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TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
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5 – estando nós ainda mortos em nossas ofensas,
nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça
sois salvos),
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7 – para mostrar nos séculos vindouros as
abundantes riquezas da sua graça, pela sua
benignidade para conosco em Cristo Jesus.
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9 – Não vem das obras, para que ninguém se
glorie.
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Palavra-Chave: BANALIZAÇÃO
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Palavra-Chave: BANALIZAÇÃO
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INTRODUÇÃO - IMAGEM 12
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Nesta lição estudaremos sobre a graça de Deus.
Não há dúvidas de que nos últimos anos os
cristãos têm demonstrado maior interesse em
conhecer melhor a doutrina da graça. Nesse
sentido, pode-se dizer que há um despertar da
graça. Contudo, para muitos, esse ensino continua
ainda ofuscado.
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Nesse aspecto, pode se dizer que a doutrina da
graça tem sido mal compreendida e, portanto, mal
assimilada e, consequentemente, desvirtuada.
Muito do que se prega e se ensina como sendo o
Evangelho da graça, nada mais é do que uma
forma deturpada da graça. É a graça barateada.
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I – COMPREENDENDO A GRAÇA
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1- A graça é divina.
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Ao se afirmar que a graça é divina, se quer dizer
com isso que a sua origem está inteiramente em
Deus. Foi Ele quem quis agir com graça. O
testemunho bíblico e que “aprouve a Deus salvar”
os homens (1 Co 1.21). Isso significa que a origem
da graça, bem como a iniciativa da salvação, é ato
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de Deus. A graça, portanto, tem origem no céu.
Ninguém pode salvar a si mesmo.
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Deus: onde o sol brilha sobre bons e maus; onde
as aves recolhem sementes de graça, sem arar
nem colher para merecê-las; onde flores silvestres
crescem sobre as encostas rochosas das
montanhas sem serem cultivadas. Dessa forma
ainda que venhamos rejeitar, está mais do que
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provado que a graça é um ato unicamente de
Deus.
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2- A graça é imerecida.
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A graça é um favor imerecido. lsso significa que
ninguém a merecia e nem tinha como merecê-la.
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ainda que imerecido, para o homem pecaminoso,
revelada supremamente na vida, morte e
ressurreição de Jesus Cristo”. De fato, a Escritura
diz que “não há justo, nem um sequer” (Rm 3.10).
Esse texto testemunha a culpa universal, tanto de
judeu como dos gentios. Paulo demonstra que
toda humanidade estava corrompida pelo pecado.
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Por isso não existe ninguém melhor do que
ninguém. Nossa justiça própria é como trapo da
imundícia (Is 64.6). Deus através do profeta Isaías
deixa muito claro para os leitores da época e
também para nós, que nossas obras baseadas na
justiça própria não têm nenhum valor. Não são
aceitáveis. A nossa condição antes de
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conhecermos a graça se assemelhava a de alguém
que deve uma grande quantia e não tem com que
pagar (Lc 7.42; Ef 2.4,5).
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Lc 7:42 na (ARC) diz: E, não tendo eles com que
pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois: qual
deles o amará mais?
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humanidade. Não há nenhum mérito humano em
recebê-la.
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SINOPSE I
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II – A GRAÇA NO CONTEXTO BÍBLICO
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1- A necessidade da graça.
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Uma das doutrinas mais bem definidas e claras
nas Escrituras é a referente à queda do homem.
Na teologia ela chama-se doutrina do pecado
(hamartiologia). Entender sobre a doutrina do
pecado é importante, porque ela explica o motivo
do homem necessitar de salvação. O primeiro fato
a ser observado é que Adão, o primeiro homem,
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foi criado como um ser moralmente livre, podendo
escolher o que fazer. Dessa forma o primeiro casal
não foi criado sem poder expressar sua vontade.
Deus criou seres livres para que pudessem viver
para a glória do seu nome. A Escritura diz que
Adão foi tentado (Gn 3.6), mas não coagido a pecar
(Gn 2.16,17). Isso quer dizer que eles não foram
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obrigados ou forçados a pecar. Deus o
responsabilizou por sua desobediência (Gn 3.17).
O primeiro homem, portanto, de forma livre e
voluntária, (ele fez mau uso de sua liberdade de
escolha) desobedeceu e pecou (Rm 5.12a). Rm
5:12 a na (ARC) diz: Pelo que, como por um homem
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entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a
morte... .
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todos os homens estavam sob seus lombos (Rm
5.12b; Gn 3.23). Gn 3:23 na (ARC) diz: o SENHOR
Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para
lavrar a terra, de que fora tomado. Rm 5:12 b na
(ARC) diz: ... assim também a morte passou a todos
os homens, por isso que todos pecaram.
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Ninguém, portanto, ficou fora da esfera do
pecado. Tendo caído no pecado, o homem não
podia por si mesmo se libertar. Ele se tornou
escravo do pecado. Uma das consequências
advindas da Queda foi a necessidade da satisfação
da justiça divina. Por isso, a justiça de Deus exige
a punição do pecado. Isso porque Deus sendo
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justo e santo não deixaria o pecado impune. Deus
como o ofendido poderia ter executado a
sentença completa imediatamente, tirando a vida
do primeiro casal e os enviando para a morte
eterna, mas não o fez. Contudo, assim como Deus
é justo, da mesma forma, Ele é amor. Isso é
denominado pelos teólogos como a doutrina do
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“duplo amor de Deus” – O amor de Deus à justiça
e o amor de Deus a humanidade. Se por um lado,
a justiça divina exige a punição do pecado, por
outro lado, o amor de Deus pela humanidade
levou-o a prover a cruz como o meio de
justificação (1Tm 2.5; Jo 3.16). Em Cristo Jesus,
portanto, Deus manifesta o seu grande amor pela
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humanidade e vê nEle sua justiça satisfeita. Jesus
levou sobre si o nosso castigo e assim pagou
nossa dívida.
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2- A extensão da graça.
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As Escrituras afirmam que Deus quer salvar a
todos (1 Tm 2.4). 1Tm 2:4 na (ARC) diz: que quer
que todos os homens se salvem e venham ao
conhecimento da verdade. Deus ama todos os
homens. Logo, o mais vil pecador, no lugar onde
estiver, é amado por Deus e, por isso, deve ser
alcançado. O alcoólatra, o adúltero, o homicida
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etc., todos serão aceitos por Deus se receberem a
graça divina, Cristo Jesus. Uma coisa importante
que devemos ter em mente, é que amar o pecador,
não significa que Deus concorda com seus atos.
Devemos falar do amor de Deus para as pessoas
levando-as a entender que sem Cristo, elas estão
condenadas e apresentar o amor de Deus como
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solução para essa condição desesperadora. Essa
graça é extensiva a todos os homens. Ela é
universal. Contudo, essa graça não é universalista.
Uma coisa não tem relação com a outra. O
universalismo prega que todos, independente de
credo, religião ou arrependimento, ou
comportamento, serão salvos. Essa é uma heresia
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que sutilmente banaliza a graça. Ao contrário, a
graça é universal porque é estendida a todos os
homens. Todos os que se arrependerem e
confessarem a Cristo podem ser salvos. A graça é
oferecida a todos (Tt 2.11). Contudo, só se torna
eficaz na vida daquele que crer (Mc 16.16; Jo 6.47).
Nenhuma obra que fizermos nos garante salvação,
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mas a salvação tem uma condição para ser
recebida: Se arrepender e confessar Jesus como
único e suficiente salvador.
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SINOPSE II
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III – A GRAÇA NO CONTEXTO DA REFORMA
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A Reforma Protestante foi um dos eventos mais
marcantes na história recente da humanidade. O
Movimento não foi apenas religioso, mas
envolveu aspectos políticos, econômicos, sociais,
culturais e filosóficos da Europa. A Reforma
também gerou as igrejas chamadas evangélicas
aqui no Brasil. Lutero combateu veementemente
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falsos ensinos, que foram registrados na redação
de suas 95 Teses. O ponto central da Reforma de
Lutero foi não mais reconhecer a Igreja Católica
como a intérprete exclusiva das Escrituras,
propondo a Bíblia como a única fonte de
Revelação e a melhor intérprete de si mesma. Este
é, sem dúvida, o ponto mais importante para a
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história da civilização ocidental.
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1- A corrupção da doutrina da graça.
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O contexto da Reforma Protestante do século XVI
é muito diversificado. Contudo, é possível
identificar alguns fatores que contribuíram para o
surgimento da Reforma: o catolicismo perdia
influência e, por isso, surgiu uma reação contra os
líderes religiosos por conta de seu baixo nível
moral; a rejeição da doutrina católica como valida;
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um maior interesse pela educação, que deixa de
ser um privilégio dos líderes católicos; é uma
maior diversidade doutrinária. De uma forma
direta, pode-se afirmar que a Reforma surge como
uma resposta ao enfraquecimento, deturpação e
negação da doutrina da graça, que no período
medieval, havia sido totalmente desconfigurada.
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A salvação pelas obras havia substituído a
salvação pela fé somente.
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Em relação a salvação pelas obras estavam as
indulgências. Essa palavrava significava
clemência, misericórdia, remissão das penas
e perdão. Elas foram criadas pela Igreja
Católica Romana, segundo o qual era possível
obter a quitação completa das penas
requeridas pelo
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pecado. Dessa forma, estaria o penitente livre do
purgatório.
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rendimentos, e o povo obtinha a serenidade da
consciência quanto aos pecados passados,
presentes e até futuros.
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Contra as indulgências, levantou-se Martinho
Lutero, e proclamou a soberania da graça no
relacionamento entre o homem e Deus como
veremos no tópico a seguir.
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2- A Restauração da doutrina graça.
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Como foi observada, a reforma, portanto, surge
como reação à corrupção da doutrina da graça.
Lutero, monge alemão agostiniano, se torna o
principal porta voz da doutrina ‘pela fé somente”.
Posteriormente, o lema luterano seria conhecido
como as cinco solas: sola gratia (só a graça). Os
reformadores estavam também convictos de que
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somente através o retorno às escrituras a doutrina
da graça poderia ser restaurada. Foi por isso que
lutaram. Foi por isso que sofreram e, até mesmo,
morreram. A graça não aceita misturas. É pela
graça somente que somos salvos.
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As cinco solas.
Sola Scriptura = Somente a Escritura
Solus Christus = Somente Cristo
Sola Gratia = Só a Graça
Sola Fide = Só a Fé
Soli Deo Gloria = Somente a Deus a Glória
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SINOPSE III
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IV – A GRAÇA NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO
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1- A graça barateada.
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Há muito a expressão “graça barata” foi
introduzida na literatura para expressar a vida
cristã nominal ou mundanizada. De fato, o
evangelho expresso por alguns ensinadores não
reflete mais a graça. Parece que quanto mais
crescem, menos influência os evangélicos estão
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causando na sociedade. Urge (é urgente) voltar
para o Evangelho da genuína graça de Deus.
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Satanás sutilmente trocou a maneira do ataque,
pois muitos ainda acreditam na salvação por
obras, porém, hoje o inimigo tenta mundanizar a
vida cristã. Dessa forma as pessoas podem se
achar salvas (as que buscam salvação pelas obras
e as que vivem de forma mundanizada), quando
na verdade continuam perdidas. Infelizmente
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muitas dessas mensagens onde apresentam a
graça barateada, usam para atrair os ouvintes o
amor de Deus. Porém quando estudamos a Bíblia
de forma séria, respeitando as regras de
interpretação, iremos observar que Deus ama o
pecador, mas abomina o pecado (Jo 3.16; 1Ts 4.1-
8; 1Pe 1.13-16), o Deus de pessoas que barateiam
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a graça, se apresenta de forma diferente: ama o
pecador, mas sem se importar com o pecado. E
esse discurso é recepcionado prazerosamente por
muitos em nossos dias. Então chegamos à
conclusão que em sua sutileza Satanás usa o amor
de Deus de forma distorcida na boca dos falsos
mestres para enganar pessoas que desejam a
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salvação, mas não querem abrir mão da realização
de seus prazeres.
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São pessoas que estão aderindo a um evangelho
que não é o Evangelho de Cristo. Isso fica muito
evidente quando Jesus fala das condições para
alguém se tornar seu discípulo.
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Mc 8:34 na (ARC) diz: E, chamando a si a multidão,
com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém
quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome
a sua cruz, e siga-me.
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Paulo em suas cartas deixa bem evidente o que
significa negar a si mesmo. É não viver guiado
pela “carne” (nossa natureza pecaminosa), ele
descreve as obras da carne em Gálatas 5.19-21.
Inclusive menciona o seguinte: “que os que
cometem tais coisas não herdarão o Reino de
Deus.”
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Seguindo nessa mesma linha diz o seguinte aos
membros da igreja em Corinto.
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nem os avarentos, nem os bêbados, nem os
maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino
de Deus. 11 - E é o que alguns têm sido, mas
haveis sido lavados, mas haveis sido santificados,
mas haveis sido justificados em nome do Senhor
Jesus e pelo Espírito do nosso Deus.
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E podemos finalizar com o que ele disse aos
efésios.
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28 - Aquele que furtava não furte mais; antes,
trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para
que tenha o que repartir com o que tiver
necessidade. 29 - Não saia da vossa boca
nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para
promover a edificação, para que dê graça aos que
a ouvem.
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Recebemos salvação através da graça e essa
mesma graça nos transforma a imagem de Cristo.
Qualquer outro tipo de graça pregada por aí, não
é a graça de Deus!
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2- O valor da graça.
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Escrevendo aos coríntios, o apóstolo da graça
afirmou “Vocês foram comprados por preço”
(1 Co 7.23 – NAA). Paulo foi um defensor do
Evangelho da graça. Em seu tempo ele não
aceitou de forma alguma os penduricalhos
(acréscimos) que alguns cristãos quiseram por ao
Evangelho. O apóstolo sabia do alto preço que
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custou a nossa salvação – o sangue de Cristo. A
salvação é de graça, mas o seu preço custou caro.
Duas coisas precisam ser observadas neste texto.
Primeiramente, a voz passiva do verbo grego
indica que outra pessoa fez a transação por nós e
o tempo verbal (aoristo) diz que essa transação foi
completa. Não há mérito humano, Cristo pagou o
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preço e fez tudo por nós. Nada mais precisa ser
acrescentado à nossa salvação. Isso é graça.
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1) pagar o preço do resgate (Hb 9.12);
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O preço pago por Cristo efetuou as três condições
acima juntas para nós.
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representa seu Senhor; e uma condição de
liberdade, pois é o Senhor quem cuida dele e
dirige sua vida.
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Gl 2:20 na (ARC) diz: Já estou crucificado com
Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em
mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé
do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou
a si mesmo por mim.
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O sacrifício de Jesus na cruz é o amor de Deus em
ação para resgatar o homem do pecado que
começou lá no Éden. Tudo isso veio por meio da
graça de Deus e custou o preço do sangue de Jesus
derramado.
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Não há nada para acrescentar a salvação e nada
para ser tirado. A parte do ser humano é aceitar o
presente de Deus chamado salvação e viver de
acordo com a vida de um salvo.
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SINOPSE IV
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CONCLUSÃO
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régua através da qual qualquer entendimento da
doutrina da graça precisa ser medido. Como
verberou na Reforma, a Escritura continua
ecoando em nossos dias – a salvação é somente
pela graça.
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O advento da graça é a maior prova do amor de
Deus pela humanidade. Ela é preciosa porque
é uma iniciativa de Deus para salvar o
homem pecador. Por isso, não podemos
banalizá-la. A graça não é uma licença para
pecar, como, infelizmente, muitos fazem pensar.
Ela revela um
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alto preço que foi pago pelo nosso Senhor e
Salvador, Jesus Cristo.
FIM
\\\\
95
VAMOS EXPIAR
QUAL É A PRÓXIMA
LIÇÃO ?
VAMOS ORAR !