sua causa?
g) – Cite e exp lique os diversos tipos de violência que existem n a sociedade.
ATIVIDADE D E PESQUISA:
a) – Pesquis e em todas as fontes possíveis e copie no seu ca derno, o que é Bul yi ng e como se
manifesta em no ssa realidade socia l? Como podemos resolver este problema so cial?
b) – Pesquis e em todas as fontes possíveis e copie no seu ca derno, o que é Raci smo, como se
manifesta e qu al a Lei que pune e ste tipo de violência?
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BIBLIOGRAFIA
BENTO, Mª A parecida Silva. Cidada nia em Preto e Br anco. Editora Ática. São P ulo, 2003.
GALLIANO, Alf redo Guilherme. I niciação à sociologia. São Paulo; Harbra, 1 981.
LARAIA, Ro que Barros. Cultura – Um conceito antropoló gico, 17ª Ed. Rio de Ja neiro. Editora
VOZ, 2004
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