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Lição 13-– Mordomia dos dons – um caminho mais excelente

Texto Bíblico: 1Coríntios 12.31

INTRODUÇÃO
O cristão não busca, não aprimora, nem administra dons e talentos para
si mesmo, para deles se servir em sua própria glória, enriquecimento e prazer.
A Bíblia nos mostra que para o cristão não é procedimento correto esconder os
dons, ignorá-los ou deturpá-los. Os dons são fundamentais para o crescimento
do Corpo de Cristo, a Igreja, e para levar os perdidos à presença dEle. Os dons
somente têm razão de ser, se usados para honrar o nome de Jesus Cristo e
servir ao próximo. Por esta razão, Deus os deu aos homens e não à máquinas
ou instituições. As pessoas são as detentoras dos dons.
Esta última lição tem como fim, fazer-nos pensar acerca da importância
de sermos mordomos fiéis, no uso dos dons que o Senhor nos confiou. De
antemão é importante saber que não há eficácia no uso dos dons se não
houver amor. Nesta atitude está a referência para todo e qualquer exercício dos
dons, tanto na igreja quanto fora dela.
Além do amor, a Bíblia aponta para a obediência. Somente através da
obediência se pode realizar a vontade de Deus, descobrir e despertar os dons
espirituais que cada crente recebeu do Senhor Jesus Cristo.

QUAL É O SEU DOM?


As principais narrativas bíblicas sobre dons espirituais sempre abordam
a vida corporativa da igreja. Elas mostram que todo dom é dado por Deus para
capacitar o seu corpo, a igreja, a funcionar com saúde e eficiência no
cumprimento da evangelização. Quando olhamos para o que Paulo escreveu
no capítulo 4 de sua epístola aos Efésios, compreendemos melhor este
ensinamento.

A natureza da Igreja de Cristo


Os dezesseis versos iniciais de Efésios 4 enumeram os diferentes dons
existentes na Igreja e, ao mesmo tempo, definem como eles devem ser
utilizados.
1º) Redescobrindo o significado de Igreja
Muitos pastores, líderes e membros tratam a igreja como uma instituição
de serviços pessoais e temporais. Dedicam algum tempo para encontros de
diversos cunhos, efetuam algumas contribuições financeiras e, vez por outra,
realizam algum tipo de serviço. No entanto, a Igreja não é o local que
frequentamos, a Igreja somos nós. A Igreja são as pessoas! A Igreja não são os
prédios colossais que atraem multidões para o seu interior. Muito menos
organizações filantrópicas.
A Igreja são pessoas que um dia receberam Jesus Cristo, o Filho Único
de Deus, como Salvador e que partilham da Sua presença em todos os
lugares, e em união umas com as outras O tornam conhecido entre as demais,
com o fim de que por Ele sejam salvas. Igreja é gente que se ocupa em falar e
testemunhar de Jesus Cristo. Em suma, Igreja são pessoas chamadas do
pecado para a salvação, da escravidão de Satanás para a liberdade em Cristo,
da morte eterna para a vida eterna, do inferno para o céu e do serviço a
Satanás para servir ao Senhor Jesus.

2º) Redescobrindo o funcionamento da Igreja


Num total de 115 vezes a palavra “igreja” é usada no Novo Testamento,
sendo que vinte delas se referem à igreja geral, espiritual ou invisível. Ou seja,
faz referência a todos os crentes, independentemente da denominação,
localização ou tempo. São aquelas pessoas que um dia nasceram em Cristo e
que um dia encontrar-se-ão com Ele nos ares e com Ele estarão eternamente,
por ocasião da Sua segunda vinda.
As outras noventa e cinco vezes em que a palavra “igreja” aparecem são
referentes às igrejas locais. É quando Paulo se dirige à igreja em Corinto e às
igrejas na Galácia, por exemplo. E João, na Ilha de Patmos, foi instruído a
escrever para as sete igrejas na Ásia.
As igrejas locais, independentemente da denominação, são essenciais
na realização do trabalho do Reino de Deus. É por intermédio delas que a ação
de Deus se torna visível e prática no mundo, evangelizando, cantando,
discipulando, ministrando, capacitando; levando adiante a Grande Comissão.
Cristo é a Cabeça da igreja – Cada igreja local é um corpo individual e
repleto de dons dados por Deus por meio do Espírito Santo e tem Cristo como
Cabeça. (1Co 11.3)

Membros unidos pelo Espírito Santo – Os dons estão distribuídos


entre os membros da igreja, ligados em união pelo Espírito Santo, sob a
direção da cabeça, que é Cristo.
Cristo é a preeminência – Se há união, não pode haver competição,
rivalidade, desejos de holofotes, bajulações, preferências, destaques, gente
querendo ser melhor que a outra. Não há dom melhor e nem mais importante.
Nunca poderemos esquecer que Cristo é a cabeça e nós somos o corpo. Cristo
é que tem a preeminência. Paulo enfatiza: “Ele é a cabeça do corpo, que é a
igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha
a supremacia” (Cl 1.18). Quando alguém entra em disputa com o outro,
perturba a comunhão e causa deficiência ao corpo, a igreja. Cristo não tolera
rivalidades em Sua igreja. É Cristo quem deve ser levantado e exaltado por
todos.

CUIDANDO DO TEMPLO
“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que
habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Co
6.19). Nesse texto, o apóstolo Paulo enfatiza que como cristãos, nossos corpos
não são apenas habitações nas quais o nosso espírito vive, porém é também o
local onde o Espírito de Cristo habita. É importante salientar que Ele habita
porque nos comprou e, sendo Ele santo, não pode morar em santuário imundo.
Não temos o direito de proceder como queremos; todavia vivemos para a Sua
glória.
Em atitude semelhante, o apóstolo Pedro destaca que o nosso corpo é
tabernáculo terreno e que precisa ser bem cuidado para que nele, e por meio
dele, o Senhor opere de maneira eficaz. Para tanto, o Senhor nos deu: 1º) uma
fé valiosa; 2º) pleno conhecimento de Deus e de Jesus, o nosso Senhor; 3º)
todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade; e 4º) suas
grandiosas e preciosas promessas.
E como proprietário, Ele requer de cada um de nós: 1º) a fuga da
corrupção que há no mundo; e 2º) o empenho para acrescentar à fé a virtude; à
virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio
próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e
à fraternidade o amor.
“Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, àqueles que, mediante
a justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, receberam conosco uma fé
igualmente valiosa: Graça e paz lhes sejam multiplicadas, pelo pleno
conhecimento de Deus e de Jesus, o nosso Senhor. Seu divino poder nos deu
todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio
do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e
virtude. Por intermédio destas ele nos deu as suas grandiosas e preciosas
promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza
divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça. Por
isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o
conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a
perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à
fraternidade o amor. Porque, se essas qualidades existirem e estiverem
crescendo em suas vidas, elas impedirão que vocês, no pleno conhecimento
de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos.Todavia, se
alguém não as tem, está cego, só vê o que está perto, esquecendo-se da
purificação dos seus antigos pecados. Portanto, irmãos, empenhem-se ainda
mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois se agirem dessa
forma, jamais tropeçarão, e assim vocês estarão ricamente providos quando
entrarem no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Por isso,
sempre terei o cuidado de lembrar-lhes estas coisas, se bem que vocês já as
sabem e estão solidamente firmados na verdade que receberam. Considero
importante, enquanto estiver no tabernáculo deste corpo, despertar a memória
de vocês, porque sei que em breve deixarei este tabernáculo, como o nosso
Senhor Jesus Cristo já me revelou” (2Pe 1.1-14).

Um caminho mais excelente


Devemos nos lembrar de que o Espírito Santo habita em nós e que não
pertencemos a nós mesmos. Pertencemos a Cristo! Ele nos comprou com Seu
sangue. Todos os esforços e energia gastos aqui devem ser dirigidos para
obedecer-lhe e glorificá-lo. Que tamanha responsabilidade! Tudo o que o
Senhor Jesus é, Ele o é em nós! Aquele que possui todos os dons habita em
nós. Onde quer que estejamos lá está Jesus, para em nós, e por nosso
intermédio, fazer novamente tudo o que Ele fez quando esteve aqui em carne!
Em todos os lugares onde um de nós estiver lá estará Jesus tocando as
pessoas, amando-as, ministrando a elas e trazendo-as a Deus, por meio de
nós.

CONCLUSÃO
O corpo de Cristo tem a custódia dos dons espirituais. Eles são
outorgados aos membros, para a obra do ministério, mas pertencem à igreja,
para a sua edificação. Todas as instruções e admoestações bíblicas indicam
que os membros, individualmente, devem se submeter ao corpo de Cristo, em
que Ele é a cabeça. Temos que usar nossos dons espirituais particulares para
exaltar o Salvador, edificar o corpo de Cristo, aperfeiçoar o povo de Deus e
evangelizar os não crentes.

Leitura diária:
Segunda – 1Coríntios 12.1-11
Terça – Mateus22.15-40
Quarta – 1Coríntios 13
Quinta – 1Coríntios 14
Sexta – Romanos5
Sábado – João 17
Domingo– 1Coríntios 12.12-31

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