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Igreja na
Idade Antiga
• Metodologia do Historiador
O Helenismo
O mundo em que surgiu o
cristianismo
O Escribismo
O mundo em que surgiu o
cristianismo
Dioniso (greco-romano)
O mundo em que surgiu o
cristianismo
Zoroastrismo
O mundo em que surgiu o
cristianismo
Neoplatonismo
Crítica aos deuses pagãos;
Um bem supremo, perfeito e imutável;
Um mundo perfeito, das ideias.
Imortalidade da alma;
O mundo em que surgiu o
cristianismo
• INTRODUÇÃO
• A Igreja de Deus estabelecida transitoriamente
em Roma à Igreja de Deus estabelecida
transitoriamente em Corinto, aos eleitos
santificados na vontade de Deus, por Nosso
Senhor Jesus Cristo: que a graça e a paz vos
sejam dadas em plenitude da parte de Deus
todo-poderoso, por Jesus Cristo.
PRIMEIRA CARTA AOS CORÍNTIOS – Clemente de Roma
CAPÍTULO III
• 1 - Plena reputação e prosperidade vos foi concedida,
cumprindo-se a palavra da Escritura: "O bem amado
comeu e bebeu, engordou e encheu-se
• de comida, e tornou-se desobediente".
• 2 - Daí nasceram o ciúme e a inveja, a discórdia e a
revolta, a perseguição e a desordem, a guerra e o
cativeiro.
• 3 - Desta forma, os desonrados levantaram-se contra os
honrados, os desrespeitados contra os respeitados, os
insensatos contra os sensatos, os jovens contra os
anciãos.
PRIMEIRA CARTA AOS CORÍNTIOS – Clemente de Roma
CAPÍTULO III
• 4 - Por isso, afastou-se para longe a justiça e a paz no
exato momento em que
• cada um abandonou o temor de Deus e obscureceu o
olhar em sua fé, não
• andando conforme o que prescreve os seus mandamentos,
não se
• conduzindo da maneira digna de Cristo. Ao invés, cada
qual anda segundo
• os desejos de seu coração perverso, admitindo em si um
ciúme injusto e
• ímpio, ciúme este que gerou a morte para o mundo.
A Igreja no Século II e III:
A defesa da Fé Pastoral
╬ A defesa da fé e da unidade da Igreja:
╬ Por fim, haviam as doutrinas heterodoxas que
arrastavam uma multidão de seguidores abrindo
mão dos princípios básicos do cristianismo.
╬ Dentre as principais doutrinas heterodoxas
combatidas pelos cristãos durante o três
primeiros séculos, damos destaque a (o):
Epístola aos Filipenses - S. Policarpo de Esmirna (110-140 d.C.
aprox.)
VII. Contra o docetismo. Perseverar no jejum e na oração.
Por toda parte a fé me guiou e ela me serviu de alimento com um Peixe de fonte,
grande e puro, pescado por uma Santa Virgem, que o entregava a seus amigos.
Ela possui um vinho delicioso e o serve misturado com pão.
Eu, Abércio, ditei este texto e o fiz gravar na minha presença aos setenta e dois
anos. O irmão que o ler por acaso, ore por Abércio. E ninguém erga outro
túmulo sobre o meu, sob pena de multa: duas mil peças de ouro para o fisco
romano e mil para Hierápolis, minha pátria ilustre!”
A Igreja no Século II e III:
Desenvolvimento institucional.
╬ Desenvolvimento Institucional:
Todos estes componentes – o conjunto institucional
composto pela hierarquia formada através da
sucessão apostólica; o cânon que forma o contexto
doutrinário e formador de opinião; o credo que
identifica e dá sustentação, bem como “face” à Igreja;
a rede de cuidado e vigilância mútua – forma o que
era chamado de Igreja Católica;
A palavra “católica” significa “universal”, mas
também “segundo o todo”
A Igreja no Século II e III:
Desenvolvimento institucional.
╬ Desenvolvimento Institucional:
Isso significa que esta instituição era de todos os lugares
– contra, por exemplo, os gnósticos, que se viam como
pequenos grupos detentores da verdade em um único
local .
Significa também que era segundo o todo dos Apóstolos,
ou seja, sua visão não era parcial – como o dos gnósticos
que se identificavam como um apóstolo em si, como
Maria Madalena, Tiago ou Tomé – mas sim, juntava
todos os quatro evangelhos e também dava
reconhecimento a autoridade de todos os doze apóstolos.
A Igreja no Século II e III:
Desenvolvimento Social.
╬ Desenvolvimento Social:
A maioria dos cristãos vinham das classes mais baixas
da sociedade, como os trabalhadores citadinos e os
escravos;
Eram em sua maioria carpinteiros, pedreiros,
ferreiros, escravos, serviçais nas casas dos nobres; no
interior se dava igualmente com a maioria dos
cristãos camponeses e trabalhadores braçais;
Haviam sim cristãos entre os mais ricos e também
entre as famílias nobres, reais e imperiais, entre
senadores e homens públicos;
A Igreja no Século II e III:
Desenvolvimento Social.
╬ Desenvolvimento Social:
Porém, a própria posição social os impedia de se
revelar como cristãos, ou ainda, de praticar
abertamente sua fé, o que proporcionaria desprezo e
até exclusão de suas posições;
No entanto, quando esta elite, sobretudo a intelectual,
se propunha a abandonar seu status e servir a Cristo,
produziu-se grandes teólogos e apologetas, os maiores
do três primeiros séculos: Justino, Tertuliano,
Orígenes, Clemente, Taciano etc.
A Igreja no Século II e III:
Desenvolvimento Social.
╬ Desenvolvimento Social:
Além dos escritos dos primeiros pais e apologetas da
Igreja, as fontes que temos acesso ao estudo do
cristianismo nestes primeiros séculos são: as imagens
das catacumbas, a arte cristã resgatada pela
arqueologia dentre outras obras arquitetônicas;
Podemos ter acesso também aos escritos como a
Didaquê, o Cânon de Muratori, a Estela de Abércio,
as lendas cristãs dos testemunhos dos mártires,
realizações de milagres, aparições de santos etc.
A Igreja no Século II e III:
Desenvolvimento Social.
╬ Desenvolvimento Social:
Todos estes são documentos que nos proporcionam
acesso à vida cotidiana cristã destes três primeiros
séculos;
Cabe ao historiador cautela e o uso da metodologia
histórica, arqueológica, exegética, linguística para
separar os mitos e lendas, as contradições e intenções
dos autores no intuito de buscar o aproximado dos
fatos;
A Igreja no Século II e III:
Desenvolvimento Social.
╬ Arte cristã e resquícios arqueológicos:
Catacumbas de Calixto
Catacumbas de Priscila
ICHTYS – “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”
Igreja de Dura Europos – Século III (233-256) – Síria
BIBLIOGRAFIA
Bibliografia Básica
GONZÁLEZ, J. L. História ilustrada do cristianismo. A era dos mártires até a era dos sonhos frustrados. 2. ed.
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Bibliografia Complementar
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CAIRNS, E. E. O cristianismo através dos séculos. São Paulo: Vida Nova, 2008.
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STARK, R. O crescimento do cristianismo: um sociólogo reconsidera a história. São Paulo: Paulinas, 2006.
TOGNINI, Enéas. O período interbíblico: 400 anos de silêncio profético. São Paulo: Hagnos, 2009.
VEYNE, P. Quando nosso mundo se tornou cristão (312-394). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
Prof. Ms. Lucas Gesta Palmares Munhoz de Paiva
Mestre em História Social
Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro
Especialista em História da Igreja
Facebook / Youtube: Prof. Lucas Gesta –
Filigranas de História da Igreja