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Adoração: Alguns Princípios Básicos [1]

por

Hughes Oliphant Old

Nós adoramos a Deus porque Deus nos criou para adorá-lo. Adoração está no
centro da nossa existência; no coração da nossa razão de ser. Deus nos criou
para ser sua imagem - uma imagem que refletiria sua glória. De fato, toda a
criação foi trazida à existência para refletir a glória divina. O salmista nos
diz que "os céus proclamam a glória de Deus; e o firmamento anuncia as
obras das suas mãos" (Salmos 19:1). O apóstolo Paulo na oração com que ele
inicia a epístola aos Efésios mostra claramente que Deus nos criou para
louvá-lo.

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado
com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim
como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a
adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua
vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu
gratuitamente no Amado (...)” (Efésios 1:3-6).

Esta oração diz muita coisa sobre a adoração dos mais antigos Cristãos. Ela
mostra a consciência que os primeiros Cristãos tinham do significado último
de sua adoração. Eles entendiam a si mesmos como tendo sido destinados e
nomeados para viver para o louvor da glória de Deus (Efésios 1:12). Quando
o Catecismo de Westminster nos ensina, "O fim principal do homem é
glorificar a Deus e gozá-lo para sempre", ele dá testemunho desse mesmo
princípio básico; Deus nos criou para adorá-lo. Realmente, é aqui que nós
devemos começar quando, como teólogos Reformados, nós perguntamos o
que é adoração. Adoração deve, acima de tudo, servir à glória de Deus.

Hoje, há aqueles que justificariam a adoração por algumas outras razões. É-


nos dito que deveríamos adorar porque isso nos traz felicidade. Algumas
vezes a adoração nos faz feliz, mas nem sempre. É-nos dito que deveríamos
adorar porque isso nos dá um senso de auto-realização. Realmente, a

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adoração cumpre o propósito da nossa existência, mas nós não
adoramos porque ela nos traz auto-realização. É-nos dito, freqüentemente,
que deveríamos adorar a fim de construirmos uma família sólida: “a família
que ora junta está junta". Os sumos-sacerdotes da religião da fertilidade
Cananita muito disseram sobre a mesma coisa. Todos os tipos de políticos
têm insistido na participação em vários ritos religiosos para desenvolver uma
unidade nacional ou identidade ética. A Rainha Elizabeth I não foi a primeira
ou a última que tentou consolidar seu reino por insistir que o culto é em
algum sentido Inglês. Alguém sempre pode achar médicos e gurus, que
defendem ritos religiosos por amor à boa saúde, sucesso financeiro ou paz
mental. Verdadeira adoração, contudo, é distinta de tudo isso, na medida
em que serve, acima de todas as coisas, ao louvor da glória de Deus.

Deus não somente nos criou para adorá-lo, mas também nos mandou adorá-
lo. Os quatro primeiro versículos dos dez mandamentos dizem respeito à
adoração. O primeiro mandamento nos diz, "Não terás outros deuses diante
de mim". Jesus nos diz que o primeiro e maior mandamento é que nós
amemos a Deus com todo o nosso coração, toda nossa mente, e toda a nossa
alma. O ponto é que nossa adoração, nossa mais profunda devoção, nosso
mais ardente amor deve ser dirigido a Deus antes do que para nós mesmos.
Mesmo antes de amar a nós mesmos ou nossos vizinhos ou alguma outra
causa humana digna, nós devemos nos devotar a Deus. João Calvino (1509-
1564), um dos líderes da Reforma Protestante, em seu comentário sobre os
Dez Mandamentos, diz que o primeiro mandamento significa que nós
devemos

“com verdade e zelo piedoso.... contemplar, temer, adorar, sua majestade;


participar em suas bênçãos; procurar a sua ajuda em todos os tempos;
reconhecer, e por louvores celebrar, a grandeza de suas obras - como o
único fim das atividades desta vida” (Calvin, Institutes II: viii, 16). [2]

O segundo mandamento diz que nós não devemos usar imagens ou ídolos em
nossa adoração, pois como o Apóstolo Paulo nos diz, Deus não é
representado pela arte e imaginação dos homens; Deus nos criou para ser o
reflexo de sua imagem (Atos 17:22-31). Tomar esse mandamento seriamente
é fundamental para o entendimento Reformado da adoração. Se hoje a
adoração Protestante-Americana confunde adoração com arte, ou até pior,
se nós confundimos adoração com entretenimento, é porque nós temos
falhado em aprofundar o significado do segundo mandamento. O terceiro
mandamento nos diz que não devemos usar o nome do Senhor em vão. Vão

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significa vazio. O mandamento nos ensina a adorar a Deus honesta e
sinceramente, a adorar a Deus "em espírito e em verdade", para usar as
palavras de Jesus. O quarto mandamento nos diz para relembrar, ou
observar, o culto do Dia de Sábado. Este mandamento faz os três
mandamentos precedentes muito concretos. Sem esse mandamento poderia
parecer que a lei tinha tido alguma coisa muito mais subjetiva em mente do
que real culto de adoração. Como nós deveremos ver em outro capítulo,
Jesus também interpretou esse mandamento em um sentido bem concreto,
quando disse aos discípulos para celebrar a Ceia do Senhor
em memória dele. Através de toda a Escritura, nós achamos mandamentos
para adorar a Deus e mandamentos relativos à adoração. Todos estes são, de
fato, um desdobrar-se e uma interpretação desses quatro mandamentos
básicos. Verdadeira adoração é um ato de obediência à lei de Deus. A
teologia reformada com o seu senso Agostiniano da continuidade entre o
Antigo e Novo Testamento toma muito seriamente o que o primeiro tablete
da lei tem a dizer sobre a adoração.

Esta é então a primeira característica da adoração Reformada: é adoração


que é “de acordo com a Escritura”. Os Reformadores não tencionaram com
isto, um tipo de literalismo bíblico-modelo, embora tenham sido
freqüentemente acusados disso. Muito mais, eles tinham em mente que a
adoração cristã deveria ser em obediência à Palavra de Deus como é
revelada na Sagrada Escritura. Bem no início da Reforma, nós encontramos
esse princípio empregado por Martin Bucer (1491-1551), o primeiro
Reformador na cidade de Estrasburgo, uma das primeiras cidades daqueles
dias que empreenderam uma reforma litúrgica. Como Bucer colocou, é
somente a adoração que Deus requer de nós que realmente O serve. Bucer
obviamente não entendeu adoração como se fosse algum tipo de arte
criativa, como se o objeto da adoração fosse entreter Deus com uma liturgia
elaborada de cortejo suntuoso e dramas. Como Bucer e seus colegas o
entenderam, Deus dirigi-nos acima de tudo a adorá-lo através da
proclamação da sua Palavra, à entrega dos donativos, à celebração da
comunhão, e ao ministério de oração. Isto, Bucer deduziu do texto de Atos
2:42, que fala da adoração da igreja primitiva: “E perseveravam na doutrina
dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”.

John Oecolampadius (1482-1531), o Reformador de Basel, e um dos mais


respeitados eruditos de sua época, desenvolveu consideravelmente o que os
mais antigos teólogos Reformados quiseram dizer por adoração de acordo
com a Escritura. Como bem entendeu Oecolampadius, a Bíblia não nos
fornece alguma liturgia ou serviço de culto pronto. Contudo, a igreja

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deveria desenvolver um serviço de culto de acordo com quaisquer direções e
exemplos específicos achados na Escritura. Quando a Escritura não nos dá
direções específicas, então, em tais questões, nós deveríamos ser guiados
por princípios escriturísticos. Por exemplo, Oecolampadius ensinou que o
culto Cristão deveria ser simples e sem rituais pomposos ou cerimônias
suntuosas, pois o modo de vida que Jesus ensinou foi simples e sem
pretensão. Como Oecolampadius a entendeu, a adoração da igreja deveria
ser consistente com alguns princípios essenciais como justificação pela fé,
graça preveniente, e acima de tudo o amor Cristão.

Esse princípio, que a adoração da igreja deveria ser de acordo com a


Escritura, tem sugerido, em um largo alcance, o arranjo desse livro. Alguém
não pode prontamente apreciar o que os Reformadores tinham a dizer sobre
a adoração a menos que veja como eles a tiraram da Escritura. Alguém deve
entender seu ensino como uma interpretação das Escrituras. Nós iremos,
portanto, devotar grande atenção ao que a Escritura tem a dizer sobre
vários aspectos da adoração e então iremos retornar à questão de como os
Reformadores entenderam a Escritura. A fim de entender o que é a
Reforma, nós devemos entender o que Reforma de acordo com a Palavra de
Deus é.

Há mais. Ao mesmo tempo em que os Reformadores entenderam ser a


Escritura sua única autoridade, eles estavam muito interessados em
entender como as gerações de Cristãos através da história tinham entendido
a Escritura. Estudando a história do culto Cristão, eles acharam muitos
exemplos bons de como a igreja tinha verdadeiramente entendido a
Escritura. Freqüentemente, os antigos Pais da Igreja tinham sido as mais
fiéis testemunhas da autoridade da Escritura. Os Reformadores aprenderam
de Atanásio sobre a salmódia cristã, de Ambrósio sobre a instrução
catequética, de João Crisóstomo sobre pregação e de Agostinho sobre os
sacramentos. Nessas páginas nós precisaremos dizer alguma coisa tanto
sobre o modo como a igreja através de muitos séculos manteve um
testemunho fiel, como também o modo como a igreja envergonhou aquele
testemunho. De outra forma, seria difícil entender o que foi a reforma em
toda parte e porquê foi necessária.

Alguns freqüentemente perguntam porque deveríamos estudar os


Reformadores, hoje. Nós estudamos os Reformadores pela mesma razão que
os Reformadores estudaram os Pais da Igreja. Eles são testemunhas da
autoridade da Escritura. Os Reformadores estudaram os comentários
patrísticos da Escritura porque eles enriqueceram o seu próprio

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entendimento da Escritura. Hoje nós estudamos os Reformadores porque
eles lançam muito mais luz sobre as páginas da Bíblia. Eles estavam
apaixonadamente preocupados em adorar a Deus verdadeiramente e eles
buscaram as Escrituras para aprender como. Nós estudamos os Reformadores
porque seu entendimento da Escritura é assim tão profundo.

O segundo princípio fundamental da adoração cristã é que ela deveria ser


em nome de Cristo (Col. 3:17). Nós iniciamos nossa adoração como Cristãos
por sermos batizados em seu nome (Atos 2:38). É em seu nome que a
Congregação cristã se reuni, relembrando a promessa que quando dois ou
três estão reunidos juntos em seu nome ele está presente conosco (Mateus
18:20). Jesus freqüentemente ensinou seus discípulos a orar em seu nome
(João 14:14; 15:16; 16:23). Que nós devemos orar em nome de Jesus é um
importante princípio da oração cristã. Fazer alguma coisa em nome de
alguém é fazê-lo como agente de alguém. É fazer alguma coisa em serviço
de alguém. Quando nós oramos em nome de Cristo nós oramos em seu
serviço; nós continuamos o ministério de intercessão que o próprio Jesus
iniciou sobre a cruz. A pregação e ensino dos Apóstolos foram igualmente
em nome de Jesus (Atos 5:41). Foi em nome de Jesus porque ele
comissionou a igreja para continuar o ministério da pregação e ensino que
ele iniciou. A igreja está, como Jesus mesmo colocou, “para ensinar todas as
coisas que eu vos tenho mandado”. Neste mesmo sentido nossa entrega de
esmolas e nossas boas obras devem ser em nome de Cristo (Mateus 18:5;
Marcos 9:38-41; Atos 3:6). Na última ceia, Jesus comissionou os doze para
agirem como seus agentes, “Fazei isto em memória de mim”. Quão
freqüentemente Jesus partiu o pão com eles e quão freqüentemente Jesus
alimentou a multidão! Agora, os apóstolos deveriam ir e sustentar o
memorial que ele tinha apontado em seu nome.

Adoração cristã é em nome de Cristo porque a adoração é uma função do


corpo de Cristo e como Cristãos nós todos somos um corpo. Toda nossa
adoração deve ser nele! Que importante conceito do Novo Testamento é
este: que a igreja é o corpo de Cristo, e como vividamente os primeiros
cristãos entenderam que eles eram todos juntos um corpo, o corpo de
Cristo. Eles entenderam que sua adoração era parte da adoração que o
Cristo ascendido realizou no santuário celestial para a glória do Pai (Hebreus
7:23-25; 9:25; 10:19-22; 13:15).

Se a teologia Reformada está interessada em que a adoração seja de acordo


com a Palavra de Deus e em obediência à Palavra de Deus e se a teologia
Reformada faz o ponto da adoração ser no nome de Cristo e no corpo de

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Cristo, é certamente porque ela tem concebido a importância da adoração,
como sendo muito mais que um trabalho meramente humano. Adoração é o
trabalho do Santo Espírito. Aqui está o terceiro princípio que nós
gostaríamos de desenvolver. As Escrituras são particularmente claras sobre a
oração ser o trabalho do Santo Espírito. Como o apóstolo Paulo nos diz é o
Espírito que clama dentro de nós quando oramos (Romanos 8:15-27). O
Apóstolo nos diz que quando oramos, "Nosso Pai," é o Espírito Santo orando
dentro dos nossos corações (Romanos 8:15). Os hinos e salmos que são
cantados na adoração são cânticos espirituais, isto é, eles são os cânticos do
Santo Espírito (Atos 4:25; Efésios 5:19). Mesmo a pregação da igreja deve ser
no Espírito (1 Coríntios 12:8). Jesus prometeu-nos que quando apresentamos
nosso testemunho diante do mundo não somos nós que falamos, mas o
Espírito Santo que fala (Marcos 13:11). A adoração cristã é inspirada pelo
Espírito, autorizada pelo Espírito, dirigida pelo Espírito, purificada pelo
Espírito, e produz o fruto do Espírito. Adoração Cristã é o enchimento do
Espírito.

Há muito tempo, no oitavo século antes de Cristo, o profeta Amós insistiu


que a adoração verdadeira deve ser santa. Ela deve vir de um povo cujas
vidas são consagradas a Deus. Deus não tem interesse nos sacrifícios de um
povo iníquo ou nos louvores daqueles que ignoram as exigências éticas da
lei.

“Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes


não tenho nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e vossas
ofertas de manjares, não me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas
pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim o estrépito dos teus
cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Antes, corra o juízo
como as águas; e a justiça como ribeiro perene” (Amós 5:21-24).

Com essas palavras, Amós anunciou o desprazer de Deus com o culto de


Samaria. Abuso do pobre, militarismo, a luxúria do rico, suborno nas cortes,
promiscuidade sexual, alto interesse nos impostos, e opressivas taxas
revelavam a hipocrisia religiosa do reino de Israel. Jesus deve ter tido essa
profecia em mente quando ele deixou claro para uma mulher de Samaria
que o dia tinha finalmente chegado, quando o verdadeiro adorador deveria
adorar a Deus em espírito e em verdade (João 4:1-26). Para o Cristão, a
santidade de vida e sinceridade da adoração devem vir juntos; eles devem
ser da mesma parte.

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Para a teologia Reformada a integridade do serviço a Deus e o serviço ao
próximo é essencial. Dr. Thomas Manton (1620-1677), a quem poderíamos
reconhecer como o mais brilhante da Teologia de Westminster, diz-nos que
quando aqueles que adoram a Deus vivem vidas imorais, a glória de Deus é
obscurecida. Por outro lado, quando Cristãos refletem a santidade de Deus e
são de fato a imagem de Deus, então Deus é glorificado. Quando aqueles
que adoram o Deus Santo tornam-se, através da adoração, santos, eles
anunciam as glórias daquele que os chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz (1 Pedro 2:9). Isto não significa que a santidade é um pré-
requisito para a adoração. Se fosse, nenhum de nós poderia adorar.
Santidade é, antes, o fruto da adoração. Dr. Manton nos diz que Deus é
santificado pelo seu povo quando eles descobrem que ele é santo, a fonte
de toda a santidade, e quando Deus nos santifica pelo trabalho da graça e
da santidade em nós, então nós declaramos que ele é um Deus santo
(Thomas Mantos, Manton's Works I, 84). É o Santo Espírito que purifica a
nossa adoração pelo seu contínuo trabalho de santificação. Pela purificação
dos adoradores, a adoração se torna pura. Quando nós adoramos, tendo
nossa mente iluminada pelo Espírito, nossa vida limpa pelo Espírito, nossa
vontade movida pelo Espírito, e nosso coração aquecido pelo Espírito, então
nossa adoração deixa de ser uma obra meramente humana para ser uma
obra divina.

Mas se adoração é uma obra divina, é a obra salvadora de Deus entre nós. É
a obra de edificação de Deus da igreja. Este é o ponto, quando o Breve
Catecismo de Westminster nos diz que palavra, oração, e sacramentos são
meios de graça. “Os meios exteriores e ordinários pelos quais Cristo nos
comunica as bênçãos da redenção...”. [3] Desde o início, os teólogos
Reformados falam da adoração como sendo edificante. Martin Bucer em
particular gostou de usar essa palavra para descrever a adoração Cristã. Ele
tinha em mente a passagem onde o Apóstolo Paulo nos diz que tudo no culto
deveria edificar a igreja (1 Coríntios 14:1-6), isto é, deveria ensinar ou
edificar a igreja. A adoração que coloca em primeiro lugar o louvor da glória
de Deus, adoração que é de acordo com a Palavra de Deus, adoração que
serve a Deus e Deus somente, de fato, edifica a igreja. Edifica a igreja
porque é a obra do Santo Espírito no corpo de Cristo. Quando no culto da
igreja, a palavra é verdadeiramente pregada e os sacramentos corretamente
administrados, então Deus chama, ensina, e leva seu povo para um novo
caminho de vida. É vindo juntos para a adoração que nós nos tornamos a
igreja (1 Coríntios 10:16-17; 11:17-22). É aqui que nós somos unidos
conjuntamente em um corpo pelo Espírito de Deus, que nós somos feitos
participantes na vinda do reino. É em culto que nós ouvimos as boas novas

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de nossa salvação, que nós somos salvos de nossos pecados e transformados
na imagem de Cristo. Se Deus nos mandou adorá-lO não pelas imagens
criadas por nossa própria arte e imaginação é porque ele quer que sejamos
sua imagem. A adoração é a oficina onde nós somos transformados em sua
imagem. Quando nós somos assim transformados em sua imagem, nós então
refletimos sua glória. É então através do ministério do louvor e oração, o
ministério da palavra e sacramento que nós somos transformados para
oferecer aquele culto espiritual que o apóstolo Paulo nos diz que é aceitável
a Deus (Romanos 12:1-2). É isto que se quer dizer quando é dito que a
adoração é a obra do Santo Espírito no corpo de Cristo para a glória do Pai.

NOTAS:

[1] - Este artigo é a tradução do primeiro capítulo do livro [Hughes Oliphant


Old. Worship. Atlanta: John Knox Press, 1984. p. 1-8.

[2] - Tradução minha.

[3] - Breve Catecismo de Westminster, São Paulo, Cultura Cristã, 2001, 6º


Edição, pergunta 88, p. 70.

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