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CELEBRAÇÃO DA PALAVRA

REFLEXÃO

SOLENIDADE DO NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

“E a Palavra se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).


 Hoje, celebramos a solenidade litúrgica do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Hoje
celebramos e fazemos memória de Deus, que em Jesus, assume a nossa humanidade.
Ele desce do seio do Pai e vem armar sua tenda, vem fazer morada no meio de nós. O
Amor se faz carne, ele se torna presente.
 Este amor que nos dá ser é de tal maneira forte, que nem a morte o poderá derrotar.
 É este o poder de nosso Deus: frágil, pequeno, mas para sempre.
 A experiência do Natal não dever ser vivida com a presunção de que já se sabe o que
é, e o que significa. Deve ser uma abertura a surpreendente ação do Menino.
 Não é uma memória repetitiva. O Natal acontece no hoje sacramentalmente. É uma
experiência nova que sempre se atualiza e se realiza na liturgia.
 Um menino nos é dado, e ele trás em si a capacidade e o poder de mudar o rumo da
história.
 Ele é a Palavra que cria, que dá vida as criaturas.
 Nós por nós mesmos não temos capacidade alguma, pois “tudo foi feito por ela, pela
Palavra, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito” (Jo 1, 3).
 Toda a vida, brota, nasce na fonte da vida. Não há existência sem a Palavra.
 Ela retira tudo da inexistência.
 No entanto, apesar da Palavra criar, não há gratidão por tudo aquilo que ela realiza. A
Palavra é o próprio Filho.
 Nem todos a acolheram, mas o que acolheram receberam a capacidade de serem
chamados de Filhos de Deus.
 No Filho, nos tornamos filhos.
 A Palavra, ganha uma forma, ela se materializa e se concretiza.
 O Natal é uma concretização de Deus na vida do homem. Não é uma magia do Natal.
Isso é coisa do consumismo, da modernidade. É na verdade o mistério do Natal, que
não é um passe de mágica, mas uma pessoa, que carrega a humanidade e a divindade.
 Por isso, quando quisermos conhecer a Deus, se deve conhecer o seu Filho e assim,
verdadeiramente a de conhecer o Pai.
 O filho, no Natal, vem para isso: para nos libertar da escravidão do Pecado e da morte.
 O Natal é vida nova que nos é dada.
 É Natal de Cristo e de toda a humanidade, porque ele carrega sobre si toda a
humanidade.
 Ele vem nos ensinar a vivermos aquilo que diz São Francisco: “onde houver ódio que
eu leve o amor, onde ofensa que eu leve o perdão, onde houver discórdia que eu leve
união, onde houver dúvida que eu leve a fé. Onde houver desespero que eu levo a
esperança, onde houver tristeza que eu leve a alegria, onde houver treva que eu leve a
luz...”
 É uma festa no céu e na terra é a alegria de vivermos a nossa vocação de batizados.
CELEBRAÇÃO DA PALAVRA

 E tudo isso, acontece por meio de uma ação de Deus e da consciência de uma mulher
que sabe que necessita e precisa fazer parte do projeto do Reino.
 Ela não se fecha, pensando em seus planos com quem havia sido prometida.
 Ela desperta e diz sim: “faça-se”.
 Se por meio o pecado entra na humanidade, em Maria nos é dada a eterna
reconciliação.
 É festa no coração das comunidades, no coração da Igreja que nasce do lado aberto
desse menino, no mistério de sua Páscoa.
 Esse menino será motivo de desconstrução de nossa realidade
 A partir do seu nascimento, a partir de hoje. Nada, nada na nossa vida meus irmãos,
deverá ser como antes.
 O Verbo se fez parte, assumiu a nossa condição. Assumiu a dor daqueles que sofrem
nas filas dos hospitais, dos que passam fome. Veio para os pobres de modo especial.
Veio para mudar o que está corrompido.
 Veio ressignificar a humanidade, na qual há poucos com muito e muitos sem nada.
 Veio sarar a dor daqueles que sofrem, vítimas da opressão dos poderes.
 Veio instaurar uma sociedade do diálogo, da escuta.
 O seu natal, vence a indiferença.
 O Natal de Jesus, vence o individualismo, a divisão.
 Onde há divisão meus irmãos, com certeza Deus não se ausenta pois ele nos ama.
Todavia, o espaço e a prioridade que para ele é dado é pouco que toda semente
lançada por ele, não frutifica, pois a terra é infértil.
 Neste dia nos diz o profeta Isaías que “nascerá uma haste do tronco de Jessé, e a partir
da raiz, surgirá um rebento de um flor” (Is 11,1). Na verdade, hoje esse rebento nasceu
de uma flor imaculada e sobre pousou os dons do Espírito. Que este mesmo Espírito
nos conceda esses dons, afim de acolhermos verdadeiramente a encarnação do verbo,
que foi gerado no ventre da Virgem Maria.
Louvado seja o nosso Senhor Jesus Cristo...

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