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ANOTAÇÕES LIVRO “IMPACTO DA SANTIDADE” LUCIANO SUBIRÁ

O chamado tem duas características distintas. Como declarou John Blanchard: “Moralmente, o
cristão é chamado para a santidade; dinamicamente, ele é chamado para o serviço”. O
problema é que o nosso chamado secundário, para serviço, não parece ter substituído o
primeiro, mas o eliminado.

Larry Stockstill, no livro “O Remanescente – Restaurando a Integridade do Ministério Pastoral”,


afirma:

“Tenham em mente que, embora eu esteja enfatizando a integridade no ministério, os


princípios se aplicam a todos. Deus não tem um padrão duplo; o que Ele espera do pastor que
está em posição de evidência, ele também espera do crente comum. Todos nós somos
embaixadores de Cristo, todos nós somos sacerdotes do Seu reino, e todos nós precisamos
sustentar somente os mais altos padrões de integridade em nossa vida pública e privada.”

SER VERSUS FAZER

O que fazemos (obras) deveria ser uma extensão do que somos (caráter). No dia de prestação
de contas perante o Senhor, as obras não serão uma justificativa para ausência de santidade e
caráter de Cristo em nós (Ler Mateus 7.22,23)

Observe que Jesus não chama essas pessoas de mentirosas, alegando que nada daquilo foi de
fato feito ou mesmo que não foi feito em Seu nome. Isso nem é contestado. Elas, de fato,
realizaram as obras do ministério em nome de Jesus. E tiveram resultados! No entanto o
FAZER não suprime a necessidade de SER, de ter um caráter que reflita santidade e
compromisso com Deus.

A lição que aprendemos aqui é que nosso Senhor Jesus Cristo não está atrás de quem apenas
apresente alta produtividade no ministério, mas de gente que seja modelo e referência ao
rebanho, que tenha uma conduta exemplar.

O nosso comportamento tem que refletir nossa posição.

Jesus revelou algo importante a Pedro no episódio em que lavou os pés de Seus discípulos:
“Declarou-lhes Jesus: Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais,
está todo limpo” (João 13.10). Cristo explicou não apenas a razão natural de se lavar os pés de
alguém, mas a estabeleceu um paralelo com verdades espirituais.

Quando alguém ia visitar um amigo ou um familiar, normalmente saía de casa já banhado e


bem arrumado. Porém, no trajeto, uma vez que a maioria dos caminhos não eram
pavimentados, a poeira sujava os pés. Por isso, como gesto de hospitalidade, quando se
recebia um visitante, o costume era lavar-lhe os pés.
Ao afirmar que alguém já se banhou, Jesus indica a inegável experiencia de santificação inicial.
Contudo, ao mostrar que o banho inicial não impede a pessoa de sujar os pés ao longo do
caminho, o Senhor adverte sobre a necessidade de continuar sendo limpo.

Hoje em dia muitos líderes cristãos e ensinadores parecem não enxergar com clareza a
distinção entre justificação (como obra instantânea) e santificação (como obra progressiva).
John Charles Ryle, no livro “Santidade – Sem a Qual Ninguém Verá o Senhor”, esclarece a
diferença:

“A santificação é algo que admite crescimento e graus de intensidade. Um homem pode seguir
um passo após o outro em sua santidade, estando muito mais santificado em um período da
sua vida do que em outros. Entretanto, ele não pode ser mais perdoado e mais justificado do
que quando creu no princípio, embora possa sentir mais intensamente. Porém, certamente ele
pode ser mais santificado.”

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