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História

da
Teologia
Autor: Roger Olson
Ano: 10/01/2015
Refeito: Saulo Esteves
Primeira Parte
•Visões cristãs conflitantes no século II
1. Críticos e sectários provocam confusão
◆A teologia cristã começou muito tempo depois
Jesus cristo, ter caminhado na terra.
◆A teologia é a reflexão da igreja a respeito da
salvação trazida por Cristo e a respeito do evangelho da
salvação proclamada e explicada pelos apóstolos do
século I.
◆ O movimento da Nova Era:
ganhou forças, na década de 70 e 80, e depois se fundiram com o
gnosticismo.
George Trevelyan e Elizabeth Clare Prophet, eram considerado pai do movimento
Nova Era, na Grã-Bretanha.
◆ MONTANISMO:
*Seus partidários o chamavam Nova Revelação, Nova Profecia e
seus oponentes o chamavam montanismo, por causa do nome do
fundador e principal profeta, Montano.
* Montano foi um sacerdote pagão da região da Ásia Menor
chamada Frigia que se converteu ao cristianismo em meados do
século II.
* Não foi encontrado nenhum escrito sobre seus ensinamentos,
tudo que sabemos a respeito sobre ele foi falado através dos
apóstolos do século II e III.
Celso: Teologia gnóstico:
•Tendo por base as poucas informações 1. Era uma das teologia anticristã mais
que os estudiosos puderam juntar, Celso perigosa do século II.
foi um cidadão romano culto e auto-
intitulado orador filosófico que talvez 2. Líderes e pensadores cristãos tiveram que
tenha sido criado em um lar cristão e estudar muito para refutar essas heresias.
que, na vida adulta, dedicou-se à filosofia E criaram doutrinas ortodoxas contra o
grega. gnosticismo.
•O mais famoso desses polêmicos
opositores do cristianismo foi o filósofo 3. Os gnósticos consideravam-se cristãos, e
pagão Celso que, por volta de 175 ou acreditavam que Jesus era o veiculo
180, escreveu um livro contra essa fé humano desse mensageiro celestial,
intitulado/a verdadeira doutrina: um CRISTO.
discurso contra os cristãos.
•O ataque de Celso ao cristianismo é rico 4. O gnóstico do sec. II tinham varias
em informações sobre a vida e a fé cristã “escolas”, que seguiam mestres diferentes.
do século II.
5. Outras interpretações surgiram devido a
viagem pela alma, que tinham vários
níveis.
Os pais apostólico explicam o
caminho
Policarpo: era do
l Clemente de Roma: foi Didaque: e conhecido
século do II, bispo em bispo em Roma, era do como um documento” O
século I, escreveu uma
Esmirna, em Éfeso, e carta aos Corintos,
ensino dos dozes
foi executado 155. Era “1Clemente”, ela foi apóstolos”, foi
discípulo de Joao. Foi escrita por volta do ano 95. descoberto 1873. Nada
um grande defensor da Supostamente tenha se sabe a respeito do
conhecido Paulo.
fé crista. autor. Séc. I.

Inácio da Antioquia: Era da


l
A Epistola de
l Pastor Hermas: era um
l
Antioquia, foi morto no ano
Barnabé: era um documento, cujo o autor
110 ou 115, em Roma.
Enviou algumas cartas, a
documento, provavelmente possa ser
vários cristas. Parecer ter provavelmente foi irmão de Pio, o bispo de
inventado um termo para escrita no anos 70 e Roma, foi escritor no ano
ceia do Senhor: a eucaristia 135. Não sabe se nada 140 a 145.
ou cerimonia da sobre seu autor.
comunhão.
Os apologista defendem a fé
A historia da teologia crista e profundamente influenciada pela filosofia
l

grega (helenística).

Os alguns aceitavam a filosofia grega como base para explicar melhor


l

cristianismo, mas embora outros não aceitavam, como Tertuliano, que disse “
O que Atenas tem realmente que ver com Jerusalém”.

Alguns apologista aceitaram os ensinamentos de Filo que fez dos filosóficos


l

gregos. Filo, por exemplo, ensinou que a filosofia de Platão e os


ensinamentos de Moises baseavam-se na revelação divina e que eram
semelhantes ou idênticos

lA filosofia grega, ate acerto ponto, monoteísta, e não politeísta, e defendia:


buscava explicar a coisas visíveis, imortalidade da alma, a importância de se
ter uma vida virtuosa, a ética, o equilíbrio entre os extremos, evitar a pura
sensualidade, e o egocentrismo.

Apologistas cristãos: Aristides, Justino Mártir, Militao de Sardes, Atenágoras de


l

Atenas, Tarsiano e Teófilo de Antioquia.


Justino Mártir: Foi o melhor apologista do século II. Descendia de uma
família grega da palestina, estudava na escola platônica e mais tarde
converteu ao cristianismo, após conversa com um misterioso homem
idoso, mas não deixou certos costume de filosofo. Começou a ensinar
o cristianismo por volta de 150, aos cristões de Roma. Depois escreveu
duas cartas contras as praticas de Roma, que martirizava muitos
cristãos: Apologia 1 : provavelmente escrita 155 na ocasião do martírio
de Policarpo, endereçada ao Imperador Antônio Pio, requerendo um
tratamento melhor aos cristãos, a Segunda Apologia 2: essa segunda
carta foi dirigida ao senado romano por volta de 160.

Atenágoras de Atenas: Assim como


l Teófilo de Antioquia: Escreveu três
l

Justino, Atenágoras era também um livros A Autólio por volta de 180.


filosofo crista, que defendia a fé com Teófilo era diferente de Atenágoras e
veemência. Escreveu uma carta, e Justino, pós era menos filosofo do
enviou ao imperador Marco Aurélio, que eles.
Petição a favor dos cristãos.
Irineu desmascara heresias
1. Irineu nasceu em Esmirna, ou perto dali, na Ásia Menor por volta de 120.
Quando jovem foi instruído pelo bispo Policarpo de Esmirna, que
aprendeu as tradições do apostolo Joao.

2. Irineu escapou da morte durante um ataque anticristã, no pais de Gália,


Império romano, porque foi enviado para contestar contra as heresias.

3. Irineu escreveu um pequeno manual de doutrina crista chamado


Demonstração da pregação apostólica, também conhecido por Epideixis.

4. Ele foi uns dos personagem mais crucias da historia da teologia crista foi
uma agente para derrota o gnosticismo e porque foi o primeiro pensador
que elaborou teorias compreensivas do pecado original e da redenção.

5. Descobriu que o mais influente era o gnosticismo valentiniano, que torna


popular entre os cristãos de Roma, que era ensinando por Ptolomeu. E
teve a responsabilidade de expor esse grupo falso.
Segunda parte
A trama se complica:
Tensões e transformações do século III
O século III teve Alguns cristãos do Clemente e Orígenes,
l

grandes mudanças, a século III, refutavam lutavam para


respeito de Deus e o sincretismo, do demostrar a
salvação. pensamento grego compatibilidade do
com o bíblico. pensamento grego e
bíblico, e demostrar a
superioridade do
cristianismo.

Os principais cristãos
l
Muitas heresias
l
da África do Norte foi
Tertuliano e Cipriano, e
surgiram e outras se
não teve nenhum outro fortaleceram, como o
que se destacaram montanismo que
como eles. ganhou forcas em
Cartago.
Clemente de Alexandria:
continuação
Tornou-se chefe da escola de
catequese de Alexandria, após a
Seu lema era:
morte do seu fundador, Panteno. toda a verdade e
Fugiu de Alexandria, por causa a verdade de
da perseguição e martírio em
202.
Deus, venha de
onde vir.
Morreu por volta de 211 ou 2016.
lSe espelhava no filosofo crista

Justino. Fazia muita


Livros : Exortações aos pagas, O referencia a Platão,
Instrutor, Stromata, Quem e o rico que o considerava
que será salvo? E Seleções de
Teodósio.
como um amigo.
1.
Tertuliano
Nasceu por volta de 150dC, em Cartago.

2. Era advogado.

3. E provável que tenha morrido de morte


naturais, em 212.

Refutava a mistura da filosofia grega com


Frase: “O que
4.

cristianismo.
Atenas tem de 5. As doutrinas de Tertuliano a respeito da
fato que ver com Trindade e da pessoa de Cristo foram
Jerusalém” forjadas no calor da controvérsia com
Praxes.
Por “o estado de
economia” Tertuliano
referia-se a trindade da
atividade de Deus na
historia da salvação.
Orígenes de Alexandria deixa
um legado perturbador
lNasceu em 185 ou 186em O problema de Orígenes e
l
Alexandria, no Egito. que estava envolvido
lAlguns dizem que ele foi uns

dos fundadores do
profundamente em
neoplatonismo. especulações, que por vez
lFoi discípulo de Clemente de levaram a conclusões
Alexandria. anticíclicas.

lTinha desejo de morrer como Nunca foi canonizado em


l
um mártires. Foi preso no meado sua memoria, por causa de
do século III, e morreu em
consequência a tortura.
suspeita e maculada e pela
lObras importantes foi contra
condenação póstuma por um
Celso e Dos princípios concilio geral da igreja em
fundamentais. 553.
Cipriano de Cartago
promove a unidade
1. Nasceu no ano de 200, em Cartago, 1. Não foi uns dos maiores
África do Norte, seu nome Tácio pensadores, da igreja, mas foi
Cipriano. organizado e marcante.
2. Era de uma família rica.
2. Padronizou o papel de bispo
3. Não se sabe ao certo qual seria a sua dentro da igreja católica, e para
profissão antes de se converte ao ambos os lados.
cristianismo, mas e bem provável que
administrasse as propriedade da 3. Tornou-se essencial para
família. eclesiologia.
4. Apos de converte começou a distribuir 4. Falo muito pouco sobre a
suas riquezas aos pobres.
trindade.
5. Foi bispo na igreja de Cartago, em 248.
5. Ele encontra-se na ligação
6. Foi executado pelas autoridades inabalável que faz entre a
romanas em 258. salvação e a unidade da igreja.
Terceira Parte
Uma grande crise abala a igreja:
A controvérsia a respeito da Trindade
l Houve muitas mudanças no século IV. Vence seu inimigo, Mexêncio, que foi
l

jogado da Ponte de Milvia.


Em outubro de 312, Mexêncio,
l

alegava-se ser imperador de Roma. Logo após, ter vencido seu inimigo,
l

Constantino promulgou o Edito de


lEusébio, conta que Constantino faz um Milão, declarou oficialmente a
apelo, quem pudesse ajuda-lo a tolerância imperial do cristianismo,
derrotar seu rival. em 313.

Constantino teve uma visão de um


l No entanto, nunca chegou a fazer do
l

símbolo cristão com as palavras “Sob cristianismo a religião oficial do império


este símbolo venceras”. e permaneceu pontifex maximus.

Em seguida entrou na guerra, com o


l Durante todo o seu reinado , o
l

símbolo de Cristo, escrito nas relacionamento entre Constantino e os


bandeiras e escudos. lideres cristãos foi tempestuoso.
Na ocasião da sua morte, Constantino
O primeiro
l

não tinha resolvido totalmente, se l


aceitava ser crista ou ser herege, mas
na realidade ele apoiava tanto os
hereges como a ortodoxia.
concilio
Hordas de pagãos não convertido
l
ecumênico, a
entraram como inundação para as
igrejas cristas simplesmente para fim de dirimir
ganhar posição aos olhos do
imperador. os conflitos
Constantino, logo em seguida, sai de
l

Roma, dizendo que vai fundar a sua


doutrinários e
“Nova Roma”. E escolhe a cidade de
Bizâncio (hoje Istambul, na Turquia), e
eclesiástico: o
deu-lhe o novo nome em sua
homenagem: Constantinopla.
Concilio de
Niceia 325.
Os alexandrinos discutem a
respeito do Filho de Deus
Tudo começou com uma
l Quer dizer, Ario pensava
l

discussão entre o bispo ter detectado na teologia


Alexandre e um presbítero do bispo um pequeno
popular e ambicioso vestígio da antiga heresia
chamado Ario, em 318. modalista de Praxes e
Sabélio que reduzia o Pai,
lArio liderou uma pequena
o Filho e o Espírito Santo
rebelião contra o bispo, a meros nomes ou
após ter escutado um dos
aspecto de uma única
seus sermões, que
considerava muito próximo
pessoa divina: Deus.
do sabelianismo.
Ario de Alexandria
O registro da vida de Ario, são
l Ario e os seus seguidores
l

desconhecidos. Possivelmente exploraram o argumento de que,


tenha nascido na África do Norte Jesus Cristo e a encarnação do
onde atualmente e Líbia Logos e se o Logos e divino no
mesmo sentido que Deus Pai e
Certamente estudou teologia na
l
divino, natureza de Deus seria
alterada pela vida humana de Jesus
escola de catequética crista em
no tempo e Deus teria sofrido
Antioquia, e foi aluno influente de através dele.
Luciano da Antioquia em 312, e
por sua vez influenciado pelo
herético Paulo de Samosata. Os oponentes de Ario
l

também acreditavam que o


Orígenes tinha duas opiniões
l
ser divino não pode sofre
sobre o Logos: que era o Filho de
Deus e que se tornou humano em
nenhum tipo de mudança,
Jesus Cristo. Por outro lado por isso , não foi fácil
acreditava na subordinação do responder ao seu argumento.
Logos ao Pai.
Alexandre de Alexandria
Alexandre de Alexandria
l
A cristologia de Paulo
l

foi condenada em um
ele tinha uma boa sínodo em 268 porque
reputação, um bispo negava a divindade
de Jesus Cristo e
meigo e tolerante e não rejeitava a Trindade.
tinha prazer em conflitos.
Alexandre reuni
l
A cristologia de Paulo Samosata
l

foi condenada em 268 porque cerca de 100


negava a divindade de Jesus bispo e derruba o
Cristo e rejeitava a Trindade. argumento de
Ario.
Arianismo
Portanto, uma diferença
l
Para Ario e seus
l
importante entre os dois
seguidores, a salvação
alexandrinos era que “a
salvação, para o ortodoxia, e significava seguir
levada a efeito pela identidade espontaneamente o
essencial do Filho com o Pai- o exemplo de Cristo de
que associa Deus e Cristo a submissão a Deus.
criação e preposição da
natureza divina da carne. A
salvação para o arianismo e A diferença entre Ario e
l

levada efeito pela identificação Alexandre a respeito da


do Filho com as criaturas – o natureza de Jesus Cristo, e
que liga Cristo e as criaturas a dos Logos que encarnou
Deus e a conformidade da nele, relacionava-se com a
vontade. soteriologia, a doutrina da
salvação.
Ário e seus colegas – os arianos –
afirmaram um tipo de Trindade composta
de três seres 'divinos' (Pai, Filho e o
Espirito Santo), sendo que somente um
deles e verdadeiramente DEUS.
Por que Alexandre, e seus presbíteros e outros
reagiram com tanta veemência contra os ensinos
de Ario? A reposta e que simplesmente eles
perceberam que isso ameaçava salvação em si. Os
cristãos da atualidade tendem a separar salvação,
como perdão e 'um relacionamento com DEUS' da
crença doutrinaria. Essa diferenciação ficou
completamente desconhecida da maioria dos
cristãos da historia. O que a pessoa acreditava
tinha muita importância.
Concilio de Niceia
Era cidade que imperador
l Foi o concilio ecumênico
l
Constantino mais gostavas, mais importante da
Niceia. Ficava perto de
historia da igreja, em
Constantinopla. 325, e o primeiro.

O concilio duro 2
l Foram 318 bispos
l

meses e tratou de convocado para esse


varias questões da concilio, sendo que
igreja. 28 eram arianos.
O modalismo nunca fora oficialmente
condenado e ainda pairava como uma
grande ameaça a doutrina ortodoxa a
respeito da Trindade. Reduzia o Pai, o Filho
e Espirito Santo a três modos ou aspecto de
Deus e surgiria o patripassianismo – a ideia
de que o Pai sofreu na cruz.
O CREDO DE NICEIA
lProcuravam escrever um credo A igreja fechou as porta
que viesse unificar a fé da igreja
lEles não procuram em se
para o arianismo, mas
preocupar se o Pai e o Filho, deixou as portas abertas
possuíam a mesma substancia. para o sabelianismo.
Procuravam condenar o arianismo,
Eusébio de Nicomédia e
mas um dos bispo Marcelo Ancira,
um cripto-sabeliano, acreditava Teogno de Niceia, se
secretamente na heresia do recusaram em assinar.
modalismo.
CONCILIOS ECUMENICOS
A igreja católica romana,
O concílios mais
l
l

reconhece 21 concílios
importante, foram ecumênicos, sendo que o mais
recente o vaticano II (1962 - 1965).
quatros: Niceia I lMuitos cristãos evangélicos da era

moderna chegaram a considerar os


(325), 4 primeiros concílios, como marco
na historia da igreja, não
Constantinopla I considerando que tenha a mesma
autoridade das Escrituras, por
(381), Éfeso I (431) causa das decisões marcantes.
e Calcedônia (451).
Atanásio Sustenta a Fé
Atanásio era de Alexandria, atuou
l

arcebispo durante 45 anos.


O axioma de
l

l Enfrentou cinco exílios. Lutero: “ PAZ, SE


Confrontavam muitos dos arianos
l
FOR POSSIVEL,
e semi-arianos.
MAS VERDADE, A
QUALQUER
CUSTO!”
A teologia de Atanásio
Atanásio seguia três linhas de
l 2. O amago do raciocínio
l

raciocínio teológico: atanasiano e que se o Filho de


Deus não e “verdadeiramente
1. Empregou afim de apoiar a Deus” no mesmo sentido que o
Pai, fica impossível a salvação
igualdade do Filho com o Pai e
como uma nova criação.
metafisica. O amago do
argumento e que se o Pai e
Deus, o Filho deve forçosamente l3. Adotou a fim de defender a
plena e verdadeira divindade
também ser Deus, pois de outra
do Filho Deus era relativa a
forma, o Pai teria passado por revelação. Para Jesus Cristo ser
mudança ao se tornar Pai. a verdadeira revelação de
Deus, e não meramente uma
imagem ou profeta, conforme
tantos já tinham sido, precisava
ser Deus.
Atanásio : “Pois ele foi feito homem a fim
de que nos fossemos feitos Deus; ele se
manifestou por meio de um corpo, a fim
de que nos recebêssemos a ideia do Pai
que não e visto; e ele suportou a
insolência dos homens a fim de que nos
herdássemos a imortalidade”.
Os pais capadócios
resolvem a questão
A heresia ariana e sabeliana
l

durou boa parte do século IV, e As obras dos três


l
terminou no concilio de
Constantinopla em 381.
grandes pais
Os três pais capadócios: Basílio
l
capadócios,
de Cessaria, Gregório “consistiu em
Nazianzeno e Gregório de Nissa,
eram chamados assim porque esclarecer, definir
vieram da região da Capadócia
na Ásia Menor (Turquia) ele e defender a
exerceram seus cargos
eclesiástico. doutrina trinitária.
Basílio de Cessaria
lNasceu por volta do lObras teológicas e uma
ano de 330. das importantes foi Do
lEra de uma família
Espirito Santo, por volta
de 375.
crista, e rica. lconhecido pela igreja
lFoi o sucessor de
“teólogo do Espirito
Eusébio de Cesárea. Santo”.
lMorreu em 377 ou 379.
Gregório Nazianzeno
lNasceu em 329 ou lObras: Discurso
330. teológicos.
lVenho de família lFoi acusados de

abastada e de um lar varias acusações


crista. infindáveis, feita pelos
lEstudou em Atenas seus inimigos arianos.
,com Basílio.
Gregório de Nissa
1. Era irmão de Basílio, caçula.

2. Nasceu em 340 e morreu 393.

Acumulou muito conhecimento e entendimento


3.

astronômicos da filosofia grega e tornou-se extremamente


articulado e agudo nas habilidade de racionar e se
comunicar.

4. Sua vida de bispo foi muito infeliz, pois envolviam em


muito controvérsias.

5. Fazia muito uso da filosofia grega.

6. Obras: da santa trindade, não três deuses e contra


Eunômio.
A teologia de Basílio, o Grande
Cooperavam entre si.

Tinham as mesmas fontes de inspiração: as Primeiramente ilustrou a DOIS PROBLEMAS:


Escrituras, Platão, Orígenes e Atanásio distinção entre ousia e
A primeira é que até mesmo
hyspostasis – substância e Basílio e os demais pais
subsistência – ao referir-
Propósito: estabelecer definitivamente o capadócios sabiam que ela
grande mistério da trindade e unidade de Deus se a qualidade humana de
tinha problemas inerentes.
três homens hipotéticos
Entre outros, os dois termos
distintos: Pedro, Tiago e
podiam ser entendidos como
João. Todos os três são
sinônimos. Hyspostasis era
seres humanos e
usada, ás vezes, no lugar de
Oponentes: eunomianos compartilham da mesma
natureza universal, ou
ousia na cultura grega para
significar substância.
e pneumatômacos essência (ousia), da
humanidade. Ao mesmo Outro problema era que
tempo, cada um apresenta a única maneira de
característica peculiares. usar essa distinção
Pedro é mais alto que Tiago e para reforçar o
Eunômio: 1. desprezou a alegação de João. Isso nada tem que ver argumento deles seria
Eunômio no sentido de este ter captado a com uma desigualdade fazer todos pensarem
própria essência de Deus. 2. Negou a essencial da sua qualidade como eles, como
analogia subordinacionista entre o gerar humana. O mesmo acontece plantonistas. Para eles,
divino e o gerar o gerar humano. 3. Refutar com as hyspostasis do Pai, do
de que a “qualidade de não-gerado” sempre
substância era um tipo de
acompanha a “eternidade” de tal maneira Filho e do Espírito Santo: o forma platônica – uma
de que ser gerado equivale a ser temporal, Pai é não-gerado, o Filho é proposição universal
e não eterno. gerado e o Espírito é verdadeira que, em certo
procedente do Pai. A sentido, estava, “acima” das
diferença não deprecia de coisas individuas. O
modo alguma sua “vermelho” como forma
participação igualitária na platônica ou proposição
Pneumatômacos: negavam a divindade e a substância divina. universal de “vermelho”, por
personalidade do Espírito Santo, é Do
Espírito Santo. É impossível o Pai se separar
exemplo, era concebido
do Espírito Santo. verdadeiro e, em certo
sentido, “superior” que cada
coisa vermelha.
O legado dos capadócios
1. No decurso da história da teologia cristã,
críticos acharam-na muito ambígua.

2. Quando examinada de perto, dava a


impressão que ele queriam excluir a
verdadeira triplicidade, ou se não , que
afirmavam a triplicidade de Deus a ponto de
excluir a unicidade de Deus.

3. Por isso são frequentemente tratados


como a origem da moderna “analogia
social” da trindade que ás vezes parece se
aproximar do triteísmo.

4. A critica principal contra os capadócios,


especialmente pelos teólogos cristã da
atualidade, é que eles se prenderam
demais as especulações a respeito da
trindade imanente (relacionamento
intranatários na eternidade), ao passo que
se restringe a trindade econômica (as três
pessoas ativas na história da salvação).

obs.: Há uma certa verdade nessa acusação,


mas enfoque exclusivo na trindade econômica
pode ser também um problema.
Soteriologia divergentes
1. A soteriologia alexandrina apegava-se
especialmente ao conceito oriental
tradicional da deificação no decurso da
salvação e no seu alvo final. Não que os
antioquenos o rejeitassem, mas os teólogos
alexandrinos colocavam esse conceito em
primeiro plano e no centro de toas as
meditações teológicas. Sua abordagem
básica á pessoa de Jesus Cristo era
afetada por esse compromisso prévio,
conforme já vimos nos casos de Orígenes e
de Atanásio.

2. Em vez de enfatizarem a união entre o


divino e o home em Jesus Cristo, os
antioquenos enfatizavam a distinção entre
as duas naturezas nele.
Apolinário de
Laodicéia disse:
Jesus não tem
Apolinário de
“alma”, Ele tem
um Logos. Laodicéia:
1. Seu único erro afirmava que Jesus, não
tinha alma, mas sim o Logos.

2. Para ele, assim como para a maioria dos


alexandrinos, a salvação como
deificação é possível somente se
Cristo for totalmente controlado pela
vontade e poder divinos. Se ele tivesse
uma lama, ou mente/espirito, racional,
poderia ter pecado e resistido ao chamado do
Logos em sua vida, e isso implicaria que a
encarnação não teria acontecido.

3. A cristologia de Apolinário foi condenada no


Concílio de Constantinopla, não porque
incluía a ideia de “uma só natureza do Deus-
homem depois da união”- uma ideia
alexandrina comum – masporque negava
a humanidade integral e completa do
salvador.
Teodoro de Mopsuéstia

O maio defensor da cristologia antioquenos do Deus-


homem, ele foi condenado como herege, depois de cem
anos de sua morte. Em vida foi um grande estudioso
bíblico e teólogo.

A cristologia de Teodoro era dominada por três questões:


a imutabilidade dos Logos, o livre-arbítrio de Jesus
Cristo e a realidade da vida humana de Jesus de
lutas e de realizações.

Para Teodoro, portanto, devemos fazer distinção entre o


“homem com que Deus se vestiu” na encarnação e o
Logos que se revestiu do homem.

Palavra-homem era silenciosamente subvertida e atacada


pelos alexandrinos como adocionismo mascarado.
A cristologia de Teodoro:
1. Imutabilidade do Logos: Se o Logos é
verdadeiramente Deus, como ensina a
ortodoxia e conforme afirmaram os concílios de
Nicéia e de Constantinopla, então a sua união a
um ser humano deve provocar uma mudança
no humano e não no Filho de Deus.

2. Livre-arbítrio de Jesus: Não pode ser uma “união


natural”(uma única natureza) porque nesse caso
o Filho de Deus teria mudado junto com a
natureza humana para formar uma terceira uma
“terceira coisa”. Além disso, se a humanidade
de Jesus Cristo não incluía uma mente e
vontade humanas, então ela não tinha livre-
arbítrio e a consumação de sua união á Deus
e não seria nada semelhante á nossa, seria
uma coisa estática, automática e, portanto, não
seria uma consumação.

3. Realidade da vida humana de Jesus e de


realizações: Finalmente se você uma pessoa
totalmente humana, não poderia identificar-
se com as nossas lutas e nem sentir tentado,
como obviamente aconteceu. Para Teodoro,
tudo isso resulta em um forte argumento em
favor da cristologia.
Nestório: As vezes, Theotokos é
traduzida como “mãe de Deus”, mas essa não é a tradução
preferida.
Embora as duas tradições (a ortodoxa oriental e a católica
romana) prestem grande reverência a Maria, o título
Theotokos na verdade serve como indicador da
verdadeira divindade de Jesus. Quando Maria deu à luz
o seu Filho, deu à luz Deus.
Pouco se sabe a respeito da vida de Nestório, só que
nasceu em Antioquia ou arredores 110 fim do século iv e
morreu exilado no deserto da África do Norte por volta de
450.
No ano de 428, pregou um sermão condenando o titulo de
Maria: Theotokos. Disse que os cristãos não deviam se
referir a Maria como “portadora de Deus”. A veneração a
Maria não era o problema, mas sim a confusão entre as
naturezas diferentes de Jesus Cristo.
O argumento de Nestório, disse que uma criatura divina
não pode nascer, e morrer da mesma maneira. A natureza
divina é imutável, impassível, perfeita e incorruptível. Para
ele, a virgem Maria deu á luz o homem Jesus Cristo que,
desde o momento da sua concepção, estava intimamente
unido ao eterno Logos de Deus.
O único livro conhecido de Nestório – O livro de Heráclides
– era uma defesa a sua teologia, escrito depois de ter sido
exilado.
Cirilo: Pouco não se sabe onde ele nasceu ou da sua juventude, mas tornou-se bispo
da egípcia em 412 e presidiu as igrejas cristã e todo o Egito até a morte, em 444. Não
considerado um dos grandes teólogos cristã, e tampouco fora condenado. A sua
reputação é maculada por dois fatores. 1º Porque quase envia espiões, para
Constantinopla, para pegar Nestório, e qualquer outro antioqueno em heresia. 2º
supostamente tenha sido a ponte para duas heresias: apolinarismo, que veio antes da
sua época, e o monofisismo, que depois de sua morte.

Nem Cirilo e nem


Cirilo considerava a teologia de Nestório,
Nestório, uma forma sofisticada de produziram obras
apolinarismo. clássicas da
teologia cristã.

Não há dúvida de que a


intenção de Nestório era
boa. Ele queria preservar a
A teologia dos dois Nestório que levar a
integridade da natureza de
apresentava muita teologia de Teodoro, á
Deus e da natureza
ambiguidade. compreensão lógica.
humana, mesmo na
encarnação, postulando
uma “união de naturezas”.
A cristologia de
Cirilo de Alexandria:
1. Era é ambígua.
2. De modo geral, segundo consta, a
contribuição original de Cirilo à
cristologia é a doutrina da união
hipostática — ou pelo menos suas
ideias básicas.
3. Por outras palavras, segundo Cirilo,
não havia nenhum sujeito pessoal
humano na encarnação.
4. No entanto, para não “dividir a pessoa”
do modo nestoriano, Cirilo também
enfatizou a unidade do sujeito ou
pessoa em Cristo, de modo que
somente o Logos divino é
verdadeiramente pessoal e ativo nele.
5. Para ele, o Filho de Deus formou a
personalidade de Jesus Cristo. Ele era
essa personalidade.
Eutiques de Constantinopla

Acreditava que Cristo era Pelo contrário, ele


consubstancial. ensinava que, desde o
momento da
concepção em Maria,
Jesus Cristo era um
ser híbrido entre a
humanidade e a
divindade — uma
Foi muito atacado, por causa de única natureza divina-
suas ideias. humana —, que
juntava e misturava as
duas naturezas de tal
maneira que a
natureza humana era
subjugada e absorvida
pela divina.
Não acreditava na personalidade
humana de Cristo.
Dióscoro

O motivo de ter causado a condenação de


Em 448 manipulou o Eutiques era oferecer ao monge de
sínodo, para condenar Constantinopla refúgio e comunhão com
o Eutiques. Alexandria e depois usar sua condenação e
subsequente comunhão para forçar uma
confrontação com os líderes de Antioquia e até
mesmo com o próprio patriarca de
Constantinopla.

Flaviano de Flaviano tentou ler a


Constantinopla, foi carta, mas os
pegou no meio de monges de Dióscoro
uma confusão. Talvez atacaram-se e Eutiques negou a
tenha sido ele que espancaram-no tão consubstancialidade de jesus
chegou no concilio violentamente que Cristo conosco e conseguiu
levando uma carta do acabou morrendo oficializar sua ideia.
bispo Leão de Roma, pouco tempo depois.
contra Eutiques.
NEGADO!
Por algum tempo, o sínodo constou como o
quarto concílio ecumênico — Éfeso II. A vitória
alexandrina parecia completa. Triunfara o eutiquismo. A
doutrina ortodoxa e católica oficial da pessoa de
Jesus Cristo dizia que ele era o “Deus-homem
de uma só natureza” cuja humanidade tinha sido
absorvida pela divindade. Não se podia culpar
ninguém que dissesse que essa era uma vitória
para o docetismo pois, se alguém tentasse
imaginar esse conceito, naturalmente veria Jesus Cristo
como o eterno Filho de Deus fingindo ser um homem. A Fórmula
de Reunião de 433, que até mesmo Cirilo tinha
assinado e apoiado, foi desfeita.
Os
Concilio de seguidores
Calcedônia e Dióscoro se
a Definição de arrependera antioqueno e alexandrinos
Calcedônia (8 m-se do que
de outubro de tinha feito
451) com
Flaviano.

Somente ele
Logo em
sustentou, o seguida foi
que havia deposto e
Dióscoro acontecido exilado
em Éfeso para o
449.
deserto.

A fé de Tertuliano
Foi uma vitória para A verdadeira
foi aceita: Jesus os alexandrinos,
Cristo era uma só essência de
porque afirmava Calcedônia: “ sem
pessoa com duas categoricamente confusão, sem
naturezas ou duas naturezas e mudança, sem
substâncias. proibia a confusão divisão, sem
ou mudança na sua separação.
união.
Um estudo cuidadoso da redação da Fórmula de Calcedônia revela
por que ela era tanto um acordo entre dois extremos como uma
tentativa de preservar o mistério da encarnação. Ela afirma
claramente, seguindo uma teologia antioquena moderada, a
verdadeira humanidade de Jesus Cristo e suas duas naturezas.
Mas declara que as duas naturezas não devem ser divididas nem
separadas e que cada uma delas, na sua plena integridade,
permanecem juntas em uma só pessoa. A cristologia antioquena
está certa que afirma — duas naturezas do Deus-homem —, mas
errada que Nestório negou — a unidade integridade da pessoa de
Jesus Cristo. Calcedônia também afirma com clareza, contra a
cristologia alexandrina radical, que as duas naturezas de Cristo
não devem ser confundidas (ligadas ou misturadas), nem se deve
pensar que foram alteradas mediante a união hipostática no Logos.
A cristologia alexandrina está certa que afirma — uma só pessoa
de Cristo, que é o Filho de Deus —, mas errada no que Eutiques
negou — a plenitude e a integridade das naturezas distintas da
humanidade e da divindade, mesmo em sua união em Jesus
Cristo.
Leôncio de
Bizâncio:
1. Não sabe muita coisa sobre a vida
de Leôncio.
2. Nasceu em 485.
3. Era provável que havia algum
parentesco com Justiniano.
4. Deixou sua vida abastada, para
viver sua vida no mosteiro, na Síria,
onde recebeu influencia nestoriana.
5. Conseguiu se liberta- se dessa
heresia, e foi um grande defensor
Para Leôncio “a natureza humana de de Calcedônia.
Cristo não ficou sem hipóstase, mas 6. As obras nunca foram traduzidas,
se tornou hipostática [personalizada] ainda são conservada em latim:
na Pessoa do Logos”.14 A natureza Contra nestoriano e eutiquianos,
humana de Cristo — a natureza humana Trinta capitulo contra severo,
plena e completa — não era anipostática
Soluções – os argumentos de
Severo.
(impessoal), nem propriamente pessoal, 7. Concordo com os alexandrinos, que
mas enipostática, que significa o Logos/Verbo, eterno, o Filho de
“personalizada na pessoa de outrem”. Deus, é o sujeito a encarnação.
RESUMO
Deixando de lado os pormenores indo direto ao
assunto, é o seguinte: segundo a doutrina da união
hipostática conforme interpretada e afirmada pelo
quinto concílio ecumênico: “embora possamos nos
aventurar processo mental de ver as duas
naturezas d.C. Cristo a sua realidade, sempre
devemos voltar à verdade fundamental de que
ele é uma só Pessoa, o Logos que se fez
homem, a quem pertencem propriedades tanto
divinas como humanas e de quem são as ações e
palavras, divinas e humanas, relatadas nas
Escrituras”
AGOSTINHO:
1. No de 354, nasceu com o nome de
Aurelius Augustinus em Tagaste, na
África do norte .
2. Dá muito mérito a sua mãe Mônica,
que era uma cristã, fidedigna.
3. Na sua adolescência, desvio do
caminho de Cristo, e se aprofundo
na filosofia.
4. Em Cartago foi influenciado, pela
uma nova seita chamada de
maniqueísmo.
1. O neoplatonismo, por sua vez, 5. Foi o fundador da chamada corrente
formou seus pensamentos de pensamento monergismo: a
ideia e a crença de que a agência
subsequentes a respeito de humana é inteiramente passiva e a
Deus e do relacionamento entre de Deus é totalmente determinante,
Deus e o mundo. tanto na História universal quanto
2. Tornou-se bispo de uma sé na salvação individual, conhecida
importantíssima da África do Norte, por Predestinação.
aos 42 anos de idade, e 6. Em 386, se converteu ao
permaneceu no cargo durante 30 cristianismo, através de uma
anos, até sua morte em 340. epístola de Paulo aos romanos.
Agostinho fala sobre o
sacramento e a igreja
Cipriano que era muito A maior briga entre donatista e
respeito, por ambas as católicos, e sobre o
sacramentos realizados por
partes, rejeitou e ministro, indignos ou dignos,
considerou inválidos o sob a autoridade de bispos
batismo e eucaristias. indignos.

A igreja católica passou a aceita-los e


considerá-los válidos, sem uma justificativa
teológica aparente
Segundo Agostinho o sacramentos,
Escreveu em outro lugar que um bebê
como o batismo e eucaristia ou a ceia do
que morre sem ser batizado está
Senhor, transmitem graça, livremente
condenado à perdição.
como “ em virtude do próprio ato”.

O batismo administrado por um sacerdote “Com toda a razão, portanto, em virtude


autodenominado, sem ordenação válida, não era da condenação que percorre toda a massa
sacramento. Mas o batismo administrado por um [humanidade], ele não é admitido ao reino
sacerdote imoral ou herético com ordenação
válida e em comunhão com a Grande Igreja era do céu, pois, além de não ser cristão, não
sacramento legítimo. teve a possibilidade de se tornar um”.

Segundo Agostinho, as crianças Posteriormente, Agostinho sugere que


nascem culpadas do pecado de Adão e as crianças que morrem sem ser
Eva e são corruptas por natureza. O batizadas vão para um lugar chamado
batismo é necessário para livrar dessa “limbo”, que não é o paraíso nem o
culpa, curar a corrupção e trazer a hades (inferno) — nem bem-
pessoa para a vida da salvação dentro aventurança, nem sofrimento —, mas
da igreja. Essa crença a respeito do meramente um lugar, à margem do
batismo é conhecida na teologia como inferno, que abriga os não-regenerados
“regeneração batismal”. sem culpa pessoal.
Pelágio:
1. Nasceu na Grã-Bretanha por volta de 350.
2. Como todo herético, a sua vida é cheio de
mistério, e citações que o condenam. Chegou
em Roma por volta de 405, e viajou para a
África do norte.
3. E continuou viajando até a Palestina e
escreveu dois livros sobre o pecado, o livre-
arbítrio e a graça: Da natureza e Do livre-
arbítrio.
4. Foi inocentado da acusação de heresia pelo
sínodo de Dióspolis na Palestina em 415, mas
Rejeitava completamente a ideia do pecado condenado como herege pelo bispo de Roma
original. Certamente não era o único. A em 417 e 418, e pelo Concílio de Éfeso em
maioria dos cristãos orientais também 431.
rejeitava a ideia da culpa original ou herdada. 5. Não se sabe o ano exato de sua morte, mas,
Acreditava fervorosamente no livre-arbítrio e provavelmente, foi pouco depois de 423.
na necessidade da graça para a salvação,
mas entendia que a graça dependia, em
parte, de um atributo natural da pessoa, em
parte, da revelação da vontade de Deus
através da lei.
OS OPONENTE DE PELÁGIO O
ACUSARAM-NO DE TRÊS HERESIAS:

Negar que a graça de Deus é essencial para a salvação:


Negar o pecado original:
Não existe nenhuma Impecabilidade operada pelo
tendência ou predisposição livre-arbítrio
Pelágio semclaramente
afirmou a graça:
inata ao pecado. São os Em outras palavras, não que um cristão pode ficar
exemplos pecaminosos precisamos de nada além da isento do pecado se assim
que seduzem as pessoas graça da Palavra de Deus e da desejar. Uma criança pode e
nossa própria consciência. deve de fato viver de tal
ao pecado. Em linguagem Basta a qualquer cristão
metafórica, para Pelágio, o maneira que nunca precise
batizado simplesmente decidir implorar por perdão a Deus. O
pecado era um mal social e seguir a vontade de Deus o perdão existe para o caso de
não um mal genético. tempo todo e nunca precisará alguém tropeçar e cair no
de nenhuma outra capacitação pecado ou mesmo de pecar
especial de Deus para viver deliberadamente, mas Pelágio
sem pecado. considerava-o desnecessário
para a pessoa que vivia com
retidão pelo livre-arbítrio, de
acordo com a iluminação
fornecida pela Palavra de Deus
e pela consciência.
Agostinho: as conclusões
errônea
Segundo Agostinho, o livre-arbítrio era
simplesmente fazer o que se deseja Mas para que Deus seja
fazer: “Resumindo, portanto, sou livre soberano, todos os eventos
para praticar qualquer ação (de acordo precisam estar sob seu controle,
com minhas possibilidades), pois meu pois “se a vontade do ser
desejo e minha decisão de realizá-la humano não depende do poder
são suficientes para sua realização”.
de Deus, mas exclusivamente do
indivíduo, então é possível que
Deus fique frustrado. E isso é um
Se qualquer boa ação que os seres
humanos conseguem praticar é dádiva completo absurdo”.26 A única
de Deus, se todo desejo da vontade solução é dizer que livre- arbítrio
humana é obra de Deus e se Deus é a é fazer o que se deseja fazer.
realidade determinante de tudo, a única Mas, para Agostinho, Deus é a
conclusão natural que se pode tirar é que
Deus predestina, de modo soberano, origem de todos os desejos.
tudo o que acontece, inclusive o pecado Aconteça o que acontecer, será
e o mal de um lado e a salvação e a feita a vontade dele.
justiça de outro.
Semi-pelaginismo
Entretanto, o debate entre Agostinho Sua conclusão, assim
e Pelágio tornou a questão ainda
mais contundente. Com o propósito
como de tantos outros
de preservar a total suficiência da na história da teologia,
graça, Agostinho acabou foi ambígua.
transformando a salvação em
obra exclusiva de Deus de tal forma
que os seres humanos simplesmente No fim, durante o Sínodo
não desempenham nenhum papel. de Orange (na França
Se forem salvos, é somente atual) em 529, alguns dos
porque Deus os escolheu e lhes
deu o dom da graça — inclusive a mais fervorosos partidários
própria fé — sem considerar de Agostinho e de seus
qualquer decisão que pudessem opositores perderam suas
tomar ou ação que pudessem causas.
praticar.
• Heresia: necessidade e suficiência da graça
auxiliadora sobrenatural.
Pelágio • Condenação: Concílio de Éfeso em 431.

• Mas a questão não foi decida a favor de


Agostinho.
• Muito teólogos buscaram conciliar monergismo
Agostinho de Agostinho e as obras defendidas por Pelágio.

• Certamente, pensavam, há muito espaço entre


os dois para lavrar uma doutrina de salvação que
faça justiça tanto à soberania da graça quanto à
Igreja livre decisão e atuação do homem.
João Cassiano:
1. Ele nasceu por volta de 360, e ingressou
ainda sedo no mosteiro de Belém, Palestina.

2. É fundador do mosteiro em Marselha, em 410.

3. Nunca foi canonizado pela igreja ocidental


(católica romana), mas é considerado santo
no Oriente (na ortodoxia oriental).

4. Dois monges teólogos que trabalhavam com


Cassiano a fim de refutar essa doutrina foram
Vicente de Lérins e Fausto de Riez. Os três,
juntos, formaram a base da oposição católica
leal, especialmente contra a crença na
predestinação divina sustentada por Agostinho
e seus seguidores. As gerações posteriores
Apoteose: “Embora sua fama tenha chamaram-nos de semipelagianos.
sido ofuscada pelo grande monge
ocidental, São Bento de Núrsia, 5. As principais obras teológicas de João
Cassiano realmente merece o crédito Cassiano foram escritas em Marselha e
por ter sido, não exatamente o incluem: Da instituição do monasticismo.
fundador, mas o primeiro organizador Discursos espirituais e Da encarnação do
e sistematizador do monasticismo Senhor contra Nestório.
ocidental”.
Cassiano:
Em outras palavras, Cassiano e os outros
marselheses ensinavam que o ser humano é
salvo exclusivamente por Deus mediante a
graça, mas que a salvação partia somente
da iniciativa da boa vontade no coração do
homem para com Deus.
Semi-pelaginismo é o nome que se dá,
na história da teologia cristã, à ideia de
que a natureza e esforço humanos por
si sós, sem a graça sobrenatural
auxiliadora, são capazes de provocar a
reação de Deus conceder a graça
salvífica.
Controvérsia termina:
Em 529, termina a controvérsia
semipelagiana, no Sínodo de
Orange.
O sínodo não defendeu a predestinação de nenhuma forma. Entretanto,
exigiu a crença de que qualquer ato de bondade ou retidão dos seres
humanos é resultado da graça de Deus que opera neles.

Em Orange, os bispos católicos condenaram os principais aspectos do


semipelagianismo, endossaram o conceito que Agostinho tinha da necessidade
e total suficiência da graça e condenaram a crença na predestinação divina para
o mal ou para a perdição. Como Agostinho nunca chegou a afirmar
especificamente que Deus predestina alguém ao pecado ou ao inferno, seus
próprios ensinos passaram pelo Sínodo de Orange sem serem em nada
criticados, mas também sem serem plenamente confirmados.
Gregório I :
1. Gregório, conhecido como o Grande.
2. Gregório foi um dos papas e teólogos
mais importantes na história da
tradição católica romana e,
involuntariamente, um dos que mais
contribuíram para as divisões entre
essa tradição e a ortodoxia oriental e
o protestantismo.
3. Foi um papa muito influente cm um
momento crucial da história da igreja
ocidental e um dos mais importantes
intérpretes da teologia de Agostinho e
1. Queria viver uma promotor da piedade e estilo de vida
monásticos.
vida sem luxos, mas4. Gregório nasceu em uma família
foi chamado para aristocrática de Roma por volta de
540 e passou a juventude em um
ser papa no ano de mosteiro, onde recebeu sua
educação espiritual. Viajou muito pelo
3 de setembro de mundo mediterrâneo e permaneceu
590. algum tempo em Constantinopla.
Feitos de Gregório I:
Também aprovou e promoveu
A sua maior obra muitas crenças e práticas
espirituais tradicionais dos leigos
resumidamente foi cristãos no Ocidente

a Regra Pastoral.
relacionadas à veneração de
santos e às penitências
sacrificiais e observâncias de
dias festivos.
A partir de Gregório, todas as
ordens monásticas seguiram a
forma do monasticismo E, por último, Gregório criou o
conceito híbrido da salvação
beneditino. entre o monergismo agostiniano
e o sinergismo de João Cassiano
Gregório também procurou e o resultado influenciou
estabelecer a acomodação das profundamente a teologia
culturas e religiões pagãs na católica romana a partir de
Europa pelo bem do evangelismo. então.
De um lado, ele nitidamente promoveu Agostinho como o maior de todos os
pais da igreja. De outro, por mais estranho que pareça, leu e interpretou
Gregório e seu conceito
Agostinho através de João Cassiano

Para Gregório, “as orações, a penitência, as missas, a intercessão e as boas


de salvação:

obras são formas de intermediação do esforço humano com o divino”.

Mas quando a vontade e o esforço cooperam com a graça e a pessoa


persevera até ao fim e entra para o reino eterno, então, pode-se dizer que ela
estava “predestinada à salvação”. A graça eletiva precisa estar presente.
Segundo Gregório, ela não era automática.

“Na realidade, [...] Cristo não cumpriu tudo por nós. Certamente, ele redimiu a
todos na Cruz, mas ainda é necessário que aquele que se esforça para ser
redimido e para reinar com ele seja crucificado também”.

Quando Lutero se filiou ao mosteiro agostiniano buscando um Deus gracioso,


foi-lhe ensinada a versão do agostinismo ensinada por Gregório. Ficou
perturbado com a ideia de um Deus irado e impossível de se agradar.
A teologia de E a tradição cristã A “Grande Igreja”
A igreja Orígenes, foi
virtualmente da capital oriental
completou-se, para — a Hagia Sofia —
passa ser condenada os cristãos desempenhou um
pelo quinto ortodoxos por volta
chamada de 787, no sétimo e
papel fundamental
nesse processo. “A
Concilio de
“Católica” Ecumênico,
último concílio
ecumênico de Nicéia adoção de uma
prática ou tradição
e outra de em 553, em 3. E por isso que a
igreja oriental às litúrgica pela
Ortodoxa, Constantinopla, 'Grande Igreja’
vezes chamada
mas seus Igreja dos Sete significava uma
partir de ensinos Concílios. No âmago aprovação final e,
da tradição, está a em última análise,
uma continuava
adoração e a regra quase uma
forte,
convecção pensamento
da teologia ortodoxa
oriental é Lex orandi,
garantia da
aceitação
, em 1054. oriental. lex credendi, “a lei universal”
da adoração é a lei
da crença”.
João Crisóstomo:
1. Nasceu na Antioquia, por volta de 349.

2. João Crisóstomo tipifica a preferência pela


teologia solidamente arraigada na
adoração, inclusive a pregação prática da
“mente de Cristo” conforme expressa na
tradição (inclusive nas Escrituras).

3. Mesmo assim, era tão benquisto e


respeitado por todos que, em outubro de
397, foi nomeado bispo de Constantinopla
pelo imperador Teodósio I.
Crisóstomo morreu em uma
marcha forçada para o exílio, 4. Recebeu o cognome “Língua de Ouro” ou
“Boca de Ouro” porque sua pregação era
longe de Constantinopla em muito doce aos ouvidos, teve que proibir
14 de setembro de 406. com severidade os aplausos em seus
Morreu de subnutrição e sermões, pois a congregação, cheia de
entusiasmo, exigia que ele pregasse mais
fraqueza. Foi claramente uma vezes e por mais tempo.
execução ordenada pelo
imperador Arcádio, que queria 5. Em setembro de 403, Crisóstomo foi
condenado por uma corte eclesiástica e sua
o Boca de Ouro fora do seu deposição do cargo de bispo ratificada pelo
caminho para sempre. Sínodo do Carvalho no mesmo ano.
Máximo, o
Confessor e o
monotelismo:
1. Era de uma família abastada, não se sabe
onde foi nascimento, mas provavelmente
em Constantinopla, em 580.
2. Na vida adulta, tornou-se um servidor
público altamente respeitado e bem-
sucedido e foi convidado pelo imperador
Heráclito para ser seu secretário de
Estado pessoal.
Depois de se recusar a retirar suas 3. Depois de um breve período no cargo, no
opiniões duotelistas e a fazer um entanto, Máximo deixou o serviço imperial
para tornar-se monge e, depois de habitar
acordo com os monotelistas, Máximo em vários mosteiros, chegou a Cartago em
foi morto sob tortura por ordem do 632.
imperador cm 13 de agosto de 661. 4. Para Máximo, a encarnação foi
Posteriormente, foi reconhecido exatamente o ápice da criação e teria
acontecido mesmo que os seres humanos
como grande defensor da fé nunca tivessem caído no pecado. A
calcedônia por imperadores, bispos e ortodoxia oriental admitiu esses conceitos
leigos igualmente e recebeu o título por sua influência.
honorífico de “o Confessor”.
Máximo e sua visão teândrica da
realidade:
A visão cristã da realidade, a ontologia, de
Máximo começa com a ideia de que tudo
na criação é, em algum sentido, uma Sua humanidade linha de cooperar
revelação de Deus porque “o mundo inteiro livremente com o chamado divino do Logos,
é a indumentária do Logos”. para que a raça humana transcendesse a
condição de mera criatura e entrasse na
Máximo considerava a encarnação uma existência deificada. Máximo, entretanto,
carga que renovava a energia da criatura argumentou que a vontade humana de Cristo
humana para que atuasse com Deus na era uma “vontade natural” e não uma
deificação cósmica. Esse recarregamento e “vontade adâmica” voltada contra Deus
reenergização da humanidade pelo Logos é
o que Máximo chamava de dimensão E agora os seres humanos deviam escolher
teândrica da encarnação. livremente se queriam participar da redenção.
Muito depois do martírio de Máximo, sua Em contrapartida, ao lidar com a questão de
cristologia foi vindicada pelo sexto concílio como uma só pessoa (Cristo) podia ter duas
ecumênico, convocado pelo imperador vontades, Máximo redefiniu vontade de tal
Constantino iv. Conhecido como o Terceiro maneira que não envolve necessariamente a
Concílio de Constantinopla, ou livre- escolha. Certamente não acreditava
Constantinopla ui, ficou reunido de 680 a que Cristo poderia pecar.
681 e condenou o monotelismo e afirmou
duas vontades naturais em Cristo.
João Damasceno
e a iconoclastia:
1. A resolução acha-se num concílio
ecumênico final, que completou o
processo da tradição autoritária da
ortodoxia oriental em 787, com a
declaração de que imagens santas
— ícones — não devem ser
rejeitadas mas, de fato, usadas no
culto cristão.
Cada lar e cada igreja possuía 2. Os santos são considerados
diferentes e talvez muitos ícones simplesmente intercessores
esmerados diante dos quais os fiéis acessíveis — parte da grande
da ortodoxia meditavam e adoravam. “nuvem testemunhas” no céu —
Alguns líderes, tanto da igreja quanto que levam a Deus as petições dos
do estado, temiam que a prática cristãos viventes. Os ícones nunca
ficasse de controle e um imperador foram considerados ídolos pelos
em especial, Leão III (717), ordenou teólogos ortodoxos orientais ou
a destruição dos ícones em todas as católicos romanos.
partes do império.
João Damasceno: Nasceu em Damasco, na Síria,
entre 645 e 675 e morreu por volta 670.

Passou parte da vida A maneira de João enxergar os ícones afetou


profundamente o Segundo Concílio de Nicéia em
adulta no mosteiro 787, que foi o sétimo e último concílio ecumênico,
chamado São Saba, perto segundo a ortodoxia oriental. Os bispos ali
reunidos decidiram pela condenação dos
de Jerusalém. iconoclastas: “Anátema aos que não saúdam
[veneram] as imagens santas e veneráveis.
Anátema aos que chamam de ídolos as imagens
Seus “discursos notáveis sagradas”.
em defesa dos santos João Damasceno também é conhecido como o último
dos grandes pais da igreja da tradição ortodoxa oriental.
ícones atraíram a atenção Não somente defendeu os ícones e forneceu sua
justificação teológica — um ponto crucial para o culto
geral” de todo o Império ortodoxo oriental — mas também escreveu a primeira
Bizantino. Esses grande suma da teologia ortodoxa chamada Exposição
da fé ortodoxa. Nela procurou reunir toda a verdade
discursos ficaram cristã essencial e expressá-la da forma mais atemporal
conhecidos como possível. Embora não contenha nada de original, a
Exposição continua sendo um manual de teologia
Discursos contra os ortodoxa oriental que enfatiza a encarnação salvífica, a
iconoclastas e foram deificação da humanidade através de Cristo e a
essência inefável de Deus, além de toda a compreensão
escritos entre 726 e 730. humana.
Escolásticos: Mas o O escolasticismo Os escolásticos
escolasticismo medieval se tinha uma
Nome deriva propriamente baseava-se mais maneira de
dito designa nos ensinos de ensinar diferentes
do latim, dos outros ,
uma abordagem Aristóteles.
schola específica da davam muito
(escola), é Os teólogos enfoque no estilo
teologia cristã escolásticos se de escrever e
mesma que passou esforçaram-se ensinar, faziam
palavra aos paulatinamente em mostra a muitas
escolásticos a dominar o compatibilidade referências aos
Ocidente, de entre a filosofia teólogos e
e escolado. 1100 ao seu filósofos do
grega e o
declínio nos cristianismo. passado, que
séculos xiv e xv. eram analisado
por meio da
dialética.
Anselmo:
1. Nasceu em 1033, na cidade de Alpina
de Aosta na Itália.
2. Tinha um zelo muito grande pelas obras
de Deus.
3. Começou estuda com os monges
beneditinos, em 1056, deixou para
estudar no mosteiro de Bec na
Normandia (França).
4. Tornou-se monge aos 27 anos e
nomeado prior, em 1063, aos 30 anos.
5. Se tornou abade do mosteiro de Bec em
1078, contra a sua vontade.
6. Em 1093, foi nomeado ao cargo de
arcebispo de Cantuária, de toda a
Inglaterra, contra sua vontade.
7. Quando os reis ingleses forçaram-se ao
exílios, todas as se refugiava no
mosteiro de Bec, durante os exílios,
escreveu vários livros.
8. Morreu em 1109.
Esses dois livros e
tratados sistemático de
Na iluminação que “Teologia Natural” ou
ocorreu de origem a estudo filosófico de
dois livros Monologium Deus.
e Proslogium, em 1076
e 1078.

O único propósito
desses dois livros eram
mostra fé racional.

Portanto, em Monologium
e Proslogium Anselmo
não apelou em nenhum
O argumento ontológico momento às Escrituras
de Anselmo a favor da nem à tradição cristã, Anselmo “esforça-se,
existência de Deus mas somente à luz da com fé, para entender
razão. e, com entendimento,
para crer”.

Ele estava preocupado Para Anselmo, a lógica


em demonstrar que o é um “sinal de
Deus que criou toda a transcendência”, um
realidade, inclusive a vínculo entre os nossos
mente humana, tornou pensamentos e os de
impossível negar sua Deus.
existência sem sair do
âmbito da lógica.
Pedro Abelardo:
1. Nasceu em 1079, na
Bretanha, e morreu 1142,
no famoso mosteiro de
Cluny, na França.
2. Criou seu próprio método
de ensino em Paris.
3. Apaixonou-se por
Heloisa, desse paixão
nasceu um filho, seu tio
soube desse escândalo,
contratou capangas,
invadiram a residência e
o castraram.
Tomás de Aquino:
1. Nasceu 1124 ou 1125 no castelo da sua
família perto de Roccasecca, na Itália.
2. Estudou na Universidade de Nápoles,
onde entrou em contato com duas forças
que mudaram sua vida. Pensamento
Aristotélico, outro frades dominicanos.(
Esses seguidores de do pregador
mendicante Domingos 1170 – 1221).
3. Em 1242, o jovem universitário entrou para
a ordem dominicana como noviço e
mudou-se para o mosteiro.
4. Seu pai mandou seus irmãos sequestrá-lo,
para mudar de opinião, mas seus esforços
foram debalde, pois ele estava resoluto.
Passou dois 2 anos, em cativeiro, no
Iniciou a carreira ministerial como mestre castelo do seu pai.
de teologia em Paris. Produziu muitas 5. Diz a lenda que Aquino era muito
obras teológicas. corpulento e acanhado e que, por isso,
Ele morreu em 7 de março de 1274, em seus colegas de classe lhe deram o
Paris, antes de sua morte tinha parado apelido de “burro”.
de escrever, sem motivo aparente, 6. Aquino preparou o terreno para a teologia
Aquino respondeu: “Não posso, porque católica e armou o palco para a reação
tudo que escrevi parece insignificante”. protestante que surgiria no século xvi.
O método teológico de
Frequentemente, ao expor seu ponto de vista,
Aquino cita autoridades consagradas, como textos
bíblicos, declarações dos pais da igreja e passagens
dos concílios e dos credos. Curiosamente, ele cita
Agostinho muitas vezes como autoridade em vez de
qualquer texto bíblico. As vezes, também cita ou
menciona “o Filósofo” quando quer se referir a
Aristóteles.
Aquino

O lema de Anselmo era “a fé em busca do


entendimento” ou “creio para compreender”.

Aquino não rejeitaria necessariamente essa


atitude, mas procurava descobrir e estabelecer
rigorosamente um âmbito do conhecimento
natural de Deus que não exigisse, de modo
algum, a fé cristã.
Sto. Tomás de Aquino (1221-1274)
PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS

OS CINCO CAMINHOS (VIAS) PARA PROVAR A EXISTÊNCIA DE DEUS

I) O primeiro motor

• Tudo aquilo que move é movido por outro ser.


• Por sua vez, este outro ser, para que se mova, necessita também que
seja movido por outro ser. E assim sucessivamente...
• Se não houvesse um primeiro ser movente, cairíamos num processo
indefinido.
• Logo, conclui Tomás, é necessário chegar a um primeiro ser movente
que não seja movido por nenhum outro.
• Esse ser é Deus.
Sto. Tomás de Aquino (1221-1274)
PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS

III) Ser necessário e ser contingente

• Este argumento é uma variante do segundo.


• Afirma que todo ser contingente, do mesmo modo que existe, pode
deixar de existir.
• Ora, se todas as coisas que existem podem deixar de ser, então, alguma
vez, nada existiu.
• Mas, se assim fosse, também agora nada existiria, pois aquilo que não
existe somente começa a existir em função de algo que já existia.
• É preciso admitir, então, que há um ser que sempre existiu, um ser
absolutamente necessário, que não tenha fora de si a causa da sua
existência, mas, ao contrário, que seja a causa da necessidade de todos
os seres contingentes.
• Esse ser necessário é Deus.
Sto. Tomás de Aquino (1221-1274)
PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS

IV) Os graus de perfeição

• Em relação à qualidade de todas as coisas existentes, pode-se afirmar a


existência de graus diversos de perfeição.
• Assim, afirmamos que tal coisa é melhor que outra, ou mais bela, ou
mais poderosa, ou mais verdadeira etc.
• Ora, se uma coisa possui “mais” ou “menos” determinada qualidade
positiva, isso supõe que deve existir um ser com o máximo dessa
qualidade, no nível da perfeição.
• Devemos admitir, então, que existe um ser com o máximo de bondade,
de beleza, de poder, de verdade, sendo, portanto, um ser máximo e
pleno.
• Esse ser é Deus.
Sto. Tomás de Aquino (1221-1274)
PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS

• V) A finalidade do ser

• Todas as coisas brutas, que não possuem inteligência própria, existem na


natureza cumprindo uma função, um objetivo, uma finalidade, semelhante à
flecha dirigida pelo arqueiro.
• Devemos admitir, então, que existe algum ser inteligente que dirige todas as
coisas da natureza para que cumpram seu objetivo.
• Esse ser é Deus.
Sto. Tomás de Aquino (1221-1274)
PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS

Deus Criaturas
Ser necessário Ser contingente
Ato puro Ato e potência (transformação)

Imutável Mutável
Infinito Finito
Causa de sua própria existência Sua existência depende de algo
externo

Sua Essência é Existência Ser que possui existência (concreto) e


possui uma essência (abstrato)
A doutrina de A doutrina da O conceito de
Deus de salvação: Salvação:
Aquino: • A salvação não • Acreditava na
• Um deus imutável, pode ser predestinação.
que nunca se experimentada
transforma. sem graça de • Está claro o firme
Deus. posicionamento
• A imagem que • Esse processo da
Aquino mostra, é o
de Aquino ao lado
mesmo deus de salvação pela de Agostinho em
Anselmo, um deus graça é tanto favor de
estático e sem justificação quanto monergismo.
relacionamento. santificação.
• Era acusado de
• Isso significa semipelagianismo.
necessariamente
que, na linha de
raciocínio de Aquino,
Deus não pode A primeira palavra enfatiza o lado jurídico da
mudar e ser afetado
é um tipo de salvação, no qual a pessoa que está sendo salva se
mudança. torna justa com Deus. A segunda, pelo contrário,
designa o lado interior desse processo, no qual a
pessoa realmente se torna cada vez mais piedosa.
A Renascença e três reformadores da pré-Reforma

Guilherme de Occan: João Wycliffe: Desiderio Erasmo:


Nasceu 1280 ou foi professor Erasmo nasceu por volta de
1466 em Roterdã, na Holanda.
1290, em Inglaterra. da Universidade de Seus pais morreram quando ele
Oxford, teólogo e ainda era criança c quando
Estudou na completou nove anos de idade
universidade de reformador religioso seu tutor mandou-o a uma
inglês, considerado escola da igreja, dirigida pela
Oxford, onde se ordem mística reformadora de
tornou franciscano e precursor das cristãos leigos chamada Irmãos
reformas religiosas da Vida Comum. Ali aprendeu a
também ensino devotio moderna, a “maneira
filosofia e teologia até que sacudiram a moderna de ser espiritual”, que
Europa nos séculos se centralizava nos aspectos
1324. práticos da espiritualidade cristã,
XV e XVI. como a oração, a meditação, o
Morreu dia 7 abril exemplo de Cristo e o estudo
das Escrituras
1347, vitima da peste
Guilherme Nominalismo:
• Com base em seu conceito nominalista ou conceitualista das proposições universais,
Occam negou a essência invisível da igreja que, supostamente, residia no papa e nos
bispos, arcebispos e cardeais por ele nomeados e, em vez disso, identificou a igreja com os
crentes que a compunham. Para ele, “a igreja é a reunião de todos os crentes, a
comunidade dos cristãos. [...] Todo crente é membro da comunidade cristã”.

João Wycliffe:
• Censurava a corrupção e abusos dentro da igreja e condenava duramente os papas de sua
época por causa da secularidade e obsessão pelo poder e dinheiro.
• O realismo de Wycliffe manifestou-se em várias áreas da sua teologia, mas em nenhum
lugar com tanta força quanto em sua crítica à doutrina da transubstanciação.
• Além disso, endossava com firmeza a crença na predestinação e tendia ao monergismo no
seu conceito da intervenção de Deus em relação à atuação humana.
• Além disso, lutou pela tradução da Bíblia para a língua inglesa e seus esforços produziram
entre seus seguidores a primeira Bíblia em inglês, chamada Bíblia de Oxford.

Desiderio Erasmo:
• Os escritos de Erasmo eram populares devido à sua imaginação inteligente e ao seu estilo
claro e descritivo. Embora isso fizesse com que ele atraísse um grande número de inimigos
poderosos em função de suas sátiras. Entre seus trabalhos mais importantes estão o Elogio
da Loucura (1509), no qual a "loucura" discursa para uma audiência imaginária composta por
pessoas de vários tipos; De Duplici Copia Verborum et Rerum (1511), um texto de retórica
para os estudiosos do latim; Os Pais Cristãos (1521); Colóquios Familiares (1516-1536); De
Libero Arbitrio (1526), um panfleto satirizando Martinho Lutero; As Navegações dos Antigos
(1532), uma série de contos; e Preparação para a Morte (1533).
O exemplo clássico disso é a
Contra a Igreja de
Epístola de Tiago, a respeito da
Roma, colocou a qual Lutero escreveu: “Fora com
Bíblia em um pedestal Tiago. [...] Ele não tem
acima da tradição Teologia da salvação e da autoridade suficiente para me
eclesiástica, como cruz de Lutero fazer abandonar a doutrina da fé
e desviar da autoridade dos
árbitro de toda a demais apóstolos e da Bíblia
crença e prática. inteira”.

Lutero acreditava que se a teologia


O âmago e a essência da cristã começar com o nível inferior
contribuição teológica de Lutero, adotado pelo escolasticismo 110
portanto, era a salvação como dom esquema teológico de dois níveis de
gratuito da misericórdia divina pelo Tomás de Aquino, nunca realmente
qual o ser humano nada pode fazer alcançará o nível superior, onde se
encontra a verdade do evangelho.

Exemplo notável desse fato é a


influência do nominalismo em Somente ele conseguia ver a
Em seu próprio tempo, Lutero via sua doutrina de Deus, e pelo
apenas duas opções para a centralidade da cruz e o
menos alguns estudiosos e paradoxo do poder e sofrimento
teologia cristã: a versão da críticos de Lutero argumentam
teologia da glória ou da teologia de Deus 110 âmago do
que ele era um fator tanto no seu evangelho, conforme o entendia.
da cruz. monergismo da salvação quanto
na sua teologia da cruz.
Lutero
• Lutero vai além, do monergismo de Agostinho:
“ O diabo é o diabo de Deus”. Deus opera em
tudo em todos, até mesmo em satanás e nos
ímpios e por meio deles.
• Lutero relacionava sua doutrina da dupla
predestinação – que Deus preordena alguns
anjos e seres humanos para o céu e outros
para o inferno – ao aspecto oculto de Deus.
Lutero: a justificação da fé
1. Para ele é o artigo • O sacramento:
fundamental da fé, 1. Rejeitava a
da igreja. transubstanciação.
2. Batiza as crianças.
2. A justificação tinha
dos momentos. • Ideologia:
1. Perdoar o pecado 1. Negava livre-arbítrio.
por causa da fé, 2. Acreditava na
mediante a graça de
Cristo. providência.
2. Deus imputa ao 3. Acreditava na
pecador a justiça de predestinação.
Cristo, como se fosse
a justiça do próprio
4. Pregava de uma
pecador. forma monergista.
• O que é teologia reformada? E uma
forma de teologia protestante e,
portanto, tem em comum com
Lutero e com outros reformadores
protestantes os três grandes
princípios protestantes: a salvação
pela graça mediante a fé somente, a
autoridade especial e final das
Escrituras e o sacerdócio de todos
os crentes.
• Zuínglio:
1. Nasceu em Glarus, na Suíça, em
1484
2. Era de uma família rica.
3. Curso direito em Viena e Basiléia.
4. Fez teologia na Basiléia em 1506.
5. Para Lutero, esses seguidores de
Zuínglio, era considerado como
fanáticos, por negarem dois
sacramentos.
6. Era chamado por seus inimigos de
“anabatista”, por rebatizar os fies, por
imersão ou efusão em Zurique em
1525, pois não consideravam o
batismo infantil.
7. A cidade de Zurique, em guerra, no
campo aberto, no ano de 1531.A
segunda guerra de Kappel durou um
dia – 11 outubro de 1531. E Zuínglio
morreu na luta.
Zuínglio: A teologia de
1. Tinha fundamentado no estoicismo, e na filosofia de Platão e Aristóteles, no
pensamento grego.
2. Deus, e somente ele, é a “ causa única” de tudo.
3. Acreditava na predestinação.
4. Concordava fervorosamente com Lutero no tocante a salvação pela graça mediante a
fé.
5. Para eles, a obediência à lei de Deus era simplesmente “sinal de graça e de gratidão”
e jamais a condição ou causa da justificação do pecador.
6. Não acreditava na transubstanciação.
7. Zuínglio acreditava que o Espírito Santo está realmente presente de modo especial
nas cerimônias do batismo e da ceia do Senhor, mas pela fé.
8. Rejeitava qualquer tipo regeneração batismal. E discordava do rebatismo, que os
anabatista, praticavam.
9. A ceia do Senhor era praticado, de forma memorial na qual o corpo de Cristo na terra,
relembra e proclama sua morte.
• João Calvino:
1. Nasceu perto de Noyon,
na França, em 10 julho de
1509.
2. Morreu em Genebra, 27
de maio de 1564.
3. Estudava Direito, Filosofia
e Teologia em Orléans e
Paris.
4. Passou o resto da sua
vida em Genebra, e um
período em Estrasburgo,
devido os estudos.
5. Em Genebra foi pastor
principal.
6. Era muito respeito em
Genebra, que ganho o
pseudônimo de “servo de
Teologia de Calvino:

Se espelho na
Baseava se muito na escrituras, teologia de
recorria pouca vezes a filosofia. Lutero, Zuínglio,
e outros.

O presbiterianismo é
simplesmente o
calvinismo escocês, cujo
Sua teologia afetou
Segundo Calvino tudo nome se deriva da forma
profundamente a Europa
resulta da Glória de Deus. de governo eclesiástico
Ocidental E na América.
favorecida por Calvino e
levado à Escócia por
João Knox.
O anabatista voltam ás raízes do
cristianismo:
A reforma incluía
toda a Europa do
século XVI.

Acreditava na Rejeitavam qualquer tipo infantil,


separação entre o em favor do batismo dos crentes
estado e a igreja. (também chamado o batismo no
Espirito Santo). Enfatizavam a o
“nasce de novo”.

Seu maior influente


Essa Reforma radical Tem vários
era o anabatista,
fazia três subgrupos: colônias: huteritas,
que seu líder era
anabatistas, espirituais e amish e
Baltasar e Meno
racionalistas antitrinitários. menomitas.
Simons.
• Baltasar Hubmaier:

 Nasceu em 1481, e morreu queimado


na fogueira em Viena, três dias depois
a sua esposa foi condenada ao
afogamento no rio Danúbio.
 A igreja em Waldshut, tornou-se a
primeira igreja do anabatista, no
domingo de Páscoa, em abril de 1525,
• Teologia de Baltasar: ao batizar 300 adultos usando um
balde de leite.
1. Conforme o padrão do NT,  Era considerado especialmente radical
argumentava ele, “ninguém e perigoso para autoridades.
deve ser batizado com água  Em 1515 foi nomeado vice-reitor da
sem antes ter confessado sua Universidade de Ingolstadt, na
fé e conhecido sua situação Alemanha.
diante de Deus”.  Em 1522, converteu-se ao
2. Atribuiu o livre-arbítrio ao á cristianismos, e começou a pastorear
atuação de Cristo e do uma congregação em Waldshut.
Espirito Santo.
3. Foi primeiro teólogo
anabatista, como também
sinergista evangélico.
• Meno Simons:
 Nasceu 1496 nos Países
baixos, e morreu em 1561, de
causa naturais.
 Fundou muitas congregações,
que segue seu nome
“menomitas”.
 Foi uns dos grandes
organizadores dos
• Teologia de Meno: anabatistas.
 Foi levantado como
Resumindo a opinião alternativa de
sacerdócio da igreja católica
Meno, o homem Jesus Cristo teve sua
em 1524.
origem integral 110 céu e nada de
essencial recebeu de Maria senão o  Depois da experiência dc
ingresso 11a vida terrestre a partir da conversão, Meno começou a
encontrar-se secretamente com
existência celeste.O conceito de Meno
grupos anabatistas clandestinos
sobre a pessoa de Cristo e a e ajudou a formar congregações
encarnação não está totalmente claro e permanentes. Foi tão bem-
é calorosamente debatido. O que está sucedido, que o Imperador
claro, porém, é que ele negava que a Carlos v emitiu uma ordem de
humanidade de Jesus provinha de prisão e ofereceu uma
Maria. recompensa por sua captura.
• A reforma inglesa:
 Henrique VIII (1491-1547),
queria se divorciar de sua
atual esposa, mas proibido
pela igreja católica.
 Eram oponente ardente do
protestantismo, queria um
filho para seu sucessor, pois
sua esposa só lhe deu filhas.
 Henrique rompeu o
relacionamento com a Igreja
da Inglaterra e com a igreja
Católica de Roma.
 E deu o poder para o Tomás
Cranmer (1489-1556),
nomeou como arcebispo.
 Cranmer legitimo seu
divorcio e seu novo
casamento.
 Mandou queimar vários
católicos e protestantes, e
todos aqueles que não
reconheciam como supremo.
O pequeno rei morreu Maria, a Sanguinária,
Henrique repentinamente em morreu em 1558 e sua
sucessora foi a meia-irmã
morreu em 1553 e sucedeu-lhe Elisabete i, que reinou até
1547 e foi trono a meia- irmã 1603, quando morreu. Era
católica romana protestante, mas nutria
sucedido por fanática, Maria, pouca simpatia pela
teologia reformada e
seu filho, apelidada “a nenhuma pelo governo
Eduardo VI, de Sanguinária” pelas eclesiástico reformado,
gerações posteriores. que na Escócia era
nove anos de Sob seu reinado de chamado presbiterianismo.
Elisabete queria a via
idade, que cinco anos, a
media para sua igreja
Inglaterra retornou ao
viveu somente catolicismo romano.
inglesa e queria que fosse
a única igreja em seus
até 1553. domínios.
A Igreja Anglicana de Elisabete
afirmava, de modo inequívoco, ajustiça
pela graça mediante a fé somente,
enquanto, ao mesmo tempo, rejeitava
os aspectos mais radicais do
protestantismo reformado do continente
europeu.

Detestava e o temia João Knox.

Na Inglaterra, foi somente o poder de


Elisabete! que manteve a Igreja
Anglicana unida, enquanto os partidos
da Igreja Alta (ritualistas) e da Igreja
Baixa (evangelicais) se enfrentavam. A
Igreja Alta consistia dos chamados
homens do livro de oração que se
esforçavam para manter a igreja inglesa
tão católica quanto possível 110 governo
eclesiástico c 11a liturgia.1 Defendiam a
sucessão apostólica como ordem
correta do ministério e argumentavam
ELISABETE I em favor da autoridade espiritual
especial para os sacerdotes da igreja.
O partido evangelical da
Igreja Baixa era
composto pelos
herdeiros dos
“evangélicos fervorosos”
dos tempos de Cranmer,
cuja maioria tinha sido
queimada na fogueira
ou exilada para a
Europa continental no
reinado de Maria, a
Sanguinária. Queriam
que a Inglaterra
IGREJA BAIXA seguisse o exemplo da
reforma da Escócia
liderada por Knox.
Tomás Cranmer é geralmente considerado o
fundador do protestantismo inglês. “Se não
era teólogo de primeira categoria, certamente
exerceu influência decisiva c duradoura.”5
Cranmer produziu poucos escritos teológicos
formais, mas foi o responsável por grande
quantidade de “teologia indireta” com a sua
estratégia de tornar a Bíblia acessível a todo o
povo e com sua obra 110 Livro de oração
comum. As principais influências teológicas
110 pensamento e na obra reformadora de
Cranmer eram luteranas e reformadas.
Cranmer e outros reformadores ingleses do
século xvi procuravam descobrir e manter o
equilíbrio delicado entre a autoridade suprema
das Escrituras e o respeito pela tradição cristã
primitiva. O compromisso de Cranmer com o
princípio protestante sola gratia e ftdes (a
salvação pela graça mediante a fé somente).
Quanto ao batismo, afirmava o batismo infantil
e a regeneração batismal, no caso de a fé estar
presente ou ser confirmada posteriormente,
quando a criança batizada se tornasse adulta.
Elisabete 1 favorecia abertamente clérigos

RICHARD HOLKER
como Richard Hooker, que tendiam fortemente
para o tradicionalismo católico sem cair na
doutrina e prática católicas medievais
contrárias às motivações básicas da Reforma
protestante europeia.

6 Hooker não hesitava em apelar a Platão, aos


pais da igreja primitiva, aos credos da igreja,
às declarações dos monarcas, dos filósofos e
dos juristas nas áreas sobre as quais as
Escrituras silenciam ou são ambíguas.

O que mais desagradou os puritanos, talvez,


tenha sido o emprego por Hooker da teologia
natural escolástica medieval.

Hooker concordava sem restrições com o


princípio protestante da justificação pela graça
mediante a fé somente.

Talvez o aspecto mais perturbador da


soteriologia de Hooker, do ponto de vista dos
protestantes evangélicos da Igreja da
Inglaterra, tenha sido seu apoio à ideia católica
e ortodoxa da salvação como deificação.
• A teologia • Para proteger a • Infra indica
JACÓ ARMINIO

INFRALAPSARISMO
SUPRALAPSARISMO
arminiana provém doutrina da subsequência a outra
teólogo e predestinação de coisa. Nesse caso, o
qualquer desgaste pelo infralapsarismo
reformador José sinergismo, Beza e subordina o decreto
Armínio de 150 e outros calvinistas divino da predestinação
morreu em 1609. rígidos do século XVI ao decreto de permitir a
• Era muito polemico. desenvolveram o queda da humanidade
supralapsarismo. Supra no pecado. Segundo os
• Séculos depois os indica a prioridade calvinistas
arminianismo lógica em relação a infralapsários, o
tornaram-se alguma outra coisa. propósito supremo de
praticante do Lapsarismo é uma seu plano global não é
sinônimo do referência à queda da eleger alguns e
pelagianismo. humanidade (da reprovar outros, mas
• Em especial, rejeitava a mesma raiz que lapso glorificar a si mesmo
versão extrema do — “cair”). Por isso, pela criação do mundo.
calvinismo chamada supralapsarismo Foi somente porque os
supralapsarismo, mas significa, literalmente, seres humanos caíram
acabou rejeitando “alguma coisa anterior no pecado que Deus
qualquer tipo de crença à queda”. Isso, porém, subsequentemente
na eleição divina dificilmente explica sua (pela ordem lógica)
incondicional — ou relevância teológica. decretou a dupla
predestinação de uma predestinação.
pessoa ao céu ou ao
inferno.
Os puritanos
• O movimento:  Os puritanos consideravam a
Igreja da Inglaterra uma
 O mais famoso dos “assembleia mista” que não fazia
puritanismo é Jonathan o mínimo esforço para distinguir
Edwards, mas conhecido os crentes dos incrédulos.
como o “príncipe dos  As poucas congregações
puritanos”. puritanas separatistas que
 Os primeiros puritanos eram adotaram essa solução se
calvinista ingleses. tornaram conhecidas como
Batistas e cresceram muito na
 Os puritanos radicais e
América do Norte pós-
separatistas, escolhiam seus revolucionária.
pastores, resumindo tudo era
uma igreja democrática.  Eles saíram da Inglaterra em
1630 e 1640, foram em difração
 Entre dos puritanos existiam ao a Baía de Massachuts, ele
os peregrinos, para escaparem rapidamente adotaram o
da perseguição inglês, fugiram congregaciolismo. Esse foi o
para o Holanda, e inicio a antiga Igreja
desembarcaram em Congrencional, e posteriormente
Massachuts, onde fundaram se fundiu e se formou Igreja
uma colônia de Plymouth em Unida de Cristo.
1620
Teologia do puritanos
• Os puritanos acreditavam • Para os puritanos, assim
que toda a posteridade de como para os calvinistas e
Adão e de Eva era evangélicos convictos, ela
naturalmente fornecia um ponto de ligação
transgressora do pacto. entre o monergismo e o
Aceitavam a idéia sinergismo e estabelecia
uma base de certeza para
agostiniana contundente as pessoas preocupadas
de que, como com a eleição. O pacto da
costumavam dizer: “na graça é estabelecido e
queda de Adão, todos nós supervisionado inteiramente
pecamos”. por Deus e, enquanto isso,
os seres humanos têm de
desempenhar seu papel.
METODISMO

• Fundador John • Teologia era


Wesley. completamente
• Os críticos taxaram- arminiana.
nos de “metodistas” • Aceitava o batismo
porque, segundo infantil, mas não
entendiam, queriam considerava como um
encontrar e praticar sacramento.
um método de
espiritualidade.
Principais temas do pietismo:
O pietismo é um movimento oriundo do luteranismo que
valoriza as experiências individuais do crente. Tal
movimento surgiu no final do século XVII, como oposição
à negligência da ortodoxia luterana para com a dimensão
pessoal da religião, e teve seu auge entre 1650-1800.
O pietismo combinava o luteranismo do tempo da Reforma
Protestante, enfatizando a conversão pessoal, a
santificação, a experiência religiosa, diminuição na ênfase
aos credos e confissões, a necessidade de renunciar o
mundo, a fraternidade universal dos crentes e uma
abertura à expressão religiosa das emoções.
O primeiro marco do pietismo, portanto, é o cristianismo
interior c experimental.

Legado do pietismo: O primeiro marco do pietismo,


portanto, é cristianismo interior experimental.
Influenciou o metodismo norte-americano e as convenções batistas e criou a base para
várias igrejas independentes, como a Igreja Evangélica Independente da América do
Norte.
Em nenhum outro aspecto, talvez, o legado do pietismo tenha sido mais concretamente
manifestado do que no desenvolvimento da literatura devocional e da música evangélica
Monergismo: Sinergismo:
significa na teologia cristã a doutrina
É, na teologia cristã, a teoria de que o
de que o Espirito Santo sozinho pode
homem tem algum grau de participação
atuar num ser humano e propiciar a
na salvação, ou seja, é responsável pela
conversão.
sua salvação ou perdição. Os pais da
Em uma manifestação simplificada o
igreja grega dos primeiros séculos do
monergismo afirma que a salvação
cristianismo e muitos dos teólogos
emana toda ela de Deus.
católicos medievais eram sinergistas.
Philip Melanchthon, companheiro de
Segundo o monergismo a um pecador
Martinho Lutero na Reforma Protestante,
é concedido o perdão quando da morte
era sinergista, embora o próprio Lutero
de Jesus e por isso estaria implícita a
não fosse.
comunhão com o Cristo, e a fé em Jesus
pelo Espírito Santo. Assim, para uns a
Os pensadores cristãos de diversas
santificação viria instantaneamente, ou
épocas desenvolveram diferentes formas
para outros como algo progressivo. Mas
de sinergismo, tais como o pelagianismo,
segundo o monergismo a santificação
o semipelagianismo e o sinergismo
advém inteiramente de Deus, dentro do
arminiano, entre outros.
conceito de graça irresistível.
Definição de
Deísmo: O princípio básico do deísmo pode ser
resumido da seguinte maneira: “Nada deve
ser aceito como verdadeiro por um ser
Para muitas pessoas, o deísmo é a inteligente, tal como o homem, a não ser
religião do “Deus que se ausentou” e que quando é fundamentado 11a natureza das
não está envolvido no mundo da natureza e coisas e está em harmonia com a sã
da história. Para elas, os deístas eram razão”.
céticos que negavam a existência de O deísmo aplicava-o à religião e até
milagres, dizendo que se tratava de leis mesmo ao cristianismo.
naturais, e que rejeitavam qualquer coisa  A primeira foi a luta sectária do século
sobrenatural. XVII.
O segundo catalisador da busca dos
Em poucas palavras, os deístas eram deístas pela religião da razão natural foi o
pensadores religiosos da Europa e da iluminismo, um termo genérico para a nova
América do Norte período após a Reforma tendência da cultura, que começou na
que elevavam a razão humana e a religião Europa por volta de 1650.
acima da fé e da revelação especial, até
mesmo cristianismo.
Precursores do deísmo:
Lord Herbert Cherbury: Edward Herbert, 1º Barão de Herbert de
Cherbury (ou Chirbury) KB (3 de Março 1583-1520 August 1648) era
um soldado anglo-galês, diplomata, historiador, poeta e filósofo
religioso do Reino da Inglaterra.

John Locke: Wrington, 29 de agosto de 1632 - Harlow, 28 de outubro de 1704), foi hum
Filósofo Inglês e ideólogo do liberalismo, Sendo considerado o Representante diretor do
empirismo Britânico e hum dos principais teóricos do Contrato social1.Locke rejeitava a
Doutrina das ideias inatas e afirmava Que Todas As Nossas ideias tinham Origem não
era percebido Pelos sentidos. A filosofia da mente de Locke E frequentemente CITADA
Como A Origem das concepções Modernas de Identidade e do "Eu".

John Toland: John Toland (30 de novembro de 1670-11 mar 1722) foi hum
racionalista Filósofo e Livre pensador, e satírico ocasional, Que escreveu Vários
Livros e panfletos Sobre filosofia Política e Filosofia da Religião, que são
expressões Iniciais da filosofia do Age of Enlightenment. Nascido na Irlanda, foi
educado nas Universidades de Glasgow, Edimburgo, Leiden e Oxford e foi
Influenciado Pela filosofia de John Locke.

Matthew Tindal: Tindal estudou Direito na Lincoln College, Oxford, sob o alto
clérigo George Hickes, reitor da Worcester; em 1678, foi eleito membro da All Souls
College. Em uma profissão de fé oportuna, em 1685, viu "que, após sua alta Igreja
noções uma separação da Igreja de Roma não podia ser justificada", e, portanto,
ele se juntou a este último. Mas exigentes "os absurdos do papado", ele voltou
para a Igreja da Inglaterra na Páscoa 1688.
Noções comuns do deísmo:
1. Primeiro, que o cristianismo
1. A terceira e última noção
autêntico é completamente
comum do deísmo é que
consistente com a religião
pessoas inteligentes e
natural e a moralidade
esclarecidas devem tratar com
razoáveis e universalmente
ceticismo todas as alegações
acessíveis e, se uma crença
de revelações e milagres
ou regra moral não pudesse
sobrenaturais. A cosmovisão
ser compatível com isso, não
do deísmo foi moldada, em
devia ser crida nem seguida.
grande parte, pela física
2. A segunda idéia comum ao
newtoniana com seu universo
deísmo é que a religião
governado por leis naturais
verdadeira e o cristianismo
rígidas. Era uma “máquina
verdadeiro tratam basicamente
universal” com pouco espaço
da moralidade social e
para a intervenção divina.
individual.
O legado do deísmo:

Em 1774, foi fundada a primeira O deísmo se infiltrou


congregação unitarista de Londres silenciosamente na
com o nome de Capela de Essex. estrutura da vida política
A primeira igreja unitarista norte-
americana foi a King’s Chapei, de e religiosa dos Estados
Boston, fundada em 1785 a partir Unidos e o Deus do
da igreja episcopal (anglicana) já
existente. Na década de 1790,
deísmo e da religião
diversas igrejas congregacionais, natural tornou-se o
tanto na Inglaterra quanto nos “Deus” da religião civil
Estados Unidos (sobretudo na
Nova Inglaterra) tornaram-se dos Estados Unidos (“em
unitaristas, com teologia Deus confiamos”, era o
marcadamente influenciada pelo
deísmo.
lema nacional).
Fundamentalismo cristão:
Bíblia, infalível, Suficiente e inerrante, Sendo
É um movimento teológico e SUAS Histórias consideradas factuais e
social, ocorrendo em sua quase rejeição de QUALQUÉR Outra forma de
Revelação (Inspiração indivíduo, magistério
totalidade dentro do eclesiático, Profecías Modernas, teologia
Protestantismo. O natural). DEVE Ser literalmente interpretada,
NAS Salvo contraditório visivelmentes
fundamentalismo. baseia-se na conotativas.
ênfase da Bíblia como sendo Jesus Cristo - nascimento virginal, deidade
autoritativa, não só em matérias sua, historicidade de SEUS milagres e
Ressurreição, retorno apocalíptico.
de fé, mas na regência da Criacionismo - rejeitam Teorias that Vejam
sociedade e na interpretação da Como de Alguma forma interferindo com o
ciência. literalismo fazer Gênesis, principalmente a
Evolução biológica, mas also Teorias
Depois da publicação da A geológicas, Físicas, cosmológicas, Químicas, e
Origem das Espécies de Charles Arqueológicas.
Darwin em 1859, o Relação com a Sociedade - rejeitam o
Ecumenismo OE Diálogo religioso com Não-
desenvolvimento da Alta Crítica Fundamentalista.
alemã e o surgimento da Teologia Salvação - atraves da Crença em Jesus Cristo.
Liberal, vários grupos cristãos Aqui, Crença Significa adesão Às SUAS
doutrinas de Fundamentos.
reagiram temendo que a razão Inferno - Crença literal na existencia sua, E
afetasse a fé cristã Tido Como Um Lugar fazer Tormento eterno
DOS Pecadores Nao-arrependidos.
Teologia Liberal:
Teologia liberal (ou liberalismo Oficialmente, a teologia liberal
teológico) foi um movimento se iniciou, no meio
teológico cuja produção se deu evangélico, com o alemão
entre o final do século XVIII e o Friedrich
início do século XX. Schleiermacher(1768-1834), o
Relativizando a autoridade da qual negava essa autoridade
Bíblia, o liberalismo teológico e igualmente a historicidade
estabeleceu uma mescla da dos milagres de Cristo. Ele
doutrina bíblica com a filosofia não deixou uma só doutrina
e as ciências da religião. Ainda bíblica sem contestação. Para
hoje, um autor que não ele, o que valia era o
reconhece a autoridade final da sentimento humano: se a
Bíblia em termos de fé e pessoa "sentia" a comunhão
doutrina é denominado, pelo com Deus, ela estaria salva,
protestantismo ortodoxo, de mesmo sem crer no
"teólogo liberal". Evangelho de Cristo.

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