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OS TALENTOS E O FIM

Mt 25.14-30

Embora a parábola dos talentos tenha relevância para cada geração, o Senhor
ainda estava falando diretamente sobre a geração que vai viver pouco antes de Sua volta
em glória (24:34), a hora exata não será conhecida com antecedência, mas a iminência
de que será manifestada por sinais espetaculares e inconfundíveis (24: 3-29).
A parábola dos talentos ilustra quatro aspectos básicos da oportunidade
espiritual: a responsabilidade que recebemos, a reação que temos, o acerto de contas que
enfrentaremos e a recompensa que ganharemos.

1. A responsabilidade que RECEBEMOS (14, 15)

a) O reino dos céus é semelhante a... Jesus continua com o mesmo tema,
insiste em mostrar que na manifestação externa do reino de Deus tanto o
verdadeiro quanto o falso serão encontrados, o cristão genuíno e a imitação.
É neste sentido visível, exterior de que Jesus se refere ao reino tanto na
parábola das virgens quanto na parábola dos talentos. As virgens loucas e o
escravo infiel não representam pagãos professos, ateus, agnósticos ou
reprovados, mas aqueles que professam pertencer a Cristo.
b) O homem que estava prestes a ir em uma viagem, obviamente, estava
planejando ficar fora por um longo tempo e, para que sua propriedade fosse
bem gerida na sua ausência, ele chamou os seus servos e confiou seus bens
a eles. Aqui temos as figuras da igreja e de Jesus.

A SUA RESPONSABILIDADE É USAR O TALENTO QUE VOCÊ RECEBEU PARA QUE


O SEU SENHOR TENHA LUCRO QUANDO VIER CONFERIR O PATRIMÔNIO QUE TE FOI
ENTREGUE. Você tem dado lucro?

2. A reação que TEMOS

a) Doulos, escravos, era um termo geral, mas aqui significa escravos


especiais. O homem da parábola de Jesus tinha três desses escravos de
confiança a quem ele confiou alguns dos seus bens enquanto ele estava fora.
b) Os números de talentos dadas aos escravos não têm significado em si, mas
simplesmente ilustram uma vasta gama de responsabilidades, a partir da
muito elevada e exigente para a relativamente baixa e fácil. As
responsabilidades foram dadas a cada um segundo a sua própria
capacidade. Até entre os discípulos houve essa distribuição segundo a
responsabilidade.
c) Os dois primeiros produzem segundo a sua capacidade, mas ambos
dobram o que receberam. Por isso, o Senhor assegura Seus servos que "cada
um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho" (1Co 3:8). Observe que
não fizeram um negócio, tiveram lucro e descansaram, mas continuaram até
a volta do seu senhor.
d) O comportamento do terceiro escravo, no entanto, era radicalmente
diferente. Ele, que recebera um talento foi e cavou na terra e escondeu o
dinheiro do seu senhor. O escravo não tinha recebido um talento para protegê-
lo, mas para usá-la sabiamente para o lucro de seu mestre.

NO FUNDO NÃO É A QUANTIDADE DE RESPONSABILIDADES QUE VOCÊ


RECEBEU QUE JUSTIFICAM A SUA ATITUDE, MAS A SUA ATITUDE DIANTE DELAS. QUEM
TINHA A TAREFA MAIS FÁCIL, NÃO FEZ NADA.

3. O acerto de contas que enfrentaremos (19-27)

a) A duração exata de tempo que o proprietário se foi não é mencionado e é


irrelevante, exceto que ele era um bom tempo, A implicação é que o senhor
daqueles servos veio até eles de forma inesperada, mas deu a eles muitas
oportunidades para fazerem algo.
b) O primeiro não foi ostentando, mas simplesmente relaciona a verdade da
questão. Não há nenhum indício de orgulho ou autocongratulação. Jesus
elogia não apenas o resultado, mas a atitude do escravo. As recompensas
serão dadas de acordo com a sua atitude diante da responsabilidade que você
recebeu.
c) Aqueles que demonstram por sua fecundidade espiritual que pertencem a
Deus, será dada ainda maior oportunidade de dar frutos para Ele. Mas aqueles
que demonstram por sua improdutividade que eles não pertencem a Deus
mesmo os benefícios que eles já tiveram irão perder. O princípio divino é que
aqueles que confiam em Cristo vão ganhar tudo, e aqueles que não confiam
n’Ele vão perder tudo.
d) O terceiro escravo não era simplesmente infiel, mas sem fé. Aqui não se
trata de um verdadeiro cristão sem frutos, mas de uma pessoa que não tem
fé e, portanto, nenhum depósito em Deus. Não importa o quanto ele pode
parecer ter sido abençoado por Deus e ter servido a Ele, um dia ele vai ouvir
da própria boca do Senhor as palavras devastadoras: "Nunca vos conheci; (Mt
7:23).
e) A Bíblia deixa claro que todo pecado é conhecido por Deus e que todo o
pecado deve ser castigado. Nem mesmo os pecados dos cristãos estão
isentos.

4. A recompensa que receberemos

À luz da santidade absoluta e perfeita do Todo-Poderoso e a pecaminosidade


persistente e a impiedade do homem que Enoque apontou, não é a vinda do Senhor em
ira para tornar o julgamento que é incrível, mas sim sua primeira vinda em graça para
oferecer a salvação.
A maravilha não é que Jesus vai algum dia vir na glória para julgar o mundo,
mas que Ele veio pela primeira vez em humildade para salvar os pecadores.
A maravilha não é que Deus promete condenar os pecadores pelo seu pecado,
mas que Ele primeiro lhes oferece a libertação dele.
Ao vir para salvar aqueles que confiam nEle, o Senhor Jesus Cristo demonstrou
seu grande amor pelo ímpio ao levar a pena de seu pecado, morrendo a morte que eles
merecem.
O que é notável é que Ele veio para redimir os pecadores que são dignos
apenas de seu julgamento.

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