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Brasil império

Esse é dividido pelos historiadores em:

Primeiro Reinado (1822-1831): da Independência à Abdicação de D. Pedro I.

 Oficialmente, o Império do Brasil começa com a aclamação de Dom Pedro I como


Imperador do Brasil, em 12 de outubro de 1822, quando completava 24 anos. D.
Pedro I teve que enfrentar a difícil situação criada por algumas províncias onde as
Juntas Governativas Provisórias eram dominadas por portugueses.

 A separação entre o Brasil e Portugal não foi aceita, por exemplo, na província da
Bahia onde os soldados se amotinaram declarando-se fieis às Cortes de Lisboa.
Ali, Dom Pedro I não foi reconhecido como governante.

 Constituição de 1824: A Assembleia Constituinte foi convocada por D. Pedro I


elaborar a primeira Constituição do Brasil. A declaração de D. Pedro I de que
defenderia a pátria e a constituição desde que “fosse digna dele e do Brasil”,
desencadeou vários desentendimentos entre os deputados liberais radicais e o
imperador, o que levou D. Pedro a dissolver a Assembleia seis meses depois.
Esses deputados queriam de certa forma tirar um pouco do poder que o imperador
tinha no pais.
 Após a dissolução da Assembleia, D. Pedro I escolheu uma comissão de dez
pessoas de sua confiança e encarregou-as de elaborar uma Constituição para o
País. Onde dom Pedro criou o poder moderador que dava de certa forma ao três
poderes um grande influencia mas garantia a ele poder por exemplo vetar qualquer
decisão que ele quiser. Em 16 dias estava pronta, baseada no projeto que fora
elaborado pela Constituinte. No dia 25 de março de 1824, D. Pedro I jurou
obedecer a Carta Magna que outorgava ao Brasil.
 19 anos após a independência do Brasil o governo de Dom Pedro primeiro ele tava
extremamente delicada o descontentamento popular com situação social do país
era grande, o autoritarismo do Imperador deixava grande parte da elite política
descontente, a derrota da guerra da Cisplatina só gerou prejuízos financeiros e
sofrimentos para as famílias Além disso as revoltas e movimentos sociais e
oposição foram desgastando aos poucos e o governo.
 O crescente descontentamento Popular Dom Pedro primeiro percebeu que não
tinha mais autoridade forças políticas para se manter no poder em Sete de Abril de
1831 Dom Pedro primeiro abdicou em favor de seu filho Pedro de Alcântara então
com apenas cinco anos e logo após deixar o poder viajar para Europa
• Regência (1831-1840): da Abdicação de D. Pedro I à Maioridade (posse)

de D. Pedro II.

Como Dom Pedro II era menor de idade foi preciso que alguns tutores ficassem
responsáveis pelas decisões do país até que ele pudesse assumir o trono quando
completasse 18 anos e de acordo com a constituição Imperial de 1824
O Brasil possuiu quatro regências diferentes, as quais podem ser utilizadas como
marcos divisórios do Período Regencial. Os quatro períodos foram:
 Regência Trina Provisória (1831)
Regência trina de caráter provisório. Os eleitos para essa regência foram três
senadores: Francisco de Lima e Silva, Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e José
Joaquim Carneiro de Campos. As principais medidas tomadas por essa regência
provisória, restituir ministros que haviam sido demitidos por D. Pedro I, convocar uma
nova Assembleia Legislativa, anistiamento de criminosos políticos e afastar do
Exército estrangeiros “desordeiros”.
 Regência Trina Permanente (1831-1834)
Teve vida curta, uma vez que a política brasileira estava tumultuada e uma série de
distúrbios espalhava-se pelo país. Assim, em junho de 1831, foi eleita a Regência
Trina Permanente, que era composta por José da Costa Carvalho, João Bráulio Muniz
e Francisco de Lima e Silva.
Durante a Regência Trina Permanente, houve três acontecimentos de destaque. Um
deles foi a criação da Guarda Nacional, uma força pública composta por homens
eleitores com idade de 21 a 60 anos de idade. Essa força foi criada com o intuito de
controlar manifestações e impedir que revoltas acontecessem.Outra medida de
destaque foi uma reforma no Poder Moderador, retirando atribuições desse poder e
dando maiores possibilidades de os deputados e senadores vistoriarem as ações do
Executivo. Por fim, um último acontecimento marcante foi o embate político entre José
Bonifácio e o padre Feijó, que resultou na saída de José Bonifácio da vida política
brasileira
 Regência Una de Feijó (1835-1837)
"Com a determinação de que o país seria governado por um regente apenas, eleições
foram organizadas. Em eleição realizada em 1835, o padre Feijó obteve 2826 votos e,
assim, derrotou Holanda Cavalcanti, que obteve 2251|2|. A regência de Feijó ficou
marcada pela Cabanagem, no Pará, e pela Revolta dos Farrapos, no Rio Grande do
Sul. Feijó tinha humor explosivo e deparou-se com forte oposição em todas as frentes
da política brasileira. Essa oposição fez padre Feijó solicitar afastamento da função"
 Regência Una de Araújo Lima (1837-1840)"
"Com sua saída, nova eleição foi realizada, e Pedro de Araújo Lima derrotou Holanda
Cavalcanti e foi eleito regente do Brasil. Na regência de Araújo Lima, houve o
crescimento dos políticos conservadores (mescla dos Liberais Moderados com os
Restauradores) e tentativas do regente de tentar retirar algumas das liberdades que as
províncias haviam conquistado com o Ato Adicional de 1834."
"O fim do Período Regencial foi resultado da disputa política entre liberais e
conservadores. Os liberais insatisfeitos com a regência de Araújo Lima, um
conservador, reagiram defendendo a antecipação da maioridade do príncipe do
Brasil, Pedro de Alcântara. Os liberais conseguiram conquistar o apoio da maioria
dos deputados e senadores e realizar o Golpe da Maioridade em 1840.
Com esse golpe, Pedro de Alcântara teve a sua maioridade antecipada e tornou-se
imperador do Brasil com 14 anos de idade. Esse ato iniciou o Segundo Reinado e
deixou os liberais satisfeitos porque foi retirado o poder das mãos dos
conservadores. Os liberais também esperavam que a coroação do imperador
colocasse fim à série de revoltas provinciais que aconteciam no país."

"Ao longo do Período Regencial, as principais revoltas que aconteceram


foram:

 Cabanagem: rebelião que aconteceu no Grão-Pará entre 1835 e 1840 em


razão da insatisfação popular com a pobreza e a desigualdade e por disputas
políticas locais.
 Balaiada: rebelião que aconteceu no Maranhão entre 1838 e 1841 e foi
resultado de disputas políticas locais.
 Sabinada: foi uma rebelião de caráter separatista que desejava implantar uma
república na Bahia. Aconteceu entre 1837 e 1838.
 Revolta dos Malês: foi uma rebelião de escravos que aconteceu em Salvador
em 1835.
 Revolta dos Farrapos: foi uma revolta motivada por insatisfações da elite local
com o governo por questões políticas e econômicas. Estendeu-se de 1835 a
1845."

"No caso do Período Regencial, os principais grupos políticos eram:

 Liberais moderados: em geral, eram monarquistas que defendiam a limitação do


poder do imperador. Defendiam uma monarquia constitucional no país e tinham
no padre Feijó o seu maior representante.
 Liberais exaltados: eram defensores abertos do federalismo, isto é, de ampliar a
autonomia das províncias brasileiras. Alguns dos exaltados eram defensores da
república, e o nome mais influente desse grupo foi Cipriano Barata.
 Restauradores: eram defensores do retorno de D. Pedro I ao trono brasileiro e
tinham nos irmãos Andrada (José Bonifácio era um deles) seus maiores
expoentes."

• Segundo Reinado (1840-1889): da Maioridade de D. Pedro II à


proclamação da República.

 O Segundo Reinado corresponde ao período de 23 de julho de 1840 a


15 de novembro de 1889, quando o Brasil esteve sob reinado de D.
Pedro II (1825-1891).

 Foi caracterizado como uma época de relativa paz entre as províncias


brasileiras, a abolição gradual da escravidão e a Guerra do Paraguai
(1864-1870).

 Encerra-se com o golpe republicano em 15 de novembro de 1889.


 O Segundo Reinado é o momento em que o Brasil se consolida como
nação.
 O regime político do país era a monarquia parlamentarista, onde o
Imperador escolhia o Presidente do Conselho (equivalente ao cargo de
primeiro-ministro) através de uma lista com três nomes.
 No plano econômico, o café adquire importância fundamental, sendo o
produto mais exportado pelo Brasil. Chegam as primeiras ferrovias e
barcos a vapor com o objetivo de melhorar a circulação do chamado
"ouro negro".
 Em meio à prosperidade cafeeira, o Brasil se encontra num dilema, pois
quem trabalhava nas plantações de café eram pessoas escravizadas.
Desde o governo de Dom João VI, o país havia se comprometido a abolir
a escravidão. No entanto, a elite cafeeira se opunha, pois isso acarretaria
perdas econômicas. A solução é terminar com o trabalho servil de forma
gradual.
 Será no Segundo Reinado que o Brasil se vê às voltas com o maior
conflito armado da América do Sul: a Guerra do Paragua
 Por fim, sem apoio das elites rurais e do exército, a monarquia é
derrubada através de um golpe militar. A Família Imperial é obrigada a
deixar o país e se instala a república

A política do Segundo Reinado é marcada pela presença de dois partidos


políticos:

 o Partido Liberal, cujos membros eram conhecidos como os “luzia”;


 o Partido Conservador, cujos membros eram conhecidos como os
“saquarema”.

A rigor, ambos os partidos defendiam as ideias de elite, como a manutenção da


escravidão. Somente se diferenciavam em relação ao poder central, com os
liberais lutando por mais autonomia provincial e os conservadores por mais
centralização.

 "O fim da monarquia no Brasil foi resultado do desgaste dessa


forma de governo com os interesses da elite política e econômica
do país. Sua queda ocorreu por meio de seu rompimento com três
importantes grupos do país: a Igreja (fator menos relevante), o
Exército e a elite escravocrata.
 O grupo que teve maior envolvimento com esse fim foi o Exército.
Insatisfeito com a monarquia desde o fim da Guerra do Paraguai,
os militares começaram a conspirar contra ela. Assim, em 15 de
novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca, liderando
tropas militares, destituiu o Gabinete Ministerial, e, no decorrer
desse dia, José do Patrocínio proclamou a República no Brasil"

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