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PERÍODO REGENCIAL – 1831 A 1840

Características do período Regencial

Época em que o poder Moderador não foi utilizado e regentes eram eleitos para o cargo
Executivo com mandatos temporários, ocorrendo a descentralização política. Ficando
caracterizada como uma experiencia federalista, período com bastante instabilidades política.

As elites das províncias passaram a ter bastante poder em suas regiões, o liberalismo foi uma
das palavras-chaves nesse período.

O período foi marcado por grande violência, com diversas guerras surgindo no Brasil e
deixando dezenas de milhares de mortos. Durante esse período o exército brasileiro e a guarda
Nacional foram muito utilizados.

Período caracterizado pelas lutas e disputas de três grupos políticos:

Liberais moderados – Grupo brasileiro - Grupo dominante, conhecido como chimangos,


representavam os aristocracia brasileira, em especial grandes proprietários rurais do Sudeste,
grupo nascido em 1834, tendo como líderes Evaristo da Veiga, Bernardo Pereira de Vasconcelos
e o padre Diogo Antônio Feijó. Os seus principais ideais eram: Fortalecimento de poder real.

Liberais Exaltados – Grupo Brasileiro - Designado por Jurujuba ou Farroupilhas, foi um partido
político brasileiro criado em 1831, era formado por indivíduos vindo das camadas médias
urbanas (pequenos e médios comerciantes, artesãos, funcionários públicos, militares e
profissionais liberais) Foi fundado por ex-membros do grupo do Partido Liberal Radical do
Primeiro Reinado que esperava da independência do Brasil uma democratização no processo
político.

Defendiam as reformas constitucionais mais profundas, como o fim do poder moderador e a


descentralização administrativa, de forma a constituir uma monarquia federativa.

Faziam parte desse grupo, Antônio Borges da Fonseca, Cipriano Barata, Miguel de Frias e
Vasconcelos e Teófilo Otoni.

Restauradores – Grupo português – Designado por Partido Caramuru, “grupo que defendia a
restauração”, foi um partido político brasileiro criado em 1831, formado essencialmente pela
figura de comerciantes portugueses, burocratas e militares, estes defendiam o retorno do
imperador Dom Pedro I para o Brasil e a permanência de uma monarquia forte e centralizada,
opondo-se as propostas liberais. Eram liderados por José Bonifácio de Andrade e Silva, que
atuou como tutor de Pedro de Alcântara após abdicação de Pedro I.
O Período Regencial durou nove (9) anos, foi um período também conhecido como
intermediário, foi necessário durante esse período até que o príncipe tivesse idade para ser
imperador do Brasil.

Este período foi dividido em duas fases:

- O Avanço Liberal - (1831 – 1837): Período em que os Liberais moderadores interessado


tinham interesse de impedir a radicalização e autoritarismo no país, descentralizando o poder
favorecendo as províncias;

- O Regresso Conservador – (1837 – 1840): Período de centralização do poder e campanha da


maioridade antecipada de Pedro II.

O período Regencial possuiu uma fase curta, nesse período, o Brasil formou quatro regências
diferentes, utilizadas como marcos divisórios:

Regência Trina Provisória – 1831: Teve duração de 3 meses, marcou o início do Avanço Liberal,
que durou até 1837, tinha como principal objetivo reunir convocar os demais parlamentares
para uma eleição, em Assembleia geral, da Regência Trina Permanente.

Regência Trina Permanente – (1831 – 1834): Composta por Francisco Lima e Silva, João Braulio
Muniz e José da costa Carvalho. O governo foi marcado pela tentativa de conter os movimentos
populares e para isso o padre Antônio Feijó foi instituído como ministro da justiça.

Regência Una Feijó – (1835 – 1837): Primeiras Regências das Uma que ocorreram no período
Regencial. O mandatário para a Regência Uma foi escolhido através de eleição direta. Naquela
época apenas 1,5% da população pôde votar na escolha do regente. Tinham o objetivo de
restaurar a autoridade do Estado, fortalecer o Executivo e eliminar a anarquia e a desordem
que se espalhavam pelo país.

Regência Una de Araújo Lima – (1837 – 1840): Conhecido como Regresso Conservador,
representou a volta dos conservadores ao poder e uma maior centralização do poder político
no Império do Brasil. Representou a subida dos regressistas depois da incapacidade de Diogo
Feijó em controlar as rebeliões provinciais.

O Período Regencial conheceu inúmeras revoltas ocorridas principalmente nas províncias do


Pará, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.

 Guerras do Farrapos (Farroupilhas) – Na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul


(1835 – 1845) – motivada pelo descontentamento dos estancieiros e charqueadores
com os altos impostos cobrados pelo governo central e com os baixos preços
estabelecidos para a venda de gado, charque, couros e peles ao restante do país.

 Revolta do Malês – Na Província da Bahia (1835) – Manifestação de escravizados que


enfrentou o império em busca de liberdade religiosa e fim da escravidão. Esses
movimentos ocorreram por causa da insatisfação de boa parte da população, os
escravos deixar de exercer o trabalho forçado e passar por constrangimentos.
 Sabinada – Na província da Bahia (1837 – 1838) – Combatiam ardorosamente a
Regência e a centralização que esta impunha às províncias, não acreditando que o Ato
Adicional fosse o suficiente para alterar essa situação
 Balaiada – Na Província Maranhão (1838 – 1841) - Rebelião popular motivada pela
insatisfação popular com a pobreza e a desigualdade social da província que se
mesclou com a disputa travada por bem-te-vis e cabanos pelo poder político. Causas
da revolta está relacionada a condições de miséria e opressão, Maranhão atravessava
período de muita crise.

 Cabanagem – No Grão-Pará (1835 – 1840) – Grave crise econômica vivida na região,


seus principais líderes tinham origem indígena, negra e da camada mais pobre. Foi
derrotada pelas tropas regências e tinha como objetivo a independência da região.

O período das Regências teve fim com o Golpe da Maioridade, no qual os políticos brasileiros
anteciparam a maioridade de Pedro Alcantara para que ele pudesse ser coroado imperador do
brasil com 14 anos de idade, dando início ao Segundo Reinado.

Felix-Emile Taunay - Retrato de Sua Majestade o Imperador D. Pedro II


Avanço Liberal -Batalhão dos fuzileiros da Guarda Nacional, por Tipografia Brito e Braga (c. 1850)

Guerra dos Farrapos (1835 – 1845)

Rio de Janeiro – 1854


Academia Santa Gertrudes – 8º ano do fundamental II
Aluno: João Vinícius Morais de Araújo

TRABALHO
DE
HISTÓRIO
Período Regencial

Prof. José Antônio

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