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Formação da Europa Feudal

Idade Média

O Império Romano do Ocidente enfrentou a pressão militar de diversos povos,


como germanos, hunos, celtas e eslavos. Entre os séculos II e V, os germanos
entraram no território do Império por meio de migrações pacíficas e invasões violentas.
Isso contribuiu para desestruturar o Império Romano e, ao mesmo tempo, promoveu
trocas culturais entre romanos e germanos.

Em um dos ataques a Roma, o imperador Rômulo Augústulo foi deposto por


Odoacro, rei de um dos povos germanos. De acordo com uma periodização
tradicional, o fim do Império Romano do Ocidente marca o início da Idade Média.

Afinal, o que é Idade Média?

A expressão Idade Média é utilizada para se referir a um período da


história europeia de aproximadamente mil anos. No entanto, os marcos exatos para
determinar o início e o fim desse período variam de acordo com as interpretações dos
historiadores.
Para os marcos iniciais, foram sugeridas datas como 476 (deposição do
último imperador romano), 392 (oficialização do cristianismo) e 395 (morte do
imperador Teodósio). Para os marcos finais, foram apontadas datas como 1453
(tomada de Constantinopla) e 1492 (chegada de Colombo à América).

Além de se referir a um período da história europeia, a expressão Idade


Média ganhou vários sentidos ao longo do tempo.

• O período medieval já foi representado de forma negativa, como a “Idade das


Trevas”, uma época obscura, marcada pela intolerância da Igreja, pelo atraso
tecnológico e pelo declínio das atividades comerciais.

• Esse período também já foi representado de forma positiva, como uma época de fé
religiosa, de reis e rainhas poderosos, de castelos exuberantes e de nobres guerreiros.

Atualmente, os historiadores procuram não julgar a Idade Média, mas


compreender esse período. Nesse sentido, compreender não significa perdoar, mas
entender da melhor maneira possível a história de uma sociedade.

Povos germânicos

Chamamos de germanos um grupo de povos que falava línguas de mesma


origem. Entre eles, podemos mencionar anglos, saxões, visigodos, ostrogodos,
vândalos, francos, alanos, suevos, burgúndios, lombardos e hérulos. Mas cada um
desses povos tinha sua própria cultura.

A princípio, os germanos não construíram grandes cidades nem Estados.


As bases de sua sociedade eram a família e a comunidade. O pai era a figura central,
exercendo autoridade sobre a esposa e os filhos. Por isso, dizemos que essas famílias
eram do tipo patriarcal, assim como as gregas e as romanas.

Como muitos desses povos não dominavam a escrita, suas leis eram
transmitidas oralmente entre os membros da comunidade. Assim, o direito entre os
germanos era consuetudinário, isto é, baseado nos costumes.

Viviam da criação de gado, da agricultura (plantando trigo, cevada, centeio


e legumes), da caça e da pesca. Fabricavam carroças, embarcações, tijolos e armas
de metal.

A reunião de várias famílias em uma região podia formar uma aldeia. Nas
aldeias, as decisões eram tomadas pelas assembleias de homens livres, entre os
quais se destacavam os guerreiros. Nessas assembleias, eram escolhidos líderes para
chefiar os soldados. Foram esses líderes que deram origem aos reis e ao poder
hereditário, que passa de pai para filho.

Os germanos eram politeístas. Seus vários deuses eram associados a


fenômenos da natureza, como tempestades, céu, raios, trovão. Depois do século V,
muitos germanos foram influenciados pelo cristianismo e tornaram-se monoteístas.
Reinos germânicos

A formação dos reinos germânicos foi longa e complexa. Após um período


de invasões violentas, os diferentes povos germânicos passaram a dominar regiões da
Europa ocidental. Por exemplo, os visigodos ocuparam parte da península Ibérica; os
ostrogodos, a península Itálica; os francos, a região da Gália. Durante a formação
desses reinos, houve uma mescla de elementos culturais germânicos e romanos.

O mapa a seguir mostra os territórios dos reinos germânicos na Europa do


século VI.

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