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PARÁBOLAS

A parábola dos talentos (explicação e significado)

A Parábola dos Talentos, ou parábola das Minas, nos lembra que todos recebem dons ou
capacitação para contribuir nesta vida, servindo a Deus e às pessoas. O que fazemos com o
talento recebido terá efeitos futuros, quando o que nos foi confiado por Deus for por
Ele requerido.

Nesta história contada por Jesus, um homem rico deu a seus três servos diferentes
quantidades de talentos, de acordo com suas habilidades. Os dois primeiros servos investem
o valor e dobram seus lucros, enquanto o terceiro servo simplesmente enterra o talento para
protegê-lo.

Quando o homem rico retornou, ele ficou satisfeito com os dois primeiros servos, mas
condenou o terceiro, que desperdiçou sua oportunidade, enterrando o talento recebido. A
mensagem central da parábola é que Deus nos dá dons e talentos únicos, e espera que os
usemos para Sua glória, segundo a Sua vontade e propósito.

Explicação da Parábola dos Talentos

Nesta parábola contada por Jesus, um homem rico confiou seu dinheiro a 3 de seus servos. A
um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um. Vale salientar que aquele senhor deu "a
cada um de acordo com a sua capacidade" (Mateus 25:15).

Quanto vale um talento?


O primeiro servo recebeu 5 talentos, cerca de 175 quilos de ouro. O segundo recebeu 2 talentos, 70
quilos e o terceiro recebeu 1 talento, cerca de 35 quilos de ouro. Um quilo de ouro equivale
aproximadamente a 300 mil reais. Faça as contas, esse senhor era mesmo muito rico!

Passado o tempo, o senhor voltou para casa e pediu contas aos seus servos. O primeiro
servo mostrou como havia investido seus 5 talentos e ganhado outros 5. O segundo servo
também investiu e dobrou seus 2 talentos. Por isso, eles receberam elogios de seu senhor
sendo recompensados. Mas o terceiro servo continuou com apenas 1 talento. Por quê?

Ele enterrou o dinheiro por medo de seu senhor. Ele decidiu que a opção mais segura era não
mexer no dinheiro. O senhor ficou muito zangado e disse-lhe que melhor seria ter investido o
dinheiro no banco, para então receber com juros. O servo foi jogado nas trevas e seu talento
foi dado ao que tinha 10.

Esta parábola é um exemplo sobre o que é servir com amor e o que é servir movido
pelo medo. Quando servimos movidos pelo medo, escondemos os dons que recebemos e
perdemos a oportunidade de agradar ao Senhor. Ele nos confiou dons e talentos segundo a
nossa capacidade. Nosso Deus é amor e devemos servi-lo retribuindo com o que já
recebemos.

Significado da parábola dos talentos

A parábola dos talentos mostra como devemos trabalhar com diligência e


responsabilidade, investindo bem a vida e os dons que Deus nos deu. Pois um
dia, todos teremos de prestar contas a Jesus quando Ele voltar. Cristo dá a cada um de
nós uma missão, um talento de acordo com nossa capacidade. Para cumprir a missão, Ele
nos dá recursos, como dons, bens materiais ou conhecimentos. Investir os talentos significa
que devemos desenvolver essas competências em prol do Reino de Deus.

Há variedade de talentos. Quem tem muita capacidade, tem muita responsabilidade, pois o
próprio Deus confiou esses dons. Quem tem pouco, também tem competência para
desenvolver o que recebeu. Todos podem e devem crescer!

O que significa enterrar o talento?

Esconder o dom ou o talento recebido é considerado um descaso no trato de algo tão valioso
que recebemos do Senhor. É justamente menosprezar e fazer mal uso do que nos foi
confiado por Deus.

Você tem aptidões únicas, capacidades e competências de várias naturezas, além disso, há
também os recursos materiais, financeiros, intelectuais, e o precioso tempo que Deus dá a
cada um. Em tudo isso devemos ser intencionais, fazendo tudo para glorificar aquele que dá
vida, saúde, recursos, inteligência, habilidades, sabedoria, etc.

Não há desculpas para deixarmos de usar nossos dons e talentos pessoais nesta vida, para
exaltar a Deus e abençoar pessoas. Se estamos falhando nisto, não podemos sair inocentes
sabendo disso.

Os primeiros dois servos aceitaram o desafio e seu esforço foi recompensado. Quando
confiamos em Deus e visamos fazer sua vontade, Ele nos ajuda a cumprir nossa missão. E
um dia, na ressurreição, receberemos nossa recompensa.

O terceiro servo teve medo. Ele não amava seu senhor de verdade e desperdiçou a
oportunidade de multiplicar o seu talento. Muitas pessoas desperdiçam seus recursos e dons,
não atendendo ao chamado de Deus. Isso mostra que seu coração não é voltado para Deus.
Infelizmente o descaso traz consequências ruins.

O tamanho do sucesso não é o mais importante para Deus, mas como cuidamos do
que recebemos dele. Tanto o servo com 10 talentos quanto o servo com 4 receberam a
mesma recompensa. Se o servo que recebeu um talento tivesse o mesmo zelo que os outros
dois, também receberia porção dobrada, pois o senhor tinha muitos recursos.

Parábola dos Talentos na Bíblia

A Parábola dos talentos se encontra tanto no livro de Mateus 25:14-30, quanto no livro de
Lucas 19:11-27, onde a passagem é também conhecida como a parábola das minas,
contendo particularidades entre si.

Parábola das Minas

Ouvindo eles estas coisas, Jesus contou uma parábola, visto estar perto de Jerusalém e
lhes parecer que o Reino de Deus havia de manifestar-se imediatamente.
Por isso, Jesus disse: — Certo homem nobre partiu para uma terra distante, a fim de
tomar posse de um reino e voltar.
Chamou dez dos seus servos, confiou-lhes dez minas e disse-lhes: "Negociem até que eu
volte."
Mas os seus concidadãos o odiavam e enviaram após ele uma embaixada, dizendo: "Não
queremos que este reine sobre nós."
— Quando ele voltou, depois de ter tomado posse do reino, mandou chamar os servos a
quem tinha dado o dinheiro, a fim de saber quanto tinham conseguido ganhar em seus
negócios.
— O primeiro se apresentou e disse: "Senhor, a sua mina rendeu dez."
O senhor lhe disse: "Muito bem, servo bom! E porque você foi fiel no pouco, terá
autoridade sobre dez cidades."
— O segundo servo veio e disse: "Senhor, a sua mina rendeu cinco."
A este o senhor disse: "Você terá autoridade sobre cinco cidades."
— Então veio outro servo, dizendo: "Senhor, aqui está a sua mina, que eu guardei
embrulhada num lenço.
Porque tive medo do senhor, que é homem rigoroso. O senhor retira o que não
depositou e colhe o que não semeou."
Mas o senhor respondeu: "Servo mau, eu o julgarei usando as suas próprias palavras.
Você sabia que eu sou homem rigoroso, que retiro o que não depositei e colho o que não
semeei.
Por que você não pôs o meu dinheiro no banco? E, então, na minha vinda, eu o
receberia com juros."
— E disse aos que estavam ali: "Tirem dele a mina e deem ao que tem as dez."
Eles ponderaram: "Senhor, ele já tem dez."
Ao que o senhor respondeu: "Pois eu declaro a vocês que a todo o que tem será dado
ainda mais;mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
Mas quanto a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles,
tragam-nos aqui e os matem na minha presença."
- Lucas 19:11-27

Parábola das Bodas(explicação) Mateus 22:2-14

Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não
eram dignos. (Mateus 22:8)

Mt 22:2. O rei que esta celebrando a festa, é Deus. O filho do rei que vai se casar é
Jesus. E as bodas, a festa de casamento, é o início do reino dos céus que ainda não
terminou. (Mt 3:2. 10:7).

Mt 22:3. Este convite é feito a Israel, desde o antigo testamento. Por várias vezes o povo
rejeitou o convite de Deus se rebelando contra Ele.

Rejeitaram Deus no monte Sinai (Ex 20:18,19). E a partir daí, no decorrer da história o
rejeitaram várias vezes. (Jr 8:9. Mt 21:42. 2Re 17:15. Is 5:24. Am 2:4. Sl 118:22. At 7:39.
Hb 12:25. Lc 6:46).

Mt 22:4. Este novo convite mostra que o rei se deu ao trabalho de explicar melhor como
seria essa festa, alertando que já estava tudo preparado.

Isto quer dizer, ao longo da história Deus foi se revelando ao seu povo cada vez mais, se
fazendo conhecer através dos seus profetas e das escrituras. A aliança de Deus, isto é, o
casamento, as bodas, foram declaradas. (Jr 31:31).
Deus deixou bem claro o seu plano, através das profecias messiânicas, se nota
claramente, que o filho de Deus viria para reinar. (Ex 15:18. Is 32:1-4. Mq 4:7. 2Cr 6:2.
Lc 1:33).

Mt 22:5. Eles não se importaram, quer dizer: Não se preocuparam em ver a importância
disso, não quiseram entender. Igual um aluno insensato que recusa dar importância as
lições do professor.

O texto diz: Um foi para o seu campo. Talvez isso seja uma leve referência ao período
dos juízes, onde o povo de Israel vivia basicamente disso. (Jz 17:6).

E quando diz: Outro foi cuidar do seu negócio. Pode ser uma leve referência ao período
dos reis, quando o comércio floresceu em Israel, e já muitos viviam de negócios e não só
do campo.

Mt 22:6. Aqui fala claramente do período da perseguição dos profetas de Deus.

Agarrando os servos… A maioria dos profetas do antigo testamento foram perseguidos,


agarrados, pegos. (alguns exemplos; 1Re 18:4. 22:24. Jr 37:13-16).

Maltrataram e mataram… Aqui já inclui os profetas do novo testamento, como João


Batista, Tiago e Estevão que foram assassinados. (Mt 14:10. At 12:2. 7:59).

Mt 22:7. Certamente trata-se de uma referência tripla. A queda de Samaria (2Re 17), a
Queda de Jerusalém por Nabudonosor (2Re 25), e novamente a Queda de Jerusalém
pelo general Tito no ano 70 d.C.

Mt 22:8. Aqui acontece algo incrível, a festa é adiada por um tempo, até que se
arrumem mais convidados. E aí que nós, os gentios, entramos na história.

Pois o que Israel rejeitou, nós o recebemos! (Jo 1:11).

Mt 22:9,10. Dá-se início a pregação do evangelho aos gentios, para que a casa do rei
fique cheia. Para que o reino de Deus os receba. E isto nós vemos acontecendo no livro
de Atos e nos dias de hoje ainda.

Mt 22:11-14. Essa é a parte escatológica da parábola, que ainda esta para se cumprir.

As vestes nupciais, falam do novo nascimento, novas vestes lavadas pelo sangue do
cordeiro.

A indagação feita dizendo: Como entraste aqui? É uma leve referência ao julgamento,
seguida da condenação que é ser jogado nas trevas, ou seja, o inferno. (Mt 8:12. 25:30).

Para concluir, é importante refletir o seguinte. Que mesmo hoje, ainda podemos ser
considerados como convidados indignos se nós ignorarmos o convite do evangelho.

Entenda, o convite não é apenas para crer em Jesus, frequentar uma igreja, e achar que
esta tudo bem.
O convite é para se envolver em um relacionamento com Deus. Este relacionamento
começa aqui, nessa vida, como um ensaio, para a vida eterna.

Ou seja, é um convite para entrar no reino dos céus. E nesse reino já tem rei, que é
Deus, e já tem príncipe, que é Jesus. E já tem súditos que são os anjos.

O único cargo disponível no reino dos céus é o de servos. Por isso, é um convite para se
deixar ser governado 100% por Deus através de sua palavra.

E aqueles que entendem essa condição, e se fazem como servos, tal qual o filho pródigo
queria ser apenas um jornaleiro, recebem o privilégio de serem filhos de Deus através
de Cristo.

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