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Cabanagem: foi uma revolta popular e social ocorrida durante o 

Império
do Brasil, influenciada pela revolução Francesa, na antiga Província do Grão-
Pará, que abrangia os atuais estados
do Pará, Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia. A revolta estendeu-se de
janeiro de 1835 a 1840, comandada por Félix Clemente Malcher, Antônio
Vinagre, Francisco Pedro Vinagre, Eduardo Angelim e Vicente Ferreira de
Paula. Devido à extrema pobreza, fome e doenças, que marcaram o início
desse período, além do processo de independência do Brasil (1822) que não
ocorreu de imediato no Pará, e à irrelevância política à qual a província foi
relegada pelo príncipe regente Pedro I após a Independência, mantendo a forte
influência portuguesa. O objetivo era aumentar a importância do seu território
no governo central brasileiro e enfrentar a questão da pobreza do povo da
região, cuja maior parte morava em cabanas de barro (de onde se originou o
nome da revolta).

Balaiada: foi a mais longa e numerosa revolta popular ocorrida


no Maranhãoentre os anos de 1838 e 1841, com início em 13 de dezembro de
1838. Os primeiros indícios da revolta ecoaram de um lugarejo chamado
Manga do Iguará, também conhecido simplesmente Manga, na região do
Maranhão oriental. A revolta foi liderada por homens pobres, mestiços e
também escravos, devido ao sentimento de opressão que sentiam em relação
aos prefeitos, cargo criado por uma administração conservadora do presidente
da província Camargo. De um lado, grandes proprietários de terra e
de escravos, autoridades provinciais e comerciantes, do outro, os balaios
(vaqueiros, artesãos, lavradores, escravos, mestiços, mulatos, sertanejos,
índios e negros), sem direito à cidadania e nem ao acesso à propriedade da
terra, buscando o fim de novas arbitrariedades instituídas
pelas oligarquias regionais que haviam subido ao poder após a proclamação da
independência, além do fim de recrutamentos violentos.

Revolta dos Malês: foi um levante de escravos de maioria muçulmana


na cidade de Salvador, capital da Bahia, que aconteceu na noite de 24 para 25
de janeiro de 1835. Foi o levante de maior relevância da então província da
Bahia. O levante teve grande ressonância, na década de 1830, quando
Salvador contava com cerca de 65 500 habitantes, dos quais 40 % eram
escravos. Os revoltosos, cerca de 1500 pessoas, estavam muito insatisfeitos
com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito
contra os negros. Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos
escravos. Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos
africanos desde o momento em que chegavam ao Brasil), o confisco dos bens
dos brancos e mulatos e a implantação de uma república islâmica. A revolta
acabou em menos de vinte e quatro horas devido à ação das forças policiais. A
repressão foi brutal. Os rebeldes que sobreviveram sofreram diversos tipos
de penas, que foram variadas. Entre elas deportação forçada à África, para
libertos que estavam presos como suspeitos, mas que a polícia não tinha prova
concreta para detê-los e dezesseis condenações à morte, embora apenas
quatro tenham sido de fato executadas pelo pelotão de fuzilamento no Campo
da Pólvora, no dia 14 de maio de 1835. A revolta acabou, mas a insegurança e
o medo tomaram conta durante algum tempo de Salvador e da Bahia, e foram
se espalhando pelos demais municípios do país.

Sabinada: foi uma revolta feita por militares, integrantes da classe média
(profissionais liberais, comerciantes, etc) e rica da Bahia. A revolta se estendeu
entre os anos de 1837 e 1838. Ganhou este nome, pois seu líder foi o jornalista
e médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira. Os revoltosos eram
contrários às imposições políticas e administrativas impostas pelo governo
regencial. Estavam profundamente insatisfeitos com as nomeações de
autoridades para o governo da Bahia, realizadas pelo governo regencial. O
estopim da revolta ocorreu quando o governo regencial decretou recrutamento
militar obrigatório para combater a Guerra dos Farrapos, que ocorria no sul do
país. Os revoltosos queriam mais autonomia política e defendiam a instituição
do federalismo republicano, sistema que daria mais autonomia política e
administrativa às províncias. Com o apoio de vários integrantes do exército, os
revoltosos foram para as ruas e tomaram vários quartéis militares. No dia 7 de
novembro de 1837, tomaram o poder em Salvador (capital). Decretaram a
República Bahiense, que, de acordo com os líderes da revolta, deveria durar
até D.Pedro II atingir a maioridade para governar.
 
Revolução Farroupilha: foi um conflito regional contrário ao governo
imperial brasileiro e com caráter republicano. Ocorreu na província de São
Pedro do Rio Grande do Sul, entre 20 de setembro de 1835 a 1 de março de
1845. O descontentamento político com o governo imperial brasileiro, a busca
por parte dos liberais por maior autonomia para as províncias, a revolta com os
altos impostos cobrados no comércio de couro e charque, importantes produtos
da economia do Rio Grande do Sul naquela época e os farroupilhas eram
contrários a entrada (concorrência) do charque e couro de outros países, com
preços baratos, que dificultada o comércio destes produtos por parte dos
comerciantes sulistas, fizeram com que a revolta ocorresse. Pagar menos
impostos, eles queriam que o governo central aumentasse as taxas
alfandegárias sobre o charque (carne-seca), o sebo e ocouro, o charque, além
de ser o principal alimento dos escravos e dos pobres, também era o principal
produto da economia gaúcha, esse era o objetivo da revolução farroupilha.

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