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1 – Explique o que foi a Noite da Agonia e por quais motivos D.

Pedro
dissolveu a Assembleia Constituinte.

A madrugada do dia 11 para 12 de novembro de 1823, foi chamada de “Noite


da Agonia”. Os deputados das províncias brasileiras estavam reunidos, desde
maio, em assembleia para redigir a primeira Constituição do país recém
independente. O deputado Antônio Carlos de Andrada, de São Paulo, havia
apresentado, em setembro, um projeto de constituição de teor liberal que
restringia o poder do monarca.
D. Pedro I ordenou a invasão do Plenário da Assembleia Constituinte pelo
exército, em um episódio que ficou conhecido como "A Noite da Agonia". Os
membros da Assembleia tentaram resistir durante horas, mas não foi possível
evitar a sua dissolução. Deputados foram presos e deportados. Eles se
preparavam para redigir a primeira Constituição do Brasil. No dia seguinte, o
Imperador e seus conselheiros assinaram um documento que reprimia e punia
discussões e reuniões políticas públicas. Depois disso, D. Pedro I reuniu
pessoas de sua confiança e, a portas fechadas, foi redigida a primeira
Constituição do Brasil, outorgada em 25 de março de 1824.

2 – Identifique as principais características da Constituição Outorgada por D.


Pedro I em 1824.

A Constituição Brasileira de 1824 foi outorgada por Dom Pedro I em 25 de


março de 1824. Foi elaborada por um grupo reduzido de pessoas devido às
desavenças entre o Imperador e a Assembleia Nacional Constituinte.

Embora a Constituição seja a garantia dos direitos individuais dos cidadãos,


nem todas são escritas da mesma forma. A primeira Carta Magna brasileira
garantia a unidade territorial, instituía a divisão do governo em quatro poderes
e estabelecia o voto censitário (voto ligado à renda do cidadão).

1. A Constituição de 1824 é mais conhecida por sua peculiar divisão de


poderes, com a inclusão do Poder Moderador entre o executivo,
legislativo e judiciário.Com o objetivo declarado de resolver impasses e
disputas, o Poder Moderador, na prática, foi uma maneira de assegurar
a autoridade do Imperador sobre os demais poderes.
2. O estabelecimento do voto para o poder legislativo (Assembleia Geral)
foi a tentativa de conferir um caráter popular à Carta, limitado pelo fato
de este ser indireto (cidadãos votavam em Eleitores de Província, que
então escolhiam os parlamentares) e censitário (limitado por condições
financeiras). Embora as eleições primárias fossem permitidas a qualquer
cidadão, os Eleitores de Província deviam ser homens livres, sem
antecedentes criminais e com renda anual superior a 200 mil réis
3. Notadamente, o título oitavo da Constituição garantiu alguns direitos
inalienáveis a todos os cidadãos brasileiros, considerado "cidadão"
qualquer pessoa livre natural ou naturalizada no Brasil: o direito à
liberdade, à segurança pessoal e à propriedade.
3 – Explique os principais motivos e o desfecho da Revolução Pernambucana
de 1817.

A Revolução Pernambucana de 1817 foi um movimento separatista. O último


que ocorreu no período colonial. Esse movimento foi motivado pela insatisfação
popular com as péssimas condições de vida que existiam nessa época e,
principalmente, pela insatisfação das elites locais, cujos interesses conflitavam
com os da Coroa portuguesa.
A Revolução Pernambucana estava diretamente relacionada com a vinda da
Corte portuguesa para o Brasil em 1808. Com esse evento, a vida dos colonos
em Pernambuco alterou-se de muitas formas. Primeiramente, houve o aumento
de impostos em Pernambuco para manter os luxos da Corte e para financiar as
campanhas militares promovidas no sul (Cisplatina).

Essa política da Corte manifestou-se nos impostos criados sobre a produção


de algodão local. Além disso, cobrava-se da população do Recife uma taxa
sobre a iluminação pública da cidade do Rio de Janeiro. Esse aumento na
carga de impostos gerou grande descontentamento, principalmente porque a
economia local estava em crise decorrente da redução na produção do açúcar
e do algodão, principais produtos da economia local.

A Revolução Pernambucana contou com os seguintes nomes como lideranças:


Domingos José Martins, José de Barros Lima, Cruz Cabugá, Padre João
Ribeiro, entre outros. Assim que o Governo Provisório foi formulado, algumas
medidas foram tomadas, como:
 Proclamação da República na Capitania de Pernambuco;
 Estabelecida a liberdade de imprensa e a liberdade de credo;
 Os impostos criados por D. João VI foram abolidos;

Apesar de ser um movimento de caráter liberal, as medidas tomadas pelo


Governo Provisório visavam beneficiar muito mais as elites locais do que
necessariamente promover a criação de uma sociedade justa e igualitária.

A Revolução Pernambucana foi intensamente reprimida pela Coroa


portuguesa. Assim que as notícias da rebelião chegaram ao Rio de Janeiro, o
rei D. João VI mobilizou uma frota que foi levada do Rio de Janeiro para
bloquear o porto de Recife. Além disso, mais de quatro mil soldados foram
enviados da Bahia e marcharam para Pernambuco.
O grande líder da revolta pernambucana, Domingo José Martins, foi
arcabuzado, e outras lideranças sofreram martírio severo. O capitão José de
Barros Lima, por exemplo, foi enforcado e teve as mãos e cabeça decepadas e
colocadas em exposição, e seu corpo foi arrastado pelas ruas de Recife. O
mesmo aconteceu com os corpos do Padre João Ribeiro e de Vigário Tenório.
Outros envolvidos permaneceram presos durante anos.

4 – Explique como ocorreu a Independência da Cisplatina.

A Guerra da Cisplatina ocorreu de 1825 a 1828, entre Brasil e Argentina, pela


posse da Província de Cisplatina, atual Uruguai. Localizada numa área
estratégica, a região sempre foi disputada pela Coroa Portuguesa e Espanhola.

Portugal foi o fundador da Colônia do Sacramento (primeiro nome dado à


Cisplatina), em 1680. Mas o território passou a pertencer à Espanha em 1777,
sendo então colonizado nos moldes espanhóis. Na época em que a coroa
Portuguesa se transferiu para o Brasil, Dom João VI incorporou novamente a
região. Em 1816, por razões políticas e econômicas, ele enviou tropas a
Montevidéu, ocupando o território e nomeando-o como Província da Cisplatina.

No Reinado de Dom Pedro I, em 1825, surgiu um movimento de libertação da


província. Os habitantes da Cisplatina não aceitavam pertencer ao Brasil, pois
tinham idiomas e costumes diferentes.

Os Argentinos com o intuito de se anexar a província, os ajudou com


suplementos e força política. O governo brasileiro nada contente declarou
guerra a argentina o que rendeu a vários combates, fazendo Dom João I a
gastar muito dinheiro público.

A população brasileira não apoiava o conflito pois sabia que com isso os
impostos iriam aumentar. Este dinheiro gasto nos combates desequilibrou a
economia brasileira, já desfalcada com o valor gasto para o reconhecimento da
independência do país. Se o Brasil ainda saísse vitorioso, valeria a pena todo
investimento. Mas isto não aconteceu.

A Inglaterra, que tinha interesses econômicos na região, atuou como


mediadora. Em 1828, propôs um acordo entre Brasil e Argentina, o qual
estabeleceu que a Província da Cisplatina não pertenceria a nem dos dois, mas
seria independente. Nascia aí a República Oriental do Uruguai.

O desfecho desfavorável ao Brasil agravou a crise política no país. A perda da


província foi um motivo a mais para a insatisfação dos brasileiros com o
Imperador, que acabou renunciado em 1831.

5 – Explique os motivos e o desfechos da Conferência do Equador


A Confederação do Equador foi uma das muitas revoltas ocorridas no Brasil
Imperial. Ocorreu no ano de 1824 na província de Pernambuco como um
movimento de resistência ao governo e às medidas do Imperador D. Pedro I.

A Confederação, que se iniciou com a ação de lideranças e populares


pernambucanos, logo tomou corpo e conseguiu a adesão de outros estados do
nordeste. Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba também se juntaram ao
movimento. Impassíveis às tentativas de negociação do Império, os revoltosos
buscaram criar uma constituição de caráter republicano e liberal. Além disso, o
novo governo resolveu abolir a escravidão e organizou forças contra as tropas
imperiais.

Depois de estabelecidas as primeiras ações da Confederação, alguns de seus


líderes decidiram abandoná-la. Tudo isso porque alguns integrantes da revolta
defendiam a radicalização de algumas ações do novo governo. Frei Caneca,
Cipriano Barata e Emiliano Munducuru acreditavam que a ampliação de direitos
políticos e reformas no campo social eram medidas urgentes no novo poder
estabelecido. Com isso, os integrantes da elite que apoiaram a Confederação
se retiraram do levante.

De outro lado, o governo imperial tomou medidas severas contra o movimento


separatista. Dom Pedro I pediu empréstimos à Inglaterra e contratou
mercenários ingleses para que lutasse contra os revoltosos. Não resistindo ao
enfraquecimento interno do movimento e a dura reação imperial, a
Confederação do Equador teve seu fim. Dezesseis envolvidos foram acusados
e executados pelas instituições judiciárias do Império. Entre eles, Frei Caneca
teve como pena a morte por fuzilamento.

6 – Identifique os motivos que geraram a crise do Primeiro Reinado e como


ocorreu a Noite das Garrafadas e consequentemente o processo de abdicação
de D. Pedro I

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