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AS PERSEGUIÇÕES À IGREJA
Através dos documentos, por notícias seguras, se distingue as perseguições por duas fases principais:
Perseguições intelectuais
Combate sutil e intelectual para atingir as pessoas cultas: Celso, o filósofo (séculos II e III), Epicteto,
filósofo (50-138 d.C), Fronto pedagogo de Marco Aurélio, Luciano de Samósata em sua obra “morte do
Peregrino.
Do lado cristão surge atividade intelectual e literária em defesa; surgem os discursos de defesa ou
justificação, que ficaram conhecidos como “apologia”, em seu conjunto de “apologética”. Dentre eles,
encontramos os apologistas de língua grega: apologia de Quadrato, apologia de Aristides, Apologia Diálogo
com o judeu trifon de Justino mártir. Também Taciano, discípulo de Justino; Atenágoras de Atenas em
Súplica para os cristãos; a Carta a Diagneto, de autor anônimo. Apologistas de língua latina: Tertuliano,
Minúcio Félix, São Cipriano de Cartago, Arnóbio, Lactâneo; os dois últimos nos finais do século III e IV.
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Perseguições sistemáticas
SÉCULO III: Imperador Décio: no início do ano 250 d.C, toma medida contra os chefes da
comunidades cristãs, começando pelo bispo de Roma Fabiano. Ele exige em todas as cidades
o sacrifício aos deuses romanos e ao gênio do Imperador; dos cristãos, não se exigia
abandono da fé, mas reconhecimento também dos deuses pagãos. Surgiram muitos mártires,
mas também muitos cristãos que cederam: eram os chamados lapsi ou “que caíram”, cuja
readmissão à Igreja foram objetos de muitas divergências.
Imperador Valeriano: em 257-258 d.C, ordenou a execução do clero e o confisco dos bens da
Igreja. Em Cartago, foi martirizado Cipriano, que estava exilado desde a perseguição
posterior. Valeriano é feito prisioneiro durante a guerra dos Persas (259 d.C). Galieno
estabelece a paz e a Igreja vive tranqüila por 40 anos.
SÉCULO IV: O Imperador Juliano, em 363, chamado pelos cristãos de “o apóstata”,
perseguiu os cristãos mas evitou-a sangrentamente, pois não queria mártires. Preferiu retirar
os privilégios dos cristãos, destituí-los de cargos públicos, fechar-lhe as escolas, combate-los
no plano intelectual.
Contudo, na África do Norte, houve uma inversão de atitudes dos cristãos: pediram a
intervenção imperial contra os donatistas. E, no império bizantino, contra maniqueus e pagãos.