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SUMÁRIO

Capítulo 1. O Ministério Sacerdotal


Capítulo 2. A Autoridade das Escrituras
Capítulo 3. O Retrato Clássico
Capítulo 4. O Homem como Intercessor em Oração
Capítulo 5. O Homem como Dirigente do Culto Religioso
Capítulo 6. O Homem como um Mediador da Bênção Divina
Capítulo 7. O Homem como Instrutor nas Sagradas Escrituras
Capítulo 8. O Homem como Juiz nas Coisas Sagradas
Capítulo 9. Qualificações Espirituais de um Homem como
Sacerdote em seu Lar
Capítulo 10. Esperança para um Homem como Sacerdote em
seu Lar
CAPÍTULO 01. O MINISTÉRIO SACERDOTAL

CAPÍTULO 01
O MINISTÉRIO SACERDOTAL

Como cristãos somos chamados a fazer muitas coisas, à medida


que seguimos Deus e Sua santa Palavra, mas dois deveres se destacam.
Quando perguntado sobre a maior responsabilidade que Seus
seguidores deveriam ter, Cristo não hesitou antes de afirmar que o
amor e o serviço a Deus vêm em primeiro lugar e acima de tudo. Com
todo o nosso coração, alma, mente e força, devemos amar a Deus que
nos criou e nos redimiu. Nossa segunda maior responsabilidade se
concentra nas pessoas que convivem conosco. Cristo nos ordena a
amar nossos próximos — ou seja, quem quer que cruze nosso caminho
— como a nós mesmos. Essa é uma tarefa difícil de cumprir devido à
nossa enorme capacidade de buscar os nossos próprios interesses.

O amor pelos próximos envolve mais do que sentimentos vagos


pela família que mora ao lado. Frequentemente a melhor maneira de
demonstrar amor é atender às necessidades das pessoas, servindo-as
ou ministrando-as. Paulo enfatiza isso quando diz aos gálatas que
Cristo os libertou para que servissem “uns aos outros pelo amor”
(Gálatas 5:13).

O tema deste livro está enraizado nesse grande chamado para


servirmos uns aos outros. Como maridos e pais cristãos, como
devemos compreender nosso ministério em nossa família? Quando
nosso jovem acaba de entrar nos registros da história pela estupidez e
pecaminosidade de seu comportamento, como devemos responder?
Quando nos decepcionamos com nossas esposas, como devemos
reagir? Quando nossas famílias estão passando por aflições, como as
ajudamos? Que tipo de ministério devemos ter em nosso lar?

Ministério Sacerdotal

Para apoiar a conclusão final deste livro de que um homem


serve como um sacerdote em seu lar, devemos começar com a ideia de
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CAPÍTULO 01. O MINISTÉRIO SACERDOTAL

que todo ministério cristão é de caráter sacerdotal. Quando falamos


sobre ministério, estamos nos referindo não apenas aos deveres
oficiais dos pastores, mas a todo o espectro de relações entre os
cristãos, incluindo aconselhamento, ensino, oração, repreensão,
encorajamento, ajuda etc. Examinaremos quatro argumentos a fim de
comprovarmos que todos os ministérios cristãos têm um caráter
sacerdotal.

O Pressuposto

Um pressuposto é para um argumento o que um alicerce é para


uma casa. Como a canção infantil afirma: “O sábio na rocha a sua casa
edificou / O tolo na areia a sua casa alicerçou”. Assim como a rocha é o
fundamento da casa do sábio, um bom pressuposto é o fundamento
de qualquer argumento bem construído.

O pressuposto do argumento de que todo ministério cristão é


de caráter sacerdotal é simplesmente que o ofício principal de Cristo é
Seu ofício sacerdotal. Segundo as Escrituras, Cristo exerce os ofícios de
Profeta, Sacerdote e Rei. Ele é o Profeta como Moisés, Sacerdote
segundo a ordem de Melquisedeque e Rei, filho de Davi. Cada ofício
individual é essencial para quem é Cristo e para o que Ele veio realizar,
mas o Seu ofício sacerdotal é o mais fundamental.

Isso é verdade, antes de tudo, por causa do propósito salvífico


de Cristo. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna” (João 3:16). Para julgar o mundo, seria suficiente
que Cristo fosse um profeta (para nos dizer o que deveríamos ter feito)
e um rei (para nos condenar por não o ter feito). Mas para salvar o
mundo, Ele teve que servir como sacerdote (para oferecer um
sacrifício em nosso lugar). Mateus 20:28 diz: “...o Filho do Homem não
veio para ser servido, mas para servir, e dar a Sua vida em resgate de
muitos”. O sacrifício de Cristo — a Sua obra essencial e a razão última
pela qual Ele veio à terra — foi a obra de um sacerdote.

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CAPÍTULO 01. O MINISTÉRIO SACERDOTAL

A obra sacerdotal de Cristo também brilha em Sua necessária


encarnação. Hebreus 2:17 diz: “Por isso convinha que em tudo fosse
semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo
sacerdote...”. Um anjo poderia ter sido um profeta, e Deus é nosso
Rei, mas um homem teria que ser um sacerdote para a raça humana,
pois somente um homem poderia oferecer o sacrifício necessário em
nome de seus semelhantes.

Além disso, vemos evidências do sacerdócio de Cristo em Sua


presença especial na igreja. Apocalipse 1:13 diz: “E no meio dos sete
castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de
uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro”.
Essa visão gloriosa da majestade de Cristo O apresenta como
sacerdote; os sete candelabros de ouro são as Suas igrejas — algo que
lembra o templo — onde o exaltado Senhor anda com vestes como as
de um sacerdote.

A Prova

Sabemos pelas Escrituras que todo ministério cristão deve


ocorrer em nome de Cristo e como parte do corpo de Cristo.
Colossenses 3:17 nos diz: “E, quanto fizerdes por palavras ou por
obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a
Deus Pai”. Romanos 12:4-8 e 1 Coríntios 12:13 deixam claro que a
igreja é o corpo de Cristo, e é como parte desse corpo que recebemos
dons para ministrarmos uns aos outros. Quando alcançamos outras
pessoas no ministério, fazemos somente através de nosso Cristo
ressuscitado como sacerdote, e de acordo com Sua lei. Como Gálatas
6:1-2 diz: “... encaminhai o tal com espírito de mansidão... e assim
cumprireis a lei de Cristo”.

Em outros lugares, a Bíblia chama o corpo de Cristo de


sacerdócio real (1 Pedro 2:5,9; Apocalipse 1:6) e, como tal, seu
ministério deve estar de acordo com sua identidade. Quando a igreja
ministra a homens e mulheres de uma maneira que glorifica a Deus,

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CAPÍTULO 01. O MINISTÉRIO SACERDOTAL

ela mantém sua identidade como um sacerdócio santo. Quando a


igreja se concentra no que agrada aos homens, e não no que é um
sacrifício aceitável a Deus, ela perde a identidade dada por Ele.

Como o ministério cristão representa Cristo, cujo ofício


fundamental é o de um sacerdote, o objetivo final de nosso serviço
como cristãos deve ser redentivo, assim como o papel de um sacerdote
é redentor. A Bíblia está cheia de sacerdotes, porque o tema geral da
Bíblia é a redenção dos pecadores. Desde a criação, a queda de Adão,
os pactos do Antigo Testamento, a morte de Cristo na cruz e o início da
igreja, toda a Escritura se concentra na redenção. Como 1 Pedro 3:18
diz: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo
pelos injustos, para levar-nos a Deus”. Cada parte do nosso ministério
sacerdotal para com os outros deve considerar esse contexto de
redenção, pois sem a redenção de nosso grande Sumo Sacerdote,
todos nós também pereceríamos.

O Preconceito

Muitos cristãos não verão nenhum problema com a ideia de


agir de maneira sacerdotal e redentiva em relação aos pecadores, mas
alguns podem ter preconceito contra isso. Tal preconceito representa
uma tendência a reagir ao espírito de nossos dias com tanta força que
oscilamos para o extremo oposto.

Essa tem sido a era da leniência cultural e do liberalismo, onde


ninguém é responsável por nada — especialmente por suas próprias
ações — e todos são considerados vítimas. Em nossos dias, vemos a
negação filosófica do pecado e a promoção da autoestima como o
valor humano mais importante e uma qualidade do caráter.
Embriaguez, vício e perversão sexual não são mais pecados — são
doenças ou problemas genéticos, e, às vezes, nem isso. Talvez o único
pecado que resta é o de tirar a autoestima de alguém. Nossa era tem
sido uma época de crença evangélica fácil, antinomianismo e de um
compromisso superficial com a igreja. A lei de Deus tem sido

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CAPÍTULO 01. O MINISTÉRIO SACERDOTAL

amplamente descartada, e viver em pecado não parece contradizer a


essência do que significa ser cristão e membro de uma igreja.

Em muitos setores, uma reação contrária a essa perspectiva


(por considerar que qualquer pessoa pode expressar uma opinião, por
mais ultrajante que seja), muitos criticam sem misericórdia a excessiva
leniência e liberalismo, mas, como cristãos, devemos tomar cuidado
para não reagirmos tão severamente ao pecado e à falta de
responsabilidade a ponto de esquecermos da compaixão que Cristo
mostrou aos pecadores. Devemos reagir com bondade no meio de
nossa ira justa. Devemos lembrar que também fomos filhos da ira, e
Cristo graciosamente nos salvou segundo a Sua vontade soberana.
Devemos tratar os outros como Cristo, nosso exemplo sacerdotal, os
trataria.

A Prática

A essência de como nós ministramos na prática está contida em


Hebreus 4:14 – 5:3; essa passagem se refere ao que significa ser um
sacerdote:

“Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de


Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa
confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa
compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em
tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança
ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar
graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. Porque todo o
sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos
homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e
sacrifícios pelos pecados; e possa compadecer-se ternamente dos
ignorantes e errados; pois também ele mesmo está rodeado de
fraqueza. E por esta causa deve ele, tanto pelo povo, como também
por si mesmo, fazer oferta pelos pecados”.

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CAPÍTULO 01. O MINISTÉRIO SACERDOTAL

Há uma qualificação que devemos ter em mente ao aplicarmos


essa passagem: Nosso ministério deve se basear no sacrifício pelos
pecados realizado de uma vez por todas por Cristo como Mediador
sacerdotal. Não devemos repetir o sacrifício de nosso Sumo Sacerdote,
mas devemos ter o Seu espírito. Com isso em mente, consideraremos
cinco aspectos do ministério sacerdotal, com base na passagem
supracitada.

Cinco Aspectos do Ministério Sacerdotal

Consideraremos cinco aspectos do ministério sacerdotal a


partir de Hebreus 4:14-5:3.

O objetivo do ministério sacerdotal: “é constituído a favor dos


homens”.

Se Deus não estivesse interessado no bem-estar dos homens,


não teria criado o ofício de sacerdote. O objetivo do ministério
sacerdotal é fazer o bem às almas dos homens. Ou seja, os sacerdotes
existem para o bem dos homens. Todo ministério deve ser centrado
em Deus, mas também deve ter o propósito humano.

A ênfase do ministério sacerdotal: “nas coisas concernentes a


Deus”.

A ênfase do ministério sacerdotal é reconciliar os homens com


Deus, corrigindo a posição deles diante do Senhor. O relacionamento
da alma eterna de uma pessoa com o Deus eterno é uma preocupação
fundamental que deve se elevar acima do bem-estar físico ou
emocional. Essa preocupação suplanta os relacionamentos
interpessoais e se concentra no relacionamento vertical de um
indivíduo com Deus. Quando abordamos alguém como um membro da
igreja com a intenção de participar do ministério cristão, a pergunta
principal em nossos corações deve ser: “Qual é o relacionamento
dessa pessoa com Deus e o que posso fazer para melhorá-lo?”. Em

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CAPÍTULO 01. O MINISTÉRIO SACERDOTAL

relação ao incrédulo, devemos procurar conduzi-lo a um conhecimento


salvífico de Cristo. Se uma pessoa já conhece a Cristo, devemos
procurar fortalecer o seu relacionamento com Ele.

A preocupação do ministério sacerdotal: “pelos pecados”.

A principal preocupação do ministério sacerdotal é lidar com o


pecado que arruinou o relacionamento de alguém com Deus. No caso
de nosso Salvador, isso envolveu um sacrifício feito de uma vez por
todas pelo pecado. Em nosso caso, devemos simplesmente tentar
ajudar as pessoas a perceberem o seu pecado e se arrependerem, para
que tais pessoas sejam cobertas pelo sangue de Cristo. O pecado não
problemas emocionais ou psicológicos — é a questão principal para
um sacerdote. Enquanto qualquer suposto ministério deixa o pecado
intocado, deixa de ser verdadeiramente sacerdotal. Isso não significa
que o ministério cristão não possa legitimamente atender às
necessidades físicas ou emocionais. Mas, onde o pecado é o problema
(ou pelo menos parte do problema), o verdadeiro ministério cristão
deve enfrentar esse pecado.

O espírito do ministério sacerdotal: “e possa compadecer-se


ternamente”.

Esse é o único lugar em que a palavra grega traduzida por


“compadecer-se ternamente” ocorre no Novo Testamento. É
composta por duas palavras-raiz: Uma é a palavra grega comum para
emoção ou sentimento, da qual obtemos nossas palavras pathos,
paixão e compaixão. A outra palavra raiz é a palavra grega comum
para medida, da qual derivamos nossa palavra portuguesa, metro. Essa
palavra transmite a noção de moderação ou autocontrole. Portanto,
compadecer-se ternamente literalmente significa tratar com paixão
medida. O dicionário grego diz que a palavra significa exercitar
moderação em relação a alguém quanto a emoções e paixões.

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CAPÍTULO 01. O MINISTÉRIO SACERDOTAL

Quando um amigo comete uma ofensa profunda contra nós,


nossa tendência é nos irarmos (isso nem sempre é errado, pois certas
ofensas devem provocar ira justa). Embora desejemos ficar irados,
contudo, precisamos lidar ternamente com nosso amigo. Quando
nossos filhos se comportam mal, nossa tendência como pais é ficarmos
bravos, envergonhados, embaraçados e decepcionados — todas essas
são reações emocionais. Como sacerdotes, devemos medir nossas
respostas emocionais para que não sejam como um dilúvio esmagador.

A força é encontrada na compaixão terna, porque governar as


nossas emoções requer o exercício de autocontrole e sabedoria. O
arrependimento nunca é fácil, mas não devemos acrescentar a nossa
própria ira pecaminosa como um obstáculo adicional à reconciliação
de um pecador com Deus. Se alguém pecou, nosso dever é nos
dirigimos a ele na maneira que mais provavelmente irá ajudá-lo, em
vez de colocarmos barreiras para o seu arrependimento. Nunca
devemos permitir que nos tornemos o problema, pois nosso objetivo
não é nos satisfazer. Em vez disso, queremos agir como mediadores
para resolver a verdadeira questão do pecado que separa Deus e o
pecador. Essa era a responsabilidade de Jó quando oferecia sacrifícios
em favor de seus filhos, como Jó 1:5 registra: “Porventura pecaram
meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração”. Jó não se
preocupa consigo mesmo, mas com o relacionamento de seus filhos
com Deus.

A perspectiva do ministério sacerdotal: “dos ignorantes e


errados”.

A Bíblia apresenta muitas maneiras possíveis de tratar o


pecado, mas nem todas são sacerdotais. Pecadores não são inimigos a
serem atacados, defendidos ou afastados. Eles não são pessoas
impuras a serem evitadas ou pessoas boas que simplesmente
cometeram um erro. A autoestima deles não será extinta diante
exortação. Um sacerdote deve simplesmente tratar os pecadores

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CAPÍTULO 01. O MINISTÉRIO SACERDOTAL

como pessoas ignorantes e erradas que precisam ser instruídas e


levadas de volta à retidão, como o texto em Hebreus nos lembra.

Como lidamos com os pecadores a quem devemos ministrar?


Nossa tendência é evitá-los ou temos uma perspectiva redentiva e
sacerdotal que procura alcançá-los? Mas se os abordarmos em espírito
de humildade, como pecadores redimidos pela graça, guiando-os terna
e cuidadosamente pela Palavra redentora de Deus, então estaremos
agindo como verdadeiros sacerdotes.

Aplicação

Para aplicar o que significa praticar uma abordagem sacerdotal


do ministério cristão, imagine um jovem e seu pai. É tarde da noite e o
pai está prestes a entrar no quarto do filho para continuar a discussão
que iniciaram no início da noite sobre um determinado assunto. Tudo
começou quando o pai descobriu o pecado de seu filho, e então
continuou com o filho em pecado se defendendo do pai irado,
desapontado e envergonhado. Eles trocaram palavras iradas, e a partir
disso a conversão desandou ladeira abaixo. Enquanto o pai se prepara
para retomar a discussão, ele se lembra de que não está tentando
condenar seu filho, mas direcioná-lo a Deus. A questão mais
importante é o pecado de seu filho contra Deus, e não a sua própria
decepção.

Ele bate à porta suavemente, espera uma resposta ser


murmurada e entra lentamente. Nem pai nem filho sabem exatamente
o que dizer no silêncio momentâneo, mas o pai começa a conversa
confessando o seu próprio pecado de ira. Silenciosamente, ele pede
graça para impedi-lo de perder a paciência novamente, e busca
apontar o pecado que seu filho cometeu contra Deus. Ele responde
com paciência uma objeção após a outra, e ternamente instrui seu
filho a partir da Palavra de Deus.

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CAPÍTULO 01. O MINISTÉRIO SACERDOTAL

Nessa conversa, o pai reconhece os seus próprios problemas


repetidamente, para que seu filho não encontre desculpas em seu pai
por seus pecados. O pai confessa que deu um mau exemplo muitas
vezes e que deveria ter aproveitado mais oportunidades para ensinar o
seu filho. Ao fazer isso, ele está crucificando o seu desejo inato de se
defender e atacar o seu filho.

A discussão termina não apenas com as palavras “você está de


castigo”, mas com um apelo ao arrependimento e para que o
adolescente faça as coisas certas diante de Deus. O pai fica em oração,
esperançoso de que seu filho confesse o seu pecado e ore por
purificação no sangue do grande Sumo Sacerdote. Esse é o ministério
cristão sacerdotal autêntico.

Se estamos lutando profundamente com a sensação de que


somos impuros, fracos e pecadores, ou se estamos sobrecarregados
com coisas pelas quais mal podemos nos perdoar, então tenhamos
esperança. Cristo sempre nos receberá — Ele é nosso grande Sumo
Sacerdote, que é bom, que não evita ou rejeita ninguém, que está
preocupado com a maneira de restaurar nosso relacionamento com
Deus. Ele é um Salvador e Sua essência e identidade se relacionam
com a nossa salvação. Nada deve nos impedir de correr para os braços
de um Salvador como Ele!

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