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da Igreja
APOSTILA ELABORADA POR
ADELAIDE JUNGES e DORIS HINZ WALDOW (2019)
REVISADO POR
Pr Fabio Cristiani (2023)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 03
MÓDULO I
MÓDULO II
MÓDULO III
Dons Ministeriais.......................................................................................................... 63
MÓDULO IV
CONCLUSÃO .................................................................................................. 98
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INTRODUÇÃO
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MÓDULO I
MINISTÉRIOS DA IGREJA
O QUE É IGREJA?
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básicas, sobre as quais precisamos refletir:
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aceita.
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A Igreja estava vivendo um momento de êxito e vitórias,
mesmo assim as dificuldades apareceram, conforme o relato de
At 6.1-7. Lendo a passagem vimos que os apóstolos, cheios do
Espírito Santo, encontraram uma forma mais eficiente de
organização, escolheram Diáconos.
Mais tarde o Apóstolo Paulo usou a mesma estratégia com
as Igrejas que fundou. Não escreveu uma epístola especial à
questão dos ministérios. Ele se limita a dar a cada Igreja
prescrições em harmonia com as circunstâncias locais. Com o
termo geral de “serviço” (diaconia), o Novo Testamento designa os
cargos e funções exercidos na Igreja. As funções se distinguem
entre os títulos bispos, presbíteros e diáconos.
Três fatos chamam a atenção:
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negócios seculares das comunidades, este ofício não os privava
dos privilégios de pregar em público o evangelho de Cristo. Ex.
Estevão e Filipe foram pregadores e evangelistas.
Diácono então é alguém que serve na assistência e
administração e a sua função é reconhecida pela Igreja. Estão
subordinados aos presbíteros.
O texto de I Tm 3.8-12 enfatiza as qualidades de caráter. O v.
10 enfatiza o valor da aprovação daquilo que ele tem
demonstrado através do seu testemunho, para tal posição. O
processo de reconhecimento e de desenvolvimento do seu
desempenho deve ser levado em conta. A posição social ou a
necessidade de preencher uma vaga não deveriam ser razões
suficientes para que alguém fosse escolhido.
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pessoas ”(Cl 3.24-25).
O Diácono está sempre perto do Pastor, procura conhecer e
atender as suas necessidades e da sua Família, a fim de que ele
possa ser livre para pastorear a Igreja.
Seguindo os estudos do Novo Testamento vemos a
preocupação de organizar a Igreja e de não a deixar sem líderes.
O próprio Cristo escolheu seus apóstolos e os revestiu com seu
Espírito, para torná-los capazes de cumprir sua tarefa. Depois
vieram os Apóstolos, que, inspirados pelo Espírito, presidiram a
escolha dos homens necessários à Igreja (Atos 6.2-6; 24,23).
Este sistema tem seu fundamento na teologia da Igreja.
Cristo é o cabeça e governa a igreja pelo seu Espírito. A soberania
é de Cristo e do Espírito Santo. A autoridade vem do alto. Cristo
mesmo designou os apóstolos, e por meio deles, outros se
dispuseram para auxiliá-los nos serviços da igreja.
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antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10). Deus
tem um propósito para a sua vida em particular. E você pode
descobrir este propósito como também o lugar em que poderá
oferecer sua contribuição singular no Reino de Deus.
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muito antes da nossa conversão.
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proporção, pois ele mesmo declarou: “A qualquer que muito for
dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou muito
mais se lhe pedirá” (Lc 12:48b).
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certa é aleijado. Com toda a certeza o Corpo de Cristo não é
aleijado. Ele colocou todos os membros no corpo “como quis”
porque sabia qual a necessidade, Por isso nem todos têm a
mesma função como deixa claro I Coríntios 12.29-30. Essas
funções são definidas basicamente pelos dons espirituais que
cada um tem. Todos os cristãos devem ter o mesmo fruto do
Espírito, mas nem todos têm o mesmo dom. O que pode
acontecer é a paralisia do corpo por muitos membros estarem
atrofiados. O desuso dos dons leva a Igreja à inércia.
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ministeriais, ressaltando a lista de Efésios 4.11, muitas vezes
denominada “os cinco ministérios”: Apóstolos, Profetas,
Evangelistas, Pastores e Mestres. Também existe outra lista em I
Coríntios 12.28- 30, que começa de forma parecida como a de
Efésios 4.
Nossos dons ministeriais geralmente são ligados ao
chamado que Deus nos concedeu. Existem muitos ministérios e
existem muitos dons que podem ajudar no desenvolvimento e
aperfeiçoamento desses ministérios.
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dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum. Pelo
Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria, a outro, a palavra
de conhecimento, pelo mesmo Espírito; a outro fé, pelo mesmo
Espírito; a outro, dons e cura, pelo único Espírito, a outro; poder
para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento
de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro,
interpretação de língua. Todas essas coisas, porém são
realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui
individualmente,a cada um, conforme determina” (I Co 12.7-11).
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CONHECENDO OS SEUS DONS
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MÓDULO II
LIDERANÇA
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objetivos aos outros de tal forma que trabalhem juntos em
harmonia, para alcançar estes objetivos para a honra e glória de
Deus.
O dom da fé permite que o pastor de uma igreja saiba
“aonde” quer chegar. O dom da liderança permite que ele saiba
“como” poderá chegar.
A Importância do Dom
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Como deve ser exercido
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ADMINISTRAÇÃO
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muito clara na experiência. É interessante observar que
pesquisas feitas neste campo indicam que 68% dos cristãos que
receberam de Deus o dom da liderança têm também o dom da
administração.
A Importância do Dom
O dom da administração é necessário para fazer uma
organização funcionar e para planejar e executar os
procedimentos que realizem os alvos do ministério.
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CONTRIBUIÇÃO
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O dom de Contribuir tem sua base numa visão bíblica de
mordomia:
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EXORTAÇÃO
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Assim, podemos concluir que o Espírito Santo é o nosso
“Exortador”, que auxilia e ajuda em nossas fraquezas (Rm 8.26).
sempre está ao nosso lado para nos defender e nos encorajar.
Esta é a função daquele que tem o dom de exortar. É
colocar-se ao lado das pessoas, ajudá-las e reanimá-las.
Preocupar-se com o bem-estar espiritual de um irmão ou irmã na
fé, pelo período de tempo que for preciso. Sendo assim não é
alguém que está acima, mas ao lado.
A importância do dom
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que tem o seu nome.
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MISERICÓRDIA
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A importância do dom:
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SERVIÇO
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A importância do dom:
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SOCORROS
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beneficia indivíduos.
Por outro lado, não podemos fugir da forte relação que este
dom tem com o serviço social, ajuda e companheirismo. Alguém
que gosta de dividir a carga, por certo não se limitará a agir
apenas com relação a certo grupo de pessoas ou serviços, mas a
qualquer um que estiver necessitado. Em Atos 20.35 o apóstolo
Paulo usa a mesma palavra em questão quando diz que é
necessário “socorrer” os enfermos.
Assim, podemos concluir que o dom de socorros abrange
todos os aspectos, tanto na área física, como também na
espiritual.
A importância do dom:
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sempre prontos a complementar os outros em suas deficiências e
limitações, praticando as funções universais. Para isso é preciso
um espírito de humildade, amor e compaixão, ao invés de juízo
ou crítica. Como diz o versículo: “assim cumprireis a lei de Cristo”.
Ele veio em nosso socorro, fazer aquilo que não poderíamos ter
feito jamais.
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ESTUDO DOS DONS MANIFESTACIONAIS
PALAVRA DE SABEDORIA
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em situações específicas para esclarecer como aplicar as verdades
e princípios de Deus à situação que a igreja, ou o líder, está
enfrentando, para que supere os problemas e cresça. Precisamos
dessa sabedoria especialmente quando surgem conflitos e atritos.
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misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento.” Estas,
sem dúvidas estão presentes na vida de todos os que têm o dom
e devem igualmente estar presentes na vida de todos os cristãos.
Palavra de Sabedoria também não tem nada a ver com
conhecimento intelectual nem com formação acadêmica.
Alguém pode ter tudo isso e é muito bom, porém essa “palavra”
tem poder divino e usa homens e mulheres para consolar
corações e realizar a obra do Senhor na terra.
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PALAVRA DE CONHECIMENTO
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Alguns confundem esse dom também com profecia. Estão
recebendo palavra de conhecimento e o expressam como sendo
profecia.
Palavra de conhecimento não é profecia. Revelar significa
“tirar o véu, trazer à tona alguma coisa que está oculta, esclarecer,
trazer à luz”. Profecia está sempre ligada a Palavra de Deus,
significa, discurso divinamente inspirado.
Notemos também que, no original é “logos gnôsis”, dom da
Palavra de Conhecimento, não dom de conhecimento. Portanto,
não é ter todo o conhecimento sobre tudo, mas é um
conhecimento específico em determinada situação.
Assim, é preciso ficar claro que palavra de conhecimento
não significa entendimento, inteligência, ou sabedoria, como
alguns autores definem.
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Exemplos bíblicos do dom – (At 5.1-11) Pedro reconheceu a
mentira de Ananias e Safira e (At 10.1-22) teve uma revelação
quanto à procura dos homens da parte de Cornélio. Eliseu soube
onde se encontrava o exército sírio e assim informou o rei de
Israel (II Rs 6.8-12), como também soube da mentira de Geazi (II
Rs 5.26). Samuel sabia que Saul vinha falar com ele e que as
jumentas do pai dele já tinham sido encontradas; sabia também
onde encontrar Saul quando este se escondeu entre a bagagem
(I Sm 9.15-20; 10.21-22). Paulo sabia detalhes sobre o naufrágio
antes que este acontecesse (At 27.21-26).
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FÉ
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Esta fé, portanto, não é apenas acreditar, pois se assim fosse,
os demônios também estariam salvos (Tg 2.19). Fé é um ato de
entrega, de sujeição, de rendição.
O Dom da Fé:
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concentrando nas possibilidades, sem se deixarem desencorajar
pelas circunstâncias, pelos sofrimentos ou pelos obstáculos.
Possuem uma fé cega nas promessas de Deus, ignorando tudo o
que naturalmente possa contrariar. Às vezes são até tidos como
loucos por não usarem o bom senso ou pensarem fora da lógica.
São capazes de confiar em Deus quanto à remoção de
montanhas, conforme verificamos em I Coríntios 13.2. À
semelhança de Noé, elas se dispõem a construir uma arca em
seco, mesmo diante do ridículo e da crítica, sem jamais
tolerarem qualquer dúvida de que Deus realmente enviará um
dilúvio.
As pessoas dotadas do dom da fé não conseguem
compreender quando alguém os critica, visto que são
possuidoras de completa certeza de que estão cumprindo a
vontade de Deus. Interpretam as críticas contra elas como se
fossem críticas lançadas contra Deus; e, assim sendo, mostram-se
impacientes com seus irmãos na fé que não os acompanham em
seu senso de confiança em Deus. Usualmente, os cristãos dotados
do dom da fé têm muita coragem de assumir riscos, porquanto
sentem profundamente que estão em sociedade com Deus, e
que “se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31).
Exemplos Bíblicos:
antes tinha chovido sobre a terra. Ninguém sabia o que era chuva
até então e muito menos Noé. Por certo, ele parecia ridículo
diante dos homens construindo aquela enorme arca sem que
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houvesse, segundo os homens, qualquer possibilidade de
colocá-la em uso. Noé perseverou firme na ordem que recebera
de Deus, não se deixando influenciar pela maioria ou pelas
circunstâncias.
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DONS DE CURA
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extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e
aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades
fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam” (At
19.11 e 12). Algumas vezes os meios naturais estão na ordem do
dia; outras vezes, Deus resolve curar por via miraculosa. O cristão
dotado do dom de cura não pode manipular Deus. Tão somente
é um canal que Deus usa com a frequência que escolher. Deus já
me curou pessoalmente de ambas essas maneiras.
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32.39). Como já mencionamos não se pode manipular a Deus.
Ninguém pode exigir que Ele faça qualquer coisa.
A enfermidade pode estar presente até mesmo na vida dos
que tem os dons de curar. Como explicar isso? É oportuno
fazermos algumas considerações:
toque algum filho Seu, como foi o caso de Jó, mas Ele
tem sempre um propósito específico, e é sempre o bem,
nunca o mal. (Rm 8.28).
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OPERAÇÃO DE MILAGRES
O que é um Milagre?
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embora algumas curas sejam também milagres. O termo grego
usado é: “energêma dynamis”, literalmente traduzido como
“poderes, realizações ou operações de Milagres”, ou seja “obras de
poder”.
De acordo com o Moderno Dicionário Enciclopédico
Brasileiro, milagre é “sucesso que não se explica por causas
naturais; fato devido a causas sobrenaturais; quebra das leis da
natureza”. São, na verdade acontecimentos que desafiam
qualquer explicação puramente racional.
Milagre é a intervenção de Deus quando a ação do homem
se torna totalmente impossível.
Como já sabemos, existem também milagres que resultam
da ação do reino das trevas. Mas aqui estamos falando dos
milagres que vem de Deus, através do Seu Espírito em nós.
A igreja não precisa fazer concorrência com as seitas, mas
sim deve crer no poder superior de Deus e permitir a ação de
Deus através do Seu Espírito.
Embora não seja a única, é uma das formas que Deus usa
para convencer os pecadores. Na Bíblia os sinais atestavam a
autoridade dos profetas, dos apóstolos e do próprio Jesus.
Um exemplo está em I Reis 18. Elias, no Monte Carmelo,
desafiou os profetas de Baal. O milagre aconteceu caindo fogo do
céu, consumindo totalmente o altar encharcado. O objetivo desse
milagre foi abrir os olhos e quebrantar o coração do povo,
reconhecendo Deus como Senhor – “O que vendo todo o povo,
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caíram de rosto em terra, e disseram: O Senhor é Deus! O Senhor
é Deus! (v. 39)”.
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Tem como objetivo infundir o temor de Deus nos
incrédulos – (Lc 5.26).
DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS
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17.11). A passagem de I João 4.1 é explícita ao dizer: “Amados, não
deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se
procedem de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído
pelo mundo fora”.
Essas passagens descrevem a função universal do cristão de
saber discernir com o poder de Deus. Entretanto, acima e além
daquilo que se espera de todos os cristãos, há um dom de
discernimento de espíritos, que é conferido a apenas alguns.
Trata-se de um dom que talvez não seja exercido com frequência.
Aqueles que o possuem talvez até se mostrem relutantes em usá-
lo, portanto, o mesmo requer muita coragem espiritual. Mas é
reconfortante para o Corpo de Cristo saber que Deus não nos
deixou indefesos contra as táticas de Satanás e suas forças
malignas.
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oriundo de Deus é, na realidade, divino, humano ou satânico
(veja Mt 7.15- 23).
A importância do dom:
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VARIEDADE DE LÍNGUAS
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recebem o Espírito Santo. O que existe são várias outras
experiências de manifestações do Espírito Santo, onde somos
cheios Dele. O que precisa ficar claro é que falar em línguas não é
evidência de que alguém está cheio do Espírito ou foi cheio do
Espírito. O que evidencia alguém cheio do Espírito Santo, e deve
ser novamente salientado, é o Fruto do Espírito (Gl 5.22).
Não encontramos nenhum texto que diga que todos são
obrigados a falar em línguas. No livro de Atos encontramos
vários relatos de conversões e enchimentos do Espírito Santo
que não foram acompanhados da manifestação deste dom. A
Bíblia não iria entrar em contradição: “a outro, variedade de
línguas...” (I Co 12.10); “Falam todos em outras línguas?” (12.30).
Assim sendo, como qualquer outro dom, ele é dado pelo
Espírito Santo a quem Ele quer e tem sempre como objetivo a
edificação e não a divisão ou confusão. O dom supremo é o
amor: E eu passo a mostrar a vocês um caminhomais excelente
(I Co 13.1). Quando o amor está presente na vida da Igreja os dons
se tornam ferramentas que realizam o propósito da Igreja.
Outro aspecto importante a considerar é que o dom de
línguas não é sinal de maturidade cristã. Por isso ninguém que
tenha o dom pode jamais se considerar ou ser considerado
melhor ou mais espiritual do que os que não o tem. A
maturidade cristã não é adquirida numa experiência súbita e
repentina, mas num caminhar constante e perseverante de
profunda submissão e obediência à Palavra. O autor aos Hebreus
deixa isso bem claro: “o alimento sólido é para os adultos, para
aqueles que, pela prática, têm as faculdades exercitadas para
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discernir tanto o bem como o mal” (Hb 5.14).
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Na conclusão do capítulo 14 Paulo adverte: “se alguém
cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos
escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém ignora
isto, será ignorado” (v. 37-38).
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INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS
A importância do dom:
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Sempre que a Bíblia fala sobre o dom de línguas, em
seguida fala da interpretação (I Co 12.10, 30; 14.27-28). Um está
intimamente associado ao outro.
Hoje em dia vemos muita ênfase no dom de línguas, mas
pouca ou quase nenhuma na interpretação. Parece ficar claro na
Bíblia que sem a interpretação, de certa forma, o dom de línguas
perde o valor, pois não há edificação do Corpo. Se todo o dom
espiritual deve ter como objetivo a edificação do Corpo, então o
dom de línguas também deve ter esse objetivo e isso só acontece
com a devida interpretação.
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MÓDULO III
DONS MINISTERIAIS
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APÓSTOLO (MISSIONÁRIO)
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pessoalmente, para falar em nome dEle (Mc 3.14), andaram com
Jesus e foram testemunhas oculares do seu ministério e
ressurreição (At 1.22; I Co 9.1-2; 15.8-9). Esses foram os que
colocaram o fundamento da doutrina cristã (At 2.42). Hoje a
revelação de Deus está atrelada a Sua Palavra.
Características de um Apóstolo:
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alicerçar o trabalho iniciado. Ele não sairia de lá e nem enviaria
seus auxiliares se não houvesse outros para assumir a liderança (v
22).
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PROFETA
O que é Profecia?
A palavra profecia vem do grego “prophetéia” e significa
literalmente “um discurso inspirado divinamente”. Profeta seria
então alguém que recebe essa inspiração divina e a expõe
publicamente.
Profecia é uma palavra que vem de Deus, inspirada pelo
Espírito Santo, que pode referir-se ao passado, presente ou futuro,
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cuja característica principal é revelar a vontade de Deus.
O conteúdo da Profecia
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dificuldades e provações (At 15.32).
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Características de um profeta:
Ele sente peso no coração pela dor dos outros. Sofre com
os que sofrem. Sofre também com a desobediência e as
consequências. Um exemplo disto está na vida de Jeremias (4.19).
A possibilidade de o povo ser destruído o entristecia
profundamente.
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EVANGELISTA
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incomum, de tal modo que regularmente novas pessoas
obtenham fé em Cristo e se unam ao Seu corpo, a igreja (Jo 16.8).
O que significa Evangelismo?
Quando John Wesley teve sua experiência de fé, foi
transformado de uma pessoa tímida e sem resultados num
evangelista tão abençoado que dificilmente houve outro igual.
Quando foi proibido de pregar nas igrejas anglicanas, pregava em
campo aberto – isso só fez com que o número de ouvintes
crescesse. É difícil achar uma explicação para a influência que
John Wesley exerceu como evangelista. Suas mensagens não
eram o que hoje denominaríamos mensagens evangelísticas.
Tinham uma estrutura muito lógica e um conteúdo rico em
ensinamentos sólidos. Mas alcançavam o objetivo: milhares de
pessoas se converteram e houve um grande avivamento.
Não se pode descartar a possibilidade de que o Espírito
Santo pode direcionar evangelistas a diferentes áreas e de
diferentes formas. Essa lista certamente não é exaustiva. Deus
proveu uma grande variedade de modos como o dom do
evangelismo pode se manifestar.
Não podemos supervalorizar um método, ou criticar formas
pelas quais os irmãos usam esse dom. O Espírito Santo direciona
cada um individualmente; nós temos que buscar o Seu propósito
e exercer o ministério com convicção dentro dos padrões da
Palavra de Deus.
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Características de um evangelista:
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e frutíferos discípulos de Jesus Cristo. Ele sabe discernir a
estratégia, o que exatamente as pessoas precisam ouvir num
evangelismo pessoal ou dentro de um contexto geral. Não se
limita à apenas um método ou a um padrão único. Foi o que
Jesus fez: Para Nicodemos, um teólogo filósofo, Ele falou
filosoficamente: “Nascer de novo”. À mulher samaritana, que
tinha uma enorme sede de afetividade, Ele ofereceu a água da
vida. Ao paralítico, em João 5, Ele ofereceu a cura. Paulo agiu
da mesma forma quando em Atenas encontrou uma
oportunidade para pregar o Evangelho ao ver um altar em
que estava escrito: “Ao Deus Desconhecido” (At 17.16-31).
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PASTOR
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obsoleto, como também não é bíblico.
A visão bíblica do Corpo de Cristo é que a igreja local é um
organismo em que todos os seus membros funcionam juntos. O
melhor pastor não é aquele que poupa os membros da igreja
de suas respectivas responsabilidades, mas aquele que assegura
que cada membro tem sua responsabilidade e está procurando
trabalhar para cumpri-la.
O pastor não é “o cabeça” da igreja (essa função está
reservada a Jesus), mas o pastor pode assemelhar-se ao sistema
nervoso, que transmite as mensagens aos vários membros do
corpo, garantindo que os membros estão trabalhando juntos e
harmoniosamente.
O estereótipo que muitos membros de igreja têm dos
pastores é que estes precisam ser oradores públicos excelentes,
conselheiros habilidosos, eruditos na Bíblia e na Teologia,
relações públicas de melhor gabarito, administradores, mestres
de ética social, mestre de cerimônias, conquistadores de almas,
mestres estimuladores, diretores de funerais e competentes em
tudo mais. Um pastor assim “onicompetente” é o homem pelo
qual centenas de igreja estão procurando.
Naturalmente, nunca encontram tal homem. Qualquer
pessoa familiarizada com os dons espirituais pode predizer isso.
Ninguém do corpo de Cristo possui todos os dons, incluindo os
pastores.
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Características de um pastor:
Ele é apto para ensinar (Jr 3.15). O pastor tem especial amor
Ele tem vida exemplar (I Co 4.16; 11.1; Fp 3.17; I Ts 1.6; I Pe 5.3). Ele
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duradouros.
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MESTRE
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Palavra de Deus para poder orientar a igreja dentro do padrão de
Deus revelado em Sua Palavra. É uma responsabilidade séria que
se não for exercida na total dependência do Espírito Santo pode
trazer consequências (Tg 3.1).
O dom do ensino também não se adquire por uma
formação acadêmica, embora alguém que tenha esse dom tenha
prazer no estudo. A instrução formal não é necessariamente
requisito para que alguém ensine na igreja. Por outro lado o que
possui esse dom gosta de pesquisar e procura coletar o máximo
de informações possíveis nos mais variados assuntos. Tem grande
curiosidade para com novos assuntos e busca sempre
informações novas.
Quem tem esse dom precisa buscar também o
conhecimento, mas apenas o conhecimento não faz de alguém
um mestre.
O ensino precisa estar presente na vida de todo o cristão. A
ordem de Jesus foi: “Ide por todo o mundo... e ensinai...” Não
significa, portanto, que alguém que não tenha o dom não deva
ensinar ou até mesmo ocupar uma posição de ensino na igreja.
Todavia, o Espírito Santo concede uma capacidade especial a
alguns.
Características de um Mestre:
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A COOPERAÇÃO DOS MINISTÉRIOS
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somente Cristo é o cabeça; constituindo a unidade no propósito
de honrar a Deus, edificar o corpo e servir uns aos outros. Leia
também I Co 12.12 - 31
2. Filipenses 2.1-11: nos convida a termos a mesma atitude
87
MÓDULO IV
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CADA MINISTÉRIO É IMPORTANTE
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Interdependência – Comparando com o que a Bíblia nos
ensina,precisamos entender que no Corpo de Cristo existe
uma relação entre as partes. No Serviço à causa de Deus
precisamos um do outro para que a Obra seja completa e
Bênção na vida da Igreja.
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TRABALHANDO COMO UMA EQUIPE SAUDÁVEL
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1. A equipe é comprometida com Deus e em buscá-lo acima de
92
8. A equipe é coordenada por um líder que sabe ajustar seu estilo
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QUALIFICAÇÕES PARA EXERCER MINISTÉRIO NA IGREJA
prudente.
Modesto: Estilo de vida que adorna os estilos bíblicos seja
motivar.
Não dado ao vinho: sem vícios.
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Não violento: não golpeador, quer verbal, quer fisicamente,
pela unidade.
Cordato: gentil, cortês, bondoso, paciente.
Tt 2. 3 e 4 - Mestres do bem
At 1. 8 – “Mas recebereis poder...” Unção
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plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós
há de completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Fl 1.6).
EXPECTADOR OU SERVO?
“Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Marcos
10.45
A Palavra de Deus convoca a todos aqueles que nasceram
de novo, que são Filhos de Deus, a encontrar o seu lugar no corpo
de Cristo, através do seu dom. Ninguém pode reclamar que não
lhe resta nada para fazer, existe espaço para todos, e dons para
todos. Precisamos nos colocar na presença de Deus e buscar a
sua vontade para as nossas vidas, estudar a Palavra de Deus no
que ela ensina sobre os dons e aceitar desafios, aproveitando
oportunidades que surgem à nossa frente.
A nossa doação (de tempo, energia e talentos) se torna
agradável na medida em que nos empenhamos em todo serviço
desinteressado, com a motivação correta: a Glória de Deus! Em I
Coríntios 3.13 a Bíblia afirma que o “fogo” não vai provar a
quantidade da obra, mas, qual a obra. Ou seja, a motivação que
nos levou à prática de um determinado serviço que será trazido à
luz.
MONTANDO O QUEBRA-CABEÇA
Depois de refletir sobre vários princípios da Palavra de Deus
que regem a oportunidade tão nobre confiada a todos que foram
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salvos em Cristo Jesus, perguntamos: é fácil administrar toda esta
obra na causa de Deus? Qual é a organização mais correta? Com
certeza aquela que melhor atende as necessidades da
comunidade.
Apresentaremos na página seguinte um organograma dos
ministérios, como sugestão, que foi elaborada com os estudantes
em sala de aula. Analise e tenha a liberdade de modificar aquilo
que for necessário.
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MINISTÉRIO
PASTORAL
Pregação
Aconselhamento
Visitação
Intercessão
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CONCLUSÃO
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Jesus disse: “... a seara é grande, mas os trabalhadores são
poucos...” (Lc 10.2) Olhando para as nossas igrejas hoje, vemos
que a seara continua sendo grande e os obreiros continuam
sendo poucos! O que você estaria disposto a sacrificar para
cooperar com a mobilização de sua igreja para o serviço?
100
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
101
Evangélica Esperança, 2005.
www.bigstock.com
www.institutoparacleto.org
102