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HISTÓRIA DO BRASIL - PM BA
Dom Pedro I foi o primeiro monarca e governou até 7 de abril de 1831, quando abdicou do trono em
favor de seu filho e retornou a Portugal.
• Este período de Independência até a abdicação é exatamente a marca do Primeiro Reinado e
também o marco da construção do Brasil como Estado e nação.
• O Brasil transformou-se em uma monarquia e foi governada por D. Pedro I de MANEIRA
AUTORITÁRIA.
Os primeiros dois anos do Brasil como nação independente tiveram como principal debate , além
da procura pelo reconhecimento internacional, a elaboração de uma constituição para o país. Esse
documento seria elaborado por uma Assembleia constituinte que havia sido escolhida em eleições
realizadas após a independência.
A Constituinte assumiu suas funções em maio de 1823, e a elaboração da Constituição gerou
desentendimentos entre os deputados e D. Pedro I. O grande debate era acerca do alcance dos
poderes políticos do imperador, sendo que os constituintes queriam que os poderes do imperador
fossem limitados e que ele não tivesse a permissão de dissolver a Constituinte quando bem
entendesse. Essa postura dos constituintes, de procurar limitar o poder real, naturalmente, gerou
insatisfação em D. Pedro I, que defendia que seu poder fosse centralizador e autoritário sobre a
nação.
Noite da Agonia
• Essa disputa entre os constituintes e o imperador resultou em um evento conhecido como
Noite da Agonia, em que no dia 12 de novembro de 1823, por ordens de D. Pedro I, militares
invadiram a Assembleia Constituinte e prenderam os opositores do imperador.
• A constituição que havia sido elaborada foi barrada por D. Pedro I. e ele formou um
Conselho de Estado e passou a elaborar uma constituição que lhe agradasse.
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Aula 04- Primeiro Reinado
A constituição elaborada por D. Pedro I e seu conselho foi outorgada , ou seja, foi imposta por
vontade do imperador no dia 25 de março de 1824.
A primeira constituição brasileira foi produto do autoritarismo e definida de cima para
baixo.
A história define que a opção da monarquia em vez da república no Brasil aconteceu pela junção de
três fatores:
• Temia-se que a escolha pela república pudesse ter o mesmo efeito que teve na América
Espanhola e gerasse fragmentação territorial;
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• A elite brasileira tinha sido criada na tradição monárquica portuguesa e, portanto, as ideias de
república não tinham muita força;
• Temia-se que a escolha pela república pudesse causar grandes transformações no status
quo.
Pois bem, a dissolução da Assembleia Constituinte foi o primeiro ato que fez com que D. Pedro I
perdesse influência entre os grandes nomes da política brasileira. A impopularidade do imperador
foi aumentando-se, além disso, dois outros eventos tiveram influência em minar seu poder, os quais
serão pontuados a seguir.
Confederação do Equador:
• O Nordeste era uma das regiões mais insatisfeitas com o autoritarismo de d. Pedro I, e a
dissolução da Assembleia Constituinte gerou um grande ressentimento na região a ponto da
Câmara de Olinda anunciar que não reconheceria a Constituição de 1824.
• Pernambuco era uma província historicamente marcada por rebeliões e agitação popular. O
ressentimento com a forma que d. João VI tinha lidado com a Revolução Pernambucana de 1817
ainda estava vivo, e os desentendimentos com d. Pedro I reacenderam a insatisfação dessa
província.
• Em 2 de julho de 1824, teve início a Confederação do Equador, uma rebelião de caráter
republicano que ganhou todo o Nordeste. Liderada por Manoel de Carvalho Paes de
Andrade e Frei Caneca, o levante espalhou-se pelo Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Piauí
e Maranhão. A violenta reação de d. Pedro I fez com que os rebeldes fossem contidos e muito
dos envolvidos fossem executados.
Guerra da Cisplatina:
• Um dos grandes erros estratégicos de D. Pedro I foi o seu envolvimento em um conflito
com as Províncias Unidas do Prata (atual Argentina) pelo controle da Cisplatina — província
mais ao sul do território brasileiro naquela época. O governo incentivou uma rebelião,
liderada por Juan Antonio Lavalleja, contra o governo brasileiro.
• Brasil e Províncias Unidas entraram em guerra, porém, a situação econômica brasileira não
suportava o envolvimento do país em uma guerra, e o resultado acabou não sendo o esperado
pelo imperador. A Guerra da Cisplatina foi desastrosa para o Brasil e para a reputação de d.
Pedro I.
• Ambos territórios concordaram, em 1828, em reconhecer a independência da Cisplatina sob
o nome de República Oriental do Uruguai.
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A abdicação de D. Pedro I ao trono brasileiro em favor de seu filho deu início a um período da
história brasileira conhecido como Período Regencial, no qual Pedro de Alcântara tinha
apenas cinco anos e, portanto, não tinha idade legal para assumir o trono brasileiro.
Cabanagem
Cabanagem foi uma revolta que aconteceu na província do Grão-Pará, entre 1835 e 1840, causada
pela crise econômica e social da região e tendo seus líderes derrotados.
• Seus principais líderes tinham origem indígena, negra e da camada mais pobre.
• Foi derrotada pelas tropas regenciais.
• A Cabanagem acabou em 1840 e demonstrou para o governo central a necessidade de se
apressar a coroação de Dom Pedro II.
• O golpe da maioridade ganhou força e o herdeiro do trono brasileiro se tornou imperador do
Brasil com apenas 15 anos de idade. A presença de um novo imperador no comando do
império aquietou as revoltas provinciais.
Balaiada
Balaiada foi uma revolta popular que aconteceu no Maranhão, entre 1838 e 1841, em prol dos
menos favorecidos. Tinha esse nome por causa dos balaios fabricados na região.
• Os revoltosos entraram em confronto contra as tropas imperiais e foram derrotados por Luís
Alves Lima e Silva, futuro duque de Caxias, em 1840.
• Sua principal consequência foi a garantia da unidade territorial do império brasileiro.
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Sabinada
A Sabinada foi uma revolta que aconteceu em Salvador, em novembro de 1837 até março de 1838.
• Essa revolta foi conduzida pelas classes médias soteropolitanas insatisfeitas com o governo
do Rio de Janeiro, sobretudo em virtude do enfraquecimento da pauta federalista. Não
contou com o apoio popular e nem das classes altas e foi derrotada pela Guarda Nacional.
• Os sabinos ocuparam Salvador e tentaram implantar uma república, a República Bahiense.
Francisco Sabino e seus aliados conseguiram depor o governante da província e instalar um
novo governo em 7 de novembro de 1837. Quem estava na regência era Padre Diogo Feijó, que
prontamente enviou tropas militares para derrotar a revolta. Como a capital baiana estava na
região litorânea, as tropas atacaram os rebeldes tanto por terra como pelo mar. Os
latifundiários que estavam nas áreas rurais apoiaram o ataque regencial.
• A Sabinada foi derrotada em 1838. Durante o combate, casas foram incendiadas e inúmeros
rebeldes foram mortos. Os líderes foram presos e condenados à prisão perpétua, mas d.
Pedro II, recém-coroado imperador, abrandou a condenação, e os líderes foram presos em
regiões distantes da Bahia, como a província de Mato Grosso.
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