Você está na página 1de 23

O GOVERNO DA IGREJA PARTE 1

Governo, Ministérios e Departamentos

O que é Governo de Igreja?

Existem quatro tipos de governo de igreja, mas o que mais se aproxima do governo
de nossa igreja é o Governo Congregacional. Mas o que é isso? Entre as igrejas
que adotam o governo congregacional, estão os batistas e os congregacionais e
muitas Assembleias de Deus, principalmente nos EUA. Nesta forma de governo
eclesiástico, a igreja é aquela "comunidade local, formada de crentes unidos para a
adoração e obediência a Deus, no testemunho público e privado do Evangelho,
constitui-se em uma Igreja completa e autônoma, não sujeita em termos de Igreja a
qualquer outra entidade senão à sua própria assembleia, e assim formada é
representação e sinal visível e localizado da realidade espiritual da Igreja de Cristo
em toda a terra." O sistema de governo congregacional é aquele em que a Igreja se
reúne em assembleias, para tratar de questões surgidas no seu dia a dia e tomar
decisões relacionadas ao desenvolvimento de seus trabalhos. O poder de mando
de uma Igreja Congregacional reside em suas assembleias. Mas o Governo da
Igreja é estruturado através de obreiros. Em nossa Igreja são por: Pastores (as);
Evangelistas, Missionários (as); Presbíteros e Diáconos. Também existe uma
estrutura que serve de organização dentro da igreja para cuidar de vários ambientes
de convívios. Estes grupos, departamentos ou ministérios são organizados da
seguinte maneira: Um líder que coordena este grupo, mas este líder sempre está
sujeito a liderança da Igreja. O líder sempre procura pela melhor organização e
cuidando de todos os aspectos que formam este grupo.

DEPARTAMENTOS E MINISTÉRIOS

Estes são os grupos, departamentos ou ministérios:


O mais interessante que é um total de vinte e dois ambientes, que se pode
desenvolver dons e chamados. E por que muitas pessoas estão perdidas na igreja?
Porque dormem, porque estão anestesiadas pelo pecado. E isso acaba por nos
fazer sofrer. Nós como igreja precisamos resgatar o senso de encargo. A um trecho
de um livro do Pastor Francis Chan chamado Multiplique, que é muito importante
para compreendermos isso.

Cada membro fazendo a sua parte

A missão da igreja é importante demais para ficar a cargo de outros. No momento


em que começa a acreditar que sua igreja pode ser saudável enquanto você fica
sentado lá no canto, você desiste do plano divino de redenção. Deus o colocou
numa situação singular porque deseja que você ministre com e para outros cristãos
que ele pôs ao seu redor. A visão de Paulo para a Igreja incluía todos os crentes:

Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a


cabeça, Cristo. Dele todo corpo ajustado e unido pelo auxílio de todas as
juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte
realiza a sua função. Efésios 4.15-16

O objetivo da Igreja é crescer em todos os aspectos a semelhança de Cristo. Mas a


Igreja nunca atingira essa meta a menos que “Cada parte realize sua função”. Isso
não significa que todos nós agiremos do mesmo modo, mas, sim, que todos temos
responsabilidades. Significa também que, se você não é ativo na Igreja, está ferindo
seus irmãos e irmãs. Uma perna paralisada obriga o resto do corpo trabalhar
redobrado para compensar sua inatividade. Deus o criou exatamente como você é,
e o Espírito o capacitou com habilidades espirituais singulares, ou dons. Juntos,
funcionamos como um corpo. Enquanto você e cada pessoa em sua Igreja não
estiverem ministrando ativamente para pessoas ao redor, a região onde você vive
não terá um retrato preciso do que a igreja foi criada para ser.”

A Igreja é um organismo que é simbolizado por um corpo. Por isso sempre a


referência a membros, cada membro em nosso corpo tem uma função, e assim é
na Igreja. Cada membro deve contribuir ao bem do corpo inteiro seja na igreja local
ou global. O apóstolo Paulo mandou uma carta à igreja na cidade grega de Corinto
com o intuito de corrigir diversos problemas doutrinários e práticos. Apesar de terem
recebido dons especiais de Deus, os cristãos em Corinto tinham muitas dificuldades
em questões de amor e respeito uns para com os outros. Entre outros assuntos,
Paulo falou de problemas de partidos e brigas, de processos legais entre irmãos e
de abusos de supostas liberdades ao ponto de prejudicar a vida espiritual dos
irmãos. Ele empregou o conceito de um corpo composto de diversos membros para
corrigir tais condutas e as atitudes por trás delas: “Porque também o corpo não é
um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do
corpo; nem por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque não
sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixa de o ser. Se todo o corpo
fosse olho, onde estaria o ouvido? Se tudo fosse ouvido, onde, o olfato? Mas

1
Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe
aprouve. Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo? O
certo é que há muitos membros, mas um só corpo” (1 Coríntios 12:14-20). Em
outra epístola, Paulo usou a mesma ideia para incentivar a edificação mútua dos
cristãos: “de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de
toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio
aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Efésios 4:16).

O corpo depende da cabeça, Cristo. O mesmo trecho em Efésios 4 apresenta mais


um fato importante sobre esse corpo: a sua dependência da cabeça. Voltemos um
versículo para ver este ponto importante: “Mas, seguindo a verdade em amor,
cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4:15). Embora
ninguém gostaria de perder membros do seu corpo, sabemos que muitas pessoas
vivem muito bem sem um braço, uma perna ou um olho. Mas nenhum corpo
sobrevive sem a cabeça! Quando a igreja se torna em uma organização social que
se importa somente com as relações humanas, esquecendo da importância de
fidelidade total à cabeça, ela morre!

Os membros do corpo não podem ser consideradas como um hierarquia, mas sim
como funções exercidas para, “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros
para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao
conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura
completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes,
levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que,
com astúcia, enganam fraudulosamente.” (Efésios 4.11-14). Uma pessoa pode
ficar a vida inteira como diácono? Pode. Existem pessoas que nasceram com este
dom. Mas existem pessoas que podem desenvolver-se de tal forma e permitir que
Deus as lapidem de uma maneira profunda, que Ele as leva as outros níveis e lhe
acrescenta mais dons para servir no corpo. “Porque, assim como em um só corpo
temos muitas partes, e todas elas têm funções diferentes, 5assim também nós,
embora sejamos muitos, somos um só corpo por estarmos unidos com Cristo.
E todos estamos unidos uns com os outros como partes diferentes de um só
corpo. 6Portanto, usemos os nossos diferentes dons de acordo com a graça
que Deus nos deu. Se o dom que recebemos é o de anunciar a mensagem de
Deus, façamos isso de acordo com a fé que temos. Se é o dom de servir, então
devemos servir; se é o de ensinar, então ensinemos; 8se é o dom de animar
os outros, então animemos. Quem reparte com os outros o que tem, que faça
isso com generosidade. Quem tem autoridade, que use a sua autoridade com
todo o cuidado. Quem ajuda os outros, que ajude com alegria.” Romano 12.4-
9 NTLH.

Todos nós em algum momento dentro da Igreja, teremos que nos encaixar em algo.
Mas o que é mais necessário em nossas vidas é despertamos o dom que há em
nós, para sermos pessoas que servem o corpo e não pessoas que somente sugam
como um câncer ou sendo como um corpo estranho. “Por este motivo, te lembro
2
que despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas
mãos. Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de
amor, e de moderação.” (2 Timóteo 1.6-7) O governo da nossa Igreja flui através
do exercício missionário em todas as esferas da Igreja e da sociedade. Como Deus
deu o direcionamento aos nossos líderes que o fundamento da Igreja é missões,
tudo que fazemos gira em torno da Grande Comissão. Jesus, aproximando-se,
disse-lhes: Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, e fazei
discípulos de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo; instruindo-as a observar todas as coisas que vos tenho
mandado. Eis que eu estou convosco todos os dias até o fim do mundo.
(Mateus 28.18-20).

3
O GOVERNO DA IGREJA PARTE 2
ENCARGOS ECLESIASTICOS

Partimos do princípio de que precisamos entender a diferença entre cargo e


encargo. Vemos constantemente no novo testamento usando a palavra ENCARGO.
Mas ao longo do tempo, as funções no corpo de Cristo, foram banalizadas se
tornando cargos.

CARGO X ENCARGO.

Você sabe a diferença?

Podemos comparar a diferença entre cargo e encargo. Eles servem tanto para
nossa vida familiar, profissionalmente ou outra organização qualquer. Cargo é a
posição na qual as pessoas possuem dentro de uma organização. Encargo é um
desejo profundo do coração, compartilhando por aqueles que fazem parte de um
mesmo organismo. Sabemos que aqueles que trabalham por cargo precisam ser
supervisionados o tempo todo, não tem motivação para fazer nada e só faz o que
mandam; quem tem encargo está disposto a fazer de tudo pelo objetivo proposto,
ele (a) vai além, ele (a) cria, ele (a) sonha. Estão dispostos a verter sangue, suor e
lágrimas. Temos que ter cuidado para não ser uma delas, que ocupam um cargo,
mas não tem encargo. “Existem dois tipos de líderes que não queremos em
nossa igreja: aqueles que não fazem o que se manda e aqueles que só fazem
o que se manda” (Winston Churchil). Cargos são posições que geram status;
encargos são sonhos do coração de Deus!

Mas se o governo é composto por estas autoridades eclesiásticas, temos que saber
como elas funcionam. Quais é o exercício da sua função no corpo de Cristo. O
Pastor Gustavo Bessa da Batista da Lagoinha traz de maneira muito simples e
objetiva a questão dos cinco ministérios. “Os cinco ministérios “E ele deu uns
como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros
como pastores e mestres…” (Ef 4.11.)

Nesses últimos tempos, Deus tem restaurado a compreensão da Igreja acerca dos
cinco ministérios apresentados por Paulo na Carta aos Efésios: “E ele designou
alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e
outros para pastores e mestres…” (Ef 4.11.) Mas como esses ministérios
funcionam? Quem tem esses ministérios? Quais são as características de cada um
deles? (Um bom livro para se estudar melhor os cinco ministérios é: “A forte
mão de Deus – o ministério quíntuplo” de Jens Kaldeway, da editora
Esperança.) Em primeiro lugar, é importante ressaltar que não são todos os cristãos
que devem ser encaixados nos ministérios de Efésios 4.11. Enquanto alguns
cristãos receberam de Deus algum desses ministérios, outros não os receberam;
antes, pelo contrário, receberam outros diferentes dons e capacitações.
Diferentemente do que muitos pensam, o fato de alguém receber um dos cinco
ministérios não o torna melhor ou com maior autoridade do que uma outra pessoa

4
que possui um outro dom. Todos os dons são igualmente necessários, relevantes e
de igual valor no Corpo de Cristo.

Apóstolo - Apesar de algumas pessoas afirmarem que os únicos apóstolos que


existiram foram os 12 apóstolos de Jesus, a Bíblia nos fornece outro ensinamento.
Além dos 12 primeiros apóstolos, a Bíblia nos mostra, por exemplo, que Paulo e
Barnabé eram chamados de apóstolos (At 14.14) e, também, Andrônico e Júnias
eram reconhecidos como apóstolos (Rm 16.7). Assim, houve mais apóstolos do que
apenas os Doze primeiros. O apóstolo tem um papel-chave no Reino de Deus. Ele
é necessariamente um fundador, e não apenas no sentido de iniciar alguma coisa,
mas também no sentido de acompanhar o crescimento de uma igreja, cuidando para
que não haja deformações e falhas no desenvolvimento dela. O apóstolo luta pelo
fundamento correto e, da mesma maneira, para que os cristãos permaneçam sobre
esse fundamento. Essa foi, por exemplo, a luta de Paulo em favor dos crentes da
Galácia (Gl 1.6-8; 3.1-3). Uma outra característica do apóstolo é que ele está
sempre em movimento. Ele não fica estacionado em um único lugar, em uma única
igreja. Pelo contrário, ele está sempre a caminho, ou fundando igrejas ou dando
assistência a outras igrejas para que essas não se afastem do fundamento bíblico.

Profeta - Enquanto o apóstolo é aquela pessoa que recebeu de Deus a visão de


enxergar mais longe, o profeta recebeu de Deus a visão para enxergar mais fundo.
O profeta consegue perceber as realidades mais profundas da vida de uma pessoa
e de uma igreja. As cartas às igrejas da Ásia Menor, registradas no início do livro do
Apocalipse, são um exemplo claro do ministério profético. Essas cartas olhavam
para dentro do coração da igreja, vendo os seus pontos fortes e as suas fraquezas.
Certamente, Deus revela um pouco dos seus planos aos profetas (Am 3.7). Por isso,
o profeta é, em geral, um crente que constantemente anseia por ouvir mais de Deus.
Ele gosta de se dedicar à quietude, à oração e à busca da glória de Deus. Esse seu
anseio está relacionado como o seu desejo de receber de Deus para poder
compartilhar com as pessoas o que tiver ouvido.

Mestre - Diferentemente do apóstolo, que olha para mais longe, e do profeta que
olha para mais fundo, o mestre olha para a Palavra. Ele é alguém bastante dedicado
ao estudo da Bíblia. Ele é apaixonado pela Bíblia. Ele anseia por descobrir os
ensinamentos bíblicos acerca de Jesus e do Seu Reino. A Bíblia nos fala acerca de
Apolo, “que era homem culto e tinha grande conhecimento das Escrituras. Fora
instruído no caminho do Senhor e com grande fervor falava e ensinava com exatidão
acerca de Jesus” (At 18.24-25). Apolo era um mestre, apaixonado e zeloso pelas
Escrituras. Ao escrever para a igreja de Corinto, Paulo diz que ele plantou e Apolo
regou (1Co 3.6). O que o apóstolo plantou é regado pelo mestre para que a igreja
continue a crescer e se torne igreja madura. O ministério do mestre consegue trazer
estabilidade e maturidade à Igreja, levando-a a resistir nos tempos de seca, frio e
tempestades.

Pastor - A pessoa que tem o ministério de pastor se importa grandemente com as


pessoas. Ele tem ampla disposição para carregar as pessoas nos braços, trazerlhes

5
encorajamento e fazer oração por elas. Isso significa que o pastor recebeu de Deus
uma capacitação especial para iniciar e desenvolver relacionamentos que sejam
profundos e intensos. Quando Jesus afirmou que as ovelhas conhecem a voz do
pastor e o seguem (João 10.2-3, 14, 27), Jesus mostrou que o pastor conseguiu,
por meio do seu cuidado e zelo, conquistar a confiança das suas ovelhas. As
ovelhas não seguem outra pessoa porque não confiam nela. “Uma outra marca do
pastor é o seu amor pela sua terra. Ele ama permanecer por longo tempo no
mesmo lugar e lá estabelecer uma rede de relacionamentos. Ele quer
constituir uma família espiritual, adotar filhos espirituais, criá-los. É por isso
que ele se preocupa quando os apóstolos e profetas avançam inquietos e
enérgicos, e as tendas precisam ser desmontadas novamente. Estar a
caminho, nômade, como num acampamento militar, não lhe agrada. O que ele
mais gostaria era de construir casas firmes”. (Jens Kaldeway – “A forte mão de
Deus – o ministério quíntuplo”. Ed. Esperança.)

Evangelista - O evangelista é uma pessoa que foi capacitada por Deus para pregar
o Evangelho aos não cristãos. Os olhos dele estão constantemente colocados fora
da igreja, em busca dos perdidos. Ele quer se encontrar com os incrédulos, fazer
contato com eles e apresentar-lhes o Evangelho de forma clara e compreensível.
Por isso, uma das características do evangelista é a criatividade. Ele consegue, de
diferentes maneiras, apresentar o Evangelho. Ou ele evangeliza por meio do teatro,
ou da música, ou da mímica, ou da pregação. Para ele, o que importa é fazer com
que os não-crentes ouçam, entendam e aceitem a mensagem do Evangelho.”

Nos Cinco ministérios não aparece duas funções que também são importantíssimas
no suporte do serviço eclesiástico. Que são os presbíteros e diáconos, que são
membros fundamentais também no Corpo de Cristo. O Pastor Benjamin Lee Merkle
é um estudioso americano do Novo Testamento. Ele é Professor Associado do Novo
Testamento e Grego no Seminário Teológico Batista do Sudeste no EUA. E ele traz
algo muito simplificado sobre a função do presbítero e do diácono.

Presbítero - Um presbítero é um homem que atende às qualificações de 1Timóteo


3.1-7 e Tito 1.6-9, é reconhecido por sua congregação como um presbítero, e lidera
a congregação por meio do ensino da Palavra (1Tm 3.2), da oração pelas ovelhas
(Tg 5.14) e da supervisão no tocante aos assuntos da igreja (1Pe 5.2). Um
presbítero deve velar pelo rebanho. Ele deve instruir todas as ovelhas, fortalecer as
fracas, proteger as vulneráveis, repreender as obstinadas, e lidar com as
trabalhosas (2Tm 2.24-25; At 20.28; 1Ts 5.14). Um presbítero vela pelos membros
de sua igreja como alguém que haverá de prestar contas a Deus (Hb 13.17). No
Novo Testamento, as igrejas locais apresentam um padrão consistente de
pluralidade de presbíteros (At 14.23, 20.17, Fp 1.1; 1Tm 5.17; Tg 5.14). Cristo, o
Supremo Pastor, pretende cuidar do seu rebanho por meio de um número de
homens piedosos que conjuntamente ensinam, guardam, guiam, protegem e amam
as ovelhas. Isso significa que toda igreja local, seguindo a liderança do seu pastor,
deveria buscar homens que já estejam realizando a obra de um presbítero e
apontálos para o ofício.
6
Diácono - A única passagem que menciona as qualificações para os diáconos é
1Timóteo 3.8-13. Nessa passagem, Paulo apresenta uma lista oficial, porém não
exaustiva, dos requerimentos para os diáconos. As similaridades entre as
qualificações para diáconos e presbíteros/bispos em 1Timóteo 3 são notáveis.
Assim como as qualificações para os presbíteros, um diácono não pode ser dado
ao vinho (v. 3), avarento (v. 3), irrepreensível (v. 2; Tt 1.6), marido de uma só mulher
(v. 2), e um hábil governante de seus filhos e de sua casa (vv. 4-5). Além disso, o
foco das qualificações é o caráter moral da pessoa que há de preencher o ofício:
um diácono deve ser maduro e acima de reprovação. A principal diferença entre um
presbítero e um diácono é uma diferença de dons e chamado, não de caráter.

Ao passo que a Bíblia encarrega os presbíteros das tarefas de ensinar e liderar a


igreja, o papel dos diáconos é mais orientado ao serviço. Isso é, eles devem cuidar
das preocupações físicas ou temporais da igreja (Isso não anula de Presbíteros
servirem a Igreja como diáconos). Ao lidarem com tais questões, os diáconos
liberam os presbíteros para que foquem no pastoreio das necessidades espirituais
da congregação. Contudo, embora os diáconos não sejam os líderes espirituais da
congregação, o seu caráter é da maior importância, motivo pelo qual deveriam ser
examinados e apresentar as qualificações bíblicas arroladas em 1Timóteo 3. Quais
são alguns deveres pelos quais os diáconos devem ser responsáveis hoje? Eles
poderiam ser responsáveis por qualquer coisa que não seja relacionada ao ensino
e ao pastoreio da igreja. Tais deveres poderiam incluir:

• INSTALAÇÕES: Os diáconos poderiam ser responsáveis por administrar a


propriedade da igreja. Isso incluiria assegurar que o lugar de culto esteja preparado
para a reunião de adoração, limpá-lo, ou administrar o sistema de som.
• BENEVOLÊNCIA: Semelhante ao que ocorreu em Atos 6.1-6 com a distribuição
diária em favor das viúvas, os diáconos podem estar envolvidos em administrar
fundos ou outras formas de assistência aos necessitados.
• INTRODUÇÕES: Os diáconos poderiam ser responsáveis por distribuir boletins,
acomodar a congregação nos assentos ou preparar os elementos para a comunhão.

• LOGÍSTICA: Os diáconos deveriam estar prontos a ajudar em uma variedade de


modos, de modo que os presbíteros possam se concentrar no ensino e no pastoreio
da igreja. (Isso não anula de Pastores, Evangelistas e Presbíteros servirem a
Igreja como diáconos).

Então vemos que o Governo da Igreja é repleto de funções que devem ser exercidas
para que todo Corpo de Cristo se movimente de maneira correta. E assim todos
vamos chegar a maturidade e termos o caráter de Cristo como diz em (Efésios
4.1114) “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros
para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do
corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento
do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo

7
vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam
fraudulosamente.”

O governo da igreja são pessoas imperfeitas em busca da perfeição do caráter de


Cristo formado em suas vidas, para conduzir pessoas a maturidade cristã. Cada
membro do corpo de Cristo pode desenvolver seus dons, chamado e propósito
através dos grupos, departamentos e ministérios. Então é importante termos a
noção que fazemos parte de um corpo que precisa se movimentar embaixo da
vontade de Deus. E a vontade Dele é que venhamos desenvolver o propósito que
Ele deu a cada um de nós, para a edificação coletiva da Noiva de Cristo.

“Unidade não é uniformidade; nas escrituras unidade compreende variedade.”


Reinhard Bonnke

8
OBREIRO APROVADO PARTE 1
Vocação, Chamado e Propósito

Precisamos também entender e compreender a diferenciar chamado, vocação e


proposito. Pois muitas vezes não estamos nos movimentando da maneira correta
porque não entendemos estas coisas.

Vocação e chamado

A importância das aptidões e dos dons na vida cristã

Todo cristão, em algum momento da vida, já deve ter se perguntado: “Deus tem um
propósito para minha vida? Ele tem um plano específico para eu realizar? Qual a
vontade de Deus para mim? Qual é o meu chamado?”. Afinal, é a Bíblia mesmo que
nos alerta:

“Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do


Senhor.” Efésios 5.17 (NVI). Talvez ainda agora estejamos nos indagando sobre
isso. Ou quem sabe ainda não temos a convicção que gostaríamos de ter. Nesse
caso, podemos nos sentirmos inseguros, indecisos ou desorientados quanto ao
nosso futuro como cristãos. Neste texto, verificarmos alguns princípios bíblicos e
refletirmos sobre nosso propósito de vida, e nossa vocação e chamado como filhos
de Deus nesta Terra.

O propósito de Deus, revelado nas Escrituras Sagradas, é que sejamos “conformes


à imagem de seu Filho” (Romanos 8.29),
em outras palavras, que sejamos como
Cristo nessa Terra. Além disso, a Bíblia
também afirma que fomos criados para o
louvor da glória de Deus (Efésios 1.11).
Sabemos que o pecado atrapalhou isso
logo após a criação do homem, mas Cristo
veio justamente resgatar o propósito
original de Deus e dar condições para que
isso fosse restaurado na vida dos que
creem. Assim, o objetivo principal da
nossa existência é continuamente render
glórias e louvor a Deus, vivendo sempre
para adorá-lo (Salmo 29.2). Até aqui
estamos indo bem. Creio que todos
concordamos com essa definição do
nosso propósito de vida como cristãos.
Porém, se pararmos nessa parte,

9
podemos desenvolver um comportamento passivo, ou infrutífero, ou até mesmo
egoísta em relação às demais pessoas ao nosso redor. “Uma vez salvo, quero viver
somente para adorar a Deus”. Sem percebermos, essa ideia pode se alojar em
nossa mente e nos tornar inativos. Muitos monges, nos primeiros séculos da história
da igreja, fizeram essa opção e se isolaram da humanidade e seus problemas. A
Reforma Protestante no século XVI recolocou o cristão no centro da sociedade a
fim de ter ações práticas e transformadoras, conforme a vontade divina. Lutero, em
seu livro Comércio e Usura (1524), procurou desfazer a ideia do trabalho como algo
degradante e dar a ele uma dimensão espiritual e digna. Nosso trabalho, como
vocação, tem a missão de prover os recursos para nossa família, servir ao próximo
e abençoar a Terra. Fomos alcançados pela graça de Deus a fim de sermos
recriados em Jesus e ganharmos uma nova identidade. Mas também fomos salvos
para as boas obras (Efésios 2.10). O ‘ser’ vem antes do ‘fazer’. Mas o ‘fazer’ precisa
seguir ao ‘ser’ (Tiago 2.17).

Nesse ponto podemos voltar à questão:


“Mas o que eu devo fazer? Como descobrir o meu chamado e vocação?”. Vamos
então falar um pouco sobre isso. Antes de tudo é preciso dizer que essas duas
expressões: vocação e chamado, por vezes, se misturam. A palavra
‘vocação’ se origina do verbo latino ‘vocare’ e significa ‘chamar ou chamamento’.
Assim, o significado delas é tão próximo que em alguns momentos elas se
interseccionam. Podemos ver isso no versículo abaixo:

“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis como é digno da vocação
com que fostes chamados.” Efésios 4.1 (RA)

Porém, para esse nosso estudo, vamos separar um pouco as duas palavras para
facilitar nosso entendimento e aplicação. Vamos considerar o termo ‘vocação’ como
o nosso chamado natural; e o termo ‘chamado’ como a nossa vocação espiritual.
Confundi mais agora? Vou tentar explicar melhor.

VOCAÇÃO

Nossa vocação tem a ver com aquilo que nós somos, nossos gostos, inclinações,
talentos e habilidades inatas. Trata daquilo que naturalmente amamos fazer,
fazemos bem e ainda traz realização e prazer. É o que nossa vontade e competência
nos leva a praticar. É uma capacidade específica que nos inspira. Normalmente é a
nossa vocação que vai nos levar a fazer uma escolha acadêmica e profissional.
Além disso, podemos ter vários outros tipos de vocação, como por exemplo uma
vocação para a área esportiva, ação social, artes em geral, comunicação
interpessoal etc., que não tenham necessariamente relação com uma carreira
profissional. Para ajudar as pessoas a identificar melhor suas vocações naturais é
que foram criados os chamados teste vocacionais, aplicados por profissionais ou
instituições a partir do perfil psicológico e personalidade de cada pessoa.
10
CHAMADO

Nosso chamado, agora do ponto de vista espiritual, tem a ver com aquilo que Deus
nos convida a realizar em benefício da Igreja e das pessoas que Ele deseja alcançar.
Fala do modo, lugar e tempo em que nós fazemos o que temos de fazer.
Obedecemos à voz e à vontade de Deus para nós. Um chamado leva em conta os
dons e talentos espirituais dados por Deus. E aqui, isso tanto pode coincidir com
nossa vocação natural como pode nos levar a uma nova prática que nunca
imaginamos para nós. Se em nossa vocação natural somos inspirados pelas nossas
características pessoais pré-existentes, em nosso chamado somos comissionados
do alto, pelo Espírito Santo, e capacitados por Ele para essa obra.

Esse chamado tem duas dimensões, a primeira é a mesma para todos, e a outra é
específica para cada um. Vejamos isso melhor:

1) Chamado Comissional (de Deus para todo o seu povo)

É o mesmo para todos os cristãos, em todas as épocas e em todos os lugares.


Perceba que esse chamado não é apenas para pastores ou líderes em tempo
integral. Mas é para todos quantos são feitos filhos de Deus. “Portanto, vão e façam
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre
com vocês, até o fim dos tempos.” Mateus 28.19-20.

2) Chamado Ministerial (de Deus para uma pessoa específica)

É único e individualizado para cada cristão, num tempo e lugar determinados,


baseado no seu dom. E ninguém receberá todos os dons, mas também ninguém
ficará sem pelo menos um dom. E esse dom aponta para seu chamado ministerial.
“Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente
a graça de Deus em suas múltiplas formas.” 1 Pedro 4.10

Agora que ficou um pouco mais claro a diferença de vocação e chamado vamos ver
alguns passos práticos que podemos dar a fim de identificar nosso chamado
pessoal. Comece-se informando a respeito dos dons que a Bíblia lista em várias
passagens como Romanos 12.6-8; 1 Coríntios 12.8-10, 28; Efésios 4.11 e 1 Pedro
4.9-11. O objetivo aqui é saber para poder identificar. Depois, como diz C. Peter
Wagner em seu livro “Descubra seus dons espirituais”, uma boa dica é envolver-se
com todas as áreas de serviço na igreja que você puder. Isso o ajudará a enxergar
possíveis dons que você tem e os que definitivamente você não tem. Em seguida,
avalie sua atuação e os resultados (os frutos). Examine-se e desenvolva uma
autocrítica saudável. Converse com seus líderes e mentores. Peça que eles o
ajudem nessa tarefa de aferir seu chamado ministerial.

11
Por fim, e não menos importante, ore sobre isso. Permita que o Espírito Santo sonde
seu coração e suas motivações; e se disponha a obedecê-lo, seja qual for a
orientação e o chamado que Ele conferir a você. A última pergunta que vamos
considerar nesse texto é “Onde devo exercer meu chamado espiritual?” Seria
apenas no contexto da igreja local, suas reuniões públicas e encontros ministeriais?
Definitivamente não. Nosso chamado deve ser vivenciado em todo o tempo e todo
lugar, seja em casa, no trabalho, na sociedade ou na igreja; amando e servindo
todas as pessoas à nossa volta, para a glória de Deus Pai.

“Para um homem que vive para Deus nada é secular, tudo é sagrado.”
Charles H. Spurgeon

“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras
e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” Mateus 5.16

Propósito

Este assunto já está bem desenvolvido neste material, mas vamos a mais algumas
definições. Propósito significa, intenção (de fazer algo); projeto, desígnio. aquilo que
se busca alcançar; objetivo, finalidade, intuito. Aquilo a que alguém se propôs ou
porque se decidiu; decisão, determinação, resolução. O Dr. Myles Munroe um
grande homem de Deus, que faleceu infelizmente. Em uma das suas mensagens
ele dizia o seguinte; eu estava no aeroporto, e me assentei na janela do aeroporto,
aquela do tamanho família, gigantesca, que se consegue enxergar um avião inteiro.
E ali havia um avião se preparando para sair a uma viagem internacional. E havia
um monte de homens do aeroporto ao redor do avião e aí esses homens estavam
lá mexendo nas rodas e outro lá dentro mexendo na cabine e outro lá só com o
combustível e um estava verificando algumas peças e um outro com as ferramentas
e estava todo mundo ao redor do avião preparando-o para voar. Foi muito
engraçado porque assim é um avião que se prepara para voar e ali no cantinho de
um passarinho. Que não tinha ninguém ao redor desse passarinho o preparando
para voar e de repente aquele passarinho deu um pulinho e simplesmente voou.
Você entende que quando você não nasceu para fazer alguma coisa que precisa de
um monte de gente ao seu redor trabalhando na manutenção e falando vai você
consegue, vai Deus é contigo. Porque você não nasceu para fazer isso. Agora o dia
que você descobrir o que você nasceu para fazer não precisa de ninguém ao seu
redor, você dá um pulinho e sai voando. E ninguém precisa te incentivar para você
voar. Porque voar é o que te deixa vivo. O que você nasceu para fazer?

Vocação – Características como pessoa.

Chamado – Chamado Comissional e Ministerial.

Proposito – Convicção de exercer algo para um bem maior.

A vocação e o chamado são ferramentas para servir ao propósito.

12
OBREIRO APROVADO PARTE 2
Obreiro

O Obreiro servindo através do Exemplo

O Obreiro e sua conduta ou testemunho dizem muito a respeito dele estar sendo
aprovado ou não. Como vou querer falar sobre certos assuntos se sou uma pessoa
que falha constantemente nessas áreas. Que autoridade eu tenho? Um exemplo
simples. Como vou querer falar de ofertas e dízimo, se eu não oferto e nem dízimo?
Ser um dizimista fiel é um princípio simples e ao mesmo tempo vital para um obreiro
que quer ser aprovado por Deus.

Em Malaquias 3.6-12 vemos esse mandamento que é importantíssimo. O dízimo


era para ser voluntário, mas devido à quebra de princípio do povo de Israel se tornou
uma lei. Se não consigo dar 10% do que Deus me dá, será impossível de me
entregar 100% para Ele. Quando você quebra um princípio, uma lei é criada. A
essência do dízimo é e sempre foi GRATIDÃO. Mas se não somos capazes de
devolver em gratidão 10% do que Deus nos deu, torna-se impossível entregar 100%
a Ele. Cristo quando veio, não pediu só 10%, Ele pediu tudo. Se você não entende
que tudo que você tem é por Cristo. Então você nunca vai entender o que é o dízimo.
Se você não consegue governar 10% do que Deus te deu, será que conseguira
governar os outros 90%?

O dízimo você dá porque você colheu. Oferta você dá para semear. O dízimo é um
princípio da criação. Um princípio quebrado é uma lei que é estabelecida, e a
Palavra fala que toda lei quebrada gera maldição. Você já se perguntou o quão
grave é tocar em algo que é sagrado para Deus? Você quer proteger a tua colheita?
Então dizime. Você quer colher mais? Oferte mais. Um coração curado e
ensinável, um Espírito quebrantado e vivificado e uma mente renovada. Sempre
estará sensível para entregar completamente a Deus, sabendo que o dinheiro é um
simples mordomo na sua vida. O dízimo não é o fim das coisas é o começo delas.
O dízimo não gera prosperidade ele gera provisão. Ele serve como proteção para
as suas primícias, família e ministério. Mas para o início da prosperidade é
necessário ser GRATO PELO QUE VOCÊ JÁ TEM. Você quer ter autoridade sobre
as tuas finanças, sobre tua casa e sobre teu ministério? Então comece pelo simples
e início de tudo. Comece pelo dízimo. Comece pela GRATIDÃO de tudo que Deus
é na sua vida e na vida da tua família. Porque se você não dízima para Deus,
então você está dizimando para outra pessoa ou até mesmo para o diabo. Se
não cumprir com o que a Palavra manda. Será que viverá as promessas que estão
nela? As pessoas querem viver as promessas, sem viver em obediência. Deus não
quebra princípios. Todo princípio da Palavra de Deus que você quebrar, você será
quebrado por ele.

13
Compromisso

Em Mateus 9:35-38 Que o “sim” de vocês seja sim, e o “não”, não, pois
qualquer coisa a mais que disserem vem do Maligno. Vemos dois princípios
verdade e compromisso. Não dizimar é uma falta de compromisso para com Deus
em primeiro lugar e em segundo lugar para com a Igreja. Não buscar ter uma vida
espiritual constante é falta de compromisso com Deus, Jesus, Espírito Santo e a
Palavra. Existem aqueles que estão ENVOLVIDOS e outros COMPROMETIDOS.
Em todas as áreas da vida existem 2 tipos de pessoas: o comprometido e o
envolvido. Como um obreiro sem compromisso com Deus, irá ajudar alguém com
alguma dificuldade. Como um obreiro vai servir a Igreja com pesar em seu coração
ou servir de má vontade? Ele será um obreiro infrutífero. Você quer se tornar um
bom obreiro, aprovado? Deixe de ser apenas envolvido e torne-se comprometido.
Deus sempre recompensa nossos esforços, como diz em Colossenses 3:23-24.
Mas temos que fazer tudo em excelência assim como diz em Eclesiastes 9.10 e em
Romanos 12.6-10. Deus condena quem faz a obra Dele de qualquer jeito como
Jeremias 48.10.

Como um Obreiro se mantém firme

Na dependência do Espírito Santo, através de oração, separando tempo de


qualidade diante de Deus para buscar graça, direção e renovo;

• Com fé, sem desanimar diante das situações difíceis;


• Comunicando sempre fé e confiança aos que estão fracos e desanimados;
• Com zelo, alegria e compromisso; é a Jesus que estamos servindo;
• Não comprometer outros princípios, como o descanso pessoal e atenção à
sua família;
• Na pluralidade, junto a seu companheiro de serviço; • Formando
equipes de apoio eficientes;
• Em sujeição ao presbitério.
Motivação no desempenho do serviço

• Seguir o exemplo de Jesus: servir;


• Suprir as necessidades dos irmãos: servo de todos;
• Corresponder à responsabilidade que Deus lhe conferiu através do
presbitério;
• No anonimato, (não para ser visto, mas vivendo como mordomo de Deus);
• Não usar de favoritismo ou preferências pessoais;

• Com esperança da recompensa em Deus. “Se alguém me serve, siga-me,


e, onde eu estou ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o
Pai o honrará” (João12. 26);
• Para a glória de Deus! (Mateus 5.16; João 12.28).
Obediência e Submissão
14
Discípulos obedientes e submissos a Deus e a seus líderes.

A primeira característica de um discípulo de Jesus Cristo é a obediência e agora


mostraremos mais um pouco sobre esta matéria de ordem prioritária. A submissão
em alegria é a segunda característica de um discípulo. A submissão é muito mais
que obediência. É uma atitude interior de confiança no Deus Soberano, Amoroso e
Onisciente. Cristo nos convida a confiar nEle:

Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos


aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e
humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu
jugo é suave e o Meu fardo é leve.” (Mateus 11:28 ao 30).

“Tomai o Meu jugo” significa submeter-se à autoridade de Cristo, confiar nEle.


Submissão é a pré-condição para o resto de toda a obra que Jesus promete realizar
em Seus discípulos e através deles.

O fato é que Cristo não se agrada de simples obediência (como robôs, ou


tornandose uma pessoa religiosa, antissocial e dura). Ele quer também que Seus
discípulos sejam submissos à Ele, que O amem e confiem nEle. Existe uma
diferença muito grande entre submissão e obediência (Rm 13.10).

Os fariseus oferecem exemplo clássico de obediência sem submissão. Eles


obedeciam à letra da lei sem compreender o espírito pelo qual Deus intencionava
que ela fosse interpretada. Eles não confiavam no julgamento de Deus porque sua
lei mais alta, a Lei do amor, era-lhes totalmente estranha.

Existe o perigo iminente atrás de toda a religiosidade, que é impedir a pessoa de


amar quando encontra alguém fora dos padrões que estão determinados como
verdades supremas em sua concepção. A pessoa torna-se presunçosa, achando
que é o “Dono da Verdade” (como os fariseus), julga e condena qualquer um que
estiver em desacordo (ainda que fosse o próprio Jesus, como aconteceu com os
fariseus). Ficam cegas sem capacidade de exercer a misericórdia, o perdão e o
amor (a mulher achada em adultério), e o pior é que se firmam na própria palavra,
porém sem o caráter e o Espírito de Cristo, o qual não veio para destruir, mas para
salvar; e não para abolir, mas para cumprir a lei!

A Bíblia relata também incidentes de submissão sem obediência. Se as leis dos


homens entram em conflito com as leis de Deus, o discípulo pode ainda ter espírito
submisso demonstrando abertamente a sua confiança em Deus, e não acatar tais
leis terrenas. Você sofrerá as consequências, mas salvará a sua alma!

Pedro e João mantiveram espírito submisso para com Deus, mesmo enquanto
desobedeciam a uma lei injusta. Quando aqueles que tinham autoridade sobre os
apóstolos ordenaram para que parassem de ensinar a respeito de Jesus, eles

15
recusaram obedecer (At 4:18, 20). Continuaram a ensinar a respeito de Cristo e
ainda oraram pedindo ousadia ao fazê-lo. A submissão à autoridade suprema de
Deus exigiu que desobedecessem às autoridades temporais. É importantíssimo
notar, porém, que Pedro e João não ocultaram sua desobediência, mas pregaram
abertamente, confiando as consequências ao Senhor. Eles estavam dispostos a
sofrer as consequências de maiores castigos se assim as autoridades resolvessem,
sabendo que sua desobediência pública a Deus traria a Ele a glória. É bom ressaltar
também que eles não estavam num espírito de rebeldia ou plácida religiosidade,
porém cheios de amor a Jesus de onde receberam a coragem necessária para
exporem suas vidas. Se os apóstolos tivessem se sentido “culpados” caso alguém
os “pegasse” fazendo aquilo que acreditavam ser justo, eles não teriam espírito
submisso. Um ato realizado com espírito submisso não causa culpa nem ofensa. Se
o discípulo desobedecesse abertamente às autoridades temporais (veja bem, no
caso direto de conflito à Palavra, adoração ou negação a Deus), como a oração
ilegal de Daniel (Dn 6:10), e estiver disposto a sofrer as consequências é sinal que
ele é submisso a Jesus, mesmo impossibilitado de obedecer.

Submissão e obediência as lideranças


“Nada acontece, nada muda, nada se desenvolve, nada melhora, nada é
corrigido sem liderança. Todos, em todos os lugares, estão sendo liderados.
Sempre estamos sendo liderados, diretamente ou indiretamente, quer
estejamos conscientes disso ou não. A liderança é incessantemente exercida
sobre nós em várias áreas…” -Myles Munroe.

Em Mateus no capítulo 15 e versículo 14 está escrito: “Deixai-os; são cegos, guias


de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco”.
Observa-se que um cego não pode guiar outro cego. Sobretudo, não devemos nos
sujeitar às lideranças cegas. Não é que você não deve se sujeitar e considerar as
lideranças, pelo contrário, a ênfase aqui é não se sujeitar às lideranças cegas. Os
membros da igreja devem seguir como modelo o Pastor. É lícito reconhecer as
lideranças e se sujeitar. Está escrito que devemos lembrar, ter como referência os
nossos guias e imitar a fé deles:
“Lembrem-se dos seus líderes, que lhes falaram a palavra de Deus. Observem
bem o resultado da vida que tiveram e imitem a sua fé”. (Hebreus 13.7)

Obediência não quer dizer submissão, esta é uma escolha e nós escolhemos nos
submeter ou não às lideranças. Submissão é uma consideração a Deus, é ter a
atitude de obedecer e submeter-se a Ele. Podemos nos submeter cegamente a
Deus, pois não há autoridade maior que a do Pai. Obediência é diferente de
submissão, pois uma pessoa pode fazer tudo que um pastor ou um líder orientou,
mas, em seu coração, não ter consideração pela pessoa em liderança. Sujeitemse
aos líderes, pois eles lideram como quem vela pela sua vida, como quem prestará
contas a Deus. Se houver resistência, se não houver submissão, o que eles estão
fazendo não lhe será aproveitado, você estará assim impedindo o seu
16
aperfeiçoamento e o seu crescimento. Quando a Palavra mostrar suas fragilidades
reconheça-as, coloque-as submissas à Palavra de Deus, não seja negligente para
com as áreas que precisam ser cuidadas.
“A condição humana – pessoas têm desenvolvido atitudes destrutivas que
dominam sua vida, por não ter uma liderança eficiente e competente sobre
elas”. Essas atitudes são: medo, raiva, egoísmo, descompromisso,
desconfiança, avareza, abuso, violência, guerras, competição, desvalorização
da vida. (Trecho do livro de Myles Munroe)

Posso acrescentar duas atitudes a essas: Falta de auto reconhecimento e aceitação.


Um homem e uma mulher são muito necessários na educação das crianças. Elas
precisam dessas referências, do contrário, terão muitos problemas a enfrentar. E
como será essa nova geração sem essas referências? É certo que enfrentarão
muitas dificuldades no futuro.

“Precisamos compreender que o estado em que se encontra o mundo hoje, é


produto da liderança que tivemos ao longo da história. A falta de liderança
apropriada, eficiente, eficaz, genuína e sensível espiritualmente em todos os
níveis” … (Myles Munroe).

Nossos líderes são frutos de nós mesmos. Tudo só se reproduz segundo a sua
própria espécie. Precisamos aprender com os líderes, eles são as referências que
Deus nos deu. Podemos concluir urgentemente que precisamos reconhecer nossa
necessidade de aprender de Deus. Em Romanos 13 está escrito que todo homem
deve se sujeitar às autoridades superiores, aquele que faz o bem, terá o louvor da
autoridade. Reconheça aqueles que Deus tem levantado sobre sua vida e cresça
para influenciar a comunidade que está perecendo.

Obediência e submissão geram honra


Quando respeitamos, obedecemos e somos submissos a liderança estabelecida por
Deus, honramos a unção estabelecida por Deus sobre a vida dessa pessoa. “A
unção que você respeita você atrai.” – Quando respeitamos a unção (capacidade
dada por Deus para fazer algo) de alguém, podemos atrair essa unção sobre as
nossas vidas. Cultivar e viver a honra é uma decisão. Não podemos honrar pessoas
somente na hora de sua morte ou em um momento de dificuldade. Temos que
aprender a honrar diariamente. Mas dificilmente uma pessoa que não honra a Deus
e a Palavra conseguira honrar sua liderança através da obediência e submissão.

A QUESTÃO DA AUTORIDADE
Sem submissão não há formação: o discípulo deve ser manso e humilde, estando
sujeito aos irmãos, aos líderes, sem rebeldia e obstinação.

Sem submissão não há autoridade: o princípio básico para ter autoridade é estar
debaixo de autoridade e se sujeitar a ela (EX:Jesus). Se você não respeita e não

17
honra aqueles que estão acima de você, não terá igualmente a honra e respeito dos
seus liderados.

Ninguém tem autoridade em si mesmo: nossa autoridade vem de Jesus.

Autoridade é diferente de autoritarismo: o discipulador precisa entender que ele


é o servo do discípulo e não dono. Deve ensinar todo o conselho de Deus e não
os gostos e preferências pessoais.

18
O DISCÍPULO FORMANDO DISCÍPULOS

Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, eu os escolhi e os


designei para que vão e deem fruto, e o fruto de vocês permaneça, a fim de
que tudo o que pedirem ao Pai em meu nome, ele lhes conceda. João 15:16

A formação de um novo caráter nos indivíduos

Este é o aspecto que visa implantar no discipulado um caráter que mais se aproxime
da imagem de Jesus Cristo (Romanos 8.29). portanto, não é algo a ser aplicado
apenas a um cristão menos experiente ou com pouca idade, com pouco ou muito
tempo de igreja, pouca ou muita experiência de vida. Pelo contrário, destina-se a
cristãos comprometidos e humildes o suficiente para reconhecer que ainda
necessitam de transformação. A santificação é progressiva. Consequentemente, os
relacionamentos serão mais bem vivenciados quando se vive numa atmosfera
comunitária de discipulado bíblico (Atos 2.42-47).

O verdadeiro discípulo de Cristo, é alguém que gera discípulos com o caráter de


Cristo. Ele dá fruto.

Discípulo formando discípulos

Enfatizamos constantemente que ovelha sadia sempre dá cria. Dentro da lógica do


mundo animal, em se tratando de ovinos, é ovelha que gera ovelha. Dessa
maneira, é correto dizer que pecador gera pecador, mas discípulo gera
discípulo. Quantas pessoas foram transformadas por Deus em crentes maduros e
multiplicadores, graças ao fato de você, um dia, ter se apegado às suas vidas, e
investido tempo com elas, de modo que Deus usou a sua vida como exemplo?
Podemos apenas mencionar os seguintes textos bíblicos:

Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e


do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho
ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
(Mateus 28.19-20).

E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar


Jesus, o Cristo. (Atos 5.42).

E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo


transmite a homens fiéis e idôneos para instruir a outros. (2 Timóteo 2.2).

Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. (Tito 2.1).


O fiel discípulo de Jesus forma outros discípulos. Este princípio acontece em
consequência da obediência ao claro

ensino da Escritura quanto ao crescimento do Corpo de Cristo. Vejamos alguns


exemplos deste princípio bíblico:
Jesus investiu mais tempo no treinamento dos doze

19
O Senhor Jesus constantemente pregou às multidões, mas o seu ensino foi
direcionado aos seus discípulos. A Escritura relata que “Jesus subiu a um monte e
chamou a si aqueles que ele quis, os quais vieram para junto dele. Escolheu doze,
designando-os apóstolos, para que estivessem com Ele, e os enviasse a pregar”
(Marcos 3.13-14, NIV).

Barnabé investiu em alguém que seria maior que ele: Saulo – Atos 9.26-27;
13.1-3.

No primeiro texto vemos Barnabé tomando Paulo consigo e o apoiando em um


momento que enfrentava a oposição dos irmãos que não acreditavam em Paulo.
Vemos aqui que apesar de todo conhecimento bíblico que Paulo possuía (Atos 22.),
ele agora precisava de alguém que o apoiasse e que o colocasse em condições de
servir a igreja. Nesse direcionamento, Barnabé foi peça fundamental. No capítulo
13, vemos Lucas mostrando uma lista de profetas e mestres, onde Barnabé está
encabeçando essa lista e Saulo é o último dela; não sabemos exatamente se há
implicações quanto a essa ordem na lista, mas no versículo 3 vemos ambos sendo
separados pelo Espírito Santo e pelos irmãos, e mandados juntos para sua primeira
missão. Vemos aqui que o período de discipulado já dava seus primeiros frutos.

Barnabé acredita naqueles que se afastaram e lhes dá uma segunda chance,


com vitória garantida: João Marcos – Atos 13.13; 15.37-39; 2 Timóteo 4.11.

Aqui vemos, num primeiro momento, João Marcos sendo objeto de contenda entre
Paulo e Barnabé, em virtude de ter abandonado uma missão recém-iniciada.
Depois, lemos Barnabé tomando João Marcos e fazendo o mesmo que fizera
anteriormente com Paulo, ou seja, tomando alguém nascido de novo em Cristo, mas
que necessitava de ajustes em seu caráter cristão. Por fim, vemos Paulo já no final
do seu ministério recomendando a Timóteo que lhe enviasse João Marcos, pois lhe
seria útil para o ministério do apóstolo.

Paulo aposta e investe nas novas gerações: Timóteo – Atos16.1-2; Timóteo 2.2

Nesse texto de Atos verificamos que Paulo tomou esse jovem discípulo e o fez
acompanha-lo. Com certeza seguiu-se a partir daí um período de discipulado
intensivo, pois Paulo, já no final do seu ministério, se dirige a Timóteo com essas
palavras: “e o que da minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso
mesmo, transmite a homens fiéis e também idôneos para que instruam outros”.
O discipulado deve ser muito mais do que simplesmente transmissão de
informações; antes, é formação, pois o que temos visto em muitas igrejas é apenas
uma transmissão de lições que não chega a ser um verdadeiro discipulado, pois não
forma; apenas informa.

20
O DISCIPULO COM PROPÓSITO
O discípulo deve manter saudável, algumas áreas da sua vida. O discípulo com
propósito é alguém, que precisa ter perseverança em meio as dificuldades. Nunca
se esquecendo, que o seu principal propósito é glorificar a Deus em tudo na vida.
Para isso Deus nos coloca em provas para testar aquilo que aprendemos e se
estamos aptos para avançarmos no propósito que Ele tem para as nossas vidas.

E essa prova vai definir se você será aprovado ou reprovado. A prova do povo
de Israel foi o deserto, para Deus provar o que havia no coração da nação
(Deuteronômio 8.2). Quantas vezes o povo de Israel foi reprovado até sair do
Deserto. E assim será com a gente (2 Timóteo 2.15).

Paulo deu uma ousada palavra de comando para os crentes da igreja de Corinto:
“sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11.1).
escrevendo aos Filipenses, o apóstolo exige que “o que também aprendestes, e
recebeste, e ouviste, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será
convosco” (Filipenses 4.9). A seguir, algumas sugestões que você, como servo
do Senhor, deve viver para influenciar positivamente a vida do novo discípulo:

 Obedeça sempre a Palavra de Deus.


 Cuide bem da sua Família. Quando necessário, busque auxílio pastoral
para aconselhamento.
 Não perca a ternura. A amargura mata o vigor espiritual e nos torna
indiferentes à santidade.
 Nunca seja orgulhoso. A soberba é essencialmente competitiva e
ofensiva.
 Não seja uma oposição rebelde à liderança da igreja. Pelo contrário,
contribua com críticas e sugestões construtivas.
 Exercite uma vida de oração contínua. A intimidade com Deus é o
exercício do relacionamento que Ele exige.
 Cultive uma vida de santificação pessoal. Sem ela ninguém verá a
Deus.
 Anseie ardorosamente andar dentro da vontade de Deus. Para que
você esteja aprovado na Sua presença.
 Aprenda na Palavra de Deus acerca do sentido e propósito da sua
vida.
 Humilhe-se diante de Deus naqueles momentos de crise e desespero.
 Seja sincero em desabafar os desabafos e problemas nos
aconselhamentos, buscando respostas na sabedoria da Palavra de Deus.
 Chore lágrimas de quebrantamento, mas não de amargura.

 Não desista do seu compromisso com o Senhor, pois Ele é fiel à Sua
Aliança com Você.
 Permita-se ser pastoreado, ainda que você mesmo seja um pastor.
 Esteja atento àquilo que a Palavra de Deus tem a dizer.

21
 Com temor aceite a repreensão dos seus pecados, buscando o
arrependimento sincero.
 Seja humilde em pedir perdão e disposto a perdoar.
 Deseje crescer e servir com eficácia e aceitação diante de Deus.
 Identifique os dons que o Espírito Santo lhe deu e use-os no serviço e
edificação dos irmãos.
 Seja produtivo, para que não caia na futilidade e não perca o seu
propósito de glorificar a Deus.

Estas atribuições serão para você contínuos desafios como discipulador. Todavia,
para que consiga viver efetivamente, você necessita praticar a mutualidade da
comunhão (uns aos outros) no Corpo de Cristo. Não existe rebanho de uma ovelha
só.

O MOTIVO DO DISCIPULADO

O propósito do Discipulado é um só. Todavia, ele é como uma corda trançada de


vários fios. Podemos mencionar os elementos que somam ao principal motivo.
Quando aderimos ao discipulado estamos sendo obedientes ao imperativo da
Grande Comissão de Jesus (Mateus 28.18-20), que nos ordena fazer discípulos de
todas as nações. Não discipular equivale a desobedecer a um dos mandamentos
mais contundentes de toda a Bíblia.

Ao aplicar o discipulado, apresentamos o evangelho da salvação aos eleitos de


Deus, proporcionando a oportunidade para que o Espírito Santo aplique a graça de
Deus às mentes e corações. Evangelizar é compartilhar Jesus no poder do Espírito,
deixando os resultados com Deus, visando à reeducação para uma vida
transformada. Através do discipulado preciosas vidas são libertas das trevas e do
poder de Satanás para a luz do Reino do Filho de Deus.

Com o discipulado a igreja cresce espiritualmente e numericamente. Pelo


discipulado ensinamos as pessoas reconhecer a soberania de Cristo sobre todas
as esferas da vida humana, inclusive na ciência, na arte, na educação, na
economia, na política e no lazer. O propósito essencial que envolve todos os
demais é a Glória de Deus. O profeta Oséias disse: “conheçamos e prossigamos
conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre
nós como a chuva serôdia que rega a terra” (Oséias 6.3).

22

Você também pode gostar