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Período Regencial (de 1831 a 1840). Não existe um motivo único para o
acontecimento delas, mas a instabilidade deixada pela ausência de um governo
forte e as péssimas condições de vida da população são algumas das causas. As
Revoltas Regenciais uniram pessoas pobres, escravizadas, de classe média e das
elites agrárias.
Naquele momento, o herdeiro do trono brasileiro era Dom Pedro II, que tinha
apenas 5 anos de idade. A constituição de 1824 previa que, até o herdeiro atingir a
maioridade, o país seria governado por regentes, escolhidos pelo congresso.
Malês (1835)
Memorial da Balaiada.
A revolta foi iniciada por um confronto das elites locais. Entre elas, os grandes
fazendeiros e o comerciante de balaios Manuel Francisco dos Anjos Ferreira.
Porém, logo se tornou um movimento de pessoas pobres da região, artesãos,
escravos e quilombolas contra a exploração das elites e as arbitrariedades
cometidas pelas oligarquias locais. O confronto terminou em 1841 com a dominação
dos rebeldes.
Para acabar com a instabilidade política criada no Período Regencial, foi proposta
para a Câmara a antecipação da maioridade de Dom Pedro II. A ideia não foi
aprovada, mas alguns políticos aplicaram o que ficou conhecido como Golpe da
Maioridade. E, com 14 anos, Dom Pedro II assumiu o posto de Imperador do Brasil.
Iniciou-se, assim, o período conhecido como Segundo Reinado.
Revoltas do 2 reinado
No dia seguinte ao juramento foi anunciado o Ministério da Maioridade, conhecido
como o Ministério dos Irmãos, porque era formado pelos irmãos Antônio Carlos e
Martim Francisco de Andrada, pelos dois irmãos Cavalcanti, futuros Viscondes de
Albuquerque e de Suassuna, e por Aureliano Coutinho, o líder do Clube da Joana,
entre outros.
No entanto, havia um problema: o Ministério era liberal, mas a Câmara com a qual
deveria trabalhar era de maioria conservadora, o que impedia ou dificultava a
aprovação das determinações ministeriais. Para resolver o impasse a Câmara foi
dissolvida e novas eleições foram convocadas.
Essas eleições, realizadas em 1840, foram chamadas pelos conservadores de
"eleições do cacete" pela violência usada pelos liberais para alcançar a maioria na
Câmara. O governo central, para garantir a vitória do Partido Liberal alterou todo o
processo eleitoral: foram nomeados novos presidentes para as províncias; os chefes
de polícia, os juízes de direito e os oficiais superiores da Guarda Nacional foram
substituídos; e os juízes de paz, que presidiam as eleições, suspensos.
A violência foi a tônica dessas eleições. Grupos de valentões, identificados por um
laço amarelo ao pescoço e por isso conhecidos como papos amarelos, assaltavam
as mesas eleitorais. Assassinatos e espancamentos ocorreram em todo o país. A
fraude foi outra característica dessas eleições: eram aceitos como eleitores
meninos, escravos, pessoas inexistentes e permitia-se troca de identidade na hora
de votar. A apuração também foi fraudada: o conteúdo das urnas foi substituído, a
contagem dos votos alterada e as atas falsificadas.
A volta dos liberais ao Governo não durou muito tempo. O agravamento da Guerra
dos Farrapos, no Sul, a pressão inglesa para a extinção do tráfico negreiro e a
violência usada nas "eleições do cacete" provocaram a queda do Ministério dos
Irmãos.
Um novo Ministério foi formado em março de 1841, contando com membros ligados
ao Clube da Joana, e ao Partido Conservador.
De volta ao poder, os conservadores empenharam-se em concluir as mudanças
"regressistas" que foram interrompidas com a Maioridade. Para isso restabeleceram
o Conselho de Estado, que havia sido extinto pelo Ato Adicional de 1834, e
reformaram o Código do Processo Criminal, como maneira de fortalecer o Governo
do Estado que passou a exercer total controle sobre a política e a justiça.
No início de maio de 1841, o novo Ministério propôs a dissolução da Câmara, de
maioria liberal, alegando que as eleições haviam sido fraudadas com o apoio do
Ministério dos Irmãos.
Em 23 de novembro de 1841 foi aprovada a restauração do Conselho de Estado,
órgão vitalício, formado por 24 membros. O Conselho de Estado, entre as suas
funções, controlava o Poder Moderador, exercido pelo Imperador, que só em casos
de demissão ou admissão de ministros poderia agir sozinho. Para outras decisões,
como por exemplo dissolver a Câmara, precisaria receber a aprovação do
Conselho. Desde então, o Conselho de Estado e o Senado, também vitalício,
comandariam a política e a administração do país.
Isso abriu caminho para Caxias investir Sorocaba, onde entrou vitorioso em 20 de
junho, não tendo encontrado Tobias de Aguiar, que buscou a proteção dos
farroupilhas.
Encontrou, no comando da resistência, o padre Feijó, que tentou, sem êxito, negociar
em condições privilegiadas. Foi preso com todo o respeito e afastado, de São Paulo,
para o Espírito Santo.
Em 20 de maio, Caxias mandara ao comandante dos revolucionários, uma carta
nesses termos, na tentativa de evitar a sorte das armas:
"Que pretende? Quer V.S. empunhar as armas contra o governo legítimo de nosso
Imperador? Não o creio porque o conheço de muito tempo, sempre trilhando o
caminho do dever e da honra (...) Acabo de chegar da Corte munido de autoridade
para tudo aplanar. Não tenho sede de sangue dos meus patrícios, porém não deixarei
de cumprir os meus deveres como militar. Ainda é tempo, não ensangüentemos o
solo que nos viu nascer e não acendamos a guerra civil nesta bela província para não
a vermos reduzida ao estado do Rio Grande de São Pedro do Sul e sua vizinha.
(Santa Catarina) Responda-me e não se deixe fascinar por vinganças alheias."
Não atendido em seu apelo, Caxias teve de cumprir seu dever com firmeza.
Antes de retornar ao Rio e ainda em São Paulo, em 05 de julho, Caxias escreveu à
esposa:
"Meu bem. Ontem te escrevi uma carta por intermédio do Ministro da Guerra
remetendo-te 200 mil réis para fazeres um vestido muito bonito com que devemos ir
ao primeiro baile que haverá ai no Rio depois de minha chegada... Beijos às nossas
filhas. Teu Luiz."
Em 13 de julho quando retornava ao Rio, em Guaratinguetá, Caxias soube de sua
nomeação para pacificar Minas Gerais, com carta branca, como o fizera em São
Paulo.
Revolução praiera
Revolução Praieira ocorreu de 1848 a 1850 e foi motivada pelas disputas entre os
praieiros e os conservadores. Os principais combates travados nessa revolução
aconteceram no interior da província de Pernambuco, embora um grande ataque
tenha sido liderado por Pedro Ivo contra Recife. Os praieiros saíram derrotados, e os
conservadores permaneceram no poder.
Um dos nomes mais importantes do Partido Praieiro foi Pedro Ivo, um arrendatário
que esteve à frente de um grupo de populares que moravam no interior de
Pernambuco. Ele liderava 1600 homens e atraiu forças do Exército para o interior e,
logo em seguida, levou os seus homens para a capital, Recife.
2. liberdade de imprensa;
7. implantação do federalismo;
8. reforma do Judiciário;
Desfecho
Depois que Nunes Machado morreu, Borges da Fonseca seguiu na liderança do
movimento. A luta seguiu no interior de Pernambuco (na região da Zona da Mata)
por meio de uma guerrilha e só foi contida definitivamente em 1850. Grande parte
dos senhores de engenho que se envolveram na luta recebeu anistia.