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Constituições e desigualdades

O Brasil já teve sete Constituições. Veja na tabela seguinte algumas características


destas Constituições.

Regências Trinas (1831-1835)

Quando dom Pedro I abdicou, a Assembleia Geral Legislativa estava em recesso. Assim,
um grupo de parlamentares que estava no Rio de Janeiro elegeu uma Regência Trina
Provisória. Entre as medidas tomadas pelos regentes, destacaram-se a volta do Ministério dos
Brasileiros, a anistia aos presos políticos e a suspensão do uso do poder Moderador.

Dois meses depois, em junho de 1831, a Assembleia Geral elegeu a Regência Trina
Permanente. De modo geral, essa regência representou os interesses dos liberais moderados,
grupo político que se opunha aos liberais exaltados e aos restauradores. A seguir, conheça
aspectos de cada um desses grupos políticos.
Regressistas e progressistas

Com a morte de Pedro I em 1834, em Portugal, não havia mais motivos para a
existência do grupo dos restauradores (defensores de sua volta). Vários dos antigos
restauradores acabaram se tornando liberais moderados.

Aos poucos, os liberais moderados dominaram a vida política do período. Por volta de
1837, esse grupo se dividiu em duas alas:

• Regressistas – que não estavam dispostos a fazer concessões aos liberais exaltados e, por
isso, não concordavam em dar maior autonomia administrativa para as províncias;

• Progressistas – que estavam dispostos a fazer concessões aos liberais exaltados, como dar
maior autonomia administrativa às províncias.

Tanto regressistas quanto progressistas defendiam a manutenção da ordem pública e um


governo forte e centralizado no Rio de Janeiro.

Ato Adicional

Com o objetivo de aliviar as agitações políticas no país, os parlamentares moderados


aprovaram o Ato Adicional de 1834. Esse Ato estabelecia mudanças na Constituição do
Império:

• Introdução da Regência Una – a regência deixava de ser trina para se tornar una. Ou seja, o
Império seria governado por apenas um regente eleito para ocupar o cargo por quatro anos;

• Criação das Assembleias Provinciais – cada província teria sua Assembleia Legislativa, com
poderes para fazer leis sobre questões locais relacionadas, por exemplo, aos empregos provinciais e
municipais, à arrecadação de alguns impostos, à instrução pública e a obras como estradas, hospitais e
prisões;

• Suspensão do Conselho de Estado – esse órgão era composto de conselheiros vitalícios que
davam assistência ao imperador. Como não havia um imperador no governo, o Conselho perdeu sua
razão de existir.

O Ato Adicional de 1834 ampliou a autonomia provincial e, por isso, foi considerado
um avanço liberal na época. Descontentes, os políticos mais conservadores passaram a chamar
o Ato Adicional de “código da anarquia”, usando a palavra “anarquia” como sinônimo de
bagunça e desrespeito às leis.

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