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452-57
Período Regencial
Licensed to Adriano Wendel Barbosa Nascimento - adrianowendel52@gmail.com - 016.761.452-57
Na época da abdicação de D. Pedro I, seu filho ainda tinha 5 anos e portanto era muito
novo para assumir.
Foi o que aconteceu: nosso Período Regencial durou de 1831 até 1840.
As quatro regências
Regência Trina Provisória (abril-julho 1831): Francisco de Lima e Silva, Nicolau Pereira
de Campos Vergueiro e José Joaquim Carneiro de Campos.
Regência Trina Permanente (1831-1834): Francisco de Lima e Silva, João Bráulio Muniz
e José da Costa Carvalho.
Durante o Período Regencial, a política brasileira ficou dividida entre três grupos
políticos:
Liberais moderados
1) Grupo composto por proprietários rurais (a maioria do centro-sul do país),
militares, padres e profissionais liberais;
Em 1831, foi criada a Guarda Nacional, uma organização armada formada por
cidadãos ativos entre 21 e 60 anos com renda superior a 100 mil réis.
Esse Código deu um maior poder aos juízes de paz, que eram eleitos em cada
localidade. Eles passaram a ter o direito de julgar e prender pessoas acusadas de
cometerem pequenas infrações.
O Ato Adicional foi aprovado em agosto de 1834 e fez uma série de modificações na
Constituição de 1824, com algumas mudanças descentralizadoras:
2) O Conselho de Estado, que havia sido criado pela Constituição e era controlado
pelo imperador, foi extinto;
3) A Regência Trina foi substituída pela Regência Una, com eleições a cada quatro
anos;
A partir da publicação do Ato Adicional, o grupo dos liberais moderados se dividiu em:
Para os liberais exaltados, a maior autonomia política dada às províncias foi uma
vitória.
Mas nem tudo eram flores: as Assembléias Legislativas eram órgãos ligados
diretamente aos presidentes das províncias, que continuaram a ser nomeados pelo
governo central.
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Em 1835, o cenário político sofreu modificações.
Nas eleições para a regência, saiu vencedor o progressista Padre Antônio Feijó.
Ele enfrentou, durante seu governo, a oposição dos regressistas, que queriam mais
poderes para o Legislativo, a oposição majoritária na Câmara dos Deputados, e as
revoltas da Cabanagem e a Farroupilha.
A ala radical desse grupo defendia a morte e a expulsão dos portugueses da região. Em
30 de maio de 1834, teve início uma rebelião após o boato de que os portugueses
estariam planejando o assassinato de oficiais da Guarda Nacional.
A situação logo saiu do controle e a província pediu ajuda ao governo do Rio de Janeiro
para conter os revoltosos. Em outubro, as tropas imperiais derrotaram os rebeldes.
Enquanto isso, a maioria da população era formada por negros, indígenas e mestiços,
que serviam como mão de obra escrava ou semiescrava nas lavouras e no comércio
local.
Esses indivíduos eram conhecidos como cabanos, porque moravam em cabanas nas
beiras dos rios.
O conflito durou até 1840, quando os rebeldes se renderam. Saldo final: mais de 30
mil mortos.
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Revolta dos Malês (1835) – Bahia
Revolta ocorrida em Salvador (Bahia), organizada por africanos escravizados e libertos
das etnias nagô-iorubá, jejê e hauçá.
A maioria dos revoltosos era composta por escravizados muçulmanos, que sabia ler e
escrever em árabe. O termo “malê” possui origem iorubá e acredita-se que ele era
utilizado para designar africanos convertidos ao islamismo.
A regência nomeou outro presidente, José Araújo Ribeiro, que decidiu enfrentar os
rebeldes.
Em 1842, Luís Alves de Lima e Silva (que viria a ser o Duque de Caxias no futuro), foi
nomeado presidente da província do Rio Grande do Sul.
Para tentar sufocar os rebeldes, Caxias dificultou o escoamento dos produtos deles.
Além disso, Caxias conseguiu dividir os farrapos: se aproximou das lideranças mais
moderadas e isolou os republicanos mais radicais.
Liderados pelo artesão Manoel dos Anjos Ferreira, conhecido como Balaio, os
revoltosos conseguiram controlar a cidade de Caxias, grande centro comercial.
A revolta popular assustou – e muito – as elites locais e nacionais. Luis Alves de Lima e
Silva foi nomeado pelo governo imperial para suprimir a revolta.
Em 1840, foi fundado o Clube da Maioridade, presidido pelo liberal Antônio Carlos de
Andrada e Silva, para defender a antecipação da maioridade do príncipe e sua posse
como imperador.
Ele seria coroado imperador em julho de 1841, recebendo o título de D. Pedro II.