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O CORCUNDA DE NOTRE-DAME

CENA 1: PROLOGO - OS SONS DE NOTRE-DAME

1 (0:55)- CLOPIN:
DOBRAM OS SINOS, PARIS DESPERTOU
AO SOAR DE NOTRE-DAME.
JÁ TEM PEIXE FRESCO, O PÃO JÁ ASSOU
AO SOAR DE NOTRE-DAME.
SINOS GRANDES COM SONS TROVEJANTES,
E PEQUENOS COM SONS DE ORAÇÃO.
PARIS, SÃO DIVINOS OS SONS DOS SEUS SINOS,
OS SONS... OS SONS DE NOTRE-DAME.

6 de janeiro de 1482, os bons cidadãos de Paris reuniram-se pela manhã na catedral para ouvir o
sermão…

(Frollo entra. Ele fica no meio do palco, dirigindo-se aos congregados de Notre-Dame).

FROLLO: … de Dom Claude Frollo…

CLOPIN: … arquidiácono de Notre-Dame, diante de quem a congregação tremia. Quando ele parou
sob os arcos elevados da igreja:

2 (2:00) - FROLLO: Congregantes, nos reunimos aqui, nesta vasta sinfonia de pedra, na manhã
da Festa dos Tolos. Nossas ruas em breve serão preenchidas com esses elementos desagradáveis:
criminosos, estrangeiros e ciganos, que infestou nossa cidade e, nesse dia, está livre para vagar
sem ser sujeito a prisão. Cuidado com as tentações daqueles menos devotos do que nós. Devemos
combater o desejo de nos entregarmos. Para lembrar, todos nós nascemos pecadores.

3 (2:35) - CLOPIN: Clopin vai lhes contar uma história... A história de um homem e um monstro.
(Frollo sai. Entra uma cigana com um bebê nos braços. E deixa-o nos degraus de Notre-Dame na
tentativa de salvá-lo).

TUDO COMEÇA NA ESCURIDÃO NOS DEGRAUS DE NOTRE-DAME.


A POBRE CIGANA EM FORTE TENSÃO NOS DEGRAUS DE NOTRE-DAME.
CAMINHAVA COM O FILHO NOS BRAÇOS
SÓ QUERIA SALVAR SEU BEBÊ
SANTUÁRIO, AJUDA, OH DEUS O ACUDA, ENTÃO...
AOS PÉS DE NOTRE-DAME.

FROLLO VIU ENTÃO ALGO AOS PÉS DA CATEDRAL


ELE NÃO SABIA, O QUE SERIA AFINAL?
(Frollo vê a criança e toma em seus braços)
FROLLO: Um bebê? Ah, um monstro! É o julgamento de Deus! Os ímpios não ficarão impunes!
É uma alma profana. Vou mandá-la de volta ao inferno, que é o seu lugar.

(Frollo levanta a criança para lança-la ao chão. Clopin o rodeia como se fosse a voz da sua
consciência o acusando - Frollo permanece estático com a criança no alto)

CLOPIN:
4 (3:58) - SANGUE INOCENTE VOCÊ DERRAMOU NOS DEGRAUS DE NOTRE-DAME.
DAS MÃOS DA MÃE A CRIANÇA TOMOU NOS DEGRAUS DE NOTRE-DAME.
VOCÊ PODE ATÉ ILUDIR-SE, QUE NÃO VAI TER REMORSO AMANHÃ.
MAS NÃO VAI CONSEGUIR DESVIAR NEM FUGIR DESSE OLHAR...
PROFUNDO OLHAR DE NOTRE-DAME...

(Frollo abaixa os braços e olha com desprezo para criança)

APESAR DE FROLLO TER NAS MÃOS PODER TOTAL,


TAL VISÃO O FEZ TREMER AOS PÉS DA CATEDRAL.

FROLLO: Mas é uma criança cigana! Oh Senhor, você me enviou um teste. Esta criança é minha
cruz para carregar. Eu vou salvar essa... coisa. Mas um monstro como esse deve ser mantido
escondido.

QUE ELE FIQUE NUM LUGAR BEM AFASTADO ASSIM...

No campanário talvez, e quem sabe Deus escreve certo por linhas tortas.

E TALVEZ TAL CRIATURA POSSA UM DIA, ENFIM, SERVIR A MIM.

(Frollo sai de cena)

CLOPIN: E Frollo deu um nome cruel à criança, um nome que significa "meio-formado":
QUASÍMODO.

RESPONDA AO ENIGMA ASSIM QUE PUDER AO SOAR DE NOTRE-DAME.


QUEM É O MONSTRO? E O HOMEM QUEM É?
DIZEM OS SONS, SONS, SONS, SONS, SONS
SONS, SONS, SONS, SONS DE NOTRE-DAME.

(Quasímodo entra e toca os sinos)

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