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A DIVINDADE DE CRISTO

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CONCEITO
Cristologia Estudo da pessoa e da obra de Cristo. É o centro da
Teologia Cristã.
Se somos cristãos tudo mais é secundário se comparado à exata
compreensão a respeito de Cristo.
CRISTO =
Pessoa e Obra
É necessário dedicação ao elaborar nossa Cristologia.
TEOLOGIA =
Ortodoxia
(crença correta)

VALORES =
Ortopraxia
(prática correta da
crença)

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A PREEXISTÊNCIA
DE CRISTO

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A PREEXISTÊNCIA DE CRISTO

- As Escrituras comprovam
categoricamente a existência de Cristo
antes do seu nascimento terreno.
- Uma das grandes verdades sobre
Cristo, é que Ele é Eterno, quer dizer:
Ele não tem princípio e nem fim. A
eternidade está bem clara nas páginas
da Bíblia.
* Jo. 1.1 / Jo. 8.58 / Jo. 17.21,24 / Cl.
1.16,17 / Ap. 1.8 / Hb. 1.3 / Gn. 1.26 /
Gn. 18.2 / Dn. 3.25 / Ml. 4.2,3
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A PREEXISTÊNCIA DE CRISTO
* As teofanias ocorridas no Antigo Testamento referem-se às
manifestações do Verbo antes da Sua encarnação, veja:

a) Cuidou de Agar (Gn. 16.7-14).


b) Avisou Abraão da destruição de Sodoma e resgatou Isaque antes de
morrer (Gn. 18.1; 22.11-13).
c) Falou a Jacó, do topo da escada (Gênesis 28:13), guardou-o das trapaças
de Labão (Gn. 31.11-13) e deixou Jacó lutar consigo (Gn. 32.24-32).
d) Mandou Moisés santificar seus pés (Ex. 3.4-5), foi na frente de Israel (Ex.
14.19; 23.20), prometeu proteção no caminhar (Ex. 23.20) e protegeu
Moisés ao passar Sua glória (Ex. 33.22,34).
e) Encorajou Josué antes da batalha contra Jericó (Js. 5.13-15), chamou
Gideão (Jz. 6.11-24) e deu Sansão aos seus pais, e os instruiu (Jz. 13).
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A PREEXISTÊNCIA DE CRISTO

f) Trouxe pestilência pelo censo de Davi (1 Cr. 21).


g) Confortou Elias (1 Rs. 19.5-18).
h) Dizimou os assírios (2 Rs. 19.35).
i) Fez Isaías entender Sua glória e santidade (Is. 6.1-13).
j) Guardou três jovens hebreus na fornalha de fogo (Dn. 3.24-25);
k) Guardou Daniel no covil dos leões (Dn. 6.22) e revelou-lhe Seu
reino (Dn. 7.13-14).
l) Apareceu a Zacarias (Zc. 1.11; 3.10) e revelou que protege
Jerusalém (Zc. 1.8-13), a mede (Zc. 2.8-11), purifica (Zc. 3.10) e
edifica (Zc. 6.12-15).
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A DIVINDADE DE CRISTO

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A DIVINDADE DE CRISTO
FATO CONTROVERSO E CRUCIAL

- Nossa fé repousa no
fato de Jesus ser Deus.

- O testemunho das
Escrituras nos dão ampla
variedade de material e
ênfases.
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A DIVINDADE DE CRISTO
- O ponto máximo de nossa fé repousa no fato de Jesus ser realmente
Deus em carne humana, e não simplesmente um homem
extraordinário, apesar de ser a pessoa mais incomum que já existiu.
- Devemos notar que Jesus não fez nenhuma alegação explícita e
aberta de Sua divindade, dizendo com todas as letras: “Sou Deus”. O
que encontramos, no entanto, são alegações que poderiam ser
impróprias, caso fossem feitas por alguém menos que Deus (Mt.
13.41; Mt. 25.31-46; Mc. 2.5; Mc. 2.27-28; Jo. 8.58; Jo. 10.30; Jo. 14:7-
9).
- O nascimento de Jesus, como também sua vida, indica que ele tinha
uma natureza física humana. É nos dito que ele crescia “em sabedoria
(crescimento intelectual), estatura (crescimento físico) e graça
(crescimento social), diante de Deus e dos homens. 10
A DIVINDADE DE CRISTO
- Ele crescia fisicamente alimentado por comida e água. Ele não
tinha capacidade física ilimitada. Mas seu corpo talvez fosse o mais
perfeito em alguns aspectos que o nosso, porque não havia nele
nenhum pecado (nem o pecado original nem o pecado comum a
todos os homens) que afetasse a saúde. Qualquer que fosse o caso,
Jesus com certeza estava sujeito às mesmas limitações físicas dos
outros seres humanos, pois possuía a mesma fisiologia. Por fim,
Jesus sofreu fisicamente e morreu, exatamente como qualquer
outro ser humano.
- É da igualdade com Deus, não da forma de Deus, que Jesus se
esvaziou. Apesar de Jesus não deixar de ser como o Pai no que diz
respeito à natureza, ele se tornou funcionalmente subordinado ao
Pai durante o período de sua epifania (encarnação). 11
A DIVINDADE DE CRISTO
- A união das duas naturezas significa que elas não atuaram
independentemente. Jesus não exerceu sua deidade em certas
ocasiões e sua humanidade em outras. Seus atos sempre eram da
divindade e da humanidade. Essa é a chave para compreender as
limitações funcionais que a humanidade impôs sobre a divindade.
- Sobre Jesus o apóstolo Paulo afirmou que: “Nele habita
corporalmente toda a plenitude da divindade.” (Cl. 2.9).
- A humanidade de Jesus significa que sua morte expiatória é
aplicável aos seres humanos; a divindade de Jesus significa que sua
morte pode servir para expiar os pecados de toda a humanidade.
- Jesus é Deus em carne humana. Ele não é metade Deus e metade
homem. Ele é totalmente Deus e totalmente homem. Na
encarnação Ele adicionou à Sua natureza divina a natureza humana.12
A DIVINDADE DE CRISTO
- Portanto, Ele tem duas naturezas: divina e humana. Ele é tanto Deus como
homem, simultaneamente. Ele não é meramente um homem que “tem Deus
dentro dEle”, nem um homem que “manifestou o princípio divino.” Ele é Deus, a
segunda pessoa da Trindade. “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata
do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb. 1.3). As duas
naturezas de Jesus não são “misturadas”, nem são elas combinadas em uma nova
natureza divino-humana.
- Elas são separadas ainda que atuem como uma unidade. Isto é chamado de
União Hipostática.
- O Senhor Jesus Cristo, enquanto esteve na terra, possuía uma natureza humana e
outra divina. Ele era 100% homem e 100% Deus. Sendo assim, como Deus Ele era
onipresente, mas como homem não. A Bíblia ensina tanto a divindade como a
humanidade de Cristo: “Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que
confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa
que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo,
do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo.” (1 Jo. 4.2-3). 13
A DIVINDADE DE CRISTO
JESUS COMO DEUS - JESUS COMO HOMEM

- Ele foi adorado (Mt 2.2,11; 14.33; 28:9) Ele adorou ao Pai (Jo.
17)
- Ele recebeu orações dirigidas a Ele (At 7.59; 1 Co 1.1-2) Ele
orou ao Pai (Jo 17.1)
- Ele foi chamado de Deus (Jo 20.28; Hb 1.8) Ele foi chamado
de homem (Mc 15.39; Jo. 19.5).
- Ele foi chamado de Filho de Deus (Mc. 1.1) Ele foi chamado
de Filho do Homem (Jo. 9.35-37)
- Ele era sem pecado (I Pe 2.22; Hb. 4.15) Ele foi tentado (Mt.
4.1)
- Ele sabia todas as coisas (Jo. 21.17) Ele cresceu em sabedoria
(Lc. 2.52)
- Ele dá vida eterna (Jo. 10.28) Ele morreu (Rm. 5.8)
- A plenitude da divindade habita nEle (Cl. 2.9) Ele tem um
corpo de carne e osso (Lc. 24.39) 14
A DIVINDADE DE CRISTO
A AUTOCONSCIÊNCIA DE JESUS

- O que Jesus pensava e cria a respeito de si


mesmo?

- Não há declarações explícitas, mas


encontramos alegações totalmente
impróprias , caso feitas por alguém menor
que Deus.

- A seguir apresentaremos algumas


declarações - pouco vaga para nós, mas não
para seus opositores - que o próprio Jesus
fez a respeito da sua divindade.
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A DIVINDADE DE CRISTO
 Enviaria seus anjos (Mt. 13.41)
 Reino de Deus como “seu reino”
 Poder para perdoar pecados (Mc. 2.5-7)
Julgar a terra (Mt. 25.31-46)
 Redefinição do valor do sábado (Mc. 2.27-28)
 Relacionamento incomum com o Pai (Jo. 10.30)
 Declaração explícita no momento de seu julgamento e
condenação (Jo. 19.7)
 Aceitou que os discípulos lhe atribuíssem divindade (Jo. 20.28)
 Justaposição do AT com o NT: “...eu porém vos digo...” (Mt. 5.21-28)
 Poder sobre a vida e a morte ( Jo. 5.21)

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A DIVINDADE DE CRISTO

 Durante a Sua vida terrena, nomes divinos


foram atribuídos a Ele.
 Cristo evidenciou atributos divinos.
Cristo aceitou adoração, que seria recusado por
qualquer outro profeta ou líder judaico.
Os ofícios e atividades desempenhados por
Jesus, pertencem especificamente a divindade.
 Cristo mesmo se proclamou divino.
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A DIVINDADE DE CRISTO
OUTROS TESTEMUNHOS:
 Evangelho de João:
1.1-4 Identifica o Verbo como divino e
distingue o Verbo de Deus.

 Hebreus:
1.1-3 - Ressalta a superioridade do Filho.

 Paulo:
Cl. 1.15-20 = “...Imagem do Deus invisível...”
Cl. 2.9 = “Porquanto nele habita corporalmente toda
a plenitude da divindade...”
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A DIVINDADE DE CRISTO
OUTROS TESTEMUNHOS:
 Evangelho de João:
* 10.30 / 11.25-27 / 8.23

 Evangelho de Marcos:
* 9.2,3

 Evangelho de Mateus:
* 8.26,27

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A DIVINDADE DE CRISTO
OUTROS TESTEMUNHOS:

O termo “Senhor”
NT: Kyrios (Senhor) ao estado de Jesus ressurreto e exaltado.

- Na LXX, é usado para


traduzir Jeová ou Adonay.
Um título usado somente
para Deus. Os apóstolos
deram o título máximo a
Jesus.
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A DIVINDADE DE CRISTO
A PROVA DA RESSURREIÇÃO

Wolfhart Pannenberg (teólogo alemão): Cristologia amplamente


baseada na ressurreição de Jesus. Sustenta que o significado de um
acontecimento é o significado a ele atribuído pelas pessoas que o
vivem.

* No tempo dos judeus, ‘ressurreição’ significaria ‘divindade’.

- O surgimento do cristianismo poder ser compreendido “apenas


quando examinado de acordo com a esperança escatológica de uma
ressurreição da morte, então o que se designa como tal é um evento
histórico, mesmo que não saibamos nada mais específico a seu
respeito.” 21
A DIVINDADE DE CRISTO

A PROVA DA RESSURREIÇÃO
- Dentro da primeira comunidade cristã
havia um testemunho confiável do
túmulo vazio.
- Na polêmica judaica contra a
mensagem cristã da ressurreição de
Cristo não há nenhuma alegação de que
o túmulo não estava vazio.
- Portanto, temos prova adequada para
estabelecer a historicidade da
ressurreição que, em si, é prova da
divindade de Jesus.
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A DIVINDADE DE CRISTO
- “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele (Deus) que
se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado
aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória.” (1 Tm. 3.16)
“Antes, a si mesmo se esvaziou (ele abriu mão de tudo), assumindo a
forma de servo, tornando-se em semelhança de homens (tornando-se
assim igual aos seres humanos); e, reconhecido em figura humana
(vivendo a vida comum de um ser humano), a si mesmo se humilhou,
tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” (Fl. 2.7-8)
- Jesus, o Filho de Deus, deixou Sua habitação de poder, autoridade e
glória e tornou-se um homem de carne e osso. Pela Bíblia sabemos que Ele
foi tentado como nós somos tentados.
- Ele sentia cansaço, fome e sede; sentia alegria, tristeza, insatisfação e
compaixão. Mas com uma diferença: Ele não tinha pecado!
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A DIVINDADE DE CRISTO
- Além dos usos da palavra “Deus” e “Senhor” em referência a Cristo,
têm outras passagens que defendem com vigor a divindade de Cristo.
- O próprio Senhor Jesus, quando respondia a seus opositores judeus
que Abraão vira seu dia (o dia de Cristo), não afirmou que Ele era
(divino), mas afirmou que Ele continua sendo (divino):
“Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se.
Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos e viste
Abraão? Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes
que Abraão existisse, EU SOU.” (Jo. 8.56-58)
- Como Deus, Jesus é ilimitado. Mas Ele precisou esvaziar-se, ou seja,
limitar-se a si mesmo em alguns aspectos pois, o corpo humano, nunca
suportaria possuir todos os atributos divinos.
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DISTANCIAMENTOS HISTÓRICOS DA CRENÇA NA DIVINDADE PLENA DE CRISTO

EBIONISMO:
- Seita de judeus cristãos que negavam a Pai

divindade real ou ontológica de Jesus. Jesus


era um homem comum com dons incomuns.
Verbo Humanidade
ARIANISMO:
- Ex: Testemunhas de Jeová. Deus é a única
origem de todas as coisas e a única existência
‘não-criada’ em todo o universo. Somente ele
Pai
possui atributos divinos. ‘O Verbo’, portanto,
Verbo
é um ser criado, apesar de ser o primeiro e o
mais elevado dos seres. O Verbo é uma Humanidade

criatura perfeita, mas não tem existência


própria.
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DISTANCIAMENTOS HISTÓRICOS DA CRENÇA NA DIVINDADE PLENA DE CRISTO

GNOSTICISMO:
- Jesus Cristo era uma essência espiritual que emanara dos EONS.
RUSSELISMO:
- Jesus Cristo é uma criatura espiritual de Deus, sem nenhuma qualificação
divina, atinentes a pessoa do Criador. Ex: Testemunhas de Jeová.
DOCETISMO:
- O corpo de Jesus Cristo não passava de um fantasma, que seus
sofrimentos e morte eram meras aparências.
MONARQUIANISMO:
- Jesus Cristo era um mero homem.
SABELIANISMO:
- O Pai, Filho e Espírito Santo são uma só pessoa e mesma essência. Três
nomes dado a um só.
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IMPLICAÇÕES DA DIVINDADE DE CRISTO
Porque Jesus é Deus:

 Podemos ter conhecimento real de


Deus através da sua pessoa;

A redenção está à nossa disposição


através do seu sacrifício vicário;

 Deus e a humanidade foram


religados; e

 É correto adorar a Cristo.

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A HUMANIDADE DE CRISTO

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A HUMANIDADE DE CRISTO
- Pela encarnação a divindade e a humanidade foram unidas
em uma pessoa. Sem esta verdade, não podemos ser salvos,
pois não teremos comunhão com Deus.
- A validade da obra realizada na morte de Cristo e sua aplicabilidade a nós
como seres humanos, depende da realidade de sua humanidade, assim como
a sua eficácia depende da genuinidade de sua divindade.

- O ministério intercessor de Jesus depende de sua humanidade para que ele


possa se compadecer de nós em nossas aflições.

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A HUMANIDADE DE CRISTO
Sua natureza física
- Tinha um corpo físico - nasceu, cresceu, sentia fome, sede, cansaço e até
morreu.

Sua natureza psicológica


- Ele pensava, raciocinava, sentia, amava. Algumas das reações de Jesus
são particularmente humanas como:

 Se irou com a venda no Templo;


 Se maravilhou com a fé do centurião e com a incredulidade de Nazaré;
 Afligiu-se ao pressentir sua morte; e
 Agitou-se no espírito e chorou pela morte de Lázaro.
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A HUMANIDADE DE CRISTO
- Como homem Ele nasceu com as características humanas.
- Como Deus Ele nasceu de uma virgem (nascimento sobrenatural).

- Como homem Ele se cansou.


- Como Deus Ele caminhou sobre o mar.

- Como homem Ele chorou.


- Como Deus Ele ressuscitou o Filho da viúva de Naim.

- Como homem Ele teve sede.


- Como Deus Ele é a água da vida.

- Como homem morreu.


- Como Deus ressuscitou. 31
A HUMANIDADE DE CRISTO
* Predições sobre a encarnação de Cristo encontradas no A.T e que
se cumpriram no N.T:
- Semente da mulher - Gn. 3.15 - Gl. 4.4 / Gl. 3.16
- Nascido de uma virgem - Is. 7.14 - Lc. 1.31,34,35
- Nascido em Belém - Mq. 5.2 - Mt. 2.1
- Pregando por parábolas - Sl. 78.2 - Mt. 13.34,35
- Vendido por 30 moedas - Zc. 11.12 - Mt. 26.15,16
- Traído por um amigo - Sl. 41.9 - Mc. 14.10 / Mt. 26.14,16
- Nenhum osso seria quebrado - Nm. 9.2 / Ex. 12.46 - Jo. 19.36
- Sepultado com os ricos - Is. 53.9 - Mt. 27.57-60
- Sua ressurreição - Sl. 16.10 - Mt. 28.9
- Sua ascensão - Sl. 68.18 - At. 1.9 32
A HUMANIDADE DE CRISTO

- Mesmo como homem, Jesus não estava limitado em


sua divindade:

 Era onipresente
 Era onisciente por completo - Mc. 13.32

- Jesus tinha necessidade de uma vida religiosa e


participava regularmente do culto e tinha uma vida de
oração na dependência do Pai.
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A HUMANIDADE DE CRISTO
- Os que estavam próximos de Jesus, o consideravam
plenamente humano, mesmo após sua ressurreição, ele
os convidou para verificar sua humanidade. (Lc. 24.39).

- Jesus fazia tudo que eles faziam sangrou, dormiu,


chorou.

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A HUMANIDADE DE CRISTO
“E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os
homens.” (Lc. 2.52)
“Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo,
homem.” (1 Tm. 2.5)
- O Senhor Jesus teve um corpo físico, hoje glorificado e assentado à direita
de Deus. Mais do que isso, Jesus tem um corpo físico neste mundo, ao qual
deu-se o nome de Igreja. Somos o Seu corpo na Terra, tendo por objetivo
levar o Senhor para aí, conduzidos pelo Seu Espírito.
- Jesus Cristo é o eterno e verdadeiro Deus e ao mesmo tempo homem.
Tornou-se homem para suprir a necessidade da humanidade. O termo
“EMANUEL” que o próprio escritor traduziu por “DEUS CONOSCO” (Mateus
1:23); mostra que Deus está como homem e entre os homens:
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória
do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo. 1.14).
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A HUMANIDADE DE CRISTO
- Jesus foi revestido do corpo humano porque o pecado entrou por
um homem e pela justiça de Deus tinha que ser vencido por um
homem: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a
todos os homens, por isso que todos pecaram... Mas não é assim o
dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um, morreram
muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça, que é de um
só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.” (Rm. 5.12,15)
- Como homem Jesus cresceu em estatura e sabedoria (Lc. 2.52);
sentiu sono, fome, sede e cansaço (Mt. 8.24; Jo. .4.6; Jo. 19.28);
sofreu, chorou e sentiu angústia (Mt. 26.37; Lc. 19.41; Hb. 13.12).
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HERESIAS PRIMITIVAS A RESPEITO DA HUMANIDADE E
DIVINDADE DE JESUS CRISTO
DOCETISMO:

- Jesus só parecia ser homem. Deus não podia tornar-se material,


já que toda a matéria é má. O Deus transcendente não poderia
ter-se unido a uma influência tão corruptora. Sendo imutável,
não poderia passar por modificações físicas ou em sua natureza.
Não poderia ter-se exposto às experiências da vida humana. A
natureza física de Jesus, era simples ilusão e não realidade, Jesus
era como um fantasma, uma aparição. O docetismo leva esse
nome por causa do verbo grego dokéo que significa ``parecer,
passar por´´. Sua tese central é que Jesus só parecia ser homem.
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HERESIAS PRIMITIVAS A RESPEITO DA HUMANIDADE E
DIVINDADE DE JESUS CRISTO
APOLINARISMO:
- Cristologia baseada apenas em Jo. 1.14 “o Verbo se fez carne” - a carne
era o único aspecto envolvido da natureza humana. Jesus era humano
fisicamente, mas não psicologicamente ou seja, sua alma era divina. Jesus
não possuía vontade humana, por isso, não podia pecar.
- Afirma que Cristo teve corpo real (animal), mas não tinha espírito nem
mente humanos. O Logos veio preencher o lugar deles tornando Jesus
dividido em homem (imperfeito) “folheado” da divindade.
- Portanto, Jesus não possuía uma vontade humana. Por conseguinte, não
podia pecar, pois sua pessoa era totalmente controlada por sua alma
divina.
- Consequentemente, a doutrina apolinarista foi condenada no Concílio
de Constantinopla em 381. 38
HERESIAS PRIMITIVAS A RESPEITO DA HUMANIDADE E
DIVINDADE DE JESUS CRISTO

EBIONISMO:

- Nega a preexistência, divindade e encarnação de Cristo.


Jesus seria apenas o homem escolhido que viveu mais
elevadamente, e, ao ser batizado, recebeu o Espírito
Santo e conscientizou-se de que era o Messias.

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HERESIAS PRIMITIVAS A RESPEITO DA HUMANIDADE E
DIVINDADE DE JESUS CRISTO

NESTORIUS:

- Afirma haver duas pessoas distintas no Cristo. Jesus seria


somente um homem, “super habitado - cheio” do Espírito
Santo.

CERENTIANISMO:

- Afirma que Cristo ganhou a divindade na imersão e


perdeu-a antes de morrer
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HERESIAS PRIMITIVAS A RESPEITO DA HUMANIDADE E
DIVINDADE DE JESUS CRISTO
HERESIA SÉCULO HUMANIDADE DIVINDADE
Ebionismo I Afirmada Negada
Docetismo II Negada Reduzida
Cerintianismo II Afirmada Reduzida
Monarquismo Sabeliano III Negada Afirmada
Arianismo IV Reduzida Mutilada
Apolinarianismo IV Reduzida Afirmada
Nestorianismo V Afirmada Reduzida
Monotelismo VI Reduzida Reduzida
Adocianismo VIII Afirmada Negada
Socinianismo XVI Afirmada Negada
Liberalismo XVIII-XIX Afirmada Negada
Unitarianismo XIX Afirmada Negada
Neo-ortodoxismo XX Afirmada indefinido
Liberalismo Contemporâneo XX Afirmada Negada
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A TEORIA DA KENOSIS
- Paulo escreveu aos filipenses: “Tende em vós aquele sentimento que houve também em
Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a
que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se
semelhante aos homens.” (Fl. 2.5-7)
- Começando por esse texto, alguns teólogos da Alemanha (a partir de 1860-1880) e da
Inglaterra (a partir de 1890-1910) passaram a defender a ideia de encarnação que jamais
fora defendida na história da igreja. Essa nova ideia foi chamada “teoria da kenosis”, e a
posição geral representada por ela foi chamada de “teologia kenótica”. A teoria da kenosis
defende que Cristo abriu mão de alguns atributos divinos enquanto estava sobre a terra
como homem.
- A palavra “kenosis” é tomada do verbo grego (kenoõ), cujo significado geral é “esvaziar-
se”.
- De acordo com a teoria, Cristo “esvaziou-se” de alguns atributos divinos, tais como a
onisciência, onipresença e onipotência, enquanto estava sobre a terra como homem. Isso
era visto como uma auto-limitação voluntária da parte de Cristo, feita para cumprir sua
obra de redenção.
42
A TEORIA DA KENOSIS
- O auto esvaziamento (kenosis) de Cristo, que foi um ato voluntário, consistiu na
desistência do exercício independente dos atributos divinos. Foi a união do humano com o
divino que limitou o Logos. O sentido geral é que Ele se despiu daquele modo de existência
que Lhe era peculiar como idêntico a Deus. Contudo, ao fazê-lo, não se despiu de Sua
natureza divina, que continuou sem possibilidade de sofrer, morrer, livre de ignorância e
não suscetível de fraqueza e queda na tentação.
- Após um exame mais preciso, podemos ver que Fl. 2.7 não diz que Cristo “esvaziou-se de
alguns poderes” ou que “esvaziou-se de atributos divinos”, ou coisa parecida.
- Antes o texto descreve o que Jesus fez nesse “esvaziamento”. Ele não se esvaziou por
abrir mão de qualquer de seus atributos, mas por vir “a ser servo”, isto é, por passar a viver
como homem e, por ser “encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi
obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fl. 2.8).
- Assim, o contexto interpreta o “esvaziamento” como equivalente a “humilhou-se a si
mesmo”, assumindo uma posição ou condição mais baixa. O esvaziamento inclui o papel e
a posição, não os atributos essenciais ou a natureza. Isso significa que ele assumiu uma
condição humilde.
43
A TEORIA DA KENOSIS
- O contexto mais amplo dessa passagem também torna essa interpretação
clara. O propósito de Paulo era o de persuadir os filipenses de que eles não
deveriam fazer nada “por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente
considerem os outros superiores a si mesmos” (Fl. 2.3), e continua lhes dizendo:
“Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses
dos outros” (Fl. 2.4).
- Para persuadi-los a ser humildes e a colocar os interesses dos outros em
primeiro lugar, Paulo, então, aponta para Cristo como exemplo supremo de
alguém que fez exatamente isso: ele colocou os interesses dos outros primeiro e
desejou abrir mão de alguns privilégios e posição que eram seus como Deus.
- Paulo quer que os filipenses imitem Cristo. Mas certamente não está pedindo
aos cristãos filipenses para “abrirem mão” ou “colocarem de lado” quaisquer de
suas capacidades ou atributos que lhes eram essenciais! Ele não lhes pedia que
abrissem mão de sua inteligência ou força ou capacidade e que se tornassem
uma versão diminuída do que realmente eram.
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A TEORIA DA KENOSIS
- Ao contrário, ele lhes pediu para colocar os interesses dos outros em primeiro lugar: “Cada
um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros” (Fl.
2.4).
- Portanto, o melhor entendimento desta passagem é que ela fala a respeito de Jesus
abrindo mão da posição e do privilégio que foram seus no céu: Ele, “embora sendo Deus,
não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si
mesmo” ou “humilhou-se”, e veio viver como homem.
- Jesus fala em outra passagem da “glória” que tinha com o Pai “antes que o mundo
existisse” (Jo. 17.5), glória da qual abriu mão e que haveria de receber de volta quando
retornasse ao céu. E Paulo podia falar de Cristo que, “sendo rico, se fez pobre por amor de
vocês” (2 Co. 8.9), discorrendo uma vez mais sobre o privilégio e honra que merecia, porém
dos quais temporariamente abriu mão por nós.
- A “teoria da kenosis”, portanto, não é o entendimento correto de Fl. 2.5-7. De fato, se a
teoria da kenosis fosse verdadeira (e essa é a objeção fundamental contra ela), então não
mais poderíamos afirmar que Jesus tenha sido plenamente Deus enquanto esteve aqui
neste mundo.
- A teoria da kenosis definitivamente nega a plena divindade de Jesus Cristo e o faz algo
menos que plenamente Deus. 45
VERSÍCULOS POLÊMICOS E
SUA EXEGESE

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- A Palavra de Deus foi expressa no vocabulário e padrões de pensamento das
pessoas da época em que o texto foi escrito, e condicionada pela cultura
daqueles tempos e circunstâncias. Ou seja: a Palavra de Deus para nós foi
primeiramente a Palavra de Deus para eles. Se iriam ouvi-la, somente poderia
ser através de eventos e linguagem que eles poderiam ter entendido.
- Nosso problema é que estamos muito longe delas no tempo, e às vezes no
pensamento.
- Esta é a razão principal porque precisamos aprender a interpretar a Bíblia.
Logo, a tarefa de interpretar um texto bíblico, envolve o estudante da Bíblia
em dois níveis:

1) Escutar a Palavra que eles ouviram, procurando compreender o que foi dito
aos primeiros ouvintes e a consequência dessa Palavra.
2) Aprender a ouvir essa mesma Palavra no nosso tempo e na nossa situação
cotidiana.
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- Por falta desses elementos, muitas afirmações errôneas têm sido
feitas sobre a união hipostática de Jesus, devido à má análise dos textos
bíblicos que são utilizados como referência.

1) Jesus não é Deus porque existem coisas que Ele não sabe.
2) Jesus disse ser inferior ao Pai; logo, não pode ser Ele Deus.
3) Deus nunca foi visto por alguém, o Filho foi; logo Ele não pode ser
Deus.
4) Como o Filho pode ser Deus visto que a Bíblia diz que Deus é a cabeça
de Cristo?
5) Jesus não pode ser Deus porque é chamado na Bíblia de o
“primogênito da criação de Deus” e, assim não é eterno, mas criatura.
6) Jesus não é Deus porque Ele mesmo disse que ninguém é bom se não
o Pai.
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* “Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai.” (Mt.
24.36)

- Jesus é Deus e homem verdadeiro. É plenamente Deus e homem. É o mistério da união hipostática, ou seja, da união
da natureza divina e da natureza humana na única Pessoa do Verbo Eterno de Deus.
- A natureza humana unida com a natureza divina do Logos, não se confunde com ela. Por esta natureza humana
resulta que o conhecimento de Jesus, como homem, é limitado, como também a sua natureza humana. Por isto,
enquanto homem, o seu conhecimento tem limites, quando o Logos, que está unido à sua natureza humana, não lhe
faz conhecer certas coisas, que por si não pode conhecer.
- Este versículo citado acima, que se encontra também em Marcos 13:32, não quer dizer que Jesus não saiba o dia da
sua vinda. Não sabia ali, pois estava como homem.
- Precisamos entender que, na ocasião da encarnação, o Verbo se esvaziou a si mesmo.
Não da sua divindade mas de seus direitos e privilégios. Ele esvaziou-se do seu poder e do seu conhecimento. É essa a
mensagem do capítulo dois de Filipenses. Jesus renunciou a esses privilégios para ser o perfeito homem sem contudo
deixar de ser Deus. Quando ressuscitou, Jesus
não disse que não sabia o dia da sua vinda, antes o contrário, disse:
“... É-me dado todo o poder no céu e na terra.” (Mt. 28.18). Jesus agora sabe o dia da sua vinda, pois Ele retomou todos
os seus direitos e privilégios divinos na sua glorificação.
- Os Evangelhos mostram Jesus experimentando limitações humanas: fome (Mt. 4.2), fadiga (Jo. 4.6),
desconhecimento de fatos (Lc. 8.45-47) e tristeza (Jo. 11.35,38).
- A Epístola aos Hebreus insiste que, se Jesus não tivesse compartilhado de todas estas facetas da experiência humana
- fraqueza, tentação, sofrimento - não estaria qualificado para ajudar-nos em tais provações (Hb. 2.17-18; 4.15-16; 5.2,
5.7-9). Como ser humano, Jesus não podia vencer a tentação sem luta; porém, como ser divino, sua natureza era a de
fazer a vontade de Seu Pai, e, portanto, Sua natureza era a de resistir e lutar contra a tentação até vencê-la. 49
* “Ouvistes o que eu vos disse: vou e venho para vós. Se me amásseis,
certamente, exultaríeis por ter dito: vou para o Pai, porque o Pai é
maior do que eu.” (Jo. 14.28)

- Nesse texto, Jesus estava falando como homem (Fp. 2.6). A


humanidade de Cristo, ou seja, esta subordinação ao Pai dirigida
pelo Espírito Santo foi uma condição para o Seu ministério
messiânico, e isso não neutraliza a Sua deidade. Jesus tornou-se
homem, como já vimos, e como homem submeteu-se ao Pai durante
todo o tempo da Sua vida terrena. Trata-se de uma missão terrena
na direção do Espírito Santo e na submissão espontânea que Ele
assumiu com o Pai. O Filho voluntariamente encobriu a Sua glória
para seguir o caminho de Sua humilde obediência (Fl. 2.6-11).
50
* “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do
Pai, este o fez conhecer.” (Jo. 1.18)

- Através desse texto não podemos afirmar que Jesus não pode ser Deus
porque foi visto, e o texto diz que Deus nunca foi visto por homem algum.
Essa interpretação é forjada e sem qualquer base bíblica.
- Sabemos que ninguém jamais viu a Deus na Sua essência e na Sua glória.
No entanto, Jesus viveu como homem e no meio dos homens, e desta
forma Deus também foi visto. O mesmo Deus que disse a Moisés: “..Não
poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e
viverá.” (Ex. 33.20), foi visto por várias pessoas: “E subiram Moisés e Arão,
Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel, e viram o Deus de Israel...”
(Ex. 24.9-10). É fundamental que Deus seja invisível e sem forma (1 Tm.
6.16). Contudo, Cristo revela Deus. Em si Ele une o invisível e o visível.
51
* “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo varão, e o
varão, a cabeça da mulher; e Deus, a cabeça de Cristo.” (1 Co.
11.3)

- Através desse versículo, muitos afirmam que o Filho não pode


ser Deus visto que a Bíblia diz que Deus é a Cabeça de Cristo.
Mas na realidade, este texto diz que o Pai dirigiu o Filho, e
Cristo dirige o homem e o homem dirige a mulher. O que não
quer dizer que o Filho não seja Deus, porque, se este versículo
aqui negasse com isso a divindade de Cristo, seríamos
obrigados a admitir que a mulher seria menos humana do que o
homem, o que seria uma aberração.
52
* “E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, também o mesmo
Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus
seja tudo em todos.” (1 Co. 15.28)

- Este texto serve de argumentação para muitos afirmarem que o Filho não
pode ser Deus pois Ele se sujeitará ao Pai na eternidade. Mas essa
subordinação ao Pai foi uma condição para o ministério messiânico do
Filho como já vimos, e que isso não significa que o Filho tenha outra
natureza. É uma questão de posição e não de natureza, e isso não envolve
desigualdade; a mulher é submissa ao marido, mas nem por isso ela é
menos humana do que o homem. Outro exemplo bastante claro é que, a
Palavra de Deus diz, em Lucas 2.51, que Jesus era sujeito a seus pais.
Pergunta-se: Era ele inferior a seus pais pelo simples fato de estar sujeito a
eles? Com certeza não!
53
* “Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor, em quem temos a
redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados; o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de
toda a criação.” (Cl. 1.13-15)
- Este texto serve de base para aqueles que afirmam que Jesus não pode ser Deus porque é chamado na Bíblia
de o “primogênito da criação de Deus”, e assim não é eterno, mas criatura.
- Mas se analisarmos esse texto veremos que ele diz que Jesus é o primogênito de toda a criação e não o
primogênito de Deus. O texto diz que Jesus é o Criador e Preeminente sobra todas as suas criaturas.
- A Bíblia ensina que o primogênito nem sempre significa ser o primeiro de uma série. A palavra “primogênito”
também é utilizada para ressaltar uma posição de destaque, como diz o salmista: “Também por isso lhe darei o
lugar de primogênito; fá-lo-ei mais elevado do que os reis da terra.” (Sl. 89.27). Esse primogênito não quer dizer
o mais velho ou o primeiro de uma série, mas uma posição de destaque, uma preeminência, uma posição de
certa primazia, significa domínio.
- A palavra “primogênito” no grego é (protótokos) e traz consigo esses dois significados: os mais velhos de
uma família ou mesmo do gado - o primeiro de uma série; ou ainda o preeminente, aquele que tem primazia
ou domínio.
- Para que tenhamos uma ideia um pouco mais clara, tomemos como exemplo este outro texto, que se refere
à igreja, cujos membros são chamados de primogênitos: * “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus
vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos, à universal assembleia e igreja dos primogênitos, que
estão inscritos nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados.” (Hb. 12.22-23).
O filho mais velho de Isac; Esaú, perdeu as duas dimensões da primogenitura: a primazia, preeminência:
liderança espiritual e social, posição de destaque, privilégios no lar (Gn. 25.29-34); e de ser o primeiro de uma
série: bênção familiar especial e porção dupla das posses do pai (Gn. 27.28-38).
54
* Ninguém há bom, senão um, que é Deus.” (Lc. 18.19)

- A questão em relação a este texto é: Como Jesus pode ser


Deus se ele mesmo disse que ninguém é bom se não um
que é Deus? Esta questão é resolvida facilmente quando
nos perguntamos se Jesus era bom ou mal. É claro que
Jesus era bom e é bom, é a Bíblia que nos ensina isso (Mt.
11.28-30; At. 10.38; 2 Co. 10.1).
- Jesus queria que o Pai fosse glorificado juntamente com
Ele, foi por isso que Ele disse aquelas palavras ao jovem.
Esta declaração não desonra em nada a deidade de Cristo.
55
* “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus
verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo. 17.3)

- Alguns hereges, com ramificações do gnosticismo (sistema que


prometia a salvação pelo conhecimento), afirmam que Jesus é distinto
do Pai, logo Ele não pode ser Deus. Mas conhecer a Deus é o mesmo
que conhecer a Cristo em virtude da unidade de natureza do Pai e do
Filho.
- O Pai não é o Filho e nem o Filho é o Pai, estas Pessoas são distintas e
formam com o Espírito Santo a unidade composta da divindade.
- Precisamos entender que, conhecer a Deus é o mesmo que conhecer a
Cristo (Jo. 14.9). O próprio Jesus declarou: “Não se turbe o vosso
coração; credes em Deus, crede também em mim (que sou Deus).” (Jo.
14.1).
56
OS TIPOS DE CRISTO

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TIPOS DE CRISTO EM GÊNESIS

- Os tipos de Cristo são personagens, animais ou objetos,


nesse caso, de Gênesis, que possuíram características
“messiânicas”. Eram profecias vivas, ou visíveis, a respeito
de Cristo.
- Estudando a respeito desses personagens, entendemos
um pouco mais sobre o caráter de Jesus e do seu
ministério.
- Tais pessoas e fatos, abordados na sequência, eram
sombras da realidade, que é Cristo.
58
TIPOS DE CRISTO EM GÊNESIS
* Adão.
- Este foi o primeiro homem. Talvez não o associássemos à pessoa de Cristo
se Paulo não o tivesse feito. O apóstolo traça tal paralelo em Rm. 5.12-21 e em
1 Co. 15.21,22,45-49.
- A semelhança entre Jesus e Adão está no fato de ambos terem sido os
primeiros de suas respectivas “espécies”. Adão foi o primeiro da raça humana.
Jesus foi o primogênito dos filhos de Deus (Rm. 8.29).
- Seus atos foram determinantes na formação da natureza de seus
descendentes (Rm. 5.19; Is. 53.10).
- Tanto o pecado de Adão quanto a salvação em Cristo podem ter
consequências eternas, dependendo, para isso, da escolha que se faz pelo
livre-arbítrio.
- Além desses pontos, a comparação entre os dois é feita com ênfase no
contraste.
59
TIPOS DE CRISTO EM GÊNESIS
* O animal sacrificado para vestir Adão e Eva.

- O pecado trouxe a consciência da nudez e, consequentemente, a


vergonha. Eles tomaram a iniciativa de fazer algo que os cobrisse.
- Usaram folhas de figueira para fazer aventais, ou cintas. Tanto o material
era inadequado quanto insuficiente a extensão da roupa produzida. Deus
então lhes fez túnicas de peles (Gn. 3.21).
- A pele iria cobri-los convenientemente, além de aquecê-los. Para que
Deus utilizasse peles, entendemos que pelo menos um animal deveria ser
morto. A iniciativa humana para cobrir os danos do pecado é totalmente
ineficaz. Só Deus podia fazê-lo. Para isso, ele enviou o Seu Filho, o
Cordeiro de Deus, que, tendo sido morto, nos cobre, nos protege e nos
torna dignos de chegar à presença de Deus sem constrangimento.
60
TIPOS DE CRISTO EM GÊNESIS

* Abel.

- Foi morto sem que fosse digno de morte. Seu sangue


clamava a Deus desde a terra.
- Jesus também foi morto sem haver cometido nenhum
crime e seu sangue fala melhor que o de Abel.
- Vemos um paralelo simples entre Abel e Jesus, conforme
descrito em Hb. 12.24.

61
TIPOS DE CRISTO EM GÊNESIS
* A arca de Noé.

- Quando Deus decidiu destruir os homens perversos e pecadores, ele


mandou que Noé construísse a arca. Este seria o único meio de salvação.
- Este é um símbolo perfeito para a obra de Cristo. Ele é o único meio de
salvação neste tempo que antecede a destruição final.
- Noé “pregava a arca” como a última chance. Nós pregamos a Cristo.
Evidentemente, só entraria na arca quem cresse na palavra de Noé, na
segurança da embarcação e se arrependesse de sua condição de pecado.
Entrar na arca era um ato público e subentende renúncia ao que ficava
para trás. Tudo isso encontra paralelo na conversão a Cristo.
- Finalmente, cabe lembrar que a salvação pela arca foi comparada ao
batismo pelo apóstolo Pedro (1 Pe. 3.20-21).
62
TIPOS DE CRISTO EM GÊNESIS
* José.

- Foi um dos 12 filhos de Jacó. Foi invejado pelos irmãos que o venderam por 20
moedas de prata. Jesus foi vendido por 30 moedas.
- José foi tirado da casa de seu pai e foi viver no Egito como servo. Jesus também
deixou a casa do Pai celestial e veio ao mundo em forma de servo (Fl. 2.7).
- José foi o meio de salvação para o Egito e para sua própria família no tempo da fome.
Da mesma forma, Jesus é o único meio de salvação para a humanidade. Ele é o pão
para a fome espiritual.
- José é o tipo mais evidente de Cristo. O próprio Faraó lhe deu o nome de Zafenate
Panéia, que significa “Salvador do Mundo”. Aí então, ele foi elevado à posição de
governador do Egito. Assim como Jesus foi exaltado pelo Pai e recebeu um nome que é
sobre todo nome, passando a ter todo o poder nos céus e na terra (Fl. 2.9; Mt. 28.18).
- José comprou para Faraó toda a terra do Egito. Jesus comprou com o seu sangue
todos aqueles que serão salvos. “Porque foste morto, e com o teu sangue compraste
para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo e nação.” (Ap. 5.9).
63
TIPOS DE CRISTO EM GÊNESIS
* Isaque.

- A cena de Abraão levando Isaque, seu único filho, para ser


sacrificado, nos lembra que Deus entregou seu filho unigênito,
Jesus, para ser morto em sacrifício.
- Isaque aceitou resignadamente a decisão de seu pai e carregou a
lenha que serviria para queimá-lo.
- Jesus aceitou seu sacrifício e carregou a própria cruz. Ambos
subiram um monte para serem mortos. A diferença se dá no
desfecho das histórias. Isaque foi poupado. Jesus foi morto de
fato.
64
TIPOS DE CRISTO EM GÊNESIS
* O carneiro que substituiu Isaque no holocausto.

- Quando Abraão ia sacrificar Isaque, Deus não o permitiu. Ao levantar


seus olhos, Abraão viu um carneiro embaraçado pelos chifres. Tomou-o
e o sacrificou em lugar de seu filho (Gn. 22.13). Conforme o texto nos
mostra, o carneiro foi providenciado por Deus para que Isaque fosse
poupado e, ainda assim, o sacrifício fosse realizado.
- A justiça divina exige que todo pecado tenha a devida punição. O
sacrifício pelo pecado da humanidade não poderia deixar de ser
efetuado. Todos nós morreríamos eternamente em consequência do
nosso pecado. Entretanto, a providência divina preparou um cordeiro,
Jesus, que foi morto em nosso lugar a fim de nos dar a vida eterna (Jo.
1.29). 65
TIPOS DE CRISTO EM GÊNESIS
* Melquisedeque.
- Este era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo. O escritor da carta aos
Hebreus traça uma analogia entre Melquisedeque e Cristo. O paralelo se faz
em torno da questão do sacerdócio de ambos e principalmente pelo fato de
que nem um nem outro pertencia à tribo de Levi, que ainda não existia e de
onde, deveriam, segundo a lei, vir os sacerdotes.
- Além disso, a omissão sobre origem, genealogia e morte de Melquisedeque,
dá uma impressão de eternidade do personagem, relacionando-o, assim, à
eternidade de Cristo. Melquisedeque era rei de Salém, que era o antigo nome
de Jerusalém. Jesus é o Rei dos reis e a sede do seu governo será a Nova
Jerusalém.
- Melquisedeque ofereceu a Abraão pão e vinho. Jesus ofereceu aos discípulos
pão e vinho quando instituiu a ceia.
66
TIPOS DE CRISTO
* Serpente no deserto. “E como Moisés levantou a serpente no deserto,
assim importa que o Filho do homem seja levantado” (Jo. 3.14).
Números 21, a Bíblia descreve o motivo porque Moises levantou a serpente de bronze em
uma haste. O tempo em que Israel peregrinou no deserto o povo murmurou contra Deus e
Moises, dizendo: “Por que nos fizestes subir do Egito, para que morramos neste deserto,
onde não há pão nem água? E a nossa alma tem fastio deste pão vil” (Nm. 21.5).
A consequência desta atitude repreensível e descontentamento, Deus enviou serpentes que
mordiam o povo; e morreram muitos do povo de Israel. Após a repreensão de Deus, eles
reconheceram o seu pecado e pediram misericórdia a Moisés dizendo: “Havemos pecado,
porque temos falado contra o SENHOR e contra ti; ora ao SENHOR que tire de nós as
serpentes.
Então, Moisés orou pelo povo” (Nm. 21.7).
Após a intercessão de Moisés, disse o Senhor: “Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre
uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá” (Nm. 21.8). E procedeu Moisés como
Deus lhe mandara: “Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo
alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava” (Nm. 21.9).
67
TIPOS DE CRISTO
Adão e Eva ao serem atingidos pelo veneno da serpente no jardim do Éden, ficaram
infectados pelo vírus chamado pecado, e assim toda a raça humana ficou
contaminada.
Então, essa passagem, tipifica Jesus sendo levantado em uma cruz; e aqueles que
fossem contaminados pelo veneno da serpente (o pecado), olhando para Cristo fossem
salvos e curados e livres da maldição.
A serpente é símbolo de maldição. Cristo Jesus ao ser pendura na cruz tornou-se
maldito por nós, para que fossemos ricos em glória com Ele. “Cristo nos resgatou da
maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar. Porque está escrito:
“Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro) (Gll.3.13).
Era necessário que o Filho de Deus fosse morto numa cruz para cumprir os desígnios
do Pai e também para cumprir o que fora dito pelo profeta Isaías “Mas Ele foi ferido
pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades...”. (Is. 53.5).
Cristo não tendo pecado se fez pecado por nós. A cruz que seria para o pecador ele
mesmo levou. Por amor Jesus Cristo se doou por nós.
68
NOMES E TÍTULOS DE
CRISTO

69
NOMES
Jesus. Do grego (Iesus = salvação, “Yahweh salva”). É uma
transliteração da palavra hebraica, (Josué), que significa “Yahweh
é salvação”, ou seja, “é o Salvador”, nome comum entre os
judeus.
Messias. Do hebraico (mãshîah = ungido). Esse termo era
aplicado aos sacerdotes que eram ungidos com o óleo santo,
particularmente o sumo sacerdote (Lv. 4.3,5,16). Refere-se àquele
que recebe o Espírito Santo que o capacita a fazer uma tarefa
designada.
Cristo. Do grego (christós = ungido). Traduz, na LXX (Septuaginta,
a tradução grega do Antigo Testamento), a palavra hebraica
(mãshîah). Ap. 11.5 - Mt. 16.16 - Jo. 20.28 - Sl. 2.2 70
NOMES

Observação: Nas epístolas de Tiago, Pedro, João e Judas, homens


que acompanharam o Senhor nos dias de sua epifania, “Jesus
Cristo” é a ordem invariável no Nome e do Título, pois estas eram
a ordem das experiências que tiveram. Mas Paulo veio a conhecê-
lo primeiro na glória do céu, e, portanto, sendo sua experiência
contrária à dos outros, na maioria das vezes utilizava a ordem
inversa “Cristo Jesus”. Portanto, “Jesus Cristo” descreve o
menosprezado e rejeitado, aquele que foi glorificado depois (Fl.
2.11), e dá testemunho de Sua ressurreição.
- “Cristo Jesus” sugere Sua graça, “Jesus Cristo” lembra sua glória.
71
NOMES
Filho do homem. Do hebraico (Ben-Adam = filho-homem). Em várias
passagens da Bíblia vemos Jesus aplicando a Si próprio o qualificativo
“Filho do homem” (Mt. 17.22; Mc. 9.6).
- Esse título é usado 84 vezes nos quatro evangelhos, mas somente por
Jesus e somente para falar de si próprio. No restante do Novo Testamento,
a expressão “o Filho do homem” (com o artigo definido “o”) é usada
somente uma vez, em At. 7.56, quando Estevão se refere a Cristo como “o
Filho do homem”. \encontramos, também em Ap. 1.13.
- Esse termo singular tem seu pano de fundo na visão de Daniel, quando
Daniel viu alguém semelhante a um “filho de homem” que “se aproximou
do ancião” e a quem foram dados “autoridade, glória e o reino; todos os
povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram.
- Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais
será destruído”(Dn. 7.13-14). Mt. 2.10-28 - Lc. 19.10 - Mt. 16.13,15,16 72
NOMES
- É admirável que esse “filho do homem” tenha vindo “com as nuvens dos céus”
(Dn. 7.13).
- Essa passagem fala claramente de alguém que possuía origem celestial e a quem
foi dado domínio eterno sobre todos os povos.
- O sumo sacerdote entendeu muito bem quando Jesus disse: “Chegará o dia em
que vereis o Filho do homem assentado a direita do Poderoso e vindo sobre as nuvens
do céu.” (Mt. 26.64).
- A referência a Dn. 7.13-14 é inconfundível, e o sumo sacerdote e seus
companheiros sabiam que Jesus estava afirmando ser o eterno governante do
mundo, de origem celestial, referido na visão de Daniel. Imediatamente eles
disseram: “Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou;
para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que agora acabais de ouvir a sua
blasfêmia. Que vos parece? Responderam eles: É réu de morte. Então uns lhe
cuspiram no rosto e lhe deram socos; e outros o esbofetearam, dizendo: Profetiza-
nos, ó Cristo, quem foi que te bateu?” (Mt. 26.65-68). 73
NOMES
Senhor. Foi mais usado pelas primeiras comunidades cristãs. É um
termo já presente no AT que no NT foi aplicado a Jesus. Adon (Senhor)
designava para Israel o senhorio ou domínio de Deus (Is. 1.24; 6.1-8;
43.1,21).
Quando, por respeito, os judeus deixaram de pronunciar o nome Javé
nas leituras litúrgicas, ele foi substituído por Adonay (meu Senhor).
Devido a isso, a tradução grega dos LXX traduziu Javé por Kýrios
(Senhor).
O fato de o título ter sido transferido para Jesus exprime a fé cristã na
transcendência e na Divindade de Jesus (Jo. 20,28 “Meu Senhor e meu
Deus”). Ele é o Senhor de todos (At. 10. 36; Rm. 10.9; 1 Co. 12.3; Cl. 2.6).
A primitiva invocação aramaica persistiu no uso das comunidades
gregas: Maranatha, nosso senhor, vem! (1 Co. 16.22; Ap.22.20).
74
NOMES
Para Jesus ressuscitado os cristãos transferiram os gestos
de reconhecimento que eram tributados somente a Javé
(At. 2. 20; 7.59; Fl. 2.10; Jo. 9.38; Ap. 15.4).
Porém, o senhorio de Jesus não substitui o de Deus Pai,
mas, significa que a partir da ressurreição, Jesus comunga
com a soberania de Deus Pai.
Também é de notar que a aplicação do título Kýrios a Jesus
não se deve à influência do paganismo, que assim
intitulava os imperadores divinizados. Em 1 Co. 8.5 Jesus é
chamado Kýrios em plena antítese ao politeísmo.
75
NOMES
Filho de Deus. Aplicado a Jesus no NT tem matizes diversas. Os
demônios proclamam Jesus como o ‘Filho de Deus’ (Mc..1.34; 3,.11; 5.7).
Igualmente faz o centurião romano (Mc. 15, 39). Nesses casos a expressão
pode designar simplesmente ‘um personagem extraordinária’.
O título passa a ter sentido mais profundo nos lábios de Pedro, que proclama:
“Tu é o Messias, o filho de Deus vivo!” em Mt. 16,.16. A revelação a Pedro do
mistério de Jesus é obra do Pai Celeste. Foi somente após a Páscoa que os
Apóstolos atingiram a plena compreensão do sentido da expressão.
Em At. 9.20 Paulo prega enfaticamente que Jesus é o Filho de Deus. A
ressurreição manifestou o pleno sentido da filiação divina esboçada no Sl. 2.7
e At 13.33). O Apóstolo tem plena consciência de que na plenitude dos tempos
Deus enviou seu Filho a terra (Gl. 4.4; Rm. 8.3), a fim de que sejamos
reconciliados pela sua morte (Rm. 5.10). A vida cristã é vida “na fé do Filho de
Deus, que nos amou e se entregou por nós” (Gl. 2.20).
76
NOMES
João professa, do mesmo modo, o título de Filho de Deus: “Nisto se
manifestou o amor de Deus entre nós: Deus enviou o seu Filho Unigênito
ao mundo para que vivamos por Ele” (1 Jo. 4.9;14). Esse Filho comunica
aos homens a vida eterna que vem do Pai (1 Jo. 5.11). Quem crê no Filho,
tem vida eterna (Jo. 6.40); quem não crê, está condenado (Jo. 3.18).
O próprio Jesus se revelou como Filho de Deus num sentido singular
(Mt.11.27; 21.37; Mc. 13. 32). Nestes textos Ele diz que o mistério de sua
vida é tal que só o Pai o pode conhecer. Só Ele está à altura do Pai para
conhecê-Lo adequadamente. Jesus mostra uma familiaridade
chamando-O de ABBA (Paizinho), apelativo que os judeus nunca
dirigiriam a Deus por supor grande intimidade. É à luz destes textos
que se há de entender a declaração do Pai no Batismo e na
Transfiguração de Jesus (Mc. 1.11; 9.7).
77
NOMES
A concepção Virginal de Maria apresentada em Lc. e Mt. também são
testemunhos de que Jesus não é filho dos homens como os demais
homens. Ele é o Filho de Deus, que, tendo Pai nos céus, foi entregue pelo
próprio Pai a Maria (sem contato de varão), para que esta lhe pudesse dar a
natureza humana e a entrada numa estirpe humana.
O título Filho de Deus se torna claro por excelência ao se considerar que o
NT designa Jesus como Deus. Paulo formula a doxologia: “Cristo […] que é,
acima de tudo, Deus bendito pelos séculos” (Rm. 9.5). Ele é chamado “o
grande Deus e Salvador, Jesus Cristo” (Tt. 2.13). Tomé reconheceu: “Meu
Senhor e meu Deus!” (Jo. 20.28). João abre seu Evangelho com as
seguintes palavras: “No princípio era o Logos, e o Logos estava com Deus,
e o Logos era Deus” (Jo.1.1). Na sua primeira epístola escreve: “Este (Jesus
Cristo) é o Deus verdadeiro e a vida eterna” (1 Jo. 5.20).
78
NOMES
Jesus Nazareno – At. 2.22
Filho de Deus – Ap. 2.18 – Lc. 2.49; 8.28 - Mt. 3.17; 16.16; 26.36-64
Senhor - Ap. 11.8 – Jo. 20.28 – Mt. 8.2 – Fp. 2.11 – At. 2.36 – Rm. 14.9
Mestre (Rabi) – Jo. 3.2
Verbo – Jo. 1.14 – Hb. 1.2,12 – Cl. 1.5
Filho de Davi – At.13.22,23 – Lc. 1.26,27 – II Sm. 7.5-16 – Is. 7.14 – Sl. 2.6-
8 – Lc. 22.29
Advogado – I Jo.2.1
Emanuel – Mt. 1.23
Leão de Judá – Ap. 5.5
Salvador – Lc. 2.11
Servo de Javé (Meu Servo) – Is. 42.1-7; 49.1-6; 50.4-9; 52.13; 53.11,12 -
Mc. 10.45; 14.24 - Lc. 22.37
79
A OBRA DE CRISTO

80
OS ESTÁGIOS DA OBRA DE CRISTO

HUMILHAÇÃO

EXALTAÇÃO

Cada um desses estágios,


constitui-se uma série de passos.
81
A HUMILHAÇÃO

* Encarnação (Jo. 1.14, Fp. 2.6-7, Gl. 4.4)


- Ainda que Jesus viesse para o apogeu do que esta terra
pode oferecer, o declínio - comparado à glória que ele deixou
seria abismal:

Assumiu forma de servo, escravo.


Pertenceu a uma família bem comum.
 Natural de Belém (cidade obscura e sem relevância).
Nasceu em um estábulo, deitado numa manjedoura.
82
A HUMILHAÇÃO

* Morte
- O derradeiro passo descendente na humilhação de Jesus foi sua morte.
- Ele, que era “a vida” (Jo. 14.6), o Criador, o doador da vida e da nova vida
que constitui vitória sobre a morte, tornou-se sujeito à morte e isso não foi
apenas mera possibilidade, mas realidade. Não cometera nenhum pecado
para receber dele seu salário.

- A morte de cruz era a forma mais humilhante dos romanos executarem


seus criminosos. Foi uma morte lenta, dolorosa, acrescida de zombaria,
sarcasmo e ignomínia.

83
A HUMILHAÇÃO

Morte de Cristo nos trouxe


* Expiação - Ex. 29.33 / Lv. 17.11 / Ef. 5.2
* Redenção - Lv. 25.47 / Mt. 20.28
* Reconciliação - Rm. 5.8 / I Jo. 1.1-9 / I Jo. 2.1
* Propiciação - Rm. 3.24-26 / I Jo. 2.2

84
A EXALTAÇÃO

* Ressurreição
- Este foi o primeiro passo de retorno no processo de sua exaltação. A
incapacidade da morte em segurá-lo simboliza a completude da sua vitória.

- Que mais podem fazer as forças do mal, se alguém a quem elas mataram não
permanece morto?
- A ressurreição foi o passo fundamental em sua exaltação. Ele foi
libertado da maldição que recaiu sobre Ele por ter arcado
voluntariamente com o pecado de toda a raça humana.

85
A EXALTAÇÃO

Através da Ressurreição Cristo:


* Cumpriu as profecias - Jo.2.19
* Venceu Satanás - Mt. 4.10,11
* Venceu a morte - Ap. 2.7
* Confirmou a justificação da humanidade - Rm. 4.25
Jo. 6.62

86
A EXALTAÇÃO

* Ascensão e assento à destra do Pai


- Antes da Idade Moderna, costumava-se pensar em ascensão como uma
transição geográfica, espacial de um lugar (terra) para outro (céu). Mas, sabe-
se que Deus é espírito transcendente. A mudança acontece numa mudança
de estado, condição. Não foi uma alteração física somente, mas espiritual.

- O significado da ascensão é que Jesus deixou para trás as condições da vida


terrena: dor (física e psicológica), oposição, hostilidade, descrença,
infidelidade...

- Jesus teve de ascender ao céu para:

 Preparar-nos um lugar; e
 Possibilitar a descida do Espírito Santo. 87
OFÍCIOS DE CRISTO
- Os três cargos mais importantes que poderiam existir para o povo de
Israel no Antigo Testamento eram: o profeta, o sacerdote e o rei.
- O profeta falava as palavras de Deus ao povo.
- O sacerdote oferecia sacrifícios, orações e louvores a Deus em favor do
povo.
- O rei governava o povo como representante de Deus.

- Esses três ofícios prefiguravam a própria obra de Cristo de várias


maneiras.
- Cristo preenche esses três ofícios do seguintes modos: como profeta Ele
revela Deus a nós e transmite-nos a palavra de Deus.
- Como sacerdote Ele tanto oferece a Deus um sacrifício em nosso favor
quanto Ele mesmo é o sacrifício oferecido.
- Como rei Ele governa a Igreja e o próprio universo. 88
OFÍCIOS DE CRISTO

Cristo como profeta.

- Ministério exercido no passado. O propósito desse ministério era o de


revelar e apresentar Deus ante os homens.
- Para isso sabia dos segredos, problemas e necessidades (do passado,
do presente, e do futuro). Começou a exercê-lo plenamente no batismo
e terminou na ascensão.
- Este ministério foi previsto por Moisés Dt. 18.18-19 e cf. Jo. 1.21), e
reconhecido pela samaritana (Jo. 4.19); pelos galileus (Lc. 7.16); pelo
povo de Jerusalém (Mt. 21.11; Jo. 7.40); pelos seus inimigos (Lc. 22.64);
pelos discípulos de Emaús (Lc. 24.19).
* Mt. 9.35 – Lc. 4.17-21 – Mc. 1.22 – Mt. 17.3-8 – Hb. 3.5,6 – Mt. 24.5-14.89
OFÍCIOS DE CRISTO

Cristo como sacerdote.

- Ministério exercido no presente. O propósito desse ministério é o de


interceder pelo homem e representá-lo homem ante Deus.
- Começou a exercê-lo na ascensão e terminará na sua segunda vinda.
Para ser sacerdote, Jesus foi tomado entre os homens, foi aperfeiçoado
pelo sofrimento, empatiza conosco quando somos provados, tem
compaixão por nós, foi escolhido por Deus, foi consagrado a Deus.
Como sacerdote, Jesus ofereceu a Si mesmo como sacrifício,
intercedeu e intercede pelo Seu povo e abençoa Seu povo.
- Ex. 28.1 – Nm. 16.5 – Hb. 5.1 – Hb. 8.1,2 – Ex. 19.22 – Hb. 7.11 – Hb. 8.6 –
Mt. 26.6
90
OFÍCIOS DE CRISTO

Cristo como rei.

- Ministério a ser exercido no futuro. O propósito desse ministério


será o de reinar por e para Deus.
- Começará a exercê-lo na sua segunda vinda e durará por toda
eternidade.
- Para ser Rei, Jesus veio da tribo de Judá, e da semente de Davi.
Como rei, Jesus reinará pessoalmente, trazendo universais paz e
justiça.
- Lc. 1.32,33
91
AS FUNÇÕES DE CRISTO

Historicamente classifica-se a obra de Cristo


em três ofícios: sacerdote, profeta e rei. Essas
verdades e títulos devem ser mantidos para
que possamos reconhecer tudo o que Cristo
realiza em seu ministério.

Mas, falaremos das três funções de Cristo, a saber:

 REVELAÇÃO
 GOVERNO
RECONCILIAÇÃO

92
A FUNÇÃO REVELADORA DE CRISTO
- JESUS enquanto profeta era cumprimento de profecia - Dt. 18.15.
- Sua obra foi semelhante ao trabalho profético do AT.

- A obra reveladora de Cristo cobra uma dimensão de tempo e


formas:
 Antes da criação: “logos” = Jo. 1.9 – Todas as verdades vieram
Dele.
 Na encarnação: Falou a Palavra divina e a demonstrava.
 Na ascensão: Sua Igreja continua revelando o Pai.

- A obra reveladora final e mais completa de Jesus acha-se no


futuro: segunda vinda (apokalypsis = revelação)
93
O GOVERNO DE CRISTO

- Os evangelhos retratam Jesus como rei, o governante de


todo o universo. O governo de Cristo não se trata apenas de
um governo futuro, mas presente através:

 das coisas criadas,


 da Igreja,
 do coração dos Seus discípulos.

- Virá um tempo em que o reinado de Cristo será completo;


então, todos estarão sob seu governo, quer com boa vontade
e sinceridade, que com má vontade e relutância.
94
A OBRA INTERCESSORA DE CRISTO: INTERCESSÃO E EXPIAÇÃO

- Através da intercessão, Jesus:


 apresenta sua justiça ao Pai para nossa justificação.
 pleiteia a causa da sua justiça em favor dos que creem, os quais
embora justificados, continuam pecando.
 suplica ao Pai que os cristãos sejam santificados e guardados do
poder do tentador maligno.

- Já a expiação foi o que tornou possível a nossa salvação. A partir da


expiação elabora-se a eclesiologia, soteriologia, escatologia, etc...
- Se Cristo era mero homem, sua obra não vale como exemplo, se
era Deus, sua obra superou tudo o que somos capazes de fazer por
nós mesmos.
95
O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO
FATORES BÁSICOS

A NATUREZA DE DEUS:
Santo

O LUGAR DA LEI:
O salário do pecado é a morte

A CONDIÇÃO HUMANA:
Depravação total

CRISTO:
Gl 4.4-5
96
O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO
O SISTEMA SACRIFICAL DO AT

“Kaphar”= cobrir

Devia se impor as mãos sobre o animal


sacrificado (Lv. 1.3,4)

Is. 53 - A iniquidade transferida para o


Servo Sofredor. As mãos sobre o animal
era uma prefiguração do cristão
aceitando ativamente a obra expiatória
de Cristo.
97
O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO
O ENSINO NO NT

Jesus possuía:
 Consciência que o Pai o havia enviado para esta obra. (Jo.
10.36)
 Convicção que sua vida e morte cumpriam profecias do AT. (Is.
53)
 Entendimento que sua morte constituía um resgate. (Mt.
20.28)
 Visão de que era nosso substituto (Jo. 15.13).
 Visão de que era um sacrifício (Jo. 1.29)
 Consciência que era doador da verdadeira vida. (Jo. 17.3)
98
O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

O SIGNIFICADO BÁSICO DA EXPIAÇÃO

SACRIFÍCIO: Hb. 9.6-15 - Cristo como o


Sumo sacerdote e o Sacrifício.

- As duas partes que constituíam o sistema


levítico são combinadas em Cristo.

- A mediação que Ele fez começou com Sua


morte e continua agora através da sua
intercessão por nós.
99
O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

O SIGNIFICADO BÁSICO DA EXPIAÇÃO

PROPICIAÇÃO:

Lv. 4.35 - Ato realizado para aplacar a ira de Deus, de modo a ser
satisfeita a sua santidade e a sua justiça.

- A oferta apresentada a Deus


aponta para um apaziguamento da
ira de Deus e segue-se então o
perdão. II Co. 5.21 / 1 Jo. 2.2; 4.10
100
O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

O SIGNIFICADO BÁSICO DA EXPIAÇÃO

SUBSTITUIÇÃO:
Is. 53.5,6,12, Jo. 1.29, 2 Co. 5.21, 1 Pe. 2.24

- A ideia de substituição é incontestável.

Preposições gregas:

Anti: “em lugar de”


Hyper: “Em favor de”
101
O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO
O SIGNIFICADO BÁSICO DA EXPIAÇÃO
RECONCILIAÇÃO:
- Na morte de Cristo nossa hostilidade contra Deus é removida
e Ele mesmo é o agente da reconciliação. Ef. 2.16 / Cl. 1.20 /
Rm. 5.8-11
- A reconciliação é obra exclusiva de Deus. II Co. 5.18-21

102
O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

OBJEÇÕES À OBRA DA EXPIAÇÃO

1. Objeção ao conceito da necessidade de expiação


Porque Deus simplesmente não perdoa os pecados?
- Para Deus, remover ou não levar em conta a culpa do pecado sem exigir
pagamento seria destruir a distinção entre o certo e o errado.

2. Objeção ao conceito de substituição


Não seria impróprio ou injusto Deus enviar o Filho como substituto?
Há duas respostas para esta objeção:
1. O caráter voluntário do sacrifício (Jo. 10.17-18).
2. A unidade do Pai e do Filho (Deus é tanto o Juiz como o que paga a
penalidade).
103
O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

OBJEÇÕES À OBRA DA EXPIAÇÃO

3. Objeção ao conceito de propiciação


O amor do Filho e a ira do Pai não seria um conflito entre a Trindade?
1 Jo. 4.10 - A propiciação não mudou um Deus irado em um Deus de amor.
Foi o amor que levou Deus a enviar Jesus.

4. Objeção ao conceito da imputação da justiça de Cristo


Como uma pessoa pode ser boa no lugar de outra?
- Nosso relacionamento com Cristo é um só. O Cristão está ligado a Ele. É
como se tivéssemos casado e a partir de agora só existe uma pessoa.
Desse modo, não é questão de transferir mas, de juntar os dois de forma
que tudo se torne comum, tanto a morte como a ressurreição.
104
O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO
IMPLICAÇÃO DA EXPIAÇÃO SUBSTITUTIVA

1. A TEORIA DA SUBSTITUIÇÃO PENAL confirma o ensino bíblico da depravação total de


todos os homens. Somos completamente incapazes de suprir nossa necessidade.

2. A NATUREZA DE DEUS não possui uma faceta única, mas também não há tensão em
seus diferentes aspectos. Ele é justo, tanto que foi preciso prover um sacrifício pelo
pecado. Ele é amor tanto que Ele mesmo proveu tal sacrifício.

3. NÃO HÁ OUTRO MEIO DE SALVAÇÃO se não pela graça através da morte de Cristo. Ela
possui valor infinito e cobre o pecado de todos os salvos, de todos os tempos.

4. HÁ SEGURANÇA PARA O CRISTÃO EM SEU RELACIONAMENTO COM DEUS, pois a


base desse relacionamento é completa e permanente, a morte de Cristo.

5. NUNCA DEVEMOS MENOSPREZAR A SALVAÇÃO QUE TEMOS, embora seja gratuita, é


também cara e custou a Deus o sacrifício mais extremo de todos. 105
* Todas as situações, que um cristão passa nos dias atuais,
Jesus Cristo passou e foi vencedor.
* E esta é a promessa que Ele nos concedeu, que assim como
Ele venceu, também, seremos vencedores.

- Jesus Cristo desceu, para que subíssemos.


- Jesus Cristo humilhou-se, para que fôssemos exaltados.
- Jesus Cristo fez-se maldito, para que fôssemos benditos.
- Jesus Cristo humanizou-se, para que fôssemos glorificados.
- Jesus Cristo morreu, para que vivêssemos.
- Jesus Cristo ressuscitou, para que fôssemos vitoriosos.
- Jesus Cristo subiu aos céus, para prepara-nos uma morada.106
CRISTO NA DIMENSÃO
APOCALÍPTICA

107
CRISTO NA DIMENSÃO APOCALÍPTICA

1) Sinais que antecedem o Arrebatamento - Mt. 24.5-8

- Falsos cristos - Mt. 24.5


- Falsos profetas - Mt. 24.11
- Guerras - Mt. 24.6
- Nação contra Nação - Mt. 24.7
- Fome e terremotos - Mt. 24.7
- Multiplicação da iniquidade - Mt. 24.12 / II Tm. 3.1-5
- Ciência multiplicada - Dn. 12.4 / Na. 2.3,4 / Is. 60.8
- A volta dos judeus a sua terra - Jr. 32.36-42 / Am. 9.14,15

108
CRISTO NA DIMENSÃO APOCALÍPTICA

2) Jesus Cristo no Arrebatamento da Igreja - Jo. 14.3 / I Ts. 4.16,17

- Na vinda de Jesus teremos alguns acontecimentos:


a) A ressurreição dos mortos - I Ts. 4.16. Esses mortos são
os santos da antiga e da nova aliança. Essa primeira
ressureição tem duas fases:
* Primícias - antes da tribulação - I Ts. 4.16
* Respiga - durante a tribulação - Ap. 7.13,14

109
CRISTO NA DIMENSÃO APOCALÍPTICA

2) Jesus Cristo no Arrebatamento da Igreja


Jo. 14.3 / I Ts. 4.16,17

* O Rapto da Noiva

- Arrebatamento - I Ts. 4.17


- Num abrir e fechar de olhos - I Co. 15.52
110
CRISTO NA DIMENSÃO APOCALÍPTICA

2) Jesus Cristo no Arrebatamento da Igreja - Jo. 14.3 / I Ts. 4.16,17

* A vinda Pré-Tribulacional de Cristo - I Ts. 4.17

- Essa vinda vai acontecer nos ares.


- Cristo virá exclusivamente para a Igreja.
- A Igreja será atraída para Cristo. Será conduzida por Ele.
- Haverá profunda alegria - I Jo. 3.2
- Esse dia é um segredo - Mt. 24.36,44
- O ímpio não verá - Jo. 3.3
111
CRISTO NA DIMENSÃO APOCALÍPTICA

3) O Tribunal de Cristo - II Co. 5.10 / Mt. 20.8

* Nesse tribunal serão julgadas as obras dos cristãos.


- Salvação é pela fé e galardão é pelas obras - Ap. 22.12

* As Bodas do Cordeiro - Jo. 17 / Mt. 8.18


* A celebração das Bodas do Cordeiro - Ap. 19.7
* Cristo e a sua volta em glória - Zc. 12.10 / Ap. 19.20,21

112
CRISTO NA DIMENSÃO APOCALÍPTICA

4) A Grande Tribulação - Mt. 24.21

- A Grande Tribulação é conhecida nos escritos do


Profeta Daniel como: Um tempo, dois tempos e
metade de um tempo. Dn. 12.7 / Ap. 12.14

113
CRISTO NA DIMENSÃO APOCALÍPTICA

4) A Grande Tribulação - Mt. 24.21


* O Pacto de 7 anos do ANTICRISTO com Israel

- Israel será, então, uma nação forte a ponto de o Anticristo


fazer pacto com ela. A princípio, Israel gozará de
imunidades, reconstruirá seu templo e reinará a prática dos
sacrifícios (Dn. 9.27).
- Após os primeiros 3 anos e meio o Anticristo anulará o
pacto feito e começará a perseguir os judeus.
114
CRISTO NA DIMENSÃO APOCALÍPTICA

4) A Grande Tribulação - Mt. 24.21

- Pode ser traduzido como: 1 ano, 2 anos e metade


de 1 ano = 3 anos e meio - metade do período de 7
anos.
- Uma semana = 7 anos (semana de anos).
- Metade de uma semana = 3 anos e meio - Dn. 9.2,3

115
CRISTO NA DIMENSÃO APOCALÍPTICA

5) Quem governará a Terra durante esse período?

A Trindade Satânica

- Anticristo é a besta que sobe do mar - Ap. 13.1


- Falso profeta é a besta que sobe da terra - Ap. 13.11
- “Besta” fala do caráter animalesco - Ap. 13.2

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CRISTO NA DIMENSÃO APOCALÍPTICA

6) Cristo e o Reino Milenar - Is. 65.17-25

- Mil anos de paz.


- Haverá jovens com 100 anos.
- Será o reinado para os judeus, reino prometido a eles.
- Cristo reinará pessoalmente.
- Evangelização total do mundo.
- Grande prosperidade.
- Abundância de alimentos.
- Ausência de doenças.
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CRISTO NA DIMENSÃO APOCALÍPTICA

7) Satanás será solto e depois vencido - Ap. 207-10

8) O Juízo Final - Ap. 20.11-15


“um grande trono branco”.
“abriu-se outro livro, que é o da vida”.
“e foram julgados cada um segundo as suas obras”.
“e aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi
lançado no lago de fogo”.

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