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Vamos iniciar uma série de lições para as células sob o título: “As parábolas de Jesus”. O que são parábolas?

De
maneira simples e considerando as parábolas bíblicas, são histórias fictícias que comparam elementos do cotidiano com
princípios do Reino de Deus. Nas próximas semanas, abordaremos algumas dessas histórias e extrairemos delas os princípios
do Reino que elas contém. Será como garimpar grandes minas de metais e pedras preciosas. Que o Espírito Santo nos conduza
nesta grande aventura!

• Desvendar o orgulho que temos em nossos corações;


• Ensinar que o orgulho é uma grande barreira entre o ser humano e Deus;
• Convencer que todos os seres humanos são pecadores, mesmo que não tenham essa aparência.

Introduza a lição de hoje aos presentes através das seguintes perguntas:

1. Você se considera uma pessoa boa? Por quê?


2. Se sim, por se considerar bom, você se julga merecedor das bênçãos de Deus?
3. Qual é a sua opinião sobre os políticos do Brasil? Em alguma ocasião, você já se considerou melhor do que eles enquanto
pessoa?

Texto-base: Lucas 18.9-14 (Nova Versão Internacional).

Leia o texto-base com os presentes. Logo após, para melhor compreensão do texto, exponha as seguintes informações:

• O versículo 9 do presente texto nos diz qual foi o público-alvo desta parábola, quando Jesus a contou. De acordo com o
texto, foram pessoas que “confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros”, ou, em outras palavras, pessoas que
se achavam muito boas e desprezavam as outras por conta disso;

• No versículo 10, ponto em que a parábola, de fato, tem seu início, nos são apresentados os seus dois personagens. O primeiro
é um fariseu. Quem foram os fariseus? Os fariseus foram um dos grupos religiosos que compuseram a sociedade judaica na
época de Jesus. Sua principal característica está no fato de terem sido fortemente dedicados à Lei de Moisés, interpretando e
aplicando-a de maneira minuciosa e exaustiva. Por causa disso, eram respeitados e admirados pelo povo judeu. Entretanto,
foram acusados por Jesus de hipocrisia, legalismo e vaidade, por não viverem o que ensinavam, se preocuparem mais com a
aparência do que com a transformação do coração, imporem muitas regras sobre si mesmos e seus seguidores, e gostarem de
ser reconhecidos pelas pessoas. O segundo personagem é um publicano. Os publicanos eram cobradores de impostos. O
imperador romano, como senhor da província da Judeia, exigia-lhes tributos. Para tanto, dentre os próprios judeus,
contratava alguns para cobrarem essas exigências. Esses judeus contratados, além de cobrarem o que o império exigia,
tinham autorização para cobrar um valor a mais, que se referia ao seu ganho pelo trabalho que realizavam. Em alguns casos,
esses valores eram abusivos e cobrados mediante violência. Por causa disso, os publicanos eram considerados “pecadores” e

Igreja Presbiteriana Independente de Pouso Alegre.


traidores pelos religiosos e pelo povo judeu, sendo desprezados e rejeitados por todos. O texto bíblico em questão nos diz
que esses dois homens subiram ao templo para orar;

• O versículo 11 nos diz qual foi a atitude do fariseu ao orar no templo: “o fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te
agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo
duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’”. De acordo com o texto, aquele fariseu via a si mesmo como
uma boa pessoa. Por quê? Porque, ao se comparar com os outros, julgava que não fazia as maldades que eles faziam. Por
exemplo, não era ladrão e corrupto como o publicano que com ele estava no templo. Além disso, era um excelente religioso,
pois cumpria de maneira exemplar as suas obrigações religiosas;

• Já o versículo 12 nos apresenta qual foi a atitude do publicano ao orar no templo. O texto diz: “Mas o publicano ficou à
distância. Ele nem ousava olhar para o céu. Mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’”.
Aquele publicano não se via como uma boa pessoa. A partir do texto, podemos afirmar que ele se julgava indigno de se
aproximar de Deus e ter contato com Ele. Tinha vergonha de si mesmo e de seus pecados. Por isso, constrangido e
angustiado, bateu no peito e pediu misericórdia a Deus, reconhecendo e confessando que era pecador;
• Por fim, terminada a parábola, no versículo 14, Jesus encerrou a sua fala com uma conclusão e um ensinamento para os seus
ouvintes. Ele disse: “Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se
exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”. Essa conclusão de Jesus, certamente, surpreendeu os seus ouvintes.
Eles jamais teriam a expectativa de que um publicano, e não um fariseu, seria justificado por Deus, isto é, perdoado de seus
pecados. Disso, pode surgir uma pergunta: o que, de fato, chama a atenção de Deus para o ser humano? Ao contrário dos
homens, que se impressionam com aparências e currículos, Deus é atraído pela humildade no coração. Aquele publicano foi
perdoado por causa de sua humildade para com Deus. Já o fariseu, por conta de seu orgulho, voltou para casa de mãos vazias.
A Bíblia diz: “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes” (Tiago 4.6; 1Pedro 5.5) e “Os sacrifícios que
agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás” (Salmo 51.17). O
que é, verdadeiramente, humildade? Podemos afirmar que é o que Paulo escreve em Romanos 12.3, que diz: “Ninguém tenha
de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a
medida da fé que Deus lhe concedeu”. O publicano, diferentemente do fariseu, reconheceu que não era bom, mas, sim,
pecador.

Após essa exposição, pergunte aos presentes:

1. Em sua opinião, qual é a principal lição desta parábola?


2. Em sinceridade, pare, pense e responda: com qual dos dois personagens desta parábola você se identifica? Qual tem sido a
sua atitude para com Deus e para com as pessoas?

Com o texto bíblico desta lição podemos aprender algumas importantes lições:

• Conscientemente ou não, podemos ter de nós um conceito mais elevado do que deveríamos, principalmente ao nos
compararmos com pessoas que não consideramos boas;
• Conscientemente ou não, podemos nos considerar, bem como a outros, merecedores das bençãos de Deus, por nos vermos
como pessoas boas. Por outro lado, podemos considerar algumas pessoas, inclusive a nós mesmos, não merecedoras das
bênçãos de Deus, por causa de suas maldades;
• O relacionamento de Deus com as pessoas não está baseado no quão boas ou más elas foram ou são, mas, sim, em sua graça,
a qual, na prática, significa aceitação apesar do curriculum vitae;
• A grande barreira que existe entre Deus e o ser humano pecador é o orgulho. Quem se apresenta orgulhoso diante de Deus
será por ele rejeitado. Entretanto, quem se aproxima de Deus com humildade, reconhecendo a sua condição de pecador, é
aceito;
• Você pode ser uma pessoa que nunca matou, roubou, ou fez mal a ninguém, como muitos afirmam. Entretanto, é considerada
por Deus uma pecadora e, para se relacionar com ele, precisa reconhecer isso. A Bíblia diz que “todos pecaram e estão
destituídos da glória de Deus” (Romanos 3.23).

Como você vê a si mesmo e aos outros? Como você se considera diante de Deus e dos outros? Nesta próxima semana,
preste atenção nestas questões e procure mudar a sua atitude quanto a isso.

Igreja Presbiteriana Independente de Pouso Alegre.

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