Sermão #3392 Justificação Pela Fé Por C.H. Spurgeon Vopgdr

Traduzido do original em Inglês
Justification by Faith — Sermon Nº 3392

The Metropolitan Tabernacle Pulpit — Volume 60
By C. H. Spurgeon
Via: SpurgeonGems.org
Adaptado a partir de The C. H. Spurgeon Collection, Version 1.0, Ages Software.
Tradução: Luciana Guarino

Revisão e Capa: William Teixeira
1ª Edição: Abril de 2020
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão
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missão de Emmett O’Donnell em nome de SpurgeonGems.org, sob a licença Creative
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Justificação pela Fé
(Sermão Nº 3392)
Um sermão publicado na terça-feira, 05 de fevereiro de 1914

Por C. H. Spurgeon, no Tabernáculo Metropolitano, Newington.
Na noite da noite do dia do Senhor, 28 de abril de 1867.
“Tendo sido, pois, justificados pela fé,

temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.”
(Romanos 5:1)
Nesta noite desejamos pregar sobre esse texto não meramente como uma ques-
tão doutrinária. Todos vocês creem e entendem o Evangelho da justificação pela
fé, mas queremos pregá-lo como uma questão de experiência, como algo perce-
bido, sentido, apreciado e compreendido na alma. Creio que existem muitos
aqui que não apenas sabem que homens podem ser salvos e justificados pela fé,
mas que também podem dizer através de suas próprias experiências: “Justifica-
dos pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”, e que estão,
neste exato momento, andando e vivendo no verdadeiro desfrute dessa paz.
Visto que desejo falar do texto nesse sentido, peço que vocês me acompa-
nhem, não somente com os ouvidos e com a atenção que tão generosamente
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costumam dedicar, mas também com os olhos de seu autoexame, perguntando

a si mesmo a cada instante: “Eu conheço isso? Eu recebi isso? Fui ensinado por
Deus nessa questão? Fui levado a entender essa verdade?”. A nossa esperança é
que alguma pessoa para quem essas coisas até agora tenham sido meramente
coisas alheias, e portanto sem valor, seja guiada por Deus para se apossar delas,
para que elas sejam valorizadas pela alma, pelo coração e pela consciência, e
assim possa desfrutá-las e encontrar-se naquele estado que temiam nunca alcan-
çar, a saber, em um estado de reconciliação com Deus, no qual alegremente
desfrutam de paz com o Altíssimo.
Nosso primeiro pensamento será algo simples, uma conversa séria a res-
peito de:
I. ALGUMAS DESCOBERTAS PRELIMINARES QUE O HOMEM

FAZ ANTES DE OBTER PAZ COM DEUS.
Penso que essas descobertas de forma alguma são estranhas ao texto, ou
meramente impostas a ele, mas que lhe pertencem apropriadamente. Veja que
Paulo antes falar sobre a justificação pela fé, estava falando sobre pecado. Não
seria possível dar uma definição compreensível sobre a justificação sem menci-
onar que os homens são pecadores, sem informá-los que eles quebraram a santa
lei de Deus, e que a lei, por e de si mesma, nunca poderia restaurá-los ao favor
de Deus.
Algumas coisas que irei falar agora são absolutamente necessárias, se não
para o meu sermão, o serão certamente para o seu entendimento espiritual, mes-
mo que seja apenas um jota ou um til, acerca do que é ser justificado pela fé!
Então, quais são essas coisas? A primeira descoberta que, pelo Espírito de
Deus, o homem é levado a fazer antes de ser justificado é que é importante ser
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justificado aos olhos de Deus. Muitas pessoas não sabem disso. Você pode entrar
em uma loja nesta noite e encontrar um homem no balcão, e perguntar a ele:
— “Você nunca vai a um lugar de culto?”,
— “Não”, ele diria, “mas eu sou tão bom quanto aqueles que fazem isso”,
— “Como assim?”,
— “Bem, eu sou muito melhor do que alguns deles”,
— “Como é isso?”,
— “Eu nunca fracassei nos negócios, nunca enganei as pessoas com quem
entrei em sociedade, nunca contei mentiras, não sou ladrão, não sou um bêbado,
sou tão honesto quanto outros poderiam ser, e isso é bem mais do que você pode
dizer sobre algumas pessoas religiosas”.
Ora, em parte, tal homem possui um bom caráter. Contudo, existe duas
partes, ele só consegue enxergar uma: Que ele deve ser justo para com o seu
próximo. Ele vê isso, mas não consegue ver que o homem também deve ser justo
para com Deus. E se esse homem realmente pensasse um pouco, veria que as
maiores obrigações de uma criatura devem ser, não para com seus semelhantes,
mas para com seu Criador, e mesmo que um homem seja justo para com outro
homem, ainda assim, ele pode ser completamente injusto para com Deus, e por
isso, ele não pode escapar da mais severa penalidade. Mas, oh!, a maioria dos
homens pensa que, desde que cumpra as leis da terra, desde que dê a seus seme-
lhantes o que lhes é devido, não importa se o dia do Senhor é objeto de desprezo,
se a vontade de Deus torna-se apenas pretexto para a realização da vontade dos
homens e se a lei de Deus é lançada ao chão e pisoteada.
Penso que todos aqui irão colocar a mão na testa por um momento e pen-
sar, que embora um homem possa ir diante do tribunal de seu país e dizer pe-
rante qualquer juiz ou júri, e dizer: “Em nada tenho prejudicado meu próximo,
sou justo diante dos homens”, ainda assim, isso não torna o seu caráter perfeito.
A menos que ele também seja capaz de dizer: “E eu também sou justo diante da
presença do Deus que me criou, e de quem sou servo”, ele irá terá feito apenas
uma parte, a parte menos importante, da lei de Deus para ele.
Nada pode ser mais importante para nós do que estarmos bem diante do
grande Deus a quem tão logo retornaremos no grande dia, quando ele disser:
“Voltem filhos dos homens”. Devemos então dedicar nossas almas àquele que
nos criou. Bem, você certamente pode ir comigo até aqui — o que é necessário.
Você sente, ou não, em seu coração um desejo de ser justo diante de seu Criador?
Sou grato por você pode responder afirmativamente.
A próxima coisa é essa: Quando o Espírito de Deus leva um homem a

Cristo, ele descobre que sua vida passada foi seriamente arruinada pelas graves
ofensas à lei de Deus que cometeu. Antes de o Espírito de Deus entrar em nossa
alma, nós estamos como que em um quarto no escuro, não podemos ver nada.
Não podemos ver as teias de aranha, ou as próprias aranhas, as coisas sujas e
repugnantes que podem estar escondidas ali.
Mas quando o Espírito de Deus penetra na alma, o homem fica surpreso
ao descobrir que ele é o que é — e especialmente se ele abrir o livro da lei, e for
iluminado pela luz do Espírito divino, à medida que lê que a lei é perfeita e
então compará-la com seu próprio coração e vida imperfeitos. Ele se sentirá mal
quanto a si mesmo, com repugnância e, às vezes, desespero.
Consideremos apenas um mandamento. Talvez haja alguns aqui que dirão:
— “Eu sei que fui muito casto durante toda a minha vida, pois o manda-
mento diz: ‘Não cometerás adultério’, e nunca o quebrei, sou puro nisso”.
Sim, mas agora ouça Cristo explicar esse mandamento: “Eu, porém, vos
digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração
cometeu adultério com ela” (Mateus 5:28). Agora, então, quem dentre nós pode
dizer que nunca fez isso? Se esse é o significado do mandamento, quem na terra
pode dizer: “Eu sou inocente”?
Se a lei de Deus, como nos diz a Escritura, não lida apenas com nossas
ações externas, mas também com nossas palavras, nossos pensamentos e nossa
imaginação, e se ela possui um alcance tão amplo a ponto de chegar até à parte
mais secreta de um homem, quem de nós pode se declarar inocente diante do
trono de Deus? Não, queridos irmãos, vocês e eu devemos entender isso antes
de podermos ser justificados, pois a verdade é que estamos cheios de pecados. E
se eu disser que estamos tão cheios de pecados quanto um ovo está cheio com
sua clara e sua gema? Somos todo pecado. A imaginação e o pensamento do
nosso coração são maus, apenas maus e continuamente maus.
Se alguns de vocês estão envolvidos com a ideia de que são justos, oro a
Deus que livre dessas ideias ilusórias e os faça enxergar quem realmente vocês
são, pois, se vocês nunca enxergarem sua própria insignificância, jamais enten-
derão a total suficiência de Cristo. A menos que você seja derrubado, Cristo
nunca o levantará. A menos que você se veja como perdido, nunca se importará
com o Salvador que “veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10).
Essa é a segunda descoberta, que é importante ser justo diante Deus, mas devido
à espiritualidade da lei moral de Deus e à nossa consequente incapacidade de
guardá-la perfeitamente, estamos muito longe de permanecer nessa posição.
Agora, temos outra descoberta a fazer, a qual é uma consequência das duas
descobertas anteriores, a saber, é totalmente impossível para nós termos espe-
rança de algum dia sermos justos diante de Deus confiados em nossos próprios
feitos. Devemos desistir agora, e considerar isso como um caso totalmente per-
dido. O passado é passado, e nunca poderá ser apagado por nós, e o presente,
enquanto permanecermos na fraqueza de nossa carne, não é muito melhor que

o passado, e o futuro, apesar de todas as nossas boas esperanças de aperfeiçoa-
mento pessoal, provavelmente não será melhor, e assim a salvação atrás das obras
da lei se torna uma triste impossibilidade para nós.
A lei diz: “Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que
estão escritas no livro da lei, para fazê-las” (Gálatas 3:10). Em certa ocasião, eu
estava conversando com um dos judeus mais ilustres e nobres, e quando eu citei
esse versículo para ele — pois ele acreditava ser perfeitamente justo, e acredito
que se alguém pudesse fazê-lo baseado em sua própria conduta moral, ele ho-
nestamente alegaria isso — e então lhe perguntei:
— “Agora, baseado em sua lei própria, você tem permanecido em todas as

coisas escritas nela?”
— “Não tenho”, ele disse.
— “Então”, eu continuei, “a maldição está sobre você, e então como você

espera escapar dela?”
E essa foi uma pergunta para a qual ele não teve qualquer resposta, pois é
uma pergunta que, quando bem entendida, nenhum homem pode responder,
exceto apontando para a cruz de Cristo e dizendo: “Ele se fez maldição por nós
para que pudéssemos ser abençoados”. A menos que você e eu cumpramos per-
feitamente a lei de Deus, pouco importa o quão perto possamos chegar da per-
feição.
É como se Deus tivesse confiado à nossa responsabilidade um vaso de cris-

tal perfeito, e tivesse dito: “Se você conseguir mantê-lo inteiro e assim o apre-
sentar a mim, então você terá uma recompensa”. Mas nós o trincamos, o que-
bramos, ah! meus irmãos, muitos de nós o quebramos e o fizemos em pedaci-
nhos. Mas vamos supor que apenas tenhamos lhe provocado uma rachadura.
Então, mesmo nesse caso perderíamos a recompensa, pois a condição era que
ele deveria estar perfeitamente inteiro, e a mais leve rachadura é uma violação
da condição sobre a qual a recompensa teria sido dada. Mesmo que você diga
que nunca mais o danificará novamente, você já o quebrou. Você riscou o seu
nome da lista de recompensas.
Por vezes parece difícil explicar às pessoas que, se elas violaram a lei em um
ponto, então elas a violaram em sua totalidade, mas não é tão difícil de entender
quanto parece, pois se eu contar a um homem que está descendo uma mina de
carvão em um elevador preso a uma longa corrente que se ele quebrar apenas
um elo dessa corrente, não importará que todos os outros milhares de elos con-
tinuem inteiros, se apenas um elo for quebrado, então ele causará a queda do
elevador e o pobre mineiro morrerá, ninguém achará difícil entender. Todo
mundo reconhece que isso é uma da lei mecânica, a força de uma corrente deve
ser medida por sua parte mais fraca.
E, do mesmo modo, a força de nossa obediência a Deus deve ser medida
exatamente no ponto em que ela falha. Infelizmente a nossa obediência falhou
e, através dela, jamais qualquer um de nós pode ser justo diante de Deus.
Agora, quero parar um minuto e refletir um pouco mais demoradamente.

todos vocês compreendem isso? Que é importante ser justo diante de Deus, que
podemos ver que não somos justos e que não conseguimos ser assim? Estamos
absolutamente convencidos de que, por nossa própria obediência à lei de Deus,
é impossível sequer pensarmos em ser aceitos diante do Altíssimo?
Eu oro ao Espírito Eterno que os convença de todas essas coisas, ou você

continuará batendo à porta até ter certeza de que Deus a fechou para sempre; e
continuará subindo a montanha até cair de lá, até estar convencido de que é
impossível escalá-la e, então, desistirá de seu esforço desesperado e virá a Deus
da maneira aceitável a ele, que é bem diferente da sua própria maneira. Confio
que estamos todos convencidos disso.
Observemos mais uma descoberta preliminar. Um homem, depois de des-
cobrir tudo isso, descobre subitamente que, na medida em que não é justo di-
ante de Deus e não pode ser, está, no momento presente, debaixo da condena-
ção. Deus nunca é indiferente ao pecado. Se, portanto, um homem não está em
um estado em que Deus possa justificá-lo, ele está em um estado em que Deus
deve condená-lo. Se você não está justificado diante de Deus, então está conde-
nado nesse exato momento. É verdade que você não é executado imediatamente,
mas a condenação pesa sobre você, e o sinal de que isso é assim é a sua incredu-
lidade, pois “quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do
unigênito Filho de Deus” (João 3:18).
Como alguns de vocês se levantariam de seus assentos hoje à noite se, de

repente, tivessem sido informados que haviam sido condenados pelos tribunais
de seus próprios países? Mas quando digo que foram condenados pelo tribunal
do céu, isso desliza por sobre a consciência de vocês como gotas de água ou óleo
sobre uma placa de mármore. E, contudo, meus ouvintes, se vocês soubessem o
significado daquilo que estou dizendo — e eu oro a Deus, o Espírito Santo, para
que vocês saibam — isso faria seus ossos tremerem! Deus condenou vocês. Vocês
estão fora de Cristo. Vocês quebraram a lei dele. Deus levantou a sua mão para
punir vocês, e embora sua misericórdia dure por algum tempo, ainda assim os
dias e as horas passarão, e em breve a condenação tomará a forma de execução,
e então o que será das suas almas?
Vocês devem ter a sentença de condenação escrita em suas próprias almas,
ou então nunca serão justificados, pois até que sejamos condenados por nós
mesmos, não podemos ser absolvidos por Deus. Mais uma vez, paro e digo:
Você sente isso, meu querido ouvinte? Se sim, em vez de se desesperar, tenha
esperança. Se você percebe a sentença de morte dentro de você, seja grato por
isso, pois agora a vida lhe será dada pela graciosa mão de Deus.
Tendo ocupado, talvez, muito tempo com isso, agora entramos imediata-
mente no texto para:
II. MOSTRAR O CONHECIMENTO DO EVANGELHO QUE

NOS FOI ENSINADO PELO ESPÍRITO DE DEUS
Posso lhes oferecer o ensino do Evangelho através de algumas frases, a sa-

ber, que, devido ao pecado, o caminho da obediência está para sempre fechado
para o homem e, assim, nós — nenhum de nós — podemos caminhar por ela
até alcançar a verdadeira retidão. Deus agora decidiu lidar com os homens de
uma forma misericordiosa, perdoando-os por todas as suas ofensas, concedendo-
lhes seu amor, recebendo-os graciosamente e amando-os livremente.
Aprouve a ele, em sua infinita sabedoria, conceber uma maneira pela qual,
sem prejudicar a sua justiça, ele poderia receber os mais indignos os homens
mais em seu coração, torná-los seus filhos e os abençoar com todas as bênçãos
que teriam sido deles, se tivessem guardado perfeitamente a lei de Deus, mas
que agora chegarão a eles como um dom e uma graça imerecida da parte de
Deus.
Confio que aprendemos que existe um plano de salvação pela graça, e so-
mente pela graça, e é uma grande coisa saber que se é pela graça, não é pelas
obras.
É uma benção nunca confundir em sua mente a doutrina das obras e a
doutrina de receber pela graça, pois existe uma diferença essencial e eterna entre
os dois. Espero que todos saibam que os dois não —podem ser misturados. Se
somos salvos pela graça, então não podemos ser pelos nossos próprios méritos,
mas se dependermos de nossos próprios méritos, não podemos apelar para a
graça de Deus, já que as duas coisas nunca podem ser misturadas. Deve ser so-
mente pelas obras, ou então somente pela graça.
O plano de salvação de Deus exclui todas as nossas obras. “Não vem das
obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:9). A salvação de Deus chega até
nós com base na graça, pura graça somente. E esse é o plano de Deus, a saber,
que, como não podemos ser salvos por nossa própria obediência, então devemos
ser salvos pela obediência de Cristo. Jesus, o Filho de Deus, veio em carne, viveu
uma vida de obediência à lei de Deus e, sendo achado na forma de homem,
humilhou a si mesmo, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz, em
sua vida e em sua morte o Salvador guardou e honrou completamente a lei que
quebramos e desonramos.
E o plano de Deus é este: “Não posso abençoá-lo por você mesmo, mas
vou abençoá-lo por causa de meu Filho. Olhando apenas para você, devo amal-
diçoá-lo, mas lancei a maldição sobre ele, e agora, quando olho para você através
dele, posso abençoá-lo, embora você não o mereça, posso passar por cima do
seu demérito, posso apagar os seus pecados como uma nuvem e lançar as suas
iniquidades nas profundezas do mar, através do que ele fez. Você não tem mé-
ritos, mas ele tem méritos ilimitados, você é cheio de pecados e deve ser punido,
mas ele foi punido em seu lugar, e agora eu posso me relacionar com você”.
Essa é a linguagem de Deus, colocada em palavras humanas: “Eu posso

lidar com você em misericórdia através dos méritos de meu querido Filho”. É
assim que o Evangelho chega até você. Se você crê em Jesus, se você confia nele,
todos os méritos de Jesus são seus méritos e são imputados a você, todos os
sofrimentos de Jesus são os seus sofrimentos. Todos os méritos dele são impu-
tados a você. Você está diante de Deus como se fosse Cristo, porque Cristo
estava diante de Deus como se ele fosse você — ele em seu lugar, você no lugar
dele.
Substituição! Essa é a palavra! Cristo, o substituto dos pecadores, Cristo
ficou em nosso lugar e suportou os raios da oposição divina contra todo pecado,
“àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós” (2 Coríntios
5:21). O homem agora fica no lugar de Cristo, e recebe os raios da luz do sol do
favor divino, em vez de Cristo.
E isso acontece através da confiança ou crença. O meio de Deus para unir
você a Cristo é através da sua confiança nele. “Tendo sido, pois, justificados” —
Como? Não pelas obras, esse não é o elo que nos une a Cristo, mas “justificados
pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus”. Cristo oferece a Deus a
substituição, pela fé nós a aceitamos e a partir desse momento Deus nos aceita.
Queridos amigos, vocês sabem disso? Vocês foram ensinados sobre isso
pelo Espírito de Deus? Talvez vocês tenham aprendido isso no Catecismo da
Assembleia1 quando você era apenas criança, e esse ensino tenha sido reforçado
em todas as aulas que você assistiu desde então, mas você conhece isso em sua
própria alma e sabe que o caminho da salvação de Deus é através de uma simples
dependência de seu querido Filho? Você sabe que aceitou isso e que agora está
descansando em Jesus? Se sim, então você é três vezes feliz!
Vamos adiante para falarmos sobre...
1
Catecismo Menor da Assembleia de Westminster, o qual foi usado por Spurgeon como base
para editar um catecismo para sua própria igreja, o Catecismo Puritano.
III. O GLORIOSO PRIVILÉGIO DESSE ASSUNTO
Nós o guiamos, e espero que o Espírito de Deus também o tenha guiado,

através das descobertas preliminares e da grande descoberta de que Deus pode
nos salvar pelos méritos de outro, e agora vamos observar esse glorioso privilégio,
palavra por palavra.
“Tendo sido, pois, justificados”. O texto nos diz que todo homem crente
está, no presente momento, perfeitamente justificado diante de Deus. Você sabe
que Adão estava em um estado de pura inocência no paraíso. O mesmo acontece
com todo crente. Ah, e é mais do que isso. Adão podia conversar com Deus
porque ele era purificado de pecado, e também temos acesso com ousadia a Deus
nosso Pai, porque, pelo sangue de Jesus, somos purificados.
Ora, não digo que esse seja o privilégio de alguns santos eminentes, mas
aqui olho em volta para esses bancos e vejo meus irmãos e irmãs — dezenas e
centenas deles — todos os quais hoje à noite são justos diante de Deus — per-
feitamente, completamente, tão justos que nunca poderão ser de outro modo
senão justos, tão justos que até mesmo no céu não serão mais aceitáveis a Deus
do que são aqui nesta noite.
Esse é o estado para o qual a fé traz um pecador pobre, perdido, culpado,
desamparado e inútil. O homem pode ter feito tudo o que era ruim antes de
crer em Jesus, mas assim que ele confia nele, os méritos de Cristo se tornam seus
méritos, e ele permanece diante de Deus como se fosse perfeito, “sem mácula,
nem ruga, nem coisa semelhante” (Efésios 5:27), através da justiça de Cristo.
Entretanto, observe o estado de justificação, os meios pelos quais o alcan-
çamos, somos “justificado pela fé”. O caminho para alcançar esse estado de jus-
tificação não é através de lágrimas, de orações, de humildade, de obras, de leitura
da Bíblia, de frequentar a igreja ou a capela, de receber os sacramentos ou da
absolvição sacerdotal, mas pela fé, a fé que é uma simples e total dependência e
crença na fidelidade de Deus, uma dependência da promessa de Deus pelo fato
de que a promessa de Deus é digna de dependência. Fé é confiar no que Deus
disse com toda a nossa força. Isso é fé, e todo homem que possui essa fé é per-
feitamente justificado esta noite.
Eu sei o que o Diabo lhe dirá. Ele lhe dirá: “Você é um pecador!”. Diga a
ele que você sabe que é, mas é justamente por isso que você é justificado. Ele lhe
falará a você sobre a grandeza do seu pecado. Conte a ele sobre a grandeza da
justiça de Cristo. Ele mencionará todos os seus tropeços e quedas, suas ofensas
e seus desvios. Diga a ele, e diga também à sua própria consciência, que você
sabe de tudo isso, mas que Jesus Cristo veio para salvar pecadores e que, embora
seu pecado seja grande, Cristo é absolutamente capaz remover todos eles.
Parece que alguns de vocês não querem confiar em Cristo enquanto ainda
são pecadores. Vocês têm um tipo de fé confusa. Vocês confiam em Cristo como
se pensassem que ele poderia fazer algo por vocês, e então você poderia fazer o
resto. Eu lhes digo que, enquanto vocês olharem para si mesmos, vocês não
saberão o que significa fé. Vocês devem estar convencidos de que não há nada
de bom em si mesmos, devem saber que são pecadores e que, em seus corações,
vocês são tão grandes e terríveis pecadores quanto o pior e mais vil dos ímpios.
Vocês devem vir a Jesus e renunciar às suas justiças fictícias e às suas pretensas
bondades, e devem tomá-lo como o seu tudo e confiar nele.
Quão maravilhoso é sentir ser pecado e ainda conhecer sua justiça — os
dois juntos. Sentir arrependimento por causa do pecado e ainda ter uma confi-
ança gloriosa no sacrifício que tudo expia! Oh! Se vocês pudessem entender a
fala da noiva: “Eu sou morena, porém formosa” (Cânticos 1:5). Nós éramos
sujos e sombrios como o inferno, e, no entanto, nos tornamos, formosos, graci-
oso, justo, amáveis, inexprimivelmente glorioso pela justiça de Jesus.
Meus queridos irmãos e irmãs, vocês podem sentir isso? Se vocês não po-
dem sentir isso, vocês podem crer nisso? Então vocês podem cantar nas palavras
de Joseph Hart:
“Através do seu fiador, você é libertado,
Suas mãos queridas foram perfuradas por você;
Vestido com as vestes de seu Salvador,
Você é santo como o Santo.”
Pois assim você é aceito diante de Deus como Cristo é aceito e, apesar do
pecado inato e da corrupção de seu coração, você é tão querido por Deus quanto
Cristo o é, e tão aceito na justiça de Cristo quanto Cristo é aceito em sua própria
obediência.
Já chegamos até aqui? Esse é o ponto sobre o qual quero inquirir esta noite.
Você chegou tão longe a ponto de saber que é através da fé que somos justifica-
dos? Se sim, conduzirei vocês a um passo adiante, para observar — e nisso estou
voltando, enquanto também está avançando — que “justificados pela fé através
de nosso Senhor Jesus Cristo”. Aí está o fundamento, a mola mestra. Aí está a
árvore que contém o fruto. Somos justificados pela fé, mas não pela fé em si
mesma. A fé em si mesma é uma graça preciosa, mas não pode, por si só, nos
justificar. É justificação acontece “através de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Por mais simples que seja essa observação, devo arriscar repeti-la hoje à
noite, porque é difícil manter isso em mente. Mas lembre-se de que a fé não é
uma obra que o Espírito realizar em nosso interior, mas uma obra de Cristo na
cruz. Aquilo sobre o qual devo descansar como minha esperança meritória não
é o fato abençoado de que agora sou um herdeiro do céu, mas o fato ainda mais
abençoado de que o Filho de Deus me amou e se entregou por mim.
Meus queridos irmãos, quando tudo está bem, há uma tentação de dizer:
“Bem, agora está tudo bem comigo, pois sinto isso e sinto aquilo”. Muito bem,
essas evidências têm seus lugares, mas quando tudo escurece e em vez dessas
evidências graciosas, você obtém evidências igualmente claras de que não é per-
feito, e então precisa clamar: “Miserável homem que eu sou! quem me livrará
do corpo desta morte?” (Romanos 7:24), você descobrirá que, em vez de suas
belas evidências, terá que correr para a cruz. Houve um tempo em que eu tam-
bém pude sentir um grande consolo no que acredito ser a obra do Espírito de
Deus em minha alma. Agradeço a Deus por isso e o bendigo por isso agora, mas
acredito que aprendi a andar por onde andava o pobre Jack, o vendedor ambu-
lante: 2
“Eu sou um pobre pecador, e nada mais;
Mas Jesus Cristo é o meu tudo em todos.”
Irmãos, esse é solo que em que devemos viver, devemos edificar sobre essa
rocha. Por vezes, no topo de algumas montanhas os homens constroem plata-
formas de madeira para poderem subir um pouco mais alto. Bem, algumas des-
sas plataformas frágeis começam a tremer, mas quando você desce diretamente
para o chão da montanha, ele nunca treme e você estará perfeitamente seguro
ali. Às vezes, construímos plataformas precárias sobre nossas experiências e boas
obras — tudo muito feito da nossa maneira, mas eles começam a tremer quando
vem a tempestade. Que a sua alma se apegue à rocha, por tudo o que o Espírito
Santo fez por ela, e não dependa de mais nada do que dependia o pobre ladrão
que estava morrendo na cruz, pois, visto que não possuía uma única boa obra,
22
Nota de tradução: Jack é um vendedor ambulante, personagem da história Poor Huckster,
que um dia ouviu uma senhora cantando esses versos e passou a cantá-los também. Até o dia
em que as palavras começaram a arder em seu coração e ele se converteu.
ele teve que agarrar-se somente no Cristo que estava morrendo — Oh! Acredite
em mim, essa alma está no lugar mais seguro para se viver e no lugar mais aben-
çoado para se morrer. Ninguém além de Jesus! Ninguém além de Jesus é neces-
sário para um pobre pecador quando ele é salvo de seus pecados, e ninguém
além de Jesus é necessário para um santo idoso deitado em sua cama prestes a
dar seu último testemunho:
“Nada em minhas mãos eu trago,
Simplesmente à tua cruz me agarro.”
“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso
Senhor Jesus Cristo”.
Por fim, para coroar tudo isso, existe um privilégio preciosíssimo que esses
homens desfrutam: “Temos paz com Deus”. Eu sei que isso pode parecer uma
frivolidade para pessoas insensíveis, mas não para aquelas que pensam. Não
posso dizer que simpatizo com aquelas pessoas que fecham os olhos para as be-
lezas da natureza. Ouvi falar de bons homens viajando por belas paisagens e
fechando os olhos por medo de vê-las.
Eu sempre mantenho meus olhos o mais aberto possível, porque acho que
posso ver Deus em todas as obras de suas mãos, e o que Deus se deu ao trabalho
de fazer, acho que devemos nos dar ao trabalho de olhar. Certamente deve haver
algo a ser visto nas obras de um homem, se ele for sábio, e a ainda mais deve
haver algo valioso a ser visto nas obras de um Deus que é onisciente.
É agradável dizer, quando você olha para uma paisagem iluminada pela luz
do sol e sombreada por nuvens: “Bem, meu Pai fez tudo isso, e embora eu nunca
o tenha visto, eu me deleito no trabalho de suas mãos, ele fez tudo isso, e estou
perfeitamente em paz com Ele”. Então, enquanto você está lá, uma tempestade
se aproxima. Grandes gotas começam a cair. Há trovões ao longe. Mas eles co-
meçam a ressoar cada vez mais alto. E, então, surge um relâmpago.
Agora, aqueles que não estão em paz com Deus podem correr e fugir, mas
aqueles que estão perfeitamente em paz com ele podem ficar e dizer: “Bem, é
meu Pai que está fazendo tudo isso, é a sua voz, a voz do Senhor, que é cheia de
majestade”. 3 Adoro ouvir a voz do meu pai. Eu nunca fico tão feliz como
quando estou em uma grande tempestade, e então vêm os relâmpago chega, eu
penso: Isso é apenas o brilho dos olhos de meu Pai, agora, Deus está perto,
anteriormente parecia que ele havia se ausentado do mundo, mas agora ele vem
cavalgando sobre as asas do vento, deixe-me ir encontrá-lo. Eu não estou com
medo!
Suponha que você esteja no mar durante uma tempestade. Você é justifi-
cado pela fé e diz: “Bem, que as ondas rujam, que batam palmas, meu Pai segura
as águas na concha de Sua mão; 4 por que eu deveria ter medo?”. Deixe-me lhe
dizer que vale a pena acreditar que Deus pode nos colocar em um calmo estado
de espírito “ainda que um exército se acampe contra nós”. 5
É assim com o crente quando dificuldades passageiras surgem. Ocorre uma
crise após a outra, ao ponto de parecer que até mesmo todas as instituições
financeiras quebrarão. Nada é certo. O homem perdeu a crença e a confiança
no próximo. Tudo está indo mal. Mas o cristão diz: “Deus está no comando,
toda a economia mundial é administrada pelo grande Rei, que os homens fa-
çam o que quiserem, mas:
“Ele exerce sua autoridade em todos os lugares,
e todas as coisas servem ao seu poder.”
3
Salmos 29:4.
4
Isaías 40:12.
5
Salmos 27:3.
Eu sinto que Pai não pode me deixar seguir por um caminho errado.
Mesmo que ele use sua vara sobre mim, isso me fará bem, e eu lhe agradecerei
por isso, pois estou em perfeita paz com ele.
E então, quando a morte chegar, poderei dizer: “Vou para Deus e fico feliz
em ir, pois não vou como um prisioneiro para um juiz, mas como uma noiva
vai para seu o marido, como uma criança retorna da escola para os braços dos
pais”. Oh! É reconfortante ter esse sentimento de paz com Deus, no momento
da morte! Certamente todo homem contemplativo sentirá isso. Agora, se você
confiar em Cristo, será justificado pela fé. Sendo justificado, seu coração sentirá
que a perfeita paz é trazida a ele, de modo que você receba a vontade de seu Pai
com perfeita tranquilidade, seja o que for. Quer seja a vida quer seja a morte,
isso não importa para você, pois tudo está certo entre Deus e a sua alma.
Oh! Eu gostaria que fosse assim com todos os presentes! Pode ser assim se
o Espírito de Deus o levar a descansar em Jesus. Assim será com você esta noite,
meu querido amigo, mesmo que você nunca tenha pensado que seria assim
quando chegou aqui, mas agora você vê tudo. É simplesmente crer, simples-
mente confiar. Oh! Creia nele! Confie nele e a paz com Deus dará uma alegria
à sua alma que o mundo nunca foi capaz de lhe dar e tampouco será capaz de
tirá-la de você, antes você a terá para sempre e sempre. Que Deus conceda essa
paz a cada um de nós! Amém.
ORE para que O ESPÍRITO SANTO use este sermão para trazer muitos ao
Conhecimento salvífico de JESUS CRISTO para glória de DEUS PAI.
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
O Estandarte de Cristo
2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho
4
está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século
cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho
5
da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos,
6
mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.
Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nos-
sos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.
7
Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de
8
Deus, e não de nós. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não
9 10
desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que
11
a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos,
estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se mani-
12
feste também na nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós
13
a vida. E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós
14
cremos também, por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor
15
Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto
é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação
16
de graças para glória de Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem
17
exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e
18
momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não
atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem
são temporais, e as que se não veem são eternas.

Sermão #3392 Justificação Pela Fé Por C.H. Spurgeon Vopgdr

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Sermão #3392 Justificação Pela Fé Por C.H. Spurgeon Vopgdr

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Traduzido do original em Inglês

Justification by Faith — Sermon Nº 3392

Tradução: Luciana Guarino

1ª Edição: Abril de 2020

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com per-

Um sermão publicado na terça-feira, 05 de fevereiro de 1914

“Tendo sido, pois, justificados pela fé,

costumam dedicar, mas também com os olhos de seu autoexame, perguntando

I. ALGUMAS DESCOBERTAS PRELIMINARES QUE O HOMEM

— “Bem, eu sou muito melhor do que alguns deles”,

A próxima coisa é essa: Quando o Espírito de Deus leva um homem a

Consideremos apenas um mandamento. Talvez haja alguns aqui que dirão:

enquanto permanecermos na fraqueza de nossa carne, não é muito melhor que

— “Agora, baseado em sua lei própria, você tem permanecido em todas as

— “Não tenho”, ele disse.

— “Então”, eu continuei, “a maldição está sobre você, e então como você

É como se Deus tivesse confiado à nossa responsabilidade um vaso de cris-

Agora, quero parar um minuto e refletir um pouco mais demoradamente.

Eu oro ao Espírito Eterno que os convença de todas essas coisas, ou você

Como alguns de vocês se levantariam de seus assentos hoje à noite se, de

II. MOSTRAR O CONHECIMENTO DO EVANGELHO QUE

Posso lhes oferecer o ensino do Evangelho através de algumas frases, a sa-

Essa é a linguagem de Deus, colocada em palavras humanas: “Eu posso

Vamos adiante para falarmos sobre...

III. O GLORIOSO PRIVILÉGIO DESSE ASSUNTO

Nós o guiamos, e espero que o Espírito de Deus também o tenha guiado,

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