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CASTANHAL – PA
2022
TALISON CARDOSO RAMOS
CASTANHAL – PA
2022
ALVES, Rubem. Estórias de bichos e das gentes que moram nele, 18ª ed. São
Paulo: Edições Loyola, 2015, p. 6 – 46.
A obra “Estórias de bichos e das gentes que moram nele” de Rubem Alves está
dividida em quatro pequenas estórias.
A primeira, intitulada “A águia que quase virou galinha”, percebe-se que o autor
menciona a identidade da águia, como que perdida, isto é, uma águia adormecida em uma
mente de galinha. Além disso, afirma que o fato da águia viver com as galinhas, determina
o desejo de se tornar uma a qualquer custo, tanto que faz aula de cacarejo, de como ciscar
e bamboleio específico de tais aves. Ademais, motiva reunião para exterminar os buracos
na cerca, visto que “a segurança atrai mais que a liberdade”, diz Rubem Alves. Logo,
depreende-se que a águia foi condicionada a ser galinha, em virtude do ambiente
galináceo, na qual se encontrava.
Certo dia, o gato desapareceu. Todavia, os ratos pensaram que fosse estratégia
felina, porém não era. Dessa forma, partiram em disparada rumo ao queijo. E quando
chegaram ao tão sonhado queijo, começaram a comer, contudo, começou a diminuir.
Visto que logo acabaria, tudo mudou, os ratos mais fortes, com medo de não se saciarem,
começaram a atacar os mais fracos, fazendo com que eles corressem. Em virtude disso,
os ratos mais fracos, sem outra opção, correram e se esconderam.
Na terceira, qualificada “O galo que cantava para fazer o sol nascer”, é apresentada
a história de um galo que pensava que o seu canto fazia, o sol nascer, e diante disso, ele
se aproveitava com a ameaça de que não cantaria se suas vontades não fossem realizadas.
No entanto, somente ele sabia da insegurança que tinha por conta de tal responsabilidade,
o que lhe gerava “problemas” psíquicos, como ansiedade e depressão.
Certo dia, quando esqueceu de cantar o sol nasceu da mesma forma e ele se
frustrou por perceber que não dependia dele o nascer do sol. Ou seja, ele não era tão
poderoso como pensava. E que a insegurança de um dia esquecer de cantar, não provocou
a ausência do sol.
Na quarta, titulada “O pintassilgo e as rãs”, relata essa estória, as rãs mais fracas
que eram alienadas pelas mais fortes e que desde sempre foram manipuladas a pensar que
não havia outra realidade fora do poço.
O desejo das rãs mais fracas era acabar com a diplomacia das mais fortes.
O pássaro começou a explicar como era a vida fora do poço e essa explicação
causou a divisão da comunidade das rãs. Algumas começaram a planejar uma fuga,
outras, diziam que isso era uma enganação. Contudo, o próprio resolveu trazer algumas
provas. Diante disso, a polícia “ranal” começou a se organizar, por compreender que o
pintassilgo era uma ameaça, por corromper a mentalidade da comunidade.
A quinta, denominada “Os galos dançarinos”, apresenta dois galos que são
comprados, e que a primeira vista são somente belos e não apresentam qualquer defeito.
Porém, logo nota-se que ambos quando estão em um mesmo ambiente agridem-se
intensamente.
CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS
Por fim, “estórias de bichos”, não é desconexo da atualidade, mas rememora ações
cotidianas, por intermédio de curtas narrativas. Por isso, ao lê-lo, há de encontrar um
conteúdo relevante e necessário pra quem quer compreender as realidades escondidas nas
metáforas.