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1.

Introdução
A identidade de um povo é construída pelo conjunto de características sociais, morais, éticas,
pessoais, religiosas e culturais agrupadas num processo histórico que se perpetua pela
transmissão de uma geração a outra, através dos meios possíveis ( Dt 6:6-9; Js 4:1-7; Pv 22:28 ).
Investigar o desenvolvimento das ocorrências na história mundial/local da igreja é descortinar a
sua trajetória evangelística e missionária bem como suas lutas e vitórias através dos séculos.
O presente trabalho intitulado Historia da Igreja ira abordar os três grandes períodos da mesma
nomeadamente Igreja Apostólica, Igreja Perseguida e igreja Imperial.
2. PRIMEIRO PERÍODO: A IGREJA APOSTÓLICA
O Primeiro Período da História da Igreja é considerado desde a ascensão de Jesus aos céus até
à morte do discípulo amado, João. Portanto, a era apostólica deu-se de 33 d.C. a 100 d.C.
Sob a liderança do Apóstolo Pedro, e mais tarde Apóstolo Tiago (irmão de Jesus) os Apóstolos e
outros discípulos de Jesus difundiram o Cristianismo a todas as partes do mundo, começando por
Jerusalém (At 1:8).

2.1. PRIMEIROS FATOS (da ascensão de Cristo a pregação de Estevão 30 a 35)


A Igreja de Cristo iniciou sua trajetória com um movimento de caráter mundial, no dia de
Pentecostes (At 2.1-6; 41-47), cerca do ano 30, no fim da primavera, em Israel na cidade de
Jerusalém começa a trajetória histórica da Igreja.
 Primeiras conversões, movimentos de evangelização;
 Instituição do diaconato ( At 6. 1-7);
 Primeira perseguição culminando com o martírio de Estevão ( At 7. 54-60) ;
Observa-se nesse tempo a falta de expansão missionária.
A igreja permanecia em seu próprio território quando deveria avançar com a evangelização.

2.2. PRINCIPAIS FATOS:


 Diáspora Cristã Judaica. Nesse tempo o evangelho chega a Antioquia da Síria cerca de
480 km de Jerusalém;
 Conversão de Saulo, ( At 9. 1-9);
 O evangelho chega ao gentio Cornélio ( At 10. 9-15 e 11.17);
 Integração de Paulo na Igreja de Antioquia (At. 11. 25,26);
 Separação e envio dos primeiros missionários (At 13. 2,3);
 Evangelização de grandes cidades e centros urbanos (At. 13 e 14): Antioquia, Lista,
Derbe, Listra, Icónio, Salamina etc.

2.3. A IGREJA ENTRE OS GENTIOS (do concílio em Jerusalém ao martírio de


Paulo 50 a 68)
Para conhecimento sobre os acontecimentos dos 20 anos posteriores ao concílio de Jerusalém
dependemos do livro de Atos, Epístolas de Paulo e o primeiro versículo da primeira carta de
Pedro, que se refere, possivelmente, a países visitados por ele. Nesse tempo foram escritos a
maior parte dos livros do NT.
2.4. PRINCIPAIS FATOS:
 A obra missionária alcança todo Império Romano – “o campo é o mundo“ conforme Mt
13.
 2ª e 3ª viagens missionárias de Paulo e sua equipe. O evangelho chegou a Europa, através
da cidade de Filipos, (At 16). Os principais líderes do período foram: Paulo, Pedro e
Tiago.
 Acontece a primeira perseguição imperial, 64 d.C. O Imperador Nero, lança sobre os
cristãos a culpa pelo incêndio de Roma, 18 de julho 64 d.C. Milhares foram presos,
torturados e mortos. Entre esses, Pedro (67) e Paulo (68 d.C).
 Morte de Pedro, crucificado de cabeça para baixo, por se achar indigno de ter uma morte
igual a de Cristo (a mando de Nero).
 “Também o apóstolo Paulo sofreu sob esta primeira perseguição sob Nero. [...] Os
soldados chegaram e o tiraram da cidade para o lugar das execuções, onde, depois de ter
orado, deu seu pescoço à espada.”
 Tiago foi apedrejado depois de ser jogado do alto do templo

2.5. A ERA SOMBRIA (do martírio de Paulo até a morte de João 68 a 100 d.C)
A última geração do primeiro século, a que vai do ano 60 ao 100 AD, chamou-se de "Era
Sombria", em razão das trevas da perseguição estarem sobre a igreja.
 Nesse momento foram escritos os últimos livros do NT.
 Domiciano (80 d.C) proibiu totalmente o culto cristão e renovou o decreto que
obrigava todos a cultuarem o imperador.
Nesta fase as igrejas da Ásia muito sofreram vitimando por exemplo o apóstolo João, que foi
enviado de Éfeso a Roma, onde se afirma que foi lançado num caldeiro de óleo fervendo.
Escapou milagrosamente, sem dano algum.

3. SEGUNDO PERÍODO: A IGREJA PERSEGUIDA


O Segundo Período da História da Igreja foi chamado de a Igreja Perseguida e, vai desde a
Morte de João em 100 d.C. até ao Edito de Constantino/édito de Milão em 313 d.C.
Foram pouco mais de 200 anos de muita perseguição contra a Igreja. E, quanto mais perseguiam
os cristãos, mais a igreja do Senhor crescia.
Há registros de centenas de milhares de cristãos sendo mortos como mártires neste tempo de
perseguição.
Muitos cristãos foram mortos ao fio da espada, outros por fogo em fogueiras flamejantes e
ainda alguns serviam de espetáculo nas arenas de Roma, sendo mortos por feras e cães
selvagens.
Esta era findou-se quando um Imperador cristão, Constantino, subiu ao trono e conteve as
perseguições contra os cristãos via decreto.

3.1. PRINCIPAIS CAUSAS DAS PERSEGUIÇÕES


 Acusações de Canibalismo,
 Incesto,
 Falta de patriotismo,
 Ódio à raça humana,
 Anti-família,
 Causa de catástrofes, pobreza e ateísmo
 Recusa em adorar o imperador.
Mais tarde, passaram a ser perseguidos só por terem o nome de cristãos. 1Pe 4:16 – “mas, se
sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus comesse nome.”

3.2. OS IMPERADORES QUE PERSEGUIRAM A IGREJA


1. A primeira das perseguições generalizadas de Roma contra a igreja foi quando Nero era
o imperador.
Na noite de 18 de julho de 64 d.C., um grande incêndio começou em Roma. Nero colocou a
culpa nos cristãos e estes foram alvos de intensa crueldade.
2. Domiciano subiu ao poder em 81 d.C., continuou com a fama de tornar a perseguir os
cristãos, apos renovar o decreto que obrigava culto ao Imperador.
3. Trajano, que governou entre 98 e 117 d.C., estabeleceu aquela que passaria a ser a
política oficial do estado em relação à igreja:
(i) O estado não deveria gastar recursos caçando os cristãos;
(ii) Se alguém fosse denunciado e admitisse a acusação por três vezes (não invocando os
deuses, não adorando o imperador e não amaldiçoando a Cristo) deveria ser morto.
4. A perseguição aumentou com o governo de Marco Aurélio (161 a 180 dc), desejoso de
restaurar os deuses antigos. Buscou castigar os cristãos pela “obstinação” deles.
5. Sétimo Severo (193 a 211 dc) procurou estabelecer uma política religiosa sincretista,
fundindo todas as religiões no culto ao “sol invicto”. Judeus e cristãos, que se opunham a
tal política, voltaram a ser perseguidos (conforme a política de Trajano). Toda conversão
era punida com a morte.
6. Após uma perseguição debaixo do imperador Maximino (235 a 238 d.C.), a igreja passou
novamente a ter relativa paz.
7. Décio, imperador entre 249 e 251 d.C., buscou restaurar a decadente glória de Roma.
Ameaçado nas fronteiras pelos bárbaros, e assolado por sérias crises econômicas,
procurou o favor dos antigos deuses romanos. Os cristãos passaram a ser perseguidos
não somente por rumores e obstinação, mas porque Décio acreditava que os problemas
tinham surgido pelo abandono das velhas tradições.
8. Após uma perseguição sob o imperador Valeriano (257 a 260 d.C.), a igreja teve certa
paz.
9. Entretanto, com a subida de Diocleciano (284 d.C.) uma nova onda de perseguição
aconteceu.
10. O imperador Aureliano, no poder de 270 a 275, fez do culto solar a religião de Estado.
 Do ano 270 até 370, foram criados os altares nas igrejas (ANTES NÃO EXISTIAM), altares
cada vez mais suntuosos e com recursos "extraídos" dos fiéis.

A perseguição atingiu seu paroxismo com um édito de 304 que prescrevia um sacrifício geral
em todo o Império, sob pena de morte ou condenação a trabalhos forçados nas minas.
Desejoso de se reconciliar com os cristãos, o imperador Galério, doente, assina em seu leito
de morte um primeiro édito de tolerância em 30 de abril de 311, que pôs fim à mais cruel, e
praticamente última, das perseguições que o império romano moveu contra a igreja.
O Édito de Milão suspendeu as interdições que pesavam sobre a comunidade cristã.
As igrejas locais tiveram devolvido os bens sequestrados, mesmo aqueles que haviam sido
vendidos a particulares.
Com a fundação da “Nova Roma” – Constantinopla, o imperador buscou excluir toda a
presença do paganismo. Só o cristianismo teria direito de reconhecimento formal.
O Édito de Tessalónica, também conhecido como Cunctos Populos ou De Fide Catolica foi
decretado pelo Imperador Romano Teodósio I a 27 de fevereiro de 380 d.C. pelo qual
estabeleceu que o cristianismo tornar-se-ia, exclusivamente, a religião de estado,
no Império Romano, abolindo todas as práticas politeístas dentro do império e fechando
templos pagãos.

3.3. APARECIMENTO DE SEITAS E HERESIAS


1. Agnosticismo (não saber)
 Nega a capacidade humana de conhecer a Deus. "A mente finita não pode alcançar o
infinito", declara o agnóstico.
2. Gnosticismo (conhecimento)
Márcion tenta introduzir o gnosticismo no cristianismo em 160 d.C. O Marcionismo foi uma
seita religiosa cristã do século II. Foi uma das primeiras a ser acusada de heresia.
Teve maior influência sobre o cristianismo entre os anos de 135 e 200, sendo um movimento
sincretista religioso-filosófico da Antiguidade que pretendia salvar o homem por um
conhecimento especial.
 Seu arcabouço doutrinário considerava a matéria irremediavelmente má. Por isso, diziam
que a humanidade de Cristo era apenas aparente.
Os gnósticos foram muito combatidos pelo apóstolo João que, em suas epístolas, fazia questão de
mostrar ser o Senhor Jesus verdadeiro homem e verdadeiro Deus.
 O gnosticismo visava também conciliar todas as religiões, unindo-as através da gnose
que, segundo ufanavam-se, era um conhecimento mais profundo.

3. Ebionismo ("pobres")
 Para os ebionitas Jesus era um simples ser humano, um profeta. Ensinavam que por
ocasião do batismo Cristo desceu sobre Jesus, mas subiu outra vez antes da sua
crucificação. É o embrião da doutrina cristológica das Testemunhas de Jeová.
 Negavam desta forma a divindade de Jesus.
 Para os ebionitas é necessário obedecer a todos os mandamentos da Lei de Deus,
inclusive ao mandamento de fazer a circuncisão.
 Os gentios que se convertem a Deus devem fazer a circuncisão, e devem obedecer a todos
os mandamentos da Lei de Deus.

3.4. OS APOLOGISTAS
1. Justino, o Mártir (100 – 165) Um grego natural da palestina, levou sua vida viajando
como os filósofos de então, ensinando o cristianismo como filosofia perfeita. Foi
decapitado no ano 165 d.C.
2. Tertuliano (160 – 220) Advogado cartaginês, já em meia-idade, convertido ao
Cristianismo, era portador de dons extraordinários. Possuía pensamento agudo,
linguagem vigorosa. Em muitos escritos refutou falsas acusações contra os cristãos e
o Cristianismo.

4. TERCEIRO PERÍODO: A IGREJA IMPERIAL


O Terceiro Período histórico da Igreja foi chamado de Igreja Imperial, pois passou a estar
interligada ao Império.
Como as perseguições cessaram através do Edito de Milão, a igreja começou a fazer parte do
governo de forma que a Cruz passou a ser um símbolo do governo, bem como o Cristianismo
começou ser considerado como a religião do Império Romano.
Este período perdurou desde o Edito de Constantino em 313 d.C. até à queda de Roma em 476
d.C.
Uma vez que o vínculo entre a Igreja e o Império Romano se fortaleceu, Roma passou a ser
considerada como a capital Cristã pela própria Igreja e a Igreja passou a pertencer ao Estado
de forma patriótica.
Foi um tempo glorioso para a Igreja aqui na Terra, pois estava seguros e intimamente ligados ao
Império Romano.
Porém, em 476 d.C. o Império Romano do Ocidente foi tomado pelos Bárbaros, o que deu
fim à ‘proteção’ que a Igreja recebia do Império, pois este foi subjugado.
E, por incrível que pareça, a atitude dos bárbaros fez com que a Igreja expandisse para regiões
que ainda não tinham sido alcançadas, reinos pagãos foram impactados pelo evangelho. Isto
aconteceu porque, ao dominar o Império romano, houve uma miscigenação de culturas e o
cristianismo prevaleceu.
Em toda parte os bispos governavam as igrejas, porém uma pergunta surgia constantemente:
Quem governará os bispos? Esse questionamento lançaria as bases do governo eclesiástico
central, em Roma.

4.1. O ÉDITO DE CONSTANTINO E SUAS CONSEQUÊNCIAS


Assim é conhecido o documento que, publicado em 313, e atribuído ao imperador Romano,
Constantino Magno, concedia a liberdade de credo aos cristãos, abolindo, concomitantemente, o
culto imperial.
No entanto, o cristianismo deixou de ser inimigo deste mundo, e dele se tornou um feliz
participante.
Os cultos de adoração aumentaram em esplendor, é certo, porém eram menos espirituais e menos
sinceros do que no passado.
Aos poucos as festas pagãs foram incorporadas aos rituais da Igreja, porém com novos nomes
que se “adequassem” ao cristianismo.
A adoração a Vênus e Diana foi substituída pela adoração à virgem Maria.
As imagens dos mártires começaram a aparecer nos templos, como objeto de reverência.

4.2. Pontos Positivos


 Fim das perseguições
 Cessação dos sacrifícios pagãos
 Instituição do domingo como dia de descanso
4.3. Pontos Negativos
 Todos na igreja por decreto
 Costumes pagãos introduzidos na igreja
 Mundanismo, secularismo
 Dedicação de templos pagãos ao culto cristão
4.4. Resultados da União da Igreja com o Estado
 Interferência do Imperador no governo da igreja
 Privilégios concedidos ao clero
 Instituição do domingo como dia de descanso
 Doações oficiais às igrejas

4.5. O Culto na Igreja


A celebração da Eucaristia tornou-se uma cerimônia imponente, com formas fixas, com
muita atenção dispensada aos detalhes, tornando enfática a idéia de que o sacramento era
um sacrifício oferecido pelo sacerdote a favor do povo, sacrifício eficaz para salvação,
tornando a pregação menos importante.
 Muitíssimos pagãos entraram na igreja sem conversão.
 O culto dos santos é um exemplo frisante dessa tendência.
 Era natural que se atribuísse veneração aos mártires e a outros homens e mulheres,
famosos por sua santidade.
Para essa gente que estava acostumada aos deuses das suas cidades e aos seus lugares sagrados, e
que não estava bastante cristianizada, a veneração dos santos transformou-se rapidamente em
adoração.
 Os santos passaram a ser considerados como pequenas divindades cuja intercessão era
valiosa diante de Deus.
 Os lugares onde nasceram e viveram passaram a ser considerados santos.
 Surgiram as peregrinações.
 Começaram a venerar relíquias, partes de corpos e objetos que pertenceram aos santos e a
tributar a esses objetos poderes miraculosos.
 Tudo isto foi fácil para aqueles que ainda persistiam nas superstições do paganismo.
 A idéia do culto aos santos foi mais acentuada no caso da Virgem Maria.

4.6. HERESIAS
1. Arianismo
Fundada no século IV por Ario, um presbítero de Alexandria, no Egito.
A sua doutrina baseava-se essencialmente no princípio da negação de Cristo como divindade.
 Para eles Cristo era uma criatura elevada, por ser filho de Deus, mas CRIATURA.
A Igreja estava ainda em processo de discussão de suas doutrinas e dogmas.
Um dos principais assuntos nessa época era a existência da Trindade, ou seja, o mistério de Deus
Uno e Trino ao mesmo tempo.
Diante desta situação foi realizado o primeiro concílio ecumênico da história, convocado pelo
imperador Constantino, em 325. Teve como objetivo solucionar os problemas que dividiam a
cristandade causados pelo arianismo.

Nota: O ARIANISMO AINDA EXISTE!


 Os Testemunhas de Jeová, trazem filosofias bem semelhantes ao pensamento principal
do arianismo.
 A Igreja Mundial do Poder de Deus, também defende o pensamento de que Jesus não
existe desde sempre e para sempre, “Ele é a imagem do Deus invisível, a encarnação do
verbo. Mas ele não é sempiterno, é eterno. O pai que é Deus é sempiterno, aquele que
antes dele nunca existiu como ele, nem existirá depois dele, sempre existiu e sempre
existirá. A primeira obra dele foi Jesus Cristo”.

2. Apolinarianismo
Nascido por volta de 310, este bispo de Laodicéia ensinava que, na encarnação, o logos de Deus
veio a ocupar o lugar da psique humana, restringindo assim a humanidade de Jesus ao corpo
físico.
A doutrina de Apolinário foi condenada pelo Concílio de Constantinopla em 381 a.C.
Esta heresia do IV século ensinava que o Filho de Deus não assumiu por completo a natureza
humana, e que o processo de encarnação limitou-se a induzir o Logos a ocupar o lugar da psique
de Jesus. Segundo tal doutrina, Jesus não passaria de meio homem e meio Deus.

Nota: Hoje em dia existem diversas seitas que subtraem algo da pessoa de Jesus, seja sua
natureza humana ou divina.
Por exemplo:
 A Maçonaria diz ser Jesus somente mais um fundador de religião, ao lado de diversos
outros "grandes homens".
 A LBV (Legião da Boa Vontade) subtrai de Jesus sua natureza humana, dizendo que
este possuiu apenas um corpo aparente ou fluídico; também negam a divindade,
afirmando que Ele não é Deus, tampouco afirmou sê-lo.
 Testemunhas de Jeová dizem que Jesus é um anjo. Seriam Jesus e o Arcanjo Miguel as
mesmas pessoas.
 Os Kardecistas dizem que Jesus foi um médium de Deus.

3. Pelagianismo
 Promovida por Pelágio, clérigo britânico do século IV, sustenta basicamente que todo
homem é totalmente responsável pela sua própria salvação e portanto, não necessita
da graça divina.
 Pois todo homem nasce "moralmente neutro", sendo capaz, por si mesmo, sem
qualquer influência divina, de salvar-se quando assim o desejar.
 Agostinho combateu o pelagianismo defendendo que o pecado original de Adão foi
herdado por toda a humanidade e que, mesmo que o homem caído retenha a
habilidade para escolher, ele está escravizado ao pecado e não pode não pecar.
 Por outro lado, Pelágio insistia que a queda de Adão afetara apenas a Adão.

O resultado dessa discussão teve fim no ano de 529, no Concílio de Oranges, e a Igreja deu razão
a Santo Agostinho.
Pelágio por sua vez, não abriu mão da sua crença herege e por isso acabou sendo excomungado
junto com muitos de seus seguidores.

4.7. PRINCIPAIS LÍDERES DO PERÍODO - Apologistas


1. Atanásio (293 – 373)
Patriarca de Alexandria, foi um dos mais destacados pais da Igreja. Ainda diácono, contribuiu
decisivamente para a condenação da heresia ariana em 325 no Concílio de Nicéia.
2. Ambrósio de Milão (340 – 407)
Teólogo e líder da Igreja, foi preceptor de Agostinho, a quem discipulou e batizou. Era honrado
por todos não somente como intelectual, mas principalmente como amoroso pastor de almas. Em
suas obras, procurou combater energicamente o arianismo.
3. João Crisóstomo (345 – 407)
Foi um teólogo e escritor cristão, arcebispo de Constantinopla. Pela sua inflamada retórica, ficou
conhecido como Crisóstomo (que em grego significa boca de ouro).
4. Agostinho (354 – 430)
Bispo de Hipona, Agostinho (354-430) é considerado o maior teólogo da Igreja Primitiva.
Grande intérprete e sistematizador das doutrinas cristãs, deixou mais de 600 obras, entre as quais
Confissões, Santíssima Trindade, Cidade de Deus.

4.8. ALGUNS ACONTECIMENTOS


 367: Concílio de Hipo: Ratificação dos 66 livros da Bíblia.
 386: São Jerônimo prepara a tradução latina da Bíblia (Vulgata).
 400: Maria passa a ser considerada "mãe de Deus" e os católicos começam a interceder
pelos mortos.
 431: instituição do culto a Maria no Concílio de Éfeso.
 451: Surge a doutrina da virgindade perpétua de Maria.

5. Conclusão.
Após a pesquisa dos três grandes períodos da igreja, pude perceber que no decorrer dos anos, a
Igreja cresceu de forma exponencial através da poderosa mão de Deus. Desde os primeiros 100
anos do cristianismo conhecido como a era apostólica e seus desafios, ela crescia e propagava-se
principalmente com os Cristão Judeus na diáspora.
Mesmo em meio as perseguições, em meio as mais cruéis formas de torturas contra aqueles que
professavam a fé em Cristo, vimos como se deu sua expansão.
O terceiro período marcou a aparente vitória da igreja, porém vimos aqui o fracasso desta
instituição paganizada, o momento em que a pseudo igreja entrou por outro caminho, de
perseguida para perseguidora.
6. Bibliografia.
 Apostila de História da Igreja I – Curso Médio em Bíblia e Teologia leccionado pelo
Instituto Bíblico África Desperta – Nampula – Moçambique
 Bíblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
 Eduardo Chaves - Breve História da Igreja: dos primórdios à atualidade.
 Jesse Lyman - Os Seis Períodos Gerais da História da Igreja.

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