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A CHAVE PARA A VIDA CRISTÃ VITORIOSA

Uma explanação de como experimentar a vitória, paz, liberdade e alegria que Deus já providenciou para nós em
Cristo.
Mike Quarles
(Traduzido com permissão do autor, por Willy Torresin de Oliveira)

Muita promessa, mas pouca realidade


Entre os evangélicos há um consenso geral quanto à salvação. A maioria de nós concorda que
somos salvos pela fé em Jesus Cristo e Seu trabalho concluído na cruz, e mais nada. No entanto, quando se
trata da santificação, isto é, crescimento pessoal e amadurecimento, existem tantas respostas quanto há
denominações. Sabemos como lidar com os pecados que foram cometidos, mas não sabemos o que fazer
com o pecado na vida de um crente. Parece até estranho, mas tenho encontrado poucos crentes, incluindo
missionários, pregadores e oficiais da igreja, que têm uma clara compreensão da santificação. Na prática
isto significa que Cristãos que enfrentam problemas que controlam suas vidas e pecados persistentes não
estão encontrando ajuda eficaz ou respostas para seus problemas. Por quê isto tem acontecido? Será que
não recebemos a promessa de vida abundante (João 10:10), vitória (2 Cor. 2:14), e poder para sermos mais
que vencedores sobre todos os nossos problemas (Romanos 8:37)? Há um grande abismo entre as
promessas que recebemos e a realidade que estamos experimentando.

Onde está a alegria?


Após ser Cristão por cerca de dez anos, comecei a observar algo estranho entre os Cristãos. Quase
sem exceção a maioria confessou que na melhor das hipóteses suas vidas eram monótonas ou enfadonhas,
e que na pior das hipóteses eram caracterizadas por fracasso crônico. A maioria se sentia cínica, e muitos
demonstravam estar decepcionados e irritados, sendo que alguns já haviam desistido da tentativa de
encontrar respostas verdadeiras para suas questões. Muitos haviam se resignado a uma existência
medíocre, como diz o Dr. Charles Stanley. Naquela época, eu estava na mesma canoa com aquelas pessoas.
Eu havia me deparado com a verdadeira realidade da minha existência, e havia deixado o pastorado pelo
fato de minha vida pessoal e meu casamento estarem em frangalhos. Eu tinha perdido a esperança de
experimentar vitória, e a derrota era a minha experiência diária. A pergunta de Paulo feita aos Gálatas, “O
que aconteceu com sua alegria?” era totalmente apropriada para minha situação.

Onde está o poder?


Parece que o poder do Cristo ressurreto é inexistente na maioria dos Cristãos. Não apenas vemos
milhares de Cristãos evangélicos se divorciando por não conseguirem viver com seus cônjuges, mas muitos
outros enfrentam problemas que dominam suas vidas.
Tenho estado especialmente ciente de Cristãos que têm lutado contra o alcoolismo, vício em
drogas, homossexualidade, adultério, desvios sexuais, depressão, etc. E todas elas tratam-se de “Cristãos
comprometidos” em igrejas fortemente evangélicas que já eram crentes há mais de dez anos. Alguns
inclusive pastores e missionários. Eu pessoalmente lutei com alcoolismo durante cinco anos após deixar o
pastorado. Eu estudei em seminário, li centenas de livros Cristãos, participei de inúmeras conferências e
seminários, e tive muitas sessões de aconselhamento e terapia, mas nenhuma destas atividades
apresentou uma solução para mim. Será que há uma solução? Será que uma vida Cristão vitoriosa é de fato
possível? Será que há algo que não estamos percebendo? Será que há uma chave, algo essencial para a vida

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1
Cristã abundante, cheia do Espírito, e vitoriosa? Eu creio que a resposta para todas estas perguntas é sim!
Mas primeiro é importante considerarmos mais profundamente qual é o problema que estamos
enfrentando.

Um Paradoxo Paralisante
De certo modo, todos nós sabemos que o problema é interno, que se trata de uma questão do ego.
Simplesmente não conseguimos fazer o que deveríamos fazer e acabamos fazendo aquilo que não
deveríamos fazer. No entanto, vamos à igreja, e lemos livros nos quais somos exortados a agir como
Cristãos (justos e santos), no entanto, as mesmas pessoas que nos dizem para agirmos desta maneira
também nos dizem que basicamente somos pecadores com um coração corrupto e enganoso no qual não
há nada de bom. Nos encontramos então em um paradoxo paralisante, no qual pecadores corruptos e
maus são exortados a agir como santos e justos. Será que é de espantar que isto nunca funciona?
Qual é o problema? Creio que todos nós concordamos que há uma batalha acontecendo o tempo
todo. Romanos 8 e Gálatas 5 nos informam que a batalha é a carne contra o espírito. “Porque a carne milita
contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que,
porventura, seja do vosso querer” (Gálatas 5:17). O que é a carne? A carne é quem verdadeiramente eu
sou? Parece que muitos Cristãos acreditam nesta possibilidade, apesar de não terem refletido seriamente
sobre esta questão. Mas isto não é possível, pois Romanos 8:6-9 nos diz o seguinte:

“A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; a


mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus, nem
pode fazê-lo. Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus. Entretanto, vocês
não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita
em vocês.”

Portanto vemos que a carne resulta em morte, é hostil a Deus, não está sujeita ao amor de Deus, e
não é capaz de agradar a Deus. Vemos então que a carne não é quem nós somos, mas uma parte de nós
que temos que reconhecer – “Portanto, irmãos, estamos em dívida, não para com a carne, para vivermos
sujeitos a ela.” Quando pensamos na carne, a maioria de nós pensa sobre as obras da carne, como listadas
em Gálatas 5:19-21, que incluem imoralidade, idolatria e bebedeiras. Mas Paulo nos diz em Filipenses 3:4-6
que sua carne incluía sua posição social, educação, zelo religioso e comprometimento. Portanto, o que é
carne? Uma simples definição é: qualquer coisa que usamos para suprir nossas necessidades e para lidar
com a nossa existência que não seja de Cristo. Foi esta a conclusão de Paulo quando ele disse, “mas o que
para mim era lucro, passei a considerar como perda, por causa de Cristo” (Filipenses 3:7).
Eu gosto muito da explicação simples de Bill Gillham, “carne se refere às velhas maneiras ou
padrões pelos quais você tentava satisfazer suas necessidades ao invés de buscar Cristo em primeiro lugar e
confiar que Ele supriria todas as suas necessidades.” 1 É por isto que é possível a um Cristão viver sua vida
“andando na carne”, tentando suprir suas necessidades a partir de seus próprios recursos. Aqueles velhos
padrões e hábitos continuem disponíveis, e é por este motivo que a maioria dos Cristãos vive em derrota.
Eles não conhecem a solução e a vitória já providenciadas por Deus.
Em resumo podemos dizer que a carne consiste de todos os padrões habituais que desenvolvemos
no passar dos anos na tentativa de suprir nossas necessidades e carências com nossos próprios recursos,
nossa própria força e sabedoria. Trata-se simplesmente da vida egocêntrica. O Dr. Chales Solomon diz, “o

1
Bill Gillham, Lifetime Guarantee. Brentwood, Tenn.: Wolgemuth and Hyatt, 1987, página 9.
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2
verdadeiro problema é que tentamos viver a partir de nossos próprios recursos, e não dos recursos de
Cristo. É isto que significa a vida egocêntrica ou carne.” 2
Nos seus escritos, o Dr. Solomon nos diz que a carne e a vida egocêntrica são sinônimas, e que o
estado carnal é a condição que existe quando um Cristão opera a partir de seus próprios recursos, sob o
controle do pecado que ainda reside no seu corpo físico.

A carroça na frente dos bois


Um dos maiores enganos na igreja de nossos dias é a crença de que fazer ou desempenhar certas
atividades ou o comportar-se de certa maneira irá produzir a mudança desejada nos capacitar a crescer
espiritualmente. A maioria dos programas desenvolvidos pela igreja são feitos para que a pessoa
desempenhe certas atividades, como leitura da Bíblia, oração, memorização das escrituras, tempo
devocional, testemunho, frequência às atividades da igreja, contribuição, etc. Apesar do fato de todas estas
atividades serem boas em si mesmas, devemos reconhecer que todas elas podem ser desempenhadas na
energia da carne, ou seja, em nossa própria força e sabedoria, que são os recursos do ego. Martinho
Lutero, em sua perspectiva como um monge e forte orientação na justiça operada pelas suas boas obras,
nos diz o seguinte:

“Não é útil à alma quando o corpo está ocupado com deveres sagrados, ou quando ora,
jejua, se abstém de certos alimentos, ou faz qualquer tipo de trabalho que possa ser
feito... pois as coisas que mencionamos podem ser feitas por qualquer ímpio. Tais obras
não produzem nada além de hipócritas.”3

Parece que a maioria dos programas de discipulado hoje em dia, com sua ênfase no desempenho,
não passa de monasticismo vestido de evangelicalismo. Tais programas não produzem os resultados
desejados, mas na maioria das vezes simplesmente reforçam a vida egocêntrica. A maioria de tais
programas é estruturada de forma que somente aqueles que são organizados, bem disciplinados e
diligentes conseguem ser bem sucedidos. Aqueles que caem ou se desviam durante o processo são vistos
como pessoas que têm algum pecado em suas vidas ou que não são sérios em seu compromisso com Deus.
Aquelas pessoas que enfrentam sérios problemas que controlam suas vidas não encontram muita ajuda na
igreja evangélica hoje. Boa parte da igreja recorre ao mundo e envia aqueles com problemas profundos
para psiquiatras e para centros de tratamento seculares.
O Dr. Charles Solomon questiona esta prática dizendo o seguinte:

“Se entendo a Bíblia corretamente, a vida abundante e a ansiedade são mutuamente


exclusivas, como Paulo escreveu, “não fiquem ansiosos por coisa alguma... e a paz de
Deus, que excede todo o entendimento guardará seus corações e suas mentes em Cristo
Jesus” (Filipenses 4:6-7). Todos os Cristãos experimentam paz com Deus pela redenção,
porém relativamente poucos experimentam a paz de Deus. E é justamente esta paz que
a pessoa neurótica ou psicótica deseja experimentar desesperadamente. Da mesma
forma é esta mesma paz que a pessoa aparentemente bem ajustada precisa, apesar do
fato de geralmente não perceber que ela tem algum problema até seu mundo
confortável começar a cair aos pedaços.”4

2
Charles R. Solomon, Gems and Jargon. Lakewood CO: Cross Life Expressions, 1980, página 14.
3
Martinho Lutero, Christian Liberty, Philadelphia, Fortress Press, 1957, página 8.
4
Charles R. Solomon, Handbook to Happiness. Wheaton: Tyndale House, 1989, página 128.
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O Paradoxo Poderoso
Será que existe uma chave que parece estar faltando, que abre a porta para a vida Cristã vitoriosa?
Sim, eu acredito que existe, e que se trata de um paradoxo, porém um paradoxo que supre o poder
necessário. A morte é a porta para a vida abundante. O fato é que muitos de nós já ouvimos e lemos que a
chave é “morrer para o ego (ou para o eu)”. Porém, esta afirmação não é apenas não bíblica, mas também
um engano cruel. Novamente, também neste ponto, como muitos outros métodos, a ênfase está naquilo
que nós fazemos. Porém, o modo como Deus opera a libertação, liberdade e a vitória, é bem diferente. A
nossa morte já foi realizada – trata-se de um fato bíblico – “pois sabemos que a nossa velha natureza
pecadora já foi morta com Cristo na cruz a fim de que o nosso eu pecador fosse morto, e assim não sejamos
mais escravos do pecado” (Romanos 6:6). Se acreditamos na verdade da palavra de Deus apresentada em
Romanos 6, vemos que nossa co-crucificação resulta no seguinte:

“Que também vivamos uma nova vida” (Romanos 6:4)

“Também seremos unidos com Ele por uma ressurreição igual à dele” (Romanos 6:5)

“Para que o corpo do pecado seja desfeito” (Romanos 6:6)

“Sendo livres do poder do pecado” (Romanos 6:7)

“Sendo capazes de viver com Cristo” (Romanos 6:8)

“E sendo vivos para Deus” (Romanos 6:11)

A morte de Cristo por nós nos libertou da pena pelos pecados cometidos, e nossa morte com Cristo
nos libertou do pecado em nossa vida. Por quê isto acontece?
Isto acontece porque nossa morte com Cristo termina nossa velha existência egocêntrica. De fato,
esta morte dá fim à velha pessoa que éramos, o pecador que amava pecar que não era capaz de fazer nada
que não fosse pecado. Uma das maiores verdades da Bíblia, que parece que a maioria dos Cristãos não
consegue entender e experimentar é esta: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura, as coisas
velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17). John Murray diz o seguinte sobre esta
passagem:

“Portanto, a regeneração é basicamente um ato Deus pela ação imediata do Espírito


Santo em operação no homem (Colossenses 2:13), originando nele uma nova dimensão
de vida moral, uma ressurreição a uma nova vida em Cristo. Esta nova vida não é
meramente um estado neutro que surge do perdão dos pecados, mas sim o implante
positivo da justiça de Cristo no homem, pela qual ele é vivificado (João 5:21), gerado (1
João 5:1), feito uma nova criatura (2 Coríntios 5:17), e pela qual ele recebe nova vida
(Romanos 6:4). A regeneração envolve uma iluminação da mente, uma mudança na
vontade, e uma natureza renovada. Esta regeneração se aplica à total natureza do
homem, irrevogavelmente alterando sua disposição governante e o restaurando ao
verdadeiro conhecimento experiencial de Cristo. Trata-se do partilhar da natureza divina
(2 Pedro 1:4)... Quando uma pessoa morre sabemos pela amarga experiência que os
laços que uniam tal pessoa à vida e à atividade neste mundo são rompidos. Tal pessoa
não atua mais no mundo em relação ao qual morrera; ele não mais mantém qualquer
relacionamento nesta esfera.”5

5
John Murray, Principles of Conduct. Grand Rapids: Eerdmans, 1957, página 204.
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4
O que é que morreu e para o que morremos?
Para entendermos como nossa co-crucificação com Cristo é a chave para a vitória, é necessário
respondermos duas perguntas: “O que foi que morreu?” e “Para o que foi que morremos?” Em primeiro
lugar, “o que foi que morreu?” O Dr. Martyn Lloyd Jones diz o seguinte sobre este fato:

“O que é que Paulo quer dizer quando se refere ao velho homem? A mim parece
bastante claro... o velho homem é o homem que eu era em Adão... É o homem que eu
era, mas que não sou mais.”6

John Murray escreve, “velho homem é a designação da pessoa controlada pela carne e pelo
pecado.”7 Em outras palavras, o velho homem é a pessoa que éramos antes de nos tornarmos Cristãos. Não
somos duas pessoas, um velho homem e um novo homem, tampouco somos a mesma pessoa que éramos
que foi conectada a Jesus Cristo. Somos novas criaturas. Watchman Nee faz tal diferenciação dizendo:

“É por este motivo que é possível a nós vivermos uma vida de santidade, pois não foi
nossa velha vida que foi modificada, mas sim a vida de Deus que nos foi dada.” 8

Mas por quê tantos Cristão continuam agindo como o velho homem? Simplesmente porque não
acreditam no que Deus disse, que sua velha natureza foi crucificada com Cristo. São Cristãos que foram
enganados e que acreditam na mentira. É absolutamente essencial saber e crer que aquela velha pessoa
que você era está morta. Caso você não saiba e não creia em tal verdade, você experimentará uma
existência de prisão à velha pessoa que você ainda acredita que você é. O Dr. Martyn Lloyd Jones resume
muito bem esta fato ao dizer:

“Você deve compreender que o velho homem não existe mais. A única maneira de parar
de viver como se ele ainda existisse é concluir que ele não existe mais. É este o método
apresentado no Novo Testamento para ensinar a santificação. O grande problema
conosco, nos ensina o Novo Testamento, é que nós não sabemos quem somos, pois
continuamos pensando e acreditando que somos o velho homem, e continuamos
tentando fazer coisas para melhorar o velho homem. Porém, o que havia para ser feito
já foi feito; o velho homem já foi crucificado com Cristo. Ele não existe mais, já foi
enterrado de uma vez por todas... Se de fato acreditássemos nesta verdade como
deveríamos acreditar, nós de fato começaríamos a viver como Cristãos neste mundo.” 9

A segunda pergunta é, “Para o que foi que morremos?” As Escrituras nos ensinam que morremos
para o pecado (Romanos 6:2, 7, 10, 11), para a lei (Romanos 7:4, 6) e para o mundo (Gálatas 6:14,
Colossenses 2:20). Nós já morremos para o mundo e não precisamos mais recorrer ao mundo para
conseguir que nossas necessidades sejam supridas e para encontrar nossas identidades. Não precisamos
mais agradar às pessoas e conseguir sua aprovação e aceitação para sentirmos que temos valor. O “velho
homem” que éramos, que necessitava desesperadamente destas coisas, está morto.
Nós também morremos para a lei. Nós não precisamos mais nos esforçar para atingir o padrão de
perfeição de Deus. O propósito de Deus em dar a lei foi nos mostrar nossa total incapacidade para cumprí-
la e nos quebrantar, para nos levar a Cristo. “Porque o fim da lei é Cristo, para a justificação de todo o que
crê” (Romanos 10:4). A lei é cumprida em nós, não à medida que tentamos obedecê-la, mas sim à medida
que permitimos que Cristo viva Sua vida em nós (Romanos 8:4). É isto que significa o texto em Romanos
6:14 – “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.”
6
Dr. Martyn Lloyd Jones, Romans, The New Man. Grand Rapids: Zondervan, 1973, página 62.
7
Murray, Principles of Conduct, página 218
8
Watchman Nee, The Normal Christian Life, London, Victory Press, 1961, página 81.
9
D. Martyn Lloyd Jones. Romans, The New Man, página 68.
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5
Martinho Lutero resumiu muito bem esta verdade quando afirmou: “A lei diz, faça isto, mas nunca nos
capacitaa fazê-lo; a graça diz, creia Nele, pois o que havia para ser feito já foi feito por Ele.” 10
Finalmente, nós já morremos para o pecado (Romanos 6:2). Isto não significa que nunca mais
pecaremos, mas que já morremos para o poder do pecado que ainda habita nossos corpos físicos. Antes de
sermos Cristãos, estávamos mortos para Deus, e éramos controlados pelo pecado. Agora, de acordo com o
que está escrito em Romanos 7:23, o poder do pecado está em nossos corpos, porém nós já estamos
mortos para este poder (Romanos 6:2). E Romanos 6:6 nos diz que já fomos libertos do poder do pecado:
“Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja
destruído, e não mais sejamos escravos do pecado” (Romanos 6:6). Estamos agora livres para pecar ou para
não pecar – a escolha é nossa. O Dr. Charles Solomon diz, “o velho homem é sinônimo do espírito morto,
da natureza pecaminosa, da natureza adâmica, o velho eu, etc. [...] O velho homem foi crucificado com
Cristo de forma que o regenerado possa agora servir em obediência para a justiça: “Não sabem que,
quando vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a
quem obedecem: escravos do pecado que leva à morte, ou da obediência que leva à justiça?” (Romanos
6:16). O velho homem, ou a velha natureza, tornou-se inoperante pela crucificação; portanto, os pecados
não se originam mais desta fonte [...] O velho homem foi crucificado com Cristo quer o crente usufrua ou
não da libertação do poder do pecado [...] A crucificação do velho homem não faz com que o Cristão nunca
peque mais, porém lhe dá a liberdade de escolha para servir ao pecado ou à justiça.” 11
O problema da maioria dos Cristão derrotados é que eles não sabem que já morreram para o
pecado e que portanto já estão livres do seu poder, como está claramente escrito em Romanos 6. Em
Romanos 6:11 nos é dito que devemos nos “considerar (contar como sendo verdadeiro) mortos para o
pecado, porém vivos para Deus em Jesus Cristo,” não para que este fato se torne verdade, mas sim porque
já é verdade! E é verdade porque Deus diz que é verdade, e Deus o diz porque o velho homem (o velho eu,
a natureza pecaminosa) já foi crucificado com Cristo para que o corpo do pecado (carne) fosse anulado
para que não mais sirvamos ao pecado (veja o diagrama 1).

A Verdade Transformadora
O resultado desta verdade libertadora e transformadora é muito bem ilustrado com a resposta às
seguintes perguntas:

1. O que aconteceu com a pessoa que eu era?

Ela foi crucificada, morta e enterrada com Cristo, e já não existe mais.

2. Quem sou eu agora?

Eu sou uma nova criatura, isto é, um santo. Eu sou justo, santo e irrepreensível. Eu sou
um filho de Deus.

3. Onde estou agora?

Eu estava em Cristo quando Ele morreu, e eu estou em Cristo agora. João 14:20 diz que
Jesus está no Pai, que eu estou em Jesus, e que Ele está em mim. Eu fui ressuscitado com
Cristo e agora estou assentado com Ele nos lugares celestiais (Efésios 2:6).

4. O que é minha vida agora?


10
Ewald M. Plass. What Luther Says. St. Louis, Concordia, 1959, página 764.
11
Charles R. Solomon. The Ins and Out of Rejection. Littleton, CO, Heritage House, 1976, páginas 137 e 138.
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6
“Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando
Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com
ele em glória” (Colossenses 3:3-4). Paulo resume tudo dizendo, “Fui crucificado com
Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo
no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gálatas
2:20).

A pergunta que normalmente é feita neste ponto é, “se de fato morremos para pecado e estamos
livres do seu poder, por que não me sinto desta forma e por que não ajo desta forma?” Nada é realmente
nosso de forma que possamos usufruir de seus benefícios até que recebamos tal coisa, ou até que nos
apropriemos dela e façamos dela propriedade nossa. Deus ama a todos, e Cristo deu Sua vida por todos,
porém há poucas pessoas no mundo que respondem a tal fato com fé e recebem o perdão dos pecados e a
vida eterna. Deus já nos deu todas as bênçãos espirituais (Efésios 1:3), e tudo aquilo que necessitamos para
a vida e santidade (1 Pedro 1:3), porém, tudo que recebemos de Deus deve ser recebido pela fé. O outro
lado da moeda é que perdemos o que Deus tem para nós devido à nossa incredulidade. Os Israelitas não
entraram no descanso de Deus devido à sua incredulidade (Hebreus 3:19).
Muito já tem sido escrito sobre os quatro passos que aparecem em Romanos 6 para se entrar na
vida vitoriosa – (1) Saber, (2) Considerar, (3) Entregar, e (4) Obedecer. Porém, parece que a vasta maioria
dos Cristãos pula o primeiro passo e se especializa nos três passos seguintes, considerar, entregar e
obedecer. Mas até que saibamos que o velho homem (natureza pecaminosa) já foi crucificada, e nos
apropriemos da nossa morte com Cristo, qualquer tentativa no sentido de nos considerarmos, de nos
entregarmos e de obedecermos será fútil. Não é possível nos considerarmos mortos para o pecado até que
saibamos que já morremos para o pecado e que o mesmo não tem mais qualquer autoridade sobre nós, e
que não precisamos mais responder ao estímulo do pecado. Watchman Nee experimentou esta realidade
da seguinte forma:

Por muitos anos após minha conversão, eu fui ensinado que deveria considerar (minha
morte com Cristo). Foi o que fiz de 1920 até 1927. Porém, quanto mais eu considerava
que estava morto para o pecado, mais vivo para o pecado eu parecia ficar. Eu
simplesmente não conseguia acreditar que eu estava morto, e eu não podia produzir a
morte [...] foi então em um relâmpago que eu entendi. Eu vi minha união com Cristo. Eu
vi que eu estava Nele e que quando Ele morreu, eu morri com Ele. Percebi então que a
questão da minha morte era algo passado e não futuro, e que eu estava tão morto
quanto Ele pelo simples fato de estar Nele quando Ele morreu. Aquela verdade
despertou em mim como um amanhecer. Fui tomado por tal alegria ao fazer esta
descoberta que pulei de minha cadeira e gritei, “Louvado seja Deus, que eu estou
morto.”12

Somos ensinados a nos entregar a Deus como aqueles que foram trazidos da morte para a vida
(Romanos 6:13). Portanto, não podemos nos entregar de fato até que saibamos que o nosso velho homem
está morto, pois devemos entregar o novo homem que foi ressuscitado dentre os mortos. Miles Stanford
faz o seguinte comentário:

A questão é qual vida deve ser consagrada a Ele, a velha vida egocêntrica, ou a nova
vida Cristocêntrica? Deus não aceita absolutamente nada do velho – Ele vê e reconhece
somente aquilo que está centrado em Seu Filho, que é a nossa Vida. Portanto, Deus tem
apenas uma exigência para a consagração: “antes ofereçam-se a Deus como quem
voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros dos seus corpos a ele, como

12
Nee, A Vida Cristão Normal, página 43.
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7
instrumentos de justiça” (Romanos 6:13). Esta é a nossa única base, e é a partir desta
plataforma que devemos nos considerar mortos para o pecado, para o ego, a lei, o
mundo, e nos considerarmos vivos para Deus em Cristo Ressurreto. 13

Não podemos de fato obedecermos a Deus até que percebamos que o velho homem está morto e
que todas as ordens nas Escrituras são dirigidas ao novo homem – ou seja, para Cristo em mim. Me parece
que a maioria dos programas de discipulado existentes hoje em dia procuram fortalecer ou melhorar o ego
(que não passa da carne), uma tarefa vã e impossível. À medida que aprendemos e nos apropriamos da
verdade de quem somos em Cristo e começamos a viver a partir de nossa nova identidade, a obediência
não é mais um esforço, mas sim uma manifestação normal da vida de Cristo. Nós sempre agimos de forma
consistente com o que acreditamos a respeito de nós mesmos. Se vemos a nós mesmos como pecadores, o
que é que os pecadores fazem? Quando percebemos que é impossível vivermos a vida Cristã, e
compreendemos que não há nada que eu possa fazer para que minha “vida Cristã” funcione, é que estou
pronto para desistir de minha própria vida e confiar em Cristo para ser minha vida, minha identidade,
minha sabedoria, minha justiça e minha santificação, assim como minha redenção (1 Coríntios 1:30).
Então, como é que nos apropriamos de nossa co-crucificação (a morte do velho homem)? Nós nos
apropriamos desta verdade da mesma forma como nos apropriamos de toda e qualquer coisa que Deus diz
que já é nossa – pela fé. Simplesmente confiamos no que Deus disse a esse respeito, cremos Nele e
recebemos como algo que nos pertence. A questão não é se nos sentimos mortos para o pecado ou até
mesmo se agimos como mortos para o pecado, mas sim o que Deus diz a este respeito. Se Deus diz que nós
morremos para o pecado, foi exatamente isto que já aconteceu. Esta é a “verdade verdadeira” e a
“realidade real” – qualquer coisa que não esteja de acordo com o que Deus diz é um engano – uma
mentira. O nosso problema é que nós temos crido muito mais em nossos sentimentos e emoções, em
nosso desempenho, ou na opinião das pessoas. Porém a verdade é aquilo que Deus diz ser a verdade,
independentemente do que eu sinto a respeito, ou do meu desempenho, ou do que as pessoas possam
dizer. Lamentavelmente, temos baseado nossa teologia em nossa experiência (como foi nosso desempenho
no passado) ao invés de termos como base o que Deus diz. A verdade é que o velho homem já foi
crucificado com Cristo; que estamos mortos para o pecado, e livres do seu poder, quer acreditemos nesta
verdade ou não. Trata-se de um fato consumado e acabado, e tudo que temos que fazer para nos
apropriarmos de tal verdade é levar a palavra de Deus à sério e receber tal fato como verdade. À medida
que tomo tal atitude e começo a considerar tal verdade, o Espírito Santo fará com que a verdade objetiva
seja subjetivamente real para nós, e começaremos a andar na liberdade que Deus já providenciou para nós.
Por outro lado, se não crermos e agirmos a partir da verdade que o velho homem já foi crucificado,
nos resta aceitar uma vida inteira de luta constante para tentar fazer o que é certo, o tempo todo lutando
contra um inimigo que é mais poderoso que nós; perdemos sempre a batalha, pois em nosso íntimo
acreditamos que não passamos de pecadores enganosos e corruptos, em quem não há coisa boa alguma
que seja. Colocamos nosso foco no pecado, para lutar contra ele, porém ele nos derrota vez após vez, até
que nos resignamos a uma vida de derrota e prisão espiritual. Esta parece ser a típica vida Cristã, porém
está longe de ser a vida Cristã normal. O diagrama 2 mostra que Aquilo que Você Acredita sobre Você
Mesmo Determina o seu Comportamento, e como é essencial que você saiba que o velho homem foi
crucificado, se você de fato vai experimentar uma vida de liberdade e de vitória.
Deve ser salientado que antes que possamos nos apropriar da morte do velho homem, e de Cristo
como nossa vida, é necessário que cheguemos ao fim de nós mesmos e de nossos recursos. Uma pessoa
que está desempenhando muito bem a partir de seus próprios recursos não vê a necessidade da morte do
velho homem e da troca da sua vida pela vida de Cristo. É necessário que haja quebrantamento e uma
completa entrega do ego. 2 Coríntios 1:8-9 diz o seguinte sobre isto:

13
Miles J. Stanford. The Complete Green Letters. Grand Rapids, Zondervan, 1983, página 37.
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8
“Irmãos, não queremos que vocês desconheçam as tribulações que sofremos na
província da Ásia, as quais foram muito além da nossa capacidade de suportar, a ponto
de perdermos a esperança da própria vida. De fato, já tínhamos sobre nós a sentença de
morte, para que não confiássemos em nós mesmos, mas em Deus, que ressuscita os
mortos” (2 Coríntios 1:8-9).

A morte de Cristo pelos nossos pecados nos libertou da pena dos pecados. A nossa morte com
Cristo nos libertou do poder do pecado e nos capacita a viver uma vida vitoriosa. O evangelho para os
pecadores é que Cristo morreu pelos nossos pecados. O evangelho para os crentes é que nós morremos
com Cristo. A salvação é possível pela morte de Cristo. A santificação é possível pela nossa morte com
Cristo.

Resumo
Resumindo tudo, quando eu conheço a verdade da minha morte com Cristo, da crucificação do
velho homem, e quando eu creio nesta verdade e me aproprio dela, é que tenho a chave da vida Cristã
vitoriosa, pois tal conhecer, crer e apropriar resultam no seguinte:
1) Sou capacitado a saber e experimentar que sou de fato uma nova criatura (2 Coríntios 5:17);
2) À medida que sei que morri para o poder do pecado, posso considerar a mim mesmo morto para o
pecado e não preciso mais responder aos seus estímulos (Romanos 6:2, 11);
3) Sou capacitado a ter vitória sobre a carne, pois “sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com
ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado” (Romanos
6:6);
4) À medida que chegamos ao fim de nós mesmos e abrimos mão de nossos recursos e nos apropriamos
de nossa co-crucificação, podemos então nos apropriarmos de Cristo como nossa vida e passamos a
viver pela fé (Gálatas 2:20);
5) Sabemos que em nossa co-crucificação fomos crucificados para o mundo e o mundo para nós, e
portanto estamos livres dos padrões do mundo (Gálatas 6:14; Colossenses 2:20);
6) Somos capacitados a nos apropriarmos de nossa verdadeira identidade em Cristo como santos justos,
separados para Deus, e irrepreensíveis (2 Coríntios 5:21);
7) Percebemos que morremos para a lei e que não mais precisamos lutar e nos esforçar para atingir seus
padrões e pelo nosso desempenho (Romanos 7:4, 6; Gálatas 3:25);
8) Somos capacitados a saber qual é o verdadeiro inimigo, e onde está ocorrendo a verdadeira batalha –
que a nossa luta não é contra nós mesmos (nossa verdadeira personalidade), mas sim contra o poder
do pecado que tenta fazer com que respondamos aos seus estímulos nas velhas maneiras e padrões
carnais (Romanos 7:20);
9) Como já sei que eu fui unido a Cristo em Sua morte, sei que também serei unido com Ele em Sua
ressurreição, e capacitado a viver uma nova vida (Romanos 6:4);
10) Como já morri para a lei e estou unido com Cristo, posso produzir frutos para Deus (Romanos 7:4);
11) Estou liberto do pecado, ou seja, o pecado não tem mais domínio ou autoridade sobre mim, “pois
quem morreu, foi justificado do pecado” (Romanos 6:7);
12) Como estou unido com Cristo e me tornei um com Ele na morte, sepultamento e ressurreição, estou
também unido com Ele, e sou um com Ele, na ascenção (Efésios 2:6), e sou mais que vencedor
(Romanos 8:37) e sou sempre conduzido em triunfo (2 Coríntios 2:14);
13) Como já fui ressuscitado e estou assentado com Cristo nos lugares celestiais, sei que Satanás e seus
demônios não têm mais qualquer poder sobre mim.
14) A nova pessoa que eu sou não é mais uma vítima, mas sim mais que vencedor, que já recebeu a vitória
e é sempre guiada em triunfo; portanto, sou vencedor em qualquer circunstância.
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Um Pensamento Final
Nossa morte com Cristo (co-crucificação) não é a vida vitoriosa, mas sim a chave que abre a porta
para a vida vitoriosa. A única vida Cristã vitoriosa é a vida de Cristo – “Cristo em vós, esperança da glória”
(Colossenses 1:27). Mas até que saibamos que “o velho homem foi crucificado com Ele” (Romanos 6:6), não
seremos capazes de nos apropriar de Cristo como nossa vida (Colossenses 3:4). É somente quando sabemos
este fato, e em seguida nos consideramos mortos para o pecado e vivos para Deus em Cristo Jesus
(Romanos 6:11), e permitimos que Cristo viva e expresse Sua vida em nós e através de nós, que
experimentamos a vida Cristã vitoriosa.

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Diagrama 1

Aqui Jaz o Velho Homem


Nascido em Adão
Morto em Cristo
Fui crucificado com Cristo. Assim, já não
sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.
A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela
fé no filho de Deus, que me amou e se
entregou por mim (Gálatas 2:20).
Pois sabemos que o nosso velho homem foi
crucificado com ele, para que o corpo do
pecado seja destruído, e não mais sejamos
escravos do pecado; pois quem morreu, foi
justificado do pecado (Romanos 6:6-7).

Para o que mais já fui crucificado, morto, sepultado e eliminado para sempre, juntamente com meu velho
homem, ou minha velha natureza?
1. A pessoa que eu era, o pecador que amava pecar (veja os textos acima);
2. Toda baixa auto-estima e sensação de não valer nada (Colossenses 2:9, 10);
3. Os problemas que controlavam minha vida e pecados persistentes (Efésios 4:20-24);
4. Todos os mecanismos de fuga e estratégias de sobrevivência (Filipenses 4:11-13);
5. A necessidade de ter sucesso e bom desempenho para ser aceito (João 6:29; 1 Coríntios 1:30);
6. O desejo de receber aprovação de outras pessoas e de satisfazer suas exigências (Gálatas 6:14,15);
7. A lei e todas as suas exigências (Romanos 7:4-6; Gálatas 4:4-7);
8. Todos os princípios, costumes e valores deste mundo (Colossenses 2:20);
9. Todos os pecados que cometi, assim como fracassos, erros e remorsos (Romanos 4:7-8; Efésios 1:7);
10. Tudo em mim que não venha de Cristo (2 Coríntios 5:17).

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Diagrama 2
O que Acredito sobre minha Identidade Determina o meu Comportamento

Posso começar acreditando na VERDADE que Deus diz a meu respeito:

Sei que
Sei que Tomo posse Considero
Aceito minha Satanás não
minha velha da minha co- que estou
natureza foi crucificação e
verdadeira tem
morto para o Liberdade
identidade autoridade +
crucificada; co- pecado e vivo
como santo; sobre mim,
que o corpo ressurreição, para Deus; e
do pecado foi e Cristo como
sou justo e pois estou
vivo pela Vitória
inculpável; morto para o
destruído; minha vida; Verdade;
pecado;

ou posso acreditar na MENTIRA que Satanás diz a meu respeito:

Coloco minha
Acredito que Como atenção no
Aceito uma
Creio que minha acredito que pecado em Prisão
vida de
minha velha verdadeira sou pecador, minha vida
constante
natureza está
luta para
identidade é aceito que para lutar +
bem viva e minha carne Satanás tem contra ele,
tentar fazer o Derrota
atuante; e que sou um autoridade mas é ele
que é certo;
pecador; sobre mim; quem me
derrota;

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O Que foi que Aconteceu Comigo?
1. Fui justificado – completamente perdoado e feito justo (Romanos 5:1);
2. Morri com Cristo e também morri para o poder do pecado em minha vida (Romanos 6:1-6);
3. Estou para sempre livre de qualquer condenação (Romanos 8:1);
4. Fui incluído em Cristo por obra de Deus (1 Coríntios 1:30);
5. Recebi o Espírito de Deus em mim, para que possa conhecer tudo que já me foi dado por Deus (1
Coríntios 2:16);
6. Eu recebi a mente de Cristo (1 Coríntios 6:19-20);
7. Fui comprado por um alto preço; não pertenço a mim mesmo – mas sim a Deus (1 Coríntios 6:19-20);
8. Fui firmado, ungido e selado por Deus em Cristo, e recebi o Espírito Santo como garantia da minha
herança por vir (2 Coríntios 1:21; Efésios 1:13-14);
9. Como já morri, não vivo mais para mim mesmo, mas para Cristo (2 Coríntios 5:14-15);
10. Fui feito justo (2 Coríntios 5:21);
11. Fui crucificado com Cristo e não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim (a vida que agora vivo
é a vida de Cristo) (Gálatas 2:20);
12. Já fui abençoado com todas as bênçãos espirituais (Efésios 1:3);
13. Fui escolhido em Cristo antes da fundação do mundo para ser santo e irrepreensível perante Ele
(Efésios 1:4);
14. Fui predestinado (determinado por Deus) para ser adotado como um filho (Efésios 1:5);
15. Fui redimido, perdoado, e recebi sua abundante graça (Efésios 1:7-8);
16. Fui feito vivo (vivificado) juntamente com Cristo (Efésios 2:5);
17. Fui ressuscitado e assentado com Cristo nos lugares celestiais (Efésios 2:6);
18. Tenho acesso direto a Deus pelo Espírito (Efésios 2:18);
19. Posso me dirigir a Deus com ousadia, liberdade e confiança (Efésios 3:12);
20. Já fui resgatado e redimido do império das trevas (domínio de Satanás) e transferido para o reino de
Cristo (Colossenses 1:13);
21. Fui redimido e todos os meus pecados foram perdoados (a dívida que havia contra mim foi cancelada)
(Colossenses 1:14 – veja também Colossenses 2:13-14);
22. O próprio Cristo está em mim – fui feito um com Ele (Colossenses 1:27);
23. Fui radicado (enraizado) firmemente em Cristo e agora estou sendo edificado Nele (Colossenses 2:7);
24. Fui circuncidado espiritualmente (minha velha natureza pecaminosa e não regenerada foi removida)
(Colossenses 2:11);
25. Fui feito completo em Cristo (Colossenses 2:10);
26. Fui sepultado, ressuscitado e vivificado com Cristo (Colossenses 2:12-13);
27. Morri com Cristo e fui ressuscitado com Cristo; minha vida está escondida com Cristo em Deus. Cristo
agora é minha vida (Colossenses 3:1-4);
28. Recebi espírito de poder, amor e domínio próprio (2 Timóteo 1:7);
29. Fui salvo e chamado (separado) por obra de Deus (2 Timóteo 1:9; Tito 3:5);
30. Como fui santificado e já sou um com Aquele que santifica (Cristo), Ele não se envergonha de me
chamar de irmão (Hebreus 2:11);
31. Recebi o direito de chegar ousadamente ao trono de Deus (o trono de graça) para encontrar
misericórdia e graça em momentos de necessidade (Hebreus 4:16);
32. Recebi grandiosas e preciosas promessas de Deus, pelas quais fui feito participante da natureza divida
do próprio Deus (2 Pedro 1:4).

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Quem Sou Eu?
Mateus 5:13 Sou o sal da terra.
Mateus 5:14 Sou a luz do mundo.
João 1:12 Sou um filho de Deus (parte de Sua família) veja também Romanos 8:16
João 15:1, 5 Sou parte da Videira Verdadeira, um canal (ramo) da vida de Cristo.
João 15:15 Sou amigo de Cristo.
João 15:16 Sou escolhido e nomeado por Cristo para produzir Seus frutos.
Atos 1:8 Sou testemunha pessoal de Cristo, para Cristo.
Romanos 6:18 Sou escravo da justiça.
Romanos 6:22 Sou servo de Deus.
Romanos 8:14-15 Sou um filho de Deus; Deus é meu Pai Querido (Abba) veja Gálatas 3:26, 4:6
Romanos 8:17 Sou co-herdeiro com Cristo, e compartilho da Sua herança
1 Coríntios 3:16, Sou templo (morada) de Deus. Seu Espírito (Sua vida) habita em mim
6:19
1 Coríntios 6:17 Sou um só Espírito com Ele, estando unido ao Senhor (feito um com Ele)
1 Coríntios 12:27 Sou membro (parte) do corpo de Cristo (veja Efésios 5:30)
2 Coríntios 5:17 Sou uma nova criatura (uma nova pessoa)
2 Coríntios 5:18 Sou ministério da reconciliação, tendo sido reconciliado com Deus
Gálatas 3:26, 28 Sou um filho de Deus, e um com Cristo
Gálatas 4:6-7 Sou herdeiro de Deus, já que sou Seu filho
Efésios 1:2 Sou um santo. Veja também 1 Coríntios 1:2, Filipenses 1:1 e Colossenses 1:2
Efésios 2:10 Sou uma obra de arte de Deus, recriado em Cristo para Suas obras preparadas para
mim
Efésios 2:19 Sou co-cidadão com o restante do povo de Deus, em Sua família
Efésios 3:1, 4:1 Sou prisioneiro de Cristo
Efésios 4:24 Sou justo e santo
Filipenses 3:20 Sou cidadão dos céus e estou assentado nos lugares celestiais neste exato
momento. Veja Efésios 2:6
Colossenses 3:3 Estou escondido com Cristo em Deus
Colossenses 3:4 Sou uma expressão da vida de Cristo, pois Ele é minha vida
Colossenses 3:12 Sou escolhido de Deus, santo e amado profundamente
1 Tessalonicenses Sou escolhido de Deus e amado por Ele
1:4
1 Tessalonicenses Sou um filho da luz e não mais filho das trevas
5:5
Hebreus 3:1 Sou um irmão santo, participante de um chamado celestial
Hebreus 3:14 Sou participante de Cristo; participo de Sua vida
1 Pedro 2:5 Sou uma das pedras vivas de Deus e estou sendo edificado (em Cristo) como uma
casa espiritual
1 Pedro 2:9-10 Sou raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de posse exclusiva de Deus, para
proclamar Suas excelências
1 Pedro 2:11 Sou estrangeiro e forasteiro neste mundo no qual estou temporariamente
1 Pedro 5:8 Sou inimigo do diabo
1 João 3:1-2 Sou agora um filho de Deus – serei parecido com Cristo quando Ele voltar
1 João 5:18 Sou nascido de Deus, e o maligno não pode me tocar
Salmos 23 e 100 Sou ovelha do Seu rebanho, portanto, tenho tudo que preciso.

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