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MÚSICA: ABERTURA
PRÓLOGO
(Começa a música: agourenta, pressagiosa, mítica. Quando a Narradora inicia o Prólogo, a cortina
se levanta e atrás de uma tela aparece um homem jovem de idade indeterminada e porte
aristocrático. Está debaixo da porta de um castelo majestoso).
NARRADORA (OFF): Era uma vez num país distante, um jovem Príncipe que vivia num reluzente
castelo. Embora tivesse tudo o que quisesse, o Príncipe era mimado e egoísta.
NARRADORA (OFF): Numa noite de inverno uma velha mendiga veio ao castelo e ofereceu a ele uma
simples rosa em troca de abrigo para o frio.
NARRADOR (OFF): Repugnado pela feiura dela, o Príncipe zombou da oferta e mandou a velhinha
embora. Porém, ela o aconselhou a não se deixar enganar pelas aparências, pois a beleza está no
interior das pessoas. Quando ele voltou a expulsá-la, a feiura da anciã desapareceu e surgiu...
(Seus andrajos caem ao chão e ela se transforma numa Feiticeira. Eleva-se sobre o Príncipe,
rodeada de um fulgor luminoso e estrelas cintilantes. Ele se ajoelha suplicando perdão).
NARRADORA (OFF): O Príncipe tentou se desculpar, mas era tarde demais, pois ela percebeu que
não havia amor no coração dele. E como castigo, o transformou...
(A Feiticeira lança uma bola de fogo sobre o aterrorizado Príncipe. A bola de fogo estala com um
estrondo ensurdecedor)
NARRADORA (OFF): numa Fera horrenda e rogou uma praga no castelo e em todos que lá viviam.
(Ao levantar-se a fumaça, vemos que o jovem foi transformado na Fera, Segura o espelho mágico).
NARRADORA (OFF): A Rosa que ela lhe ofereceu era encantada e iria florescer durante muitos anos.
NARRADORA (OFF): Se ele aprendesse a amar alguém e fosse retribuído antes que a última pétala
caísse, então o feitiço estaria desfeito. Senão... ele estaria condenado a permanecer fera para
sempre.
NARRADORA (OFF): Com o passar dos anos ele ficou desiludido e perdeu toda a esperança, pois
quem seria capaz de amar uma FERA?
(A Bela aparece atrás da tela. Quando a NARRADORA termina o Prólogo, o Sol começa a brilhar e
vemos a silhueta de uma pequena aldeia. A tela é içada rapidamente).
CENA 02
ALDEIA
(Sentindo os olhares de todos, BELA vira-se e os aldeões voltam rapidamente às suas atividades.
Os aldeões saem. GASPAR e PIERRE estão atrás de Bela. GASPAR se coloca na frente dela,
posando, de forma arrogante.)
GASPAR: (Folheando o livro) Como pode ler essa coisa? Não tem figuras!
BELA: Essa coisa? Isso é um livro e algumas pessoas não precisam de figuras apenas usam a
imaginação.
(GASPAR e PIERRE trocam olhares e dão de ombros. O cenário da aldeia é içado quando BELA se
dirige ao seu lar.)
GASPAR: Bela, está na hora de você afastar a cabeça desses livros e dar atenção a coisas mais
importantes...
(GASPAR faz uma pose vaidosa.)
GASPAR: Exatamente! Todo mundo na aldeia só fala nisso. Uma mulher não tem que ler. Logo
começa a ter ideias, a pensar, buscar direitos e depois quer sair mudando o mundo todo.
GASPAR: Ora, obrigado, Bela. Que tal darmos um passeio até a taberna, para eu te mostrar os meus
troféus?
BELA: Eu não concordo com seus hobbies de caça Gaspar. Então eu não acho uma boa ideia.
GASPAR: Ah, espere aí, Bela. Acho que sei o que você sente por mim.
BELA: Gaspar, por favor. Tenho que ir pra casa para ajudar o meu pai.
(Há uma cacofonia de apitos, guinchos e sinos, quando MARCEL, o engenhoso inventor e pai de
BELA, aparece no palco montado em um de seus inventos chamativos. Faz uma saudação alegre
com o braço e... BOOM! Parte de sua invenção explode. MARCEL cai no chão.)
GASPAR: (Afasta PIERRE até onde BELA e MARCEL não possam escutá-los) Pierre, quero que você
vá até a floresta e me traga o maior animal, o mais forte que você possa encontrar.
PIERRE: A floresta não! Tudo menos a floresta.
PIERRE: Não, por favor, a floresta não! É escura e tenebrosa. E tem insetos e aranhas e a Bela disse
que não gosta nada disso...
MARCEL: Estou bem. Mas eu não sei como foi acontecer isso.
(Levanta-se e dá um pontapé)
MARCEL: Ai!
BELA: Papai.
MARCEL: Bela eu estou falando sério desta vez! Eu nunca vou fazer essa geringonça funcionar!
BELA: E vai se tornar um inventor famoso. Não é esse seu sonho papai?
MARCEL: Ora, então o que estamos esperando? Essa coisa não vai se consertar sozinha. Deixe-me
ver... Onde está aquela ferramenta que parece uma unha de gato? Eu sempre perco todas as minhas
ferramentas.
(BELA pega uma ferramenta esquisita e mostra. Ele a pega e utiliza para consertar sua invenção.)
MARCEL: Deixe-me ver! (BELA Mostra o livro a MARCEL) você adora esse livro, não é?
BELA: Ele me transporta a lugares maravilhosos, onde há mistério, romance e... finais felizes. (Pausa)
Papai...
MARCEL: O que é?
MARCEL: Também falam isso de mim e eu nunca entendi de onde tiraram essa ideia...
MARCEL: Não se importe com o que as pessoas dizem minha querida, não vale apena.
BELA: Funciona!
BELA: Eu tenho certeza que você vai ganha o prêmio na feira amanhã papai!
BELA: Espere, quase me esqueci (ela coloca um cachecol no pescoço dele). Eu fiz esse cachecol pra
dar boa sorte.
MARCEL: Agora sei que vou ganhar. E nós vamos sair dessa aldeia para viajar para todos os lugares
maravilhosos que você lê nos livros. Minha querida, o que você quer que eu te traga dessa viagem?
Um vestido? Uma jóia? Um livro?
MARCEL: Você tem razão! (MARCEL começa a sair com seu invento) Uma rosa. Não vou me
esquecer!
CENA 03
CENA FLORESTA + PORTÃO DO CASTELO + JARDIM DO CASTELO
(MARCEL, cantando, atravessa muito contente a floresta, com sua invenção. Ao cantar, o seu tom
muda progressivamente de alegre para nervoso.)
MARCEL: Lobos!
A PERSEGUIÇÃO DOS LOBOS: (De repente, da neblina, surgem vários lobos. Avançam contra ele,
grunhindo ameaçadores.)
MARCEL: Me ajudem! Socorro! Me ajudem por favor! MEU CACHECOL (MARCEL ENTREGA O
CACHECOL PARA OS LOBOS) Sai! Para trás! Socorro! Alguém me ajude! Sai! Socorro!
(MARCEL foge. Parece correr desesperadamente. Um facho de luz o ilumina a correr, revelando o
portão do castelo.)
(O portão se abre. Ele entra, revelando o jardim do castelo, os lobos vão embora)
MARCEL: (Desesperado e falando com muita aflição) Mas o que foi isso? Como isso pode me
acontecer? Obrigado! (Começa a gritar ao redor) Obrigado por abrir o portão do castelo! Você me
salvou... (Diz para ele mesmo aliviado.) Obrigado... O que seria da Bela se eu não voltasse mais para
casa. (Ele se lembra da filha) Bela! Eu preciso voltar, preciso contar o que aconteceu e
definitivamente eu não viajarei mais sozinho. Mas eu não posso voltar de mãos vazias, a Bela é
sempre tão boa comigo, eu preciso levar para ela ao menos a rosa que me pediu... (MARCEL começa
a olhar em volta) Bom... Eu acredito que diante de tantas rosas, a pessoa que abriu o portão para eu
entrar não vai sentir falta de apenas uma em seu jardim. Aliás, eu acho que ninguém está olhando!
Então eu vou aproveitar para (MARCEL pega a rosa) pegar essa rosa e ir embora antes que esses
lobos decidam voltar.
(UM RUGIDO FORTE E ASSUSTADOR ACOMPANHADO DE EFEITOS DE LUZ ACONTECE NO PALCO
NESTE MOMENTO E A FERA FURIOSA SE REVELA PARA MARCEL)
FERA: NÃO FOI O BASTANTE EU TE DAR ABRIGO E RECEBER EM MEU CASTELO PARA VOCÊ FUGIR
DOS LOBOS E VOCÊ AINDA QUER ME ROUBAR O QUE ME É MAIS SAGRADO?
(RUGIDO DA FERA)
MARCEL: Me desculpe, por favor me perdoe, eu prometi que retornaria para casa com a rosa...
MARCEL: Para minha filha Bela, eu a amo mais que tudo. Eu estava fazendo uma viagem e eu não sei
o que aconteceu, eu acho que me perdi do meu caminho e fui atacado por lobos, não era minha
intenção vir parar aqui, eu não queria te roubar. Mas me entenda! Minha filha fez um pedido tão
puro e doce eu não poderia retornar sem ter em mãos algo tão especial para ela.
MARCEL: Por favor eu te suplico, me perdoe! Eu jamais contarei a alguém que estive aqui.
FERA: VOCÊ TEM MAIS 1 DIA PARA SE DESPEDIR DA SUA FILHA. EU TE ESPERO AQUI!
FERA: Você voltará ou eu vou atrás de você e pegarei aquilo que lhe for mais sagrado. (FERA GRITA)
Vááááá!!! E não se esqueça. Uma vida, por uma rosa.
CENA 04
PEDIDO DE CASAMENTO
(Ela sai de trás da casa carregando um vaso com flores. Về GASPAR, faz um muxoxo e tenta de se
evadir.)
BELA: Um retrato em miniatura... (examina-o de perto) de você. Gaspar, não devia ter se
incomodado.
GASPAR: Não sei porque. (Coloca seu braço sobre o ombro dela.) Sabe, Bela? Qualquer moça
morreria para estar em seu lugar. Hoje é o dia em que os seus sonhos vão se tornar realidade.
GASPAR: Muito! Imagine só: uma cabaninha rústica. Minha última caça assando no fogo... minha
esposinha massageando meus pés... e os pequeninos brincam no chão com os cães. Teremos seis ou
sete.
BELA: Cães?
BELA: (BELA solta uma gargalhada debochada) Eu não consigo nem imaginar.
GASPAR: Então, Bela... diga logo... Será "Sim" ou será "Oh, sim"?
(BELA passa por ele, indo para casa - ele está distraído.)
GASPAR: Por enquanto. (Zangado) Mas Bela será minha esposa! Não tenho a menor dúvida!
BELA: Ele já foi? Ora, imaginem... me pediu em casamento. Eu, esposa daquele grosso, burro.
(A canção de BELA é interrompida por PIERRE, que entra em busca de respostas. Traz consigo o
cachecol de MARCEL.)
PIERRE: Fala a verdade pra mim vai... o que o Gaspar tem que fazer pra conquistar esse lindo
coraçãozinho.
PIERRE: Desde sempre! Ele é meu amigo e eu quero ver ele feliz.
BELA: Você quer ver ele feliz ou ele te mandou vir aqui descobrir alguma coisa?
PIERRE: Você é inteligente mesmo!
BELA: porque diz isso? (BELA vê o cachecol do pai) ESPERA PIERRE! Onde você encontrou esse
cachecol?
(Salta para trás e agarra o cachecol de forma possessiva. BELA se levanta, muito preocupada.)
BELA: Pierre, eu quero que você faça um esforço para pensar e me diga exatamente onde encontrou
isso.
BELA: Então meu pai ainda deve estar por lá! Pierre, você tem que me levar a este lugar.
BELA: Por favor Pierre, você não entende? Deve ter acontecido alguma coisa com ele! Você tem que
me levar!
CENA 05
A TABERNA
(GASPAR entra e se senta, aborrecido, em sua cadeira. Seus amigos e admiradoras se divertem
escandalosamente, enquanto GASTON medita melancólico. LEFOU se aproxima.)
GASPAR: Quem ela ACHA que é? Ela está brincando comigo e eu detesto brincadeiras!
GASPAR: Ninguém diz não pra mim! Eu fui recusado... rejeitado. Publicamente humilhado! Isto eu
jamais vou tolerar!
PIERRE: Quem? Vocệ? Jamais! Gaspar, você tem que voltar a ser o que era.
NÚMERO MUSICAL: “GASPAR"
GASPAR: Marcel?
(MARCEL orre de uma pessoa à outra, suplicando frenética, mas incoerentemente, que Ihe
ajudem.)
MARCEL: Por favor, preciso de ajuda. Ela sumiu! Ela não está em lugar nenhum.
MARCEL: A BELA!
MARCEL: EU ME PERDI NO CAMINHO DA MINHA VIAGEM E ENQUANTO EU FUGIA DOS LOBOS QUE
TENTAVAM ME ATACAR EU FUI PARAR EM UM CASTELO PROTEGIDO POR UMA FERA HORRENDA!
MARCEL: Eu estou dizendo a verdade! Eu peguei essa rosa do jardim do castelo sem pedir permissão
então essa fera horrenda apareceu e me disse que se eu não voltasse para o castelo depois de
entregar a rosa para bela ele iria capturar o que era mais valioso pra mim. MAS FOI UMA
ARMADILHA! ELE PEGOU A BELA ANTES DE EU CHEGAR, VOCÊS PRECISAM ME AJUDAR.
(Há um silêncio, durante o qual o GASPAR e os aldeões o observam incrédulos. Depois todos riem,
especialmente GASPAR. Um dos amigos de GASPAR se ergue sobre MARCEL.)
MARCEL: Sim.
GASPAR: Velho louco esse Marcel.... hummm... (tem uma idéia) velho louco Marcel...
CENA 06
O INTERIOR DO CASTELO
(O cenário da taberna sai e se revela o interior do castelo. Bela entra e sobe por uma escada,
impressionada com o tamanho e o pé-direito do lugar. No entanto, reina um ambiente desolado,
inerte e inóspito, como uma catedral abandonada.)
BELA: Olá!
LOUIS: Coitada. Ah, Tadum, tenha piedade! Com licença, seja bem vinda!
(LOUIS acende uma de suas velas e ela produz uma grande chama. TADUM apaga a chama com
um sopro.)
BELA: Eu sei que alguém está aí. E eu gostaria que saísse da onde está para eu poder vê-lo!
(LOUIS tenta dar um passo adiante, mas TADUM o impede. BELA sai do palco entre as paredes do
castelo)
TADUM: Está vendo só Louis? A notícia já está se espalhando por todo castelo! Porque você foi abrir
a sua boca? Logo o Amo vai descobrir e vai ficar uma Fera!
LOUIS: Tadum... Ele é uma Fera! E nós não temos um hospede qualquer... não! É uma garota!
TADUM: (FALANDO COM DESDEM) E o que é que tem que é uma GAROTA...
LOUIS: SEU RELÓGIO ESTUPIDO! Está perdido no tempo? Ela pode ser a garota que vai quebrar o
feitiço.
TADUM: NÃO! NÃO! NÃO E NÃO! ISSO NÃO VAI DAR CERTO. VEJAM SÓ: (TADUM começa a puxar o
ar sentindo cheiro) Estão sentindo esse cheiro?
LOUIS: TADUM, VAMOS LÁ... Você precisa ser mais otimista. É ela! A moça que vivemos esperando!
Ela veio para quebrar o feitiço.
TADUM: Seu pavio deve estar derretendo junto com a cera, não se deve chegar numa conclusão tão
rápida assim! Agora vamos parar de tagarelar e vamos atrás dessa garota antes que OUTRA PESSOA
(TADUM faz sinal de aspas com as mãos) a encontre perambulando pelos corredores do castelo...
(LOUIS, TADUM e SRA. MARGOT saem do palco. Bela entra pelo outro lado)
BELA: Por favor! Eu só estou procurando pelo meu pai, não tenho intenção de ser uma intrusa.
BELA: Quem disse isso? Olá eu me chamo Bela, estou em busca de meu pai!
(Enquanto a Bela conversa com a Fera a Fera fica se movimentando pelo castelo com o palco
escuro, revelando apenas sua silhueta)
FERA: BELA?
BELA: Sabe? Então, onde ele está? Ele está aqui? Você está mantendo-o como seu prisioneiro?
FERA: Quando seu pai roubou minha rosa eu fui bem claro com ele, ele teria apenas um dia para se
despedir de você e retornar para meu castelo e pagar a dívida de seu roubo, “Uma vida por uma
rosa”. Pelo visto ele escolheu mandar você no lugar dele.
BELA: Meu pai não é um ladrão! Ele não merece pagar por nada. EU PEDI A ROSA PARA ELE! Se ele
tem qualquer dívida com você, sou eu quem mereço pagá-la! “Uma vida por uma rosa”, não é? Pois
bem. Eu estou aqui. Mas deixe meu pai em paz!
FERA: Você faria isso por ele? Se escolher fazer isso será minha prisioneira para sempre.
BELA: (Responde com amargura) Eu jamais voltarei a vê-lo... e nem sequer pude me despedir dele.
BELA: Não.
(A FERA sai. BELA o segue apressada. Durante o seguinte diálogo, a FERA conduz BELA pelo escuro
e lúgubre castelo. A FERA lhe explica as regras do castelo num tom de voz áspero.)
FERA: De agora em diante este será o seu lar. Você é livre para ir aonde quiser... menos à Ala Oeste.
(Como ela não responde imediatamente, ele a pega bruscamente pelos ombros.)
FERA: ENTENDEU?
BELA: Entendi.
(Ele prossegue. BELA o observa. Ele chega até a porta do quarto dela e abre.)
FERA: Este é o seu quarto. Espero que esteja confortável aqui. Se precisar de alguma coisa, os meus
serventes a atenderão.
(Ele gesticula impacientemente com a mão para que ela entre. BELA entra.)
(As luzes se acendem no quarto de BELA. Ao Observar o seu novo e estranho aposento, ela não
consegue conter a onda de desespero que se segue.)
BELA: Quem é?
SRA. MARGOT: Sou eu, Mademe Margot, querida. Pensei que você gostaria de tomar uma xícara de
chá.
Sra. MARGOT: Não há nada como uma boa xícara de chá para levantar o ânimo.
Sra. MARGOT: (Com firmeza) Sou Madane MARGOT, querida. Estou encantada em conhecê-la.
(BELA volta-se para encontrar-se com MADAME COLLET, um enorme DONA COMODA operístico.
BELA se sobressalta.)
COLLET: Sabemos que é... Mas como vamos te vestir para o jantar? (Levanta a manga do vestido
dela) O que você ta usando é até bonitinho, mas você não gostaria de usar um dos meus vestidos?
Vamos ver o que há aqui nas minhas gavetas.
BELA: Você é muito amável, mas... eu não vou descer para jantar.
COLLET: Bobagem. É claro que vai descer. Você ouviu o que o AMO falou.
BELA (Firme): Ele pode ser seu AMO... mas não é meu! (pausa) Sinto muito. Tudo isto é demais para
mim.
(Sra. MARGOT e o MADAME COLLET se entreolham, sentindo pena dela. Aproximam-se dela...
gentilmente. )
Sra. MARGOT: Ânimo, menina. Eu sei que tudo lhe parece muito triste agora, mas não se desespere.
Nós estamos aqui pra te ajudar.
CENA 07
ESPERA DO JANTAR
(TADUM bate na porta do quarto de BELA, Sra. MARGOT vai até lá para atende-lo)
Sra. MARGOT:...Eu não tenho a menor ideia do que ela gosta, por isso pedi para prepararem tudo o
que havia na cozinha.
SRA. MARGOT: Tenha paciência. A menina se tornou sua prisioneira enquanto procurava o pai. As
expectativas dela para hoje era retornar para sua casa junto de seu pai e não ficar trancada em um
castelo como uma prisioneira. Ela perdeu o pai e a liberdade no mesmo dia.
LOUIS: Amo... já pensou que talvez, provavelmente, com tudo, toda via, entretanto...
FERA: DIGA LOGO!
FERA: Quebraria o feitiço? Mas é claro! Você pensa que eu sou o que?
LOUIS: Então, o senhor se apaixona por ela... (uma de suas velas se acende) Ela se apaixona pelo
senhor... (outra vela se acende) e pufff! (Junta ambas as chamas) É quebrado o feitiço! Seremos
humanos outra vez e isso pode acontecer hoje mesmo antes da meia-noite!
Sra. MARGOT: Louis, não é tão simples assim. Essas coisas levam tempo.
Sra. MARGOT: Amo, tem que ajudá-la a ver o que o senhor tem por dentro!
Sra. MARGOT: Olhe, tem que começar a se fazer mais apresentável. (Indica que adote uma postura
mais ereta.) Endireite-se! Comporte-se como um cavalheiro.
FERA: O quê?
(TADUM volta.)
FERA: E então?
TADUM: O Amo, obrigado por perguntar, hoje eu to com uma dor nas...
TADUM: Quem?
FERA: TADUM NÃO ME IRRITE OU VOCÊ NÃO VAI CHEGAR A DECIMA SEGUNDA BADALADA ESSA
NOITE! ONDE A BELA ESTÁ?
TADUM: A moca? Bem, estava a ponto de... é... bem... mas nas circunstâncias que a cercam...
(a FERA grunhe impacientemente)
FERA: O que?
(A FERA ruge e cruza intempestivamente o palco, sobe as escadas para o quarto de BELA. LOUIS,
Sra. MARGOT e TADUM o seguem, com expressões de medo.)
CENA 08
QUARTO DA BELA
FERA: Eu sou o amo e senhor deste castelo e estou lhe dizendo para descer para jantar!
BELA: Eu disse, AMO Que não pode ordenar às pessoas que tenham fome. As coisas não funcionam
assim. Além disso... não é uma coisa educada.
FERA: (Com sarcasmo) Ah, não é uma coisa educada? Então... o que lhe parece isso? Se você não
descer para jantar, eu vou te arrastar pelos cabelos!
LOUIS: Amo... talvez este não seja o melhor modo de ganhar o afeto dela.
FERA: (Ruge para LOUIS e sobe) Se não quer jantar comigo, então não vai comer nada!
LOUIS: E nós Tinhamos esperança... Jamais voltaremos a ser humanos outra vez.
COLLET: E então? O que devemos fazer? Dar-nos por vencidos? Eu não vou descansar.
TADUM: Madáme Collet tem razão. Enquanto houver esperança, não nos daremos por vencidos!
Louis, você tem que vigiar esta porta. Qualquer movimento... me avise imediatamente
(LOUIS parodiando uma saudação militar. Sra. Margot e TADUM vão saindo do palco)
LOUIS: (falando sozinho) DEIXEM COMIGO! Eu sou o mais rápido... mais esperto! Mais bonitão e
charmoso de todo esse castelo! Nada e eu disse: NADA irá passar por mim despercebido.
CENA 09
LAMENTAÇÕES DA FERA
FERA: Eu fui gentil e ela se negou! O que quer que eu faça... suplicar? (Levanta o espelho) Quero ver
a Bela!
COLLET: Eu sei que às vezes o amo não é muito gentil, mas debaixo daquela aparência... realmente
ele não é tão mau. Por que você não lhe dá outra chance?
BELA: Por que eu tenho que... fazer isso? Por acaso ele deu uma chance para meu pai?
FERA: Eu estou me iludindo. Ela jamais me verá... a não ser como... um monstro.
CENA 10
HORA DO JANTAR
LOUIS: O mais forte, mais corajoso, sou o melhor guarda que... que... alguém... (Louis começa a
bocejar e cai no sono.)
(BELA sai.)
Sra. MARGOT: Estou encantada com esta moça. Gosto da forma como ela se posiciona para mostrar
a opinião dela.
TADUM: Em minha opinião é um pouco... teimosa. Afinal, ele disse "por favor".
Sra. MARGOT: Acho que é a primeira vez que ouço ele dizer isso.
Sra. MARGOT: Está vendo? Ela já começou a ter uma influência positiva sobre ele.
(BELA se aproxima.)
Sra. MARGOT: Ah, você está aí, querida. Que bom que você veio.
LOUIS: Ah, TADUM! A moça! Fugiu! Eu te juro por Deus que meus olhos... (vendo-a). Enchantee,
mademoiselle. (Beija sua mão.)
TADUM: (Pegando-o) Chega, já é o suficiente. Está bom. Diga o que podemos fazer para que sua
estada seja mais confortável. Qualquer coisa. Seja o que for.
Sra. MARGOT: Não importa! Não vou deixar a pobre menina passar fome.
LOUIS (Cortando-o): TADUM! Que modos são esses? Ela não é uma prisioneira... é uma hóspede! E
queremos que se sinta bem vinda aqui!
TADUM: Está bem, ela pode jantar. Mas por favor não façam barulho. Se o AMO ficar sabendo,
estaremos perdidos!
TADUM: Música?
CENA 11
ALA OESTE
TADUM: Obrigado a todos! Magnífico! Estupendo! Parabéns! (TADUM indica os seus ponteiros.)
Meus Deus, já é muito tarde! Vamos dormir, dormir!
BELA: Ah, não é possível dormir. É a minha primeira noite num castelo encantado.
TADUM: Encantado! Quem lhe disse que o castelo está encantado? (A LOUIS) Foi você, não foi?
TADUM: Não creio que seja uma boa idéia. (DIZ PARA LOUIS) Não podemos deixar que, você sabe
quem, meta o nariz você sabe onde. E você sabe a quem me refiro, não é?
BELA (A TADUM): Talvez o senhor que é tão gentil e inteligente queira me levar. Eu estou certa de
que conhece tudo sobre este castelo.
TADUM: É verdade, mas eu não sei se devo... Em primeiro lugar, observe o belo detalhe do teto
pintado à mão, no qual se destacam os querubins brincando entre as ninfas e os centauros...
(As luzes atenuam em TADUM e companhia, enquanto a FERA entra por outro lado levando uma
bandeja com comida para BELA.)
(E difícil para ele segurar a bandeja, com suas enormes garras, ao subir as escadas para o quarto
de BELA. Custa-lhe ainda mais segurá-la com uma garra enquanto tenta bater na porta com a
outra.)
(As luzes voltam a iluminar TADUM... A FERA se esconde entre as sombras, segurando a bandeja.)
BELA: Ah, Louis, tudo isso é tão lindo! Eu não fazia idéia. Se ao menos ele não vivesse aqui...
BELA: Então a Ala Oeste fica lá? O que será que ele esconde lá em cima?
TADUM: Esconde? Não, não, não. O AMO não esconde nada. VAMOS CONTINUAR NOSSO PASSEIO.
(Bela vai até a Ala Oeste e encontra a Rosa na Cúpula de vidro, hipnotizada pela beleza da flor,
quando ela se aproxima para tocar a fera entra em cena com um rugido estrondoso.)
BELA: ME PERDOE!
FERA: O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? VOCÊ TEM NOÇÃO DO MAL QUE PODERIA TER CAUSADO? EU
DISSE PARA VOCÊ NÃO VIR ATÉ AQUI!
BELA: EU SÓ QUERIA...
(PAUSA)
FERA: EU QUERO QUE VOCÊ SAAAAAAAIA DAQUI. VÁ EMBORA! SUMA! EU NÃO QUERO TE VER
NUNCA MAIS.
FERA: NÃO BELA! ESPERA... ME DESCULPA. EU... EU... Você não entende. Agora resta tão pouco de
mim.
CENA 12
FLORESTA SOMBRIA
MÚSICA: ENTREATO
(Levanta-se o pano. Estamos na escura e tenebrosa floresta. Aparece BELA, fugindo do castelo.
Detém-se para recuperar o fôlego e olha ao redor. Vários pares de olhos amarelos a observam....
olhos de lobos. Os lobos avançam na direção dela. Desesperada, BELA arranca o galho de uma
árvore e o brande de forma ameaçadora. Os lobos avançam grunhindo e rasgando o seu vestido.
Ela cai... tudo parece perdido! Subitamente ouve-se um tremendo rugido. A FERA investe...
jogando um lobo para longe de BELA. Ergue-se ao lado dela protegendo-a dos lobos, que atacam
por todos os lados. Dando um último rugido, arremessa os lobos para longe de si... um deles cai
inerte sobre o palco. A FERA cambaleia e desmaia. BELA hesita por um momento... esta seria sua
oportunidade de fugir. Volta para olhar a FERA, que jaz ferido no chão... e corre para o seu lado.
Ela tenta levantá-lo. Ele geme, dolorido e o cenário se transforma ao seu redor.)
CENA 13
INTERIOR DO CASTELO
(Estamos no castelo, diante de uma lareira crepitante. BELA ajuda a FERA a sentar-se na TRONO.
Segura um dos seus braços doloridos. Sra. Margot, Louis e Tadum entram. Tadum traz uma vasilha
e pano para lavar as feridas da FERA. Sra. Margot põe água quente na vasilha. BELA empapa um
dos panos. Tenta limpar uma das feridas da FERA, mas ele grunhe e se afasta dela.)
(Ele não sabe o que responder. Olham-se desafiantes. Mas tal proximidade Ihes parece incômoda e
ambos desviam o olhar. BELA volta a mergulhar o pano na água quente e o torce.)
(Aplica o pano com muita delicadeza. Ele treme, mas não se afasta,)
FERA: De nada.
Sra. MARGOT: Ótimo! Assim é que deve ser. Eu sabia que se dariam bem, se tentassem.
TADUM: Não há um minuto a perder. Viram a Rosa ultimamente? Esta perdendo pétalas a uma
velocidade alarmante.
Sra. MARGOT: Sem falar que eu já quase não posso me inclinar.
LOUIS: Precisamos dar um empurrãozinho neles. Temos que encontrar um jeito romântico de
aproximá-los.
Sra. MARGOT: Acho que eu tenho justamente o que necessitamos. (Dirige-se à BELA e à FERA)
gostariam de se aquecer com um bom prato de sopa?
(Acendem-se as luzes em outra parte do castelo. Sra. MARGOT, BELA e a FERA vão até uma mesa.
A FERA levanta um dos pratos, coloca-o no chão, e começa a lambê-lo.)
CENA 14
ESPERANÇA
(LENDO)
FERA: EU SABIA! ENTÃO ELE AGORA É O REI. BELA, EU NÃO SABIA QUE OS LIVROS TINHAM ESSE
PODER.
FERA: Que eles nos transportam para lugares diferentes e por um segundo podemos esquecer de
toda nossa vida real e nossos problemas. Eu posso esquecer.... Quem eu sou, o que eu sou.
BELA: Por isso eu sei o que você sente! Eu também sou sozinha e... Gosto de esquecer da vida real as
vezes. A vida nos livros parece muito mais fácil, não é?
CENA 15
BORBOLETAS NA BARRIGA
LOUIS: Esta será a noite! A noite em que o senhor precisa confessar o amor que sente por ela.
LOUIS: Vocês vão ter tudo para noite perfeita. luz de velas- cortesia de seu criado aqui - e também
haverá música suave, clima romântico chegar o momento certo...
LOUIS: Não, não! Vai saber porque... vai sentir aqui... (aponta o coração) ... e então o senhor deverá
falar com todo o coração.
FERA: Nada!
LOUIS: De algum modo, meu príncipe, deverá tomar coragem para correr esse risco.
(A FERA olha a Rosa... não lhe resta alternativa. LOUIS e TADUM o ajudam a pôr-se de pé.)
(TADUM levanta o espelho.... a FERA grunhe e se afasta. Não quer ver seu reflexo... mas LOUIS lhe
vira a cabeça, forçando-o a olhar. Ele está elegantemente vestido, com a crina penteada e
amarrada num rabo-de-cavalo. De fato, ele se vê elegante.)
(LOUIS empurra a relutante FERA para cima da escada, onde as luzes se acendem para iluminar
BELA. Ela veste um impressionante vestido dourado. FERA desce uns degraus e lhe oferece o braço.
Atravessam o palco para sentar numa mesa disposta para banquete, enquanto se levanta um
telão ao fundo. Sra. MARGOT entra.)
CENA 16
SENTIMENTOS SÃO
(A FERA se aproxima mais dela.. e respira profundamente para ganhar coragem. E começa)
BELA: O que é?
BELA: Claro que sim.... todos são tão amáveis, Madame Margot, Louis...
BELA: Estou.
(Aflito, ele se volta para olhar DIN DON e LUMIERE, DIN DON levanta o espelho.)
FERA: O que você tem?
BELA: Eu pensava em meu pai. Gostaria muito de vê-lo. Sinto tanta falta dele.
FERA: Existe um meio. Esse espelho pode lhe mostrar tudo. Tudo aquilo que deseje ver.
BELA: Eu quero ver o meu pai, por favor. (O espelho se ilumina.) Papai? Oh não. Papai! (PARA FERA)
Há alguma coisa com ele. Está em algum lugar da floresta! Parece que está perdido eu tenho que...
FERA: VÁ!
BELA: MAS...
BELA: Mas eu pensei que eu tivesse que ficar aqui para sempre.
FERA: Bela, você não é mais minha prisioneira! Isso mudou há muito tempo. (Entrega o espelho
para bela) Tome, leve ele com você! E sempre que quiser me ver outra vez, é só pedir.
FERA: BELA!
CENA 17
É O FIM
FERA: Ela precisava. O seu pai estava precisando de ajuda e eu tive que deixá-la ir.
Sra. Margot: Porque depois de tanto tempo, finalmente nosso amo aprendeu o que é o amor.
Sra. Margot: Não é tão simples assim Louis, para o feitiço se quebrar, ele precisa ser amado de volta.
Ela precisava retribuir o amor.
TADUM: Essa não...
CENA 18
DE VOLTA A ALDEIA
MARCEL: Não sei o que aconteceu, A última coisa que eu me lembro é de uma sensação de estar
caindo...
BELA: Não, papai, ele já não é horrível. Ele... está tão mudado.
GASPAR: Finalmente você voltou Bela! Não aguentávamos mais as loucuras de seu pai.
PIERRE: Ele delirou como um louco. TODA aldeia ouviu. Conte outra vez... De que tamanho era a
fera?
MARCEL: Bem. era enorme. Tinha uns três metros... não, não, não... mais... três metros e meio.
GASPAR: Seu pai está louco Bela! E você está fugindo de mim.
BELA: Eu não preciso fugir de você Gaspar. Nunca eu ficaria com um homem como você! E o que
meu pai diz é verdade. Eu estava com a Fera!
BELA: ME MOSTRE A FERA (ESPELHO BRILHA E GASPAR O PEGA DA MÃO DE BELA) Ele não é ruim,
ele é doce e gentil...
GASPAR: ESTÁ TÃO LOUCA QUANTO O PAI! VOCÊ ESTÁ AMANDO ESSE MONSTRO?
GASPAR: É VERDADE ENTÃO! PIERRE OLHA O TAMANHO DESSE ANIMAL! VAMOS A CAÇADA. A
CABEÇA DESSE BICHO VAI SER O MEU MAIOR TROFÉU E TODOS SEMPRE IRÃO TEMER O MEU
PODER!
(GASPAR E PIERRE SAEM DO PALCO CORRENDO)
BELA: NÃO! EU PRECISO FAZER ALGUMA COISA. EU PRECISO SALVAR A FERA. Papai por favor, fique
em casa se cuide. Eu voltarei logo e tudo ficará bem.
CENA 19
LUTA
INTERIOR DO CASTELO
(Tudo está em silêncio. GASPAR e a PIERRE não percebem nada ao andar pela mansão, cheia de
objetos imóveis. )
GASPAR: Shhh!
TADUM: ATACAR!
(O castelo inteiro parece se encher de vida quando os objetos atacam PIERRE surpreso.)
GASPAR: VOCÊ É AINDA MAIS HORRIVEL PESSOALMENTE. VAMOS, LEVANTE FERA! EU QUERO SUA
CABEÇA! EU E BELA IREMOS PENDURA-LA EM NOSSA CASA QUANDO NOS CASARMOS!
GASPAR: O QUE FOI? VOCÊ ACHOU MESMO QUE ELA IA AMAR UM MONSTRO COMO VOCÊ? COMO
SE ELA TEM A MIM? UM BICHO COMO VOCÊ SE APAIXONAR POR BELA, É UMA PIADA. LEVANTA
MONSTRO!
GASPAR: ELA TE DETESTA E FOI ELA QUEM ME PEDIU PARA FAZER ISSO. A BELA É MINHA!
(BELA ENTRA CORRENDO NO PALCO)
FERA: BELA?
FERA: você voltou... (FERA DA AS COSTAS A GASPAR e GASPAR enfia a adaga em suas costas. A
Fera rugi de dor então ao se virar e empurrar Gaspar o mesmo se desequilibra e cai da torre do
castelo, logo depois a Fera cai no palco e a Bela finalmente consegue chegar até ele.)
FERA: Talvez fosse melhor assim. Eu estou feliz Bela, porque o ultimo rosto que eu vou ver antes de
partir, vai ser o se...
BELA: NÃO, não! Não! Não! FERA... Não me deixe. Por favor! Não me deixe aqui sozinha. Eu te amo!
CENA 20
FINAL
(Rompe a chorar sobre seu peito. A Rosa brilha resplandecentemente. A última pétala se
desprende. desaparece. soluços de BELA. O corpo da FERA é içado e começa a girar lentamente no
ar. Várias faiscas de luz emergem de seu corpo. A seguir, girando, se transforma no Principe. E
colocado suavemente no chão, envolto num facho de luz branca. O Príncipe se põe de pé. Volta-se
para BELA e lhe estende a mão. Ela franze as sobrancelhas e se afasta dele, desconfiada.)
PRINCIPE CANTA
LOUIS: Amo!
(BELA se aproxima e pega a mão do PRINCIPE. Saem, enquanto o telão da Sala de Jantar desce
cobrindo o castelo.)
TADUM: O quê?
TADUM: (Ainda sem perceber) Alguém pode me explicar quem era aquele jovem?
LOUIS: MAIS É.
LOUIS: OLHA AQUI SEU RELOJO CHARLATÃO! SE EU ESTOU DIZENDO QUE ERA O PRINCIPE ERA O
PRINCIPE.
CAI O PANO
FIM