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CATEQUESE

PARA
JOVENS &
ADULTOS

EM 15 ENCONTROS

M.A.B.
ÍNDICE

1º e 2º ENCONTROS – QUEM É DEUS, MEU RELACIONAMENTO COM ELE


pg 1

3º E 4º ENCONTROS – JESUS CRISTO


pg 3

5º E 6º ENCONTROS – A LEI DE DEUS E O PECADO


pg 5

7º ENCONTRO – A IGREJA E OS SACRAMENTOS


pg 7

8º ENCONTRO – O BATISMO
pg 9

9º ENCONTRO – A VINDA DO ESPÍRITO SANTO COM SEUS DONS


E MEU ENGAJAMENTO NA IGREJA
pg 11

10º e 11º ENCONTROS – A MISERICÓRDIA DE DEUS NO SACRAMENTO DA


CONFISSÃO
pg 13

12º ENCONTRO – O SANTÍSSIMO SACRAMENTO: A COMUNHÃO


pg 17

13º ENCONTRO – A SANTA MISSA COMO CENTRO DA VIDA CRISTÃ


pg 19

14º E 15º ENCONTROS – UNÇÃO DOS ENFERMOS / ORDEM / MATRIMÔNIO


pg 22
1º e 2º ENCONTROS – QUEM É DEUS, MEU RELACIONAMENTO COM ELE
Somos criaturas criadas, pensadas e amadas por Deus desde toda a eternidade. Temos um
corpo mortal (como os animais) e uma alma espiritual, imortal, criada por Deus. Ele disse:
“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gênesis 1, 26).
Necessidade de Deus: Todos nós, criados por Deus à sua imagem e semelhança, sentimos
necessidade de Deus; procuramos a felicidade, o bem, a bondade, a riqueza, mas as coisas
deste mundo terminam nos decepcionando, porque só em Deus encontramos a fonte que
sacia nossa sede.
Quem é Deus? O Catecismo da Igreja Católica nos diz que Deus é um espírito perfeitíssimo,
eterno, criador do Céu e da Terra. Ele é onipotente (pode tudo), onipresente (está em toda
parte) e onisciente (conhece tudo). O maior atributo de Deus para nós é que Ele é
misericordioso, cheio de misericórdia e compaixão porque nos ama profundamente e está
sempre inclinado ao perdão.
A Santíssima Trindade: Há um único Deus, mas em Deus há 3 Pessoas, as três são eternas,
iguais em poder e em perfeição: Pai, Filho e Espírito Santo. Ao Pai se lhe atribui a criação;
ao Filho (Jesus) se lhe atribui a nossa salvação e ao Espírito Santo se lhe atribui a nossa
santificação. Este Mistério de um só Deus e 3 Pessoas se conhece como o Mistério da
Santíssima Trindade. Benzemo-nos em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, somos
batizados em nome das três Pessoas da Santíssima Trindade...
Qual é o sinal do cristão? O sinal do cristão é a Cruz porque Jesus Cristo, o Filho de Deus, se
entregou por cada um de nós, morrendo na Cruz para nos resgatar do mal, nos remir, salvar
e conduzir-nos pelo caminho do bem até a vida eterna. O Mistério da Redenção nos diz que
fomos salvos pela paixão e morte de Nosso Senhor.
Como nos comunicamos com Deus? Comunicamo-nos com Deus por meio da oração. Que
é orar? É falar com Deus. É elevar a mente e o coração a Deus. Isto é: quando guardamos na
mente algum tema ou ideia que queremos falar com Deus ou quando, pela vontade,
elevamos nosso coração e fazemos algum ato de amor. Há duas maneiras de fazer oração:
1 – Oração vocal: É a oração feita com palavras, lidas ou pensadas, muitas vezes as
conhecemos de memória. As orações básicas, diárias, que devemos saber bem são o Pai-
Nosso, a Ave-Maria, o Glória, ao Anjo da Guarda, o Credo que contém 12 artigos
fundamentais da nossa fé....
2 – Oração mental ou meditação: Consiste em “ruminar” diante de Deus alguma verdade de
fé, ou um trecho do Evangelho, ou de algum livro bom de espiritualidade... Para fazer
meditação é importante:
A) Pôr-se na presença de Deus, “recolher-se”.
B) Ler uns parágrafos da Sagrada Escritura ou de um livro de espiritualidade e pensar um
pouco sobre o lido, falar com Nosso Senhor sobre o tratado na leitura.

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C) Ver o que pode servir para minha vida, tirar da “conversinha” alguma lição prática, algum
propósito.
D) Agradecer as inspirações e pedir a Deus ajuda para pôr em prática as inspirações
recebidas, terminar com um ato de amor a Deus.
Como deve ser nossa oração? Deve ser humilde: reconhecendo a soberania e poder de Deus;
confiante: como filhos que somos diante do Pai e perseverante: sem desfalecer. Deus
sempre nos ouve e sempre nos atende; se não nos dá o que lhe pedimos, nos dará coisa
melhor e no momento propício. Ele sabe mais o que nos convém que nós mesmos.
Para que serve a oração? Para adorar a Deus, para agradecer os inúmeros bens recebidos,
para pedir-Lhe perdão pelos pecados e faltas e para suplicar sua ajuda. É aconselhável iniciar
a oração fazendo o sinal da Cruz, pois simboliza as três Pessoas da Santíssima Trindade e nos
recorda a nossa Redenção.
Frutos da oração: A vida de oração reflete-se no relacionamento com as pessoas: na família,
no trabalho e na sociedade. O amor é o distintivo do cristão: “Quem me ama guarda a minha
Palavra... Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”, disse Jesus.
A Igreja nos ensina a viver este amor praticando as 14 Obras de Misericórdia.
7 Espirituais: 1 – Ensinar a quem não sabe. 2 – Dar bom conselho a quem necessita. 3 –
Corrigir a quem erra. 4 – Perdoar as injúrias. 5 – Consolar os aflitos. 6 – Ter paciência com os
defeitos do próximo. 7 – Rezar pelos vivos e defuntos.
7 Corporais: 1 – Dar de comer a quem tem fome. 2 – Dar de beber a quem tem sede. 3 –
Vestir o nu. 4 – Dar pousada ao peregrino. 5 – Visitar os doentes. 6 – Redimir os cativos. 7 –
Dar sepultura aos mortos.

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3º E 4º ENCONTROS – JESUS CRISTO
Vimos o Mistério da Santíssima Trindade que nos diz que há um só Deus e em Deus há 3
Pessoas igualmente poderosas, sábias e eternas: Pai, Filho e Espírito Santo, este Mistério
nos foi revelado por Jesus Cristo que é a 2ª Pessoa, o Filho.
Quem é o Pai? - A 1ª Pessoa da Santíssima Trindade. Ao Pai se lhe atribui toda a obra da
Criação. Ele nos ama e conserva, por Amor enviou seu Filho amado à Terra para nos resgatar
do mal.
Quem é o Filho? – A 2ª Pessoa da Santíssima Trindade. Ao Filho o conhecemos com o nome
de Jesus Cristo, Ele é nosso Redentor, nosso Salvador, Ele veio ao mundo enviado pelo Pai
para nos revelar o Reino de Deus e pagar por todos nossos pecados na sua Paixão e Morte
de Cruz. Este grande acontecimento se conhece como Mistério da Redenção.
Quem é o Espírito Santo – A 3ª Pessoa da Santíssima Trindade. É Deus santificador, que nos
fortalece, inspira, lava, ilumina, consola com seu Espírito; Ele habita dentro de nós quando
estamos com o coração limpo.
Santo Tomás de Aquino dizia: O Pai é o Amante, o Filho é o Amado e o Espírito Santo é o
Amor.
Como entrou Jesus Cristo na história humana? – “E o Verbo se fez carne e habitou entre
nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de
verdade.” (Jo 1,14).
Na Palestina, nos tempos de Herodes, rei da Judéia, “o anjo Gabriel foi enviado por Deus a
uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se
chamava José... e o nome da Virgem era Maria” ... (Lc. 1, 26-38). Maria era bem jovem
quando foi escolhida por Deus para ser mãe de Jesus Cristo. Assim que Maria disse SIM ao
convite do anjo, o Filho de Deus se ENCARNOU no corpo de Maria, por obra do Espírito
Santo e se fez Homem, tomando um corpo e uma alma.
A este Mistério dá-se o nome de Mistério da Encarnação: Deus se fez homem no seio de
Maria Santíssima. Deus amou tanto a sua Mãe que a cobriu de todas as virtudes e graças,
inclusive a fez Imaculada, quer dizer que, por um privilégio especial, foi concebida sem o
pecado original.
Nossa Senhora é também nossa Mãe, deve ser muito amada por nós; sabemos que ela no
Céu tem uma grande influência junto ao seu Filho Jesus por isso recorremos à sua intercessão
nas nossas necessidades. O primeiro milagre de Jesus aconteceu a pedido de sua mãe numa
festa de casamento em Canaã da Galileia (Jo 2, 1-12). Por isso a chamamos de “Medianeira
de todas as Graças”, de “Refúgio dos Pecadores”, de “Consoladora dos Aflitos”, de “Auxilio
dos Cristãos” ...
Nascimento de Jesus: Naquele tempo a Palestina pertencia ao Império Romano. Por volta
da época de Maria dar à luz, houve um decreto de César Augusto, imperador de Roma,
ordenando que fosse feito o censo de todo o império. Como José procedia de Belém (da Casa
de Davi) tiveram que dirigir-se até lá; é por isso que Jesus nasceu em Belém na Judeia como
estava anunciado pelos profetas: (Leitura do Evangelho de São Lucas: Cap.2 1-7). Adoração

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dos pastores: (Leitura do Evangelho de São Lucas: Cap. 2, 8-20. Os Reis magos: (Leitura do
Evangelho de São Mateus: Cap 2, 1-12).
A vida pública de Jesus: Somente com 30 anos Jesus começou a sua vida pública, escolheu
seus 12 Apóstolos, quase todos pobres pescadores, que foram as testemunhas oculares de
tudo quanto Jesus pregou e ensinou e dos milagres que fazia, pois acompanhavam-No nas
suas viagens pela Palestina. Aos Apóstolos Jesus Cristo confiou-lhes sua missão e vieram a
ser as pedras fundamentais da Igreja Católica.
Apesar de Jesus só ter feito o bem, muitos chefes e doutores da lei não aceitaram sua
mensagem de amor, perdão, misericórdia e compaixão e, cheios de inveja, O levaram até à
morte. Foi crucificado, morto e sepultado na Sexta-feira Santa, às 15h. Ler os Evangelhos da
Paixão e Morte de Jesus: Evangelho de São Mateus: Cap 26 e 27; São Marcos: Cap 14 e 15;
São Lucas: Cap 2 e 23; São João: Cap 18 e 19.
Mistério da Redenção: Jesus sabia que os seus inimigos haviam de condená-lo e crucificá-
lo, mas sabia também que devia submeter-se à Paixão e Morte para salvar todos os
homens. Jesus aceitou por vontade própria morrer na cruz. Nem os anjos nem os homens
podiam reparar o pecado de Adão e Eva. Era necessário então que o Salvador fosse Deus e
ao mesmo tempo homem. Homem para poder sofrer no corpo, e Deus para dar a esse
sofrimento um valor infinito. Jesus na cruz alcançou o perdão para todos os pecados do
mundo, por isso dizemos que Jesus é o nosso Redentor.
Ressurreição de Jesus: Jesus venceu a morte, depois de três dias ressuscitou, ou seja, uniu
sua alma novamente ao corpo. Pela sua ressurreição, Jesus quis provar que é
verdadeiramente Deus, que a sua doutrina é a verdadeira, seus milagres autênticos, que
Ele é verdadeiramente o Salvador do mundo. Por isso a Páscoa é a maior festa da Igreja,
pois é o dia em que se comemora a Ressurreição de Cristo.
Ascensão de Nosso Senhor: Depois da sua Ressurreição, Jesus ficou na Terra por 40 dias.
Nesse tempo instruiu os Apóstolos sobre o Reino de Deus, confirmou-os no seu novo
ministério e instituiu os Sacramentos da Igreja: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações;
batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos
prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 16-20).
“Depois os levou para Betânia e, levantando as mãos, os abençoou. Enquanto os abençoava,
separou-se deles e foi arrebatado ao Céu” (Lc 24, 50-51).
Vinda do Espírito Santo: Jesus tinha prometido enviar aos seus Apóstolos o Espírito Santo:
“Descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em
Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo” (Atos dos Apóstolos 1,
8). A vinda do Espírito Santo aconteceu 10 dias depois da Ascensão do Senhor, na festa de
Pentecostes, estando reunidos os Apóstolos com a Virgem Maria no Cenáculo em
Jerusalém. Neste dia comemora-se a fundação da Igreja primitiva.
O santo Padre São Paulo VI confirmou a Santíssima Virgem Maria como “Mãe da Igreja”.

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5º E 6º ENCONTROS – A LEI DE DEUS E O PECADO
Os Mandamentos de Deus: Os Mandamentos da Lei de Deus ou Decálogo são o caminho
para o Céu. Como Deus nos ama muito e deseja que todos cheguemos até o Céu, ensina-nos
o caminho dos seus Mandamentos de três maneiras:
1 – Deus gravou em nossos corações, em nossa consciência o bem e o mal, pois os
Mandamentos divinos seguem a lei natural.
2 – Deus os deu por escrito em duas tábuas de pedra a Moisés, no Monte Sinai. Deus falou
a seu povo entre trovões e relâmpagos e lhe deu de viva voz os Mandamentos para que
nunca nos esquecêssemos de sua lei (Ex. 19,8).
3 – Deus nos ensina por meio de Jesus Cristo. Um dia um jovem se aproximou de Jesus e lhe
disse: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna? ... Disse-lhe Jesus... Se queres
entrar na vida eterna, observa os Mandamentos” (Mt 19, 16-20).
Deus, nos seus Mandamentos, ordena-nos que façamos o bem e evitemos o mal, por isso
cada Mandamento contém uma ordem e uma proibição. Eles contêm nossas principais
obrigações para com Deus (amá-lo de todo o coração e sobre todas as coisas) e para com
o próximo (amá-lo como a nós mesmos, por amor a Deus).
Qual é a lei de Deus? A lei de Deus que rege a conduta humana chama-se lei moral. Sempre
atua respeitando nossa liberdade, assim podemos vivê-la e ser felizes ou desprezá-la,
cometendo pecado. A nossa obediência é sempre entendida como um ato de amor a Deus.
1 – Amar a Deus sobre todas as coisas: Deus é o meu Senhor, Ele deve ter o primeiro lugar.
Cada dia reservar um tempo para a oração. Proíbe as práticas supersticiosas, negar alguma
verdade de fé...
2 - Não tomar seu santo nome em vão: Pronunciar o nome de Deus com amor e respeito
porque o nome de Deus é santo. Proíbe falar o nome de Deus sem respeito, blasfemar, fazer
juramentos e promessas falsas...
3 – Guardar domingos e festas de guarda: Participar da Missa aos domingos e também, no
Natal, no Ano Novo, Corpus Christi e 8 de dezembro (solenidade da Imaculada Conceição).
Proíbe faltar à Missa nos dias de preceito, os trabalhos servis que não são necessários...
4 – Honrar pai e mãe: Amar, obedecer e respeitar os pais e cuidar deles na velhice. Proíbe
ofender aos nossos pais e superiores.
5 – Não matar: Amar a vida e favorecer a paz em todo momento. Cuidar da saúde, evitar
toda manifestação de raiva. Todos somos irmãos remidos pelo mesmo Sangue de Cristo.
Proíbe o homicídio, o suicídio, o aborto, a eutanásia, o desejo de vingança, o ódio, o
sequestro, o terrorismo, o escândalo, tudo o que atenta contra a vida...
6 – Não pecar contra a castidade: Viver a pureza de corpo e alma. Vestir com modéstia, ser
delicados nas palavras, nos gestos... Viver conforme o estado civil... Proíbe toda a impureza
por ações, palavras, olhares, livros, imagens, programas imorais...

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7 – Não furtar: Viver a virtude da justiça, dar a cada um o que lhe pertence, não roubar e
devolver o emprestado. Proíbe causar dano ao próximo nos seus bens, os furtos, fraudes,
usura, corrupção ...
8 – Não levantar falso testemunho: Dizer sempre a verdade, ser autênticos, sinceros,
verazes. Proíbe o falso testemunho, a calúnia, a mentira...
9 – Não desejar a mulher do próximo: Evitar os pensamentos e os atos impuros. Ser fiel à
promessa assumida no matrimônio. Proíbe o adultério...
10 – Não cobiçar as coisas alheias: Não se comparar, e sim se alegrar com os bens do outro.
Deus dá para cada um os talentos de que precisa para cumprir a sua missão na Terra e alcançar
a salvação. Proíbe a inveja, desejar de forma desordenada o que não nos pertence.
Que é o pecado? É uma desobediência voluntária à lei de Deus, ou seja, eu sei que uma
coisa é errada, e mesmo assim a cometo. Pecado é dizer não a Deus, fazendo o contrário do
que Ele nos ensina. Cometemos pecado quando não seguimos as orientações de Deus e
deixamos de fazer o bem aos nossos irmãos.
Todo pecado é uma ofensa a Deus, o pecado pode ser grave (mortal) ou leve (venial). Para
que seja pecado mortal ou grave tem que ter matéria grave, conhecimento perfeito e
consentimento pleno (se temos pecado grave no coração é necessário confessar antes de
aproximar-nos da Comunhão). Com pecado venial ou leve podemos comungar, pois a própria
Missa limpa o nosso coração. Podemos pecar por pensamentos, palavras, atos e omissões.
Deus é rico em misericórdia e compaixão, está sempre disposto a nos perdoar. Por isso
instituiu o sacramento da Confissão. Mas é necessário o nosso arrependimento e a nossa
disposição de melhorar.
Ser discípulo de Nosso Senhor é levar ao irmão o “bom perfume” de Cristo. É ser, para o
outro, o Evangelho vivo que ele nunca vai ler, dar bom exemplo, ser prestativo e estar de
“olhos abertos” às necessidades alheias.
De Jesus se diz “passou fazendo o bem”, tomara que se pudesse dizer o mesmo de cada um de nós.
Que são os Mandamentos da Igreja? São os preceitos que a Igreja nos dá em virtude do
poder recebido de Jesus, para ajudar-nos a cumprir a Lei de Deus e assim conseguirmos a
nossa salvação eterna. Os principais são cinco:
1 – Participar da Missa inteira aos domingos e festas de guarda.
2 – Confessar ao menos uma vez por ano os pecados mortais.
3 – Comungar ao menos pela Páscoa de Ressurreição.
4 – Jejuar e abster-se de carne quando manda a Santa Madre Igreja (atualmente na Quarta-
feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa).
5 – Pagar dízimos conforme os costumes (as possibilidades de cada um).

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7º ENCONTRO – A IGREJA E OS SACRAMENTOS
Jesus Cristo, antes de subir aos Céus, preparou os seus Apóstolos para dar continuidade à
sua missão e deu a Simão o nome de Pedro: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a
minha Igreja” (Mt 16,18). Jesus lhes deu o mandado de: “Ide, pois e ensinai a todas as nações,
batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19). Jesus confiou seu
ministério, o Evangelho da Boa Nova da Salvação aos seus Apóstolos na sua Igreja. Jesus
Cristo ungiu aos seus Apóstolos e lhes deu o poder de celebrar os Santos Mistérios (Missa),
transformar pão e vinho no seu Corpo e Sangue, o poder de perdoar os pecados, de batizar
a toda criatura...
A Igreja que Jesus fundou aqui na Terra é Católica, Apostólica e Romana: significa que está
espalhada por todo o mundo, por isso se chama Católica; procede em linha direta dos
Apóstolos, quer dizer que sua sucessão é Apostólica; e tem sua sede em Roma, no Vaticano,
porque São Pedro foi martirizado e morto nas colinas do Vaticano, onde se encontra hoje a
Basílica de São Pedro.
Formamos em Cristo um só Corpo, Jesus é a Cabeça, representada na Terra pelo Papa, e
nós somos os membros. Assim, podemos dizer que a Igreja Católica que Jesus Cristo fundou
é formada por todos nós batizados em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo e de todos
os batizados que já partiram para a eternidade. Assim formamos a Comunhão dos Santos,
constituida pelos batizados que já estão na Glória do Céu na Igreja Triunfante; pelos
batizados que estão na Terra, na luta diária, na Igreja Militante e pelos batizados que já
partiram para a eternidade mas que estão esperam no purgatório o tempo de purificação.
Que são os Sacramentos da Igreja: São sinais sensíveis e eficazes da graça de Deus,
instituídos por Jesus Cristo, para santificar as nossas almas. Quer dizer que, por meio de
sinais visíveis, recebemos graças invisíveis. São presentes que Jesus Cristo deixou na sua
Igreja para dar-nos vida divina e fazer que, por meio deles, cheguemos um dia ao Céu.
Deus nos acompanha com sua graça sacramental em todos os momentos importantes da
nossa vida, podemos dizer que a graça divina nos acompanha desde o berço até a sepultura.
São sete os sacramentos da Igreja; acompanham com a sua graça divina nossas necessidades
humanas.
Vida sobrenatural, da alma Vida natural, do corpo
Batismo .......................................................... Nascimento
Crisma ............................................................ Crescimento
Confissão ou Penitência ................................. Adoecemos, vamos ao médico
Comunhão ou Eucaristia ................................ Necessidade de alimento
Unção dos Enfermos ...................................... Cura e Paz
Ordem Sacerdotal .......................................... Padre
Matrimônio .................................................... Casamento e família

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Os sacramentos do Batismo, da Crisma e da Comunhão são conhecidos como Sacramentos
de Iniciação Cristã.
Os sacramentos da Confissão e da Unção dos Enfermos são chamados de Sacramentos de
Cura.
Os sacramentos da Ordem Sacerdotal e Matrimônio são Sacramentos de Serviço.
Os sacramentos de Batismo, da Crisma e da Ordem Sacerdotal só podem ser recebidos uma
única vez e imprimem o que chamamos de “caráter” na alma de quem o recebe, um tipo
de selo, pois seu efeito é para sempre.
Além da graça santificante (vida divina em nós) que recebemos em todos os sacramentos,
há a chamada graça sacramental que nos é conferida de maneira diversa e própria em cada
sacramento.
Para constituir um sacramento são necessários 3 elementos: a matéria do sacramento, que é
o elemento sensível para fazê-lo (como a água para o Batismo); a forma do sacramento, que
são as palavras que o ministro profere no ato de aplicar a matéria; o ministro do sacramento,
que é a pessoa que ministra o sacramento em nome e por autoridade de Jesus Cristo.

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8º ENCONTRO – O BATISMO
“Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-
as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos
prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 19-20).
“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será
salvo, mas quem não crer será condenado” (Mc 16, 15-17).
Depois que Jesus Cristo subiu ao Céu, os Apóstolos receberam o Espírito Santo e pregavam
com coragem os ensinamentos de Jesus. Disse São Pedro: “Arrependei-vos, e cada um de vós
seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o
dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vós, para os vossos filhos e para todos os que
ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus” (At. 2, 38-39).
1 - O sacramento do Batismo é o primeiro sacramento da Igreja, é o mais necessário para
a nossa salvação, só se recebe uma vez porque “imprime caráter” em nossa alma, é a
“marca batismal”, é como um selo que nunca pode ser destruído.
2 - O sacramento do Batismo nos faz filhos adotivos de Deus Pai, nos tornamos da família
de Deus e como filhos, herdeiros do Céu (pois os filhos têm direito aos bens dos pais).
3 – O sacramento do Batismo nos faz cristãos, pertencentes a Cristo, inseridos a Ele, como
a rama à arvore.
4 – O sacramento do Batismo apaga o pecado original, aquela mancha que herdamos de
nossos primeiros pais Adão e Eva. Também quando o batizado é um adulto lava a alma de
todos os pecados cometidos até o dia do Batismo.
5 – O sacramento do Batismo nos torna membros da Igreja Católica; recebemos o poder de
participar com Cristo de tudo o que pertence a Deus, o culto, a Missa, os sacramentos, e
um dia gozar com Ele da glória eterna.
6 – Pelo Batismo recebemos a vida sobrenatural e as virtudes teologais da Fé, Esperança e
Caridade que são infundidas na alma do batizado.
Antes do Batismo, o batizando (aquele que vai ser batizado) renuncia a Satanás e a qualquer
pecado; professa a sua fé em Jesus Cristo e promete viver e morrer como cristão. São as
chamadas Promessas do Batismo. No Batismo das crianças, os padrinhos fazem as
promessas em nome da criança.
O ministro do Batismo, geralmente o Padre, derrama água sobre a cabeça do batizando
dizendo ao mesmo tempo as palavras: “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo”, (não se responde Amém). Se o batizando estiver em perigo de vida e o Padre não
puder batizar, qualquer pessoa, homem ou mulher, cristão ou não, pode batizar validamente
(derramando água e dizendo as palavras necessárias, querendo fazer o que a Igreja faz).
Os padrinhos têm uma missão sagrada, tornam-se colaboradores dos pais na formação
religiosa da criança, por isso a Igreja pede que os padrinhos sejam católicos.

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O rito do Batismo é cheio de simbologia: O Padre unge com óleo consagrado o peito e a
cabeça do batizando em sinal de realeza; a vela simboliza o caminho na vida iluminado por
Cristo; a veste branca significa a alma purificada.
Sempre que for possível, o Batismo é celebrado no domingo, dia em que a Igreja comemora
a Ressurreição.

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9º ENCONTRO – A VINDA DO ESPÍRITO SANTO COM SEUS DONS
E MEU ENGAJAMENTO NA IGREJA
O sacramento da Confirmação ou Crisma é definido como o sacramento que “aperfeiçoa a
graça batismal”; nascemos para a vida divina pelo Batismo, crescemos pela Crisma. O cristão
confirmado vive a sua vocação, guarda uma lealdade com Cristo como o súdito para com seu
rei, por isso se diz que o sacramento da Crisma torna o crismando “soldado de Cristo”. Pela
Crisma chega a graça que Cristo prometeu: “Recebereis a virtude do Espírito Santo que
descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas até as extremidades da Terra”. Com a Crisma
vem um aumento de graça santificante que aprofunda e robustece a fé do crismado, não
só para sua própria santificação, também para ser discípulo e missionário de Jesus Cristo e
dar testemunho cristão pelas palavras, obras e exemplos.
A Encíclica Lumen Gentium diz: “A Confirmação (Crisma) vincula-nos mais perfeitamente à
Igreja, enriquece-nos com a especial força do Espírito Santo e torna-nos mais estritamente
obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devemos difundir e defender
tanto pelas palavras como pelas obras”.
O primitivo nome da Confirmação era “Imposição das mãos”. O Bispo impõe as mãos sobre
o crismando e unge-o mergulhando o polegar no santo crisma (óleo santo) e, traçando-lhe
o sinal da cruz na testa, diz: “Por este sinal recebe o Espírito Santo, Dom de Deus”. O
crismando diz “Amém”.
O crisma (matéria do sacramento) é um composto de azeite puro de oliveira (significando
o efeito fortificante da graça de Deus) e bálsamo (substância aromática que simboliza a
fragrância da virtude, o bom odor, o perfume que deverá desprender-se da vida do
crismado).
Quem é este Espírito Santo que nos é dado? É a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é
Deus. Ele brota do Amor do Pai e do Filho. Quando Jesus subiu aos Céus, Ele nos mandou
o Espírito Santo. Podemos dizer que todas as bênçãos de Deus nos vêm pelo Espírito Santo:
Ele nos dá o Espírito de Cristo, o querer de Cristo, o agir de Cristo... Chama-se “Água Viva”
(porque nos purifica, lava...), “Fogo” (porque aquece, ilumina, incendeia, vibra...), “Sopro”
(porque sempre está em movimento).
O Espírito Santo derramará sobre os crismandos seus sete dons:
1 – Dom de Sabedoria: Por meio dele saboreamos as coisas de Deus, amamos a bondade e
o bem.
2 – Dom de Entendimento: Por ele conhecemos as vaidades deste mundo e a infinita
preciosidade dos bens celestiais.
3 - Dom de Conselho: Faz-nos escolher nas dificuldades e na vida o que Deus quer.
4 – Dom de Fortaleza: Serve-nos para ser coerentes e nunca deixar de falar e de agir
conforme as verdades de fé.

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5 – Dom de Ciência: Faz-nos conhecer mais a Deus para mais amá-Lo.
6 – Dom de Piedade: Dá-nos fervor para cumprir com retidão os nossos deveres de religião.
7 – Dom do Santo Temor de Deus: Por este dom temos um sincero arrependimento de
nossas culpas. Afasta-nos do pecado pois este dom se traduz em “medo de desgostar” a Deus
porque O amamos e procuramos agradá-Lo.
Porque todas as almas são diferentes, a graça do Espírito Santo é multiforme. Temos
inspiração porque o Espírito Santo nos inspira; temos força porque o Espírito santo nos
fortifica; temos vida porque o Espírito santo nos faz viver; temos graça de Deus porque o
Espírito Santo nos dá graça.
O Espírito Santo é tudo em todos.

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10º e 11º ENCONTROS – A MISERICÓRDIA DE DEUS NO SACRAMENTO DA CONFISSÃO
Jesus, que tanto nos ama e se entregou por nós na Cruz, teve pressa em aplicar os seus
méritos às nossas almas e dar-nos a paz. No mesmo dia da sua Ressurreição soprou nos
Apóstolos e lhes deu o poder de perdoar todos os pecados aos arrependidos, cometidos
por qualquer um de nós depois do Batismo, instituindo assim o sacramento da Confissão.
(Jo 20, 19-23).
Nosso Senhor, que nos ama tanto, nos deu este sacramento do perdão:
1 – Para limpar nossa alma de todos os pecados que tenhamos cometido e estejamos
arrependidos.
2 – Para ajudar-nos a combater as fraquezas confessadas quando se repetem as ocasiões.
3 – Para aumentar a vida de Deus em nossa alma (é a graça santificante) e a Sua amizade.
4 – Porque é um caminho rápido e seguro para adquirir qualidades e virtudes.
5 – Para nos aumentar o conhecimento próprio. As raízes de todo pecado estão nos
conhecidos “vícios capitais”: soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça. Na medida
em que fazemos exame de consciência vamos conhecendo melhor nossos defeitos.
6 - Para tornar-nos mais humildes: declarar os pecados é um ato de humildade muito
agradável a Deus. “Deus aborrece os orgulhosos e ama os humildes”.
7 – Para arrancar de nós os maus costumes.
8 – Para combater a negligência e tibieza (moleza em praticar o bem).
9 – Para fortalecer a vontade na procura do bem.
10 – Para crescer espiritualmente aos olhos de Deus.
11 – Para dar-nos alívio, júbilo, alegria, esperança e paz.
Para fazer uma boa confissão são necessárias 5 coisas:
1 – Exame de consciência: Pensar um pouco em que tenho desobedecido à lei de Deus.
2 - Arrependimento: Ter dor de ter ofendido a Deus e ao próximo.
3 – Propósito: Empenhar-se em melhorar em algum ponto dos pecados declarados ao
confessor.
4 – Falar os pecados ao Padre: A acusação faz parte integrante da confissão.
5 – Cumprir a penitência: Rezar o ato de contrição e as orações que o confessor nos impõe.
Devemos aproximar-nos do sacramento da Confissão com sinceridade, humildade e
confiança. O Padre não nos condena, muito pelo contrário, nos compreende, nos absolve e
nos dá a paz em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Padre, neste momento, quando está
ouvindo uma confissão, tem entranhas de misericórdia pela ação do Espírito Santo. Que
nossas confissões sejam frequentes (se não caímos em pecado grave, pois então o conselho

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é confessar logo), poderíamos marcar uma vez por mês, de maneira clara, concreta, concisa
e completa (os pecados graves têm que ser declarados todos).
Nosso Senhor tem “sede” de dar-nos o perdão que lhe custou a Paixão e Morte na Cruz. A
sua misericórdia lava a nossa miséria.

Como confessar?
1 – Iniciamos traçando o sinal da Cruz e dizendo: “Padre, perdoai-me porque pequei”.
2 – Manifestamos quanto tempo faz desde a última confissão.
3 – Declaramos os pecados, começando sempre pelos graves.
4 – Ouvimos o Padre, que pode dar-nos algum conselho (pode-nos ajudar a tirar algum
propósito).
5 – Rezamos um ato de contrição, por exemplo: “Senhor, porque sois tão bom, tenho pena
de Vos ter ofendido, ajudai-me a não tornar a pecar”, ou “Senhor, Filho de Deus, tende
piedade de mim que sou pecador” ou “Jesus, meu bom Jesus, que por mim morreste na
Cruz, perdoai-me meus pecados, já não quero pecar mais”.
6 – Escutamos as palavras da absolvição que o Padre pronuncia.
7 – Cumprimos a penitência que pelo geral consiste em rezar algumas orações.
A Confissão nos protege contra a fraqueza humana; proporciona-nos um conselho
autorizado; dá-nos uma ajuda psicológica tal como sensação de alívio, paz e júbilo interior;
dá-nos a certeza de termos sido perdoados, a libertação do sentimento de culpa que nos
perturbava; uma nova coragem e entusiasmo para enfrentar as tentações.
Quanta bondade a de Nosso Senhor!

Exame de Consciência
Exame de consciência para adulto
A confissão é a oportunidade de pedir perdão a Deus e de receber a sua misericórdia.
Antes de se confessar, reserve uns momentos de silêncio para refletir no que você fez de
errado; no que possa ter prejudicado outras pessoas, e no que você pode fazer para se
tornar um cristão melhor. Uma confissão sincera permite a renovação da alma e a sua
abertura à graça de Deus. As questões a seguir podem ajudar a refletir sobre as ações de
que você deve pedir perdão.
• Neguei ou abandonei a minha fé? Tenho a preocupação de conhecê-la melhor? Recusei-
me a defender a minha fé ou fiquei envergonhado dela? Existe algum aspecto da minha
fé que eu ainda não aceito?

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• Disse o nome de Deus em vão? Pratiquei o espiritismo ou coloquei a minha confiança em
adivinhos ou horóscopos? Manifestei falta de respeito pelas pessoas, lugares ou coisas
santas?
• Faltei voluntariamente à Missa nos domingos ou dias de preceito?
• Recebi a Sagrada Comunhão tendo algum pecado grave não confessado? Recebi a
Comunhão sem agradecimento ou sem a devida reverência?
• Fui impaciente, fiquei irritado ou fui invejoso?
• Guardei ressentimentos ou relutei em perdoar?
• Fui violento nas palavras ou ações com outros?
• Colaborei ou encorajei alguém a fazer um aborto ou a destruir embriões humanos, a
praticar a eutanásia ou qualquer outro meio de acabar com a vida?
• Tive ódio ou juízos críticos, em pensamentos ou ações? Olhei os outros com desprezo?
• Falei mal dos outros, transformando o assunto em fofoca?
• Abusei de bebidas alcoólicas? Usei drogas?
• Fiquei vendo vídeos ou sites pornográficos? Cometi atos impuros, sozinho ou com outras
pessoas? Estou morando com alguém como se fosse casado, sem que o seja?
• Se sou casado, procuro amar o meu cônjuge mais do que a qualquer outra pessoa?
Coloco meu casamento em primeiro lugar? E os meus filhos? Tenho uma atitude aberta
para novos filhos?
• Trabalho de modo desordenado, ocupando tempo e energias que deveria dedicar à
minha família e aos amigos?
• Fui orgulhoso ou egoísta em meus pensamentos e ações? Deixei de ajudar os pobres e os
necessitados? Gastei dinheiro com o meu conforto e luxo pessoal, esquecendo as minhas
responsabilidades para com os outros e para com a Igreja?
• Disse mentiras? Fui honesto e diligente no meu trabalho? Roubei ou enganei alguém no
trabalho?
• Cedi à preguiça? Preferi a comodidade ao invés do serviço aos demais?
• Descuidei a minha responsabilidade de aproximar de Deus os outros, com o meu
exemplo e a minha palavra?

Exame de consciência para jovens:

A confissão é a oportunidade de pedir perdão a Deus e de receber a sua misericórdia.


Antes de se confessar, reserve uns momentos de silêncio para refletir no que você fez de
errado; no que possa ter prejudicado outras pessoas, e no que você pode fazer para se
tornar um cristão melhor. Uma confissão sincera permite a renovação da alma e a sua
abertura à graça de Deus. As questões a seguir podem ajudar a refletir sobre as ações de
que você deve pedir perdão.
• Neguei ou abandonei a minha fé? Tenho a preocupação de conhecê-la melhor? Recusei-
me a defender a minha fé ou fiquei envergonhado dela?

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• Preferi a minha comodidade, fugindo do serviço aos demais? Tive a preocupação de
aproximar os outros de Deus, com o meu exemplo e a minha palavra?
• Disse o nome de Deus em vão? Pratiquei o espiritismo ou coloquei a minha confiança em
adivinhos ou horóscopos? Manifestei falta de respeito pelas pessoas, lugares ou coisas
santas?
• Faltei voluntariamente à Missa nos domingos ou dias de preceito? Esqueci-me de Deus,
descuidando as minhas orações?
• Recebi a Sagrada Comunhão tendo algum pecado grave não confessado? Comunguei sem
a devida reverência e sem o devido agradecimento?
• Fui prestativo em casa? Deixei de dar carinho aos meus pais e irmãos?
• Fui impaciente, fiquei irritado ou fui invejoso? Guardei ressentimentos ou fiquei
relutante em perdoar? Estive de mau humor ou cedi à ironia? Julguei mal ou senti ódio
por alguém?
• Deixei de estudar com empenho na escola? Cedi à preguiça? Tratei os professores ou os
adultos com desrespeito?
• Fui violento ou participei de brigas? Fiz mal a alguma pessoa insultando-a ou falando mal
dela? Revelei algum segredo ou disse coisas somente para fazer mal a outros?
• Tive pensamentos impuros? Falei de maneira obscena? Cometi atos impuros sozinho ou
com outras pessoas? Vi imagens, sites ou vídeos pornográficos?
• Contei mentiras para me desculpar, para magoar os outros ou para enaltecer a minha
imagem?
• Roubei alguma coisa? Estraguei de propósito o que era dos outros? Fiz algum ato de
vandalismo?
• Tenho inveja dos outros, da sua aparência, da sua popularidade, do seu trabalho, do seu
dinheiro? Deixo que o coração fique preso ao desejo de possuir?
• Encorajei outros a se comportarem mal?
• Consumi álcool em excesso? Usei drogas?
• Fui vaidoso ou egoísta em meus pensamentos ou ações?

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12º ENCONTRO – O SANTÍSSIMO SACRAMENTO: A COMUNHÃO
A Eucaristia ou Comunhão é o maior sacramento porque não nos confere somente graça
santificante, é o próprio autor da graça que se nos dá como alimento para nossas almas.
Os Santos Evangelhos relatam como Nosso Senhor preparou os seus ouvintes para este
grande mistério da Eucaristia. No Evangelho de São João, no capítulo 6, versículos 51 a 58:
“Eu sou o pão vivo descido do Céu, quem come deste pão viverá eternamente e o pão que
lhe darei é a minha carne para a salvação mundo”. Disputavam os judeus e Jesus disse: “Se
não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes do seu sangue, não tereis a vida
em vós”. Ainda, “O que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu
o ressuscitarei no último dia”.
Que produz em nós a Eucaristia ou Comunhão?
1 – Aumenta a nossa união com Jesus Cristo. Fazemo-nos “portadores de Cristo”.
2 –Afasta-nos do pecado. Na medida que Cristo vive em mim, vou-me separando do que
me afasta Dele, que é o pecado.
3 – A Comunhão apaga os pecados veniais. A Comunhão limpa a nossa alma, é o desejo de
Jesus, é consequência do Amor: “onde há amor não há pecado”.
4 –Preserva-nos dos pecados futuros. Cristo expulsa o mal, é a força divina. O centro da
nossa vida é a redenção.
5 –Une-nos ao corpo místico da Igreja, às almas do purgatório e aos santos. Todos juntos,
unidos em Cristo Jesus pela Comunhão dos Santos.
6 –Inclina-nos a ser misericordiosos e a comprometer-nos com os mais necessitados.
7 – A Comunhão é penhor de salvação. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia”.
Como preparar-nos para comungar?
Sendo muito agradecidos, porque Nosso Senhor quer ficar dentro de nós, no meio de nós,
dentro de nós, para nossa santificação. Nunca devemos ir comungar tendo consciência de
ter pecado grave, devemos confessar primeiro. Ao nos preparar, habituar-nos a pedir a Nossa
Senhora que nos assista durante a Comunhão porque ela foi quem melhor soube tratar Jesus.
Dizemos: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra
e serei salvo(a)”.
“Não sou digno(a)”: ninguém é digno.
“Minha morada”: significa minha alma e coração, meu ser.
“Dizei uma palavra”: aquela de que eu preciso para melhorar e agradar a Deus, a que me faz
falta.
“Serei salvo(a)”: promessa de salvação, de vida eterna e ressurreição.

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Para fazer uma boa Comunhão:
1 – Estar com a consciência limpa, sem pecado grave ou mortal.
2 – Ter reta intenção, ir comungar para receber Jesus.
3 – Guardar uma hora de jejum eucarístico.
Aproximar-se com dignidade, com vestes adequadas e com piedade. Pode-se comungar na
boca ou na mão. Para comungar na mão, estender a mão esquerda como uma patena, tendo
a direita por baixo como se fosse um “trono”. Ao receber a Comunhão dizer “Amém.
Comungar na frente do Padre ou do ministro da Comunhão.
A seguir, fazer uns minutos de ação de graças, agradecendo a Deus ter vindo ao nosso
coração. Dizer-Lhe que O amamos, falar-Lhe das nossas coisas, fazer-Lhe nossos pedidos e
escutar o que Ele nos quer dizer.

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13º ENCONTRO – A SANTA MISSA COMO CENTRO DA VIDA CRISTÃ
Todos os cristãos somos convidados por Deus a uma importante comemoração semanal que
é a santa Missa. Dedicando uma das 168 horas que tem a semana para participar da Missa
aos domingos, nos inserimos na família cristã, pois a Missa constrói a família. O domingo é o
Dia do Senhor, porque ele ressuscitou neste dia. A Igreja guardou, desde os primeiros
tempos, a tradição de celebrar os grandes mistérios de sua Paixão, Morte e Ressurreição
neste dia, que também é o dia de descanso semanal, dia de família e de lazer.
Cada santa Missa atualiza as atitudes de Nosso Senhor para nos salvar: “Fazei isto em
memória de Mim” (Lc 22, 19-20). Um mandado que perpetua a Santa Ceia, o Calvário e a
Ressurreição.
1 - A santa Missa é memorial: Celebrar Missa hoje é o mesmo que estar participando da
Santa Ceia de Jesus e dos Apóstolos, pois tem validade perpétua.
2 – A santa Missa é sacrifício: Como no berço da humanidade se oferecia o sacrifício de um
dom a Deus para agradá-Lo, na santa Missa entrega-se em sacrifício o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo, o próprio Jesus, o Filho de Deus feito homem para nos salvar.
3 – A santa Missa é refeição: É refeição sagrada, Jesus quer ser para nós presença forte,
animadora, um alimento restaurador de nossas forças. “Quem come a minha carne e bebe
o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo,6, 56).
4 – A santa Missa é comunhão: Comungar quer dizer “comum-união”, estar em comunhão
com o Cristo total, com a cabeça e os membros (com Cristo cabeça e com todos os irmãos,
nossos semelhantes).
5 – A santa Missa é ação de graças: Esta atitude prevalece na vida de Jesus. “Eu te dou graças,
ó Pai...” Por isso desde o primeiro século a celebração do memorial do Senhor foi
“Eucaristia”, que significa ação de graças.
6 – A santa Missa é missão: Terminada a Missa retornamos à vida corriqueira fortalecidos
pela Palavra e pelo Corpo de Nosso Senhor, dispostos a melhorar as relações na família, no
trabalho, na sociedade...
E necessário participar da santa Missa inteira: Nos “Ritos Iniciais” o sacerdote saúda os fiéis
e faz o “Ato Penitencial”, pedindo perdão a Deus pelos nossos pecados e faltas para celebrar
dignamente os santos mistérios. Com os corações perdoados, alegres, se canta o “Glória a
Deus” que é o hino de louvor que cantavam os anjos quando Jesus nasceu.
A seguir inicia-se a Liturgia da Palavra: Deus fala ao seu povo por meio de duas leituras da
Bíblia e um salmo. O Evangelho proclamado pelo Padre ou diácono narra um trecho da vida
ou dos ensinamentos de Jesus, segundo um dos quatro Evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas
e João), que foram testemunhas vivas e oculares do que Jesus disse e fez aqui na Terra; o
sacerdote explica a Palavra na Homilia; a seguir a assembleia unida reza o Credo, que são 12
artigos de fé em que devemos acreditar e termina a Liturgia da Palavra com a Oração dos
Fiéis, que são nossos pedidos dirigidos a Deus.

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Em continuação vem a Liturgia Eucarística: Começa com a Apresentação das Oferendas: o
sacerdote apresenta ao Pai a matéria do pão e do vinho que se vão transformar no Corpo e
no Sangue de Jesus Cristo na Consagração. A seguir vem a Oração Eucarística, a Igreja pede
pelos vivos, falecidos, pelo clero, pela paz... Tudo pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo
presente em cima do Altar em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, escondido nas espécies
eucarísticas. O Rito da Comunhão começa com o Pai Nosso, o Cordeiro de Deus (Jesus é a
vítima imolada no sacrifício da Cruz) e a Comunhão. Agradecendo a Nosso Senhor sua
presença viva e verdadeira no nosso coração, termina a santa Missa com a Bênção Final.

A BÍBLIA
Que é a Bíblia?
A Bíblia é uma obra divina que nos revela os mistérios de Deus, os seus desígnios e suas
obras. Bíblia é o plural do grego “biblion” (significa livro), pois ela é composta de 73 livros. O
próprio Deus é seu autor principal e responsável. Para enviar-nos suas mensagens de amor
Ele se serviu de hagiógrafos, autores por meio dos quais Deus nos transmite Seus
pensamentos.
Como tem que ler-se a Bíblia?
A Sagrada Escritura tem que ser lida em atitude orante, com a ajuda do Espírito Santo. É a
Palavra de Deus e contém a comunicação decisiva de Deus para conosco. A Bíblia é como
uma longa carta de Deus para cada um de nós, por isso deve ser acolhida com amor e
reverência.
É verdadeira a Sagrada Escritura?
O Concílio Vaticano II declarou: “Os Livros Sagrados ensinam solidamente, fielmente e sem
erro a verdade, porque foram escritos por inspiração do Espírito Santo e têm a Deus por
autor”.
Como se divide a Bíblia?
São duas partes: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Testamento quer dizer
“aliança” de Deus com os homens. A primeira parte corresponde ao Antigo Testamento, é
um conjunto de 46 livros: históricos, proféticos, sapienciais junto com os salmos; relatam
desde a criação do mundo até a vinda de Jesus Cristo. A segunda parte da Bíblia corresponde
ao Novo Testamento, são 27 livros. Contém os textos próprios do Cristianismo: os 4
Evangelhos (de São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João), que nos relatam as coisas
maravilhosas que Jesus fez e disse quando veio ao mundo; os Atos dos Apóstolos, as Epístolas
de São Paulo, outras Epístolas Católicas (de São Tiago, São Pedro, São João e São Judas) e o
Apocalipse de São João.

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Que importância tem o Antigo Testamento para os cristãos?
No Antigo Testamento Deus se mostra como Criador, como quem conserva o mundo, Ele se
manifesta como guia e educador dos homens. No Antigo Testamento começa a grande
história de aprendizagem da fé. Estes livros são um tesouro insubstituível de oração e
sabedoria, especialmente os Salmos, que fazem parte da oração cotidiana da Igreja. Sem o
Antigo Testamento não poderíamos compreender a Jesus. Todo o Antigo Testamento
prepara a Encarnação do Filho de Deus e todas as promessas de Deus encontram-se
cumpridas em Jesus.
Que importância tem o Novo Testamento para os cristãos?
No Novo Testamento se completa a Revelação de Deus. Os 4 Evangelhos são o coração da
Sagrada Escritura, o tesouro mais precioso da Igreja. Neles se mostra o Filho de Deus tal
como Ele é. Nos Atos dos Apóstolos aprendemos sobre o início da Igreja e a ação do Espírito
Santo. Nas cartas apostólicas se coloca a vida dos homens ante a luz de Cristo. No Apocalipse
vemos antecipadamente o fim dos tempos.
Propósito: “Ninguém ama o que não conhece”, procuremos ler todos os dias, por cinco
minutos, um trecho dos Santos Evangelhos!
Conclusão: Veneremos a presença de Deus na Sagrada Escritura, o Senhor nos fala no
presente, fala hoje conosco, nos concede sua luz, nos mostra o caminho da vida, nos
presenteia com sua amizade e nos abre assim à felicidade. São Francisco de Assis disse: “Ler
a Sagrada Escritura é pedir conselho a Deus”.

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14º E 15º ENCONTROS – UNÇÃO DOS ENFERMOS / ORDEM / MATRIMÔNIO

UNÇÃO DOS ENFERMOS


Como todos os sacramentos, a Unção dos Enfermos é de instituição divina. Antigamente o
sacramento da Unção dos Enfermos era conhecido como Extrema-Unção, pois indicava que,
geralmente se tratava da última das quatro unções que o cristão podia receber: o Batismo,
a Crisma, a Ordem e finalmente, a Extrema Unção. Mas o povo entendia que se tratava da
unção última e que, depois de recebê-la, o mais provável era que a pessoa morresse. Por isso
a Igreja substituiu o termo por Unção dos Enfermos.
A Unção dos Enfermos é ministrada pelo Padre quando a pessoa está doente, fragilizada ou
idosa. Tem por objetivo confortar e fortalecer a alma do fiel e também prepara a alma para
entrar no Céu se a pessoa vier a falecer. O enfermo deve confessar-se antes de receber o
sacramento, mas em caso de impedimento (se estiver inconsciente ou impossibilitada), o
sacramento perdoa todos os pecados. A matéria do sacramento é o “Óleo dos Enfermos” ou
“Santos Óleos”. Pode-se receber várias vezes na vida conforme as necessidades do fiel.

SACRAMENTO DA ORDEM SACERDOTAL


O sacramento da Ordem Sacerdotal transforma um homem em Padre.
Na Última Ceia, na véspera de Jesus entregar sua vida por nós na sua Paixão e Morte de
Cruz, Ele disse aos seus Apóstolos: “Fazei isto em memória de mim”, Jesus converteu os
seus Apóstolos em sacerdotes, dando-lhes o poder de celebrar a Sagrada Eucaristia. Esse
poder passou dos Apóstolos aos seus sucessores no sacerdócio. Fiel à ordem do Senhor, a
Igreja continua fazendo, em sua memória, o que Ele fez na véspera da sua Paixão.
Quem ordena é sempre o Bispo, ungindo aquele que vai ser ordenado com Óleo consagrado
e impondo-lhe às mãos dizendo umas orações próprias que acompanham o rito do
sacramento.
São três os graus da Ordem Sagrada:
1 – Episcopado: Para os bispos que, como sucessores dos Apóstolos, têm a plenitude do
sacramento da Ordem. Confirmam e Ordenam, isto é, têm o poder de transmitir a outros o
sacerdócio por meio do sacramento da Ordem.
2 – Presbiterado: Para os sacerdotes, religiosos ou padres, que têm o poder de mudar o pão
e o vinho no Corpo e Sangue de Jesus Cristo e de perdoar os pecados.
3 – Diaconato: Para os diáconos que ajudam os bispos e sacerdotes em certas tarefas: podem
batizar, assistir e abençoar o matrimônio, proclamar o Santo Evangelho na Missa... Não
podem celebrar Missa, nem confessar, pois não possuem o sacerdócio.

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SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO
Deus, que criou o homem e a mulher, deseja abençoar sua união elevando seu amor e
compromisso a sacramento. Deus ama o conceito de família, Ele mesmo, Deus Filho, Jesus
Cristo, entrou no mundo, se fez Homem, dentro da Sagrada Família de Nazaré. Inclusive
seu primeiro milagre foi nas Bodas de Canaã, quando transformou água em vinho.
Define-se o matrimônio como um sacramento que estabelece uma santa e indissolúvel
união entre um homem e uma mulher e lhes dá graças para se amarem um ao outro
santamente e educarem cristãmente os filhos.
Não é de surpreender que Jesus Cristo elevasse o matrimônio à categoria de sacramento,
pois desde o começo da humanidade, no plano de Deus, o casamento era uma união sagrada
para gerar, criar e educar as sucessivas gerações de seres humanos. No Evangelho de São
Mateus, cap. 19, versículos de 4 a 6, Jesus disse: “Não lestes que quem criou o homem no
princípio, criou-o homem e mulher e disse: “Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-
á à mulher, e os dois serão uma só carne”? Por isso não mais são dois, mais uma só carne.
Portanto, não separe o homem o que Deus uniu”.
É o próprio casal quem administra o sacramento do matrimônio. São os noivos os próprios
ministros desse sacramento. O sacerdote ou o diácono é a testemunha oficial que
representa Cristo e a sua Igreja. A matéria do sacramento é a doação dos corpos. O rito do
sacramento é o compromisso de amor e fidelidade que se prometem por toda a vida.
O matrimônio católico tem duas propriedades:
1 - A unidade: significa que o marido só pode ter uma esposa e a esposa só pode ter um marido.
2 – A indissolubilidade: significa que é uma união permanente, até que a morte de um dos
dois os separe.
Para que o matrimônio possa produzir seus frutos, Deus concede aos esposos, por meio
deste sacramento, as graças necessárias para assegurar-lhes uma união feliz e frutuosa. O
sacramento do matrimônio confere aos esposos dois gêneros de graça: a) no próprio
momento em que é recebido, infunde um aumento de graça santificante (vida divina); b)
durante sua vida matrimonial Deus confere, aos esposos que rezam e recebem os
sacramentos habitualmente, todas as graças atuais que necessitem:
1- Generosidade e responsabilidade para gerar e criar os filhos.
2- Prudência e discernimento para enfrentar os problemas.
3- Ajuda para os esposos adaptarem-se aos defeitos um do outro e a desculpá-los.
Infelizmente hoje muitos matrimônios não duram. Os casamentos se deterioram pela
excessiva e injusta cobrança de supor que cada cônjuge há de fazer o outro feliz. A cobrança
é injusta porque ninguém de nós, homens e mulheres, podemos satisfazer a sede de
felicidade que está no coração humano, criado à imagem e semelhança de Deus. Santo
Agostinho dizia: “o coração é inquieto até que se encontra com Deus”.

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Deve-se encarar o matrimônio como uma missão, um sacramento de serviço, tendo o
esposo ou a esposa como o companheiro de viagem, aquele ser que Deus lhe reservou para
chegar ao Céu; os esposos devem buscar a felicidade a dois por meio da oração e dos
sacramentos e viver para a família em espírito de doação e serviço.

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Anotações

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