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(povos
germânicos)
A concepção de povos bárbaros
surgiu na Grécia Antiga, sendo
usada inicialmente para referir-se
a povos que falavam línguas
O termo foi apropriado pelos
ininteligíveis para os gregos. Com
romanos, que enxergavam como
o tempo, o termo passou a ser
bárbaros todos aqueles que não
associado com uma noção
praticavam a cultura greco-romana.
etnocêntrica que classificava o
Na história romana, os povos
outro, o estrangeiro, como
germânicos ficaram muito conhecidos
selvagem, inculto e incivilizado
como bárbaros. Esses povos foram
fundamentais na crise que colocou
fim no Império Romano do Ocidente,
no século V.
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Quem eram os povos
germânicos?
• Os germânicos habitavam o norte da Europa e tinham origem indo-europeia,
portanto, eram povos originários da Ásia Central e do planalto iraniano que, no
Período Neolítico, começaram a migrar e estabelecer-se em terras europeias e
indianas. Os contatos dos romanos com os germânicos remontam ao período
republicano da história romana.
O grupo familiar era muito solidário e responsável coletivamente, especialmente para exercer a
vingança ou pagamento do wergeld.
Este consistia numa característica marcante do direito germânico. Se uma pessoa fosse morta
ou sofresse algum ferimento, o clã poderia fazer o mesmo com o agressor. Caso o wergeld não
fosse concretizado, as tribos contraíam uma dívida de sangue com o outro clã.
Casa E Alimentação
As tribos germânicas viviam em casas comunais, construídas de madeira e barro,
onde viviam homens e animais. Uma tribo não tinha mais que 20 casas.
Alimentavam-se de nozes, raízes e tubérculos. Sua atividade principal era o
pastoreio, mas raras vezes comiam carne.
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Causas das invasões
As causas das invasões germânicas são incertas para os historiadores, mas existem alguns indícios que
nos permitem entender melhor o assunto. Alguns historiadores afirmam que
o crescimento demográfico levou os povos germânicos a migrar na busca de terras mais férteis. É
levantada também a hipótese de que alterações climáticas tenham gerado um resfriamento do clima e
afetado a sobrevivência dos germânicos, que foram obrigados a procurar melhores terras para
sobreviver.
Existe ainda uma concordância entre historiadores sobre a chegada dos povos hunos, vindos da Ásia.
A chegada dos hunos trouxe desespero entre os povos germânicos, que passaram a exercer pressão
cada vez mais forte sobre as fronteiras do Império Romano.
Além disso, houve também a ruralização da Europa, pois, com os centros de produção de alimentos
atacados e as rotas comerciais fechadas, o abastecimento das cidades foi interrompido, gerando fome
nas grandes cidades romanas.
Houve também casos de epidemia de doenças nas grandes cidades, além de saques realizados pelos
povos germânicos. Isso gerou uma migração de população para as zonas rurais com o objetivo de
fugir da violência e de estar próximo dos locais de produção de alimentos. Esse processo também
resultou na diminuição populacional da Europa.
A partir dos povos germânicos, novos reinos surgiram, como o Reino dos Francos, o Reino dos Visigodos, o Reino
dos Ostrogodos etc. A fusão da cultura latina e germânica deu origem à cultura da sociedade ocidental. Além disso,
a estrutura dessas sociedades possibilitou o surgimento das características que definiram a Europa durante o período
feudal.
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Queda do Império Romano
Apesar das constantes guerras e invasões, algumas tribos germânicas fizeram parte do
Império Romano como membros federados ou eram contratados como mercenários.
No entanto, o enfraquecimento do Exército romano e a própria expansão das tribos
germânicas, acabam por derrotar o Império quando Roma é conquistada no ano de 476.
Cada tribo se instala em diversos pontos do antigo império, adaptam o direito romano à sua
realidade e pouco a pouco são cristianizadas. Esta fusão vai dar origem ao
Sacro Império Romano Germânico.
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