1) O documento discute a identidade contemporânea dos Irmãozinhos de Maria e como a espiritualidade de Marcelino Champagnat é fundamental para isso.
2) Há três desafios principais: renovar a vida de fé, redescobrir o carisma fundacional e encontrar respostas aos sinais dos tempos.
3) As pequenas virtudes como a indulgência, a compaixão e a alegria são centrais para a espiritualidade de Marcelino Champagnat.
1) O documento discute a identidade contemporânea dos Irmãozinhos de Maria e como a espiritualidade de Marcelino Champagnat é fundamental para isso.
2) Há três desafios principais: renovar a vida de fé, redescobrir o carisma fundacional e encontrar respostas aos sinais dos tempos.
3) As pequenas virtudes como a indulgência, a compaixão e a alegria são centrais para a espiritualidade de Marcelino Champagnat.
1) O documento discute a identidade contemporânea dos Irmãozinhos de Maria e como a espiritualidade de Marcelino Champagnat é fundamental para isso.
2) Há três desafios principais: renovar a vida de fé, redescobrir o carisma fundacional e encontrar respostas aos sinais dos tempos.
3) As pequenas virtudes como a indulgência, a compaixão e a alegria são centrais para a espiritualidade de Marcelino Champagnat.
A espiritualidade de Marcelino e uma identidade contemporânea para os Irmãozinhos de Maria
Dr. Ricardo Tescarolo
“Em nome da simplicidade de estilo e de foco, dirijo a Circular aos meus Irmãos no Instituto. Entendo, todavia, que muitos de nossos parceiros leigos podem estar igualmente interessados nessa mensagem, e não pretendo excluí-los. Irmãos, sintam-se à vontade para partilhar essa carta com os leigos, em seu Distrito, Província ou região, bem como para incluí-los nos debates sobre seu conteúdo. Observem que as ‘perguntas para reflexão’ propostas ao final de cada parte são adequadas para os diferentes grupos e realidades locais.” (p. 14) A espiritualidade de Marcelino ocupa um lugar primordial na identidade dos Irmãozinhos de Maria. “A pedra angular da formação de qualquer nova identidade para o Instituto [é] a espiritualidade de Marcelino. Se desejarmos sinceramente empreender uma revolução do coração, então é por ela que devemos começar.” “A espiritualidade de Champagnat é fonte de graça e inspiração para nós, leigos, no afã de construir o reino de Deus no meio das realidades temporais” (MCh, 1). O questionamento espiritual inscrito no cerne da nossa identidade: “A quem ou a que entregamos nossos corações?” “Eu te propus a vida ou a morte, a bênção ou a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas tu e a tua descendência, amando a Javé, teu Deus, obedecendo à sua voz e apegando-se a Ele.” Dt 30, 19 Três aspectos antes de repensar a identidade: 1. Para atingir a meta, é preciso estar aberto à mudança, mas, ao mesmo tempo, absorver a melhor herança do passado. 2. Mudança nem sempre é transformação. 3. Há pelo menos três gerações....”A Parábola dos trabalhadores da vinha” (Mt 20, 1-16). A importância dos contextos e a complexidade da tarefa Três desafios • Iniciar uma transformação tão profunda de coração que renove nossa vida de fé e nos leve a uma centralidade maior em Jesus Cristo. • Redescobrir o carisma fundacional do Instituto, emaranhado nas armadilhas da história. • Encontrar uma resposta transformadora aos sinais dos tempos. “O que significa identidade? No âmbito pessoal, é a consciência que cada um tem de si e do mundo em que vive. A identidade de um grupo ou instituição sugere um significado semelhante. Uma organização com identidade marcante oferece uma resposta imediata e convicta quando perguntada sobre o que representa.” Os eixos da Espiritualidade de Marcelino... (1) “Perseverai fielmente no santo exercício da presença de Deus, alma da oração, da meditação e de todas as virtudes. (2) A humildade e a simplicidade sejam sempre as características dos Irmãozinhos de Maria. (3) Uma devoção terna e filial por vossa boa Mãe vos anime em todo tempo e em todas as circunstâncias. Tornai-a amada por todos, tanto quanto vos for possível.” (Testamento Espiritual do Padre Marcelino Champagnat) “Sua carta, meu amigo muito querido, causou em mim grande compaixão. Desde então jamais subo ao altar sem que o recomende Àquele em quem nunca se espera em vão e que pode nos ajudar a superar os maiores obstáculos”. “Peçam o apoio de Maria; digam-lhe que, depois de terem feito todo o possível, pior para ela se as coisas não forem tão bem.” Espiritualidade: alpondras para a travessia
Alguns momentos de crise no início da vida de
Marcelino — como sua dispensa do seminário ao final do primeiro ano, a morte súbita de seu amigo Denis Duplay no dia 2 de setembro de 1807 e uma conversa com o supervisor do seminário, Padre Linossier, sobre a necessidade de melhorar sua conduta — serviram-lhe de apoio, como pedras à guisa de ponte improvisada na travessia de um riacho, em seu itinerário de conversão pessoal. Poder significa posse e dominação de um ser humano pelo outro e nos reporta ao autoritarismo, à ditadura, à tirania, à arbitrariedade. A ética da felicidade, da virtude e da alegria se coloca contra os tentáculos da maldade e da insignificância do mundo. Se a virtude pode ser ensinada, como creio, é mais pelo exemplo do que pelos livros. Então, para que um tratado das virtudes? Para isto, talvez: tentar compreender o que deveríamos fazer, ou ser, ou viver, e medir com isso, pelo menos intelectualmente, o caminho que daí nos separa. André Comte-Sponville A virtude... Dom e graça: dádiva. Energia e latência: potencialidade. Poder que não manda: vontade. Valor ético: reciprocidade. Essencialmente bondade: virtuosidade. Excelência e eficácia: virtuosismo. Rompe as formas conservadoras e nos expande: virtualidade. A virtude, areté, é o hábito de agir bem. Energia que sustenta e humaniza a ação humana. Corresponde a valores morais e intelectuais em ação. Condição para o livre arbítrio. Autotranscendência para transcender. Não para ser melhor do que os outros: apenas o empenho para ser mais gente e viver melhor com os outros... “Sem a prática diária habitual das pequenas virtudes, não há relacionamento perfeito entre as pessoas. A negligência ou ausência das pequenas virtudes, eis a grande e, diria mesmo, a causa única das brigas, divisões e discórdias entre as pessoas.” São Marcelino Champagnat As pequenas virtudes de Champagnat. 1. Indulgência. 2. Caridosa dissimulação. 3. Compaixão. 4. Santa alegria. 5. Maleabilidade de espírito. 6. Caridosa solicitude. 7. Afabilidade. 8. Urbanidade e polidez. 9. Condescendência. 10. Devotamento ao bem comum. 11. Paciência. 12. Igualdade de caráter. O ativismo representa uma grande ameaça em “razão de três elementos que acabam por entorpecer nosso espírito e nosso coração: 1. o convencimento de que tudo depende exclusivamente de nós; 2. a atribuição de uma importância desmedida à competência e à eficiência pessoais; e 3. a fuga ao desafio do recolhimento na solidão, com a tendência de se preencher cada instante da vida com trabalho ou diversão.” “O trabalho à nossa frente não exigirá menos do que já foi exigido para chegarmos até aqui: mentes abertas, disposição para superar visões ideológicas desagregadoras e muito sacrifício”. “Amem-se uns aos outros como Jesus Cristo vos amou. Que haja entre vocês um só coração e um só espírito... É o voto mais ardente do meu coração...”