ESCOLA DAS NAÇÕES

Comunidade das Nações

Escola de Ministros 2/2023
Renato Sousa Paiva

RESUMO

REFERÊNCIA
Vallotton, Kris. Pobreza, Riqueza e Prosperidade. EUA, 2018.

Em Um Legado de Prosperidade, capítulo do livro Pobreza, Riqueza e Prosperidade, o autor

Kris Vallotton aborda, inicialmente, sobre a carta que o John Adams, segundo presidente do
Estados Unidos da América, escreveu para a sua amada esposa. Ele escreveu que precisava
estudar política e guerra para que seus filhos pudessem estudar matemática, filosofia, geografia
e agricultura para que possam dar o direito aos seus netos a oportunidade de estudarem pintura,
poesia, música, arquitetura, estatuária, tapeçaria e porcelana. Kris, após essa abordagem, relata
que a explicação que o John teve sobre a responsabilidade que cada geração tem de deixar uma
herança para a geração futura está no cerne, íntimo, do coração do próprio Deus. Ressalta que o
objetivo de unir as gerações é que a próxima abrace os valores fundamentais das anteriores e
construa a partir deles, isto é, que cada geração acrescente às realizações da anterior em favor
da próxima.
O desafio da visão de Jonh Adams é que a geração atual tem uma frequência em esquecer
o sacrifício que foi dar a eles uma herança tão maravilhosa. Tendem a não valorizarem porque
não lutaram por ela e, consequentemente, não fazem o necessário para mantê-la. Essa não
valorização, frequentemente, é porque não sabem o que fazer para sustentarem o que herdaram
pois não estavam lá quando foi construída.
Kris destaca que uma postura de gratidão é o único antídoto contra o senso de merecimento
e o orgulho. Destaca que a gratidão deve ser instigada de maneira proativa, trazendo a memória
e contando a perseverança e o sacrifício de outras pessoas. Agora, quando esquecemos disso
começamos a entrar na fossa do ‘’ modo de pensar de um privilegiado “e a herança se transforma
em senso de merecimento.
Um dos piores efeitos colaterais do senso de merecimento é a cultura de recompensa
imediata que ela inspira, ou seja, a ideia de que deveríamos ter o que queremos quando
queremos, independentemente das circunstâncias, como por exemplo, comprar um carro a
prestação. Naturalmente, não significa que essa situação, por si só, é maligna ou ruim,
simplesmente mostra que ela é uma expressão de uma cultura de pessoas que querem agora,
não importando se elas podem pagar ou não.
Um dos desafios da cultura da recompensa imediata é que ela pode acabar com a motivação
que temos em perseverar em tempos difíceis e buscar satisfazer nossos desejos, porque
simplesmente podemos exigi-los. Esse comportamento contribui para a nossa cultura
sobrenatural em alimentar nossa obsessão impaciente na crença de milagres e isso pode
prejudicar o valor que damos aos processos da vida que, constantemente, estão enraizados na
perseverança. A verdade é que que Deus frequentemente leva um longo tempo para realizar um
milagre pois muitos dos milagres instantâneos são consequências de anos de oração e fidelidade
persistente.
Orações persistentes, prolongadas, que não se dão por vencidas, do tipo “eu me recuso a
desistir” são fé. A ideia é que, se persistência e perseverança estão arraigadas na fé, então a
mentalidade de “eu preciso ter agora” deve ser inspirada pelo reino errado. É importante
destacar que perseverança não é um dom e sim é uma escolha e a perseverança é para a nossa
alma assim como os exercícios são para o nosso corpo.
Temos que plantar nobreza no coração das gerações que nos sucedem. Todavia, muitas
pessoas ainda não conseguem seguir em frente porque estão presas em seus erros passados,
gastam todo o tempo se lamentando, se punindo em vez de receber o perdão de Jesus. Podemos
ajudar essas pessoas inspirando-as com uma visão para o futuro, para não olharem para o
passado com vergonha, enquanto cultivam fielmente seus próprios pastos de prosperidades.
Quando mantemos nossos olhos fixos na tarefa diante de nós, esperança é fé começam a surgir
em nossos corações. Quando mantemos nossos olhos focado na Árvore da Vida (Jesus) é que
perdemos o apetite pela árvore da recompensa imediata e nos ajuda a resistir à tentação do
mundo.
Concluindo, são a gratidão e perseverança que inspiram esperança e fé dentro de nós, nos
afastando do mal e expandem a nossa capacidade para bençãos maiores no nosso ser interior.