Você está na página 1de 36

• BRASIL IMPÉRIO

• PERÍODO REGENCIAL
• REVOLTAS REGENCIAIS
• CABANAGEM
• REVOLTA DOS FARRAPOS
• INSURREIÇÃO MALÊ
• SABINADA
• BALAIADA

1
REVOLTAS
REGENCIAIS

PROF. MAX DANTAS 2


REVOLTAS REGENCIAIS
CABANAGEM/PARÁ
1835-40
 A independência não melhorou a
vida da população paraense,
sujeitos ao controle comercial
dos portugueses e discriminados
pelas autoridades imperiais.
 Após a independência do Brasil,
a província do Grão-Pará
mobilizou-se para expulsar as
forças reacionárias que
pretendiam manter a região
como colônia de Portugal.
CONTEXTO

 Nessa luta, que se arrastou por


vários anos, destacaram-se as
figuras do cônego e jornalista João
Batista Gonçalves Campos, dos
irmãos Vinagre e do fazendeiro
Félix Clemente Malcher.
 Terminada a luta pela
independência e instalado o
governo provincial, os líderes
locais foram marginalizados do
poder.
SITUAÇÃO
 Em 1833 o governo regencial nomeou Bernardo
Lobo de Souza como o novo presidente da
província, o novo governante, iniciou uma política
repressiva, que se caracterizou:
 Perseguição aos inimigos políticos
 Recrutamento forçado de inimigos, que eram
enviados ao RS, para lutar contra os Farrapos
ao lado das tropas regenciais.
 Exílio de inimigos políticos
 Benefícios aos portugueses, que detinham o
monopólio de comércio na região.
 As perseguições e humilhações que a população
sofria foi gerando um sentimento de ódio e rancor
contra o governo provincial, assim os cabanos do
interior passaram a se organizar para a luta.
A LUTA
 Em 07 de Janeiro de 1835, os cabanos dominaram
Belém do Pará e fuzilaram Lobo de Souza
 O líder dos cabanos Clemente Melcher, declarou-
se aliado do governo regencial do RJ, em 19 de
Fevereiro de 1835 acabou sendo fuzilado pelos
cabanos, acusado de traição.
 O novo líder do movimento, FRANCISCO VINAGRE
seguiu a mesma política de aliança com o governo
regencial, foi afastado pelos cabanos.
 O governo regencial manda para a província o
comandante Manuel Jorge Rodrigues, que junto a
Francisco Vinagre, começa a repressão ao
movimento
A LUTA
 Em 1836 EDUARDO ANGELIM passou
a comandar os cabanos e tomou
medidas autonomistas como;
 Proclamou a República do Pará –
separado do Brasil
 Extinguiu o tráfico de escravos para o
Pará, os fazendeiros que apoiavam o
movimento se afastaram e passaram
a trair os cabanos.
 Dividiu as terras dos portugueses
com os cabanos (reforma agrária)
RESULTADO
 O governo regencial do Rio de
Janeiro organizou a repressão
aos rebeldes
 Mandando tropas sob o
comando do Barão de Caxias
com a ordem de não fazer
prisioneiros,
 O resultado desse conflito que
terminou em 1840, registrou a
morte de 30.000 cabanos e a
reintegração do Pará ao Brasil.
PRA LEMBRAR,...
 CAUSAS
 ISOLAMENTO DA PROVÍNCIA DISCORDÂNCIA COM O GOVERNO DE D. PEDRO
I
 OBJETIVOS
 INDEPENDÊNCIA DA PROVÍNCIA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
 LÍDERES
 ANTÔNIO E FRANCISCO VINAGRE, FÉLIX CLEMENTE, PADRE JOÃO BATISTA E
EDUARDO ANGELIM.
 FIM DA REVOLTA
 REAÇÃO VIOLENTA DO GOVERNO, GRANDE MASSACRE. 30 MIL MORTOS.
 CARACTERÍSTICAS
 PARTICIPAÇÃO POPULAR – ÍNDIOS, NEGROS, MESTIÇOS, ESCRAVOS E LIVRES
( todos sem posses) LUTAVAM CONTRA A DESIGUALDADE TOMARAM O
PODER MAS FORAM TRAÍDOS. REVOLTA POPULAR
GUERRA DOS FARRAPOS/RIO
GRANDE DO SUL – 1835-45
 Problemas econômicos dos
produtores rurais gaúchos devido a
concorrência com o charque platino
livre de taxas de importação;
 Questões políticas entre o governo
do Império e as elites rio-
grandenses;
 A constituição de 1824 limitava a
autonomia política e administrativa
do estado que era então, governada
por um presidente nomeado pelo
rei, nesse caso Dom Pedro I
PRINCIPAIS LÍDERES

BENTO DAVI GENERAL


GONÇALVES CANABARRO NETO
 1835, Bento Gonçalves domina a

A LUTA capital gaúcha, as tropas imperiais


não tem forças para conter os
revoltosos.
 1836 os imperiais retomam Porto
Alegre e no ano seguinte o General
Neto funda a REPUBLICA RIO-
GRANDENSE na cidade de Piratini ;
 1839,o movimento se expande com
a conquista de Laguna e a fundação
da REPUBLICA JULIANA;
 A partir de 1942 a revolução passa a
ser contida por meio de ações
militares lideradas por Duque de
Caxias.
A LUTA
Em 14 de novembro de 1844 é
travada a última grande
batalha da guerra.
A BATALHA DE PORONGOS
O regimento de lanceiros
negros é dizimada, pois foram
desarmadas na noite anterior
sob ordem de David Canabarro
RESULTADOS
 Em março de 1845 é firmado o tratado
de paz encerrando assim a GUERRA DOS
FARRAPOS.
 A PAZ DO PONCHO VERDE, ou TRATADO
DO PONCHO VERDE, continha ofertas
irrecusáveis aos farrapos;
 Anistia a todos os revoltosos;
 Incorporação dos oficiais
farroupilhas ao exercito imperial;
 Devolução de toda a propriedade
ocupada ou confiscada durante a
guerra;
 Libertação de todo o escravo que
tivesse lutado ao lado dos farrapos.
O PONCHO VERDE – NA PRÁTICA

 Os farrapos não escolheram seu presidente provincial, e o barão de Caxias,


General Luís Alves de Lima e Silva, foi indicado senador do Império;
 Não existe documentação que comprove o pagamento de valores de
ressarcimento aos líderes republicanos.
 Porém, Antônio Vicente da Fontoura, anteriormente responsável pelas
negociações, ficou encarregado de pagar aos líderes republicanos valores dados
pela Coroa.
 Segundo Fontoura, foram "quatro dias de inferno", onde a cobiça dos Farrapos
gerou uma onda de notas frias e uma disputa fervorosa pelo dinheiro.
 Não houve a libertação de todos escravos que lutaram no Exército farroupilha,
a fim de se evitar a insurgência dos negros pelo resto do império.
 Alguns foram devolvidos aos seus donos, mediante reivindicação, outros foram
levados para o Rio de Janeiro e vendidos a outros senhores.
 Os que faziam parte do corpo de Lanceiros negros comandados por Davi
Canabarro foram massacrados na Batalha de Porongos ou massacre de
Porongos.
 Não foi uma revolta com objetivos
populares CONCLUSÃO
 Tratou-se de uma rebelião de
estancieiros que lutavam por seus
interesses específicos
 Os homens livres, pobres e escravos
lutaram no movimento sob a
coordenação dos grandes
fazendeiros;
 Não existia entre os lideres
farroupilhas uma proposta concreta
de acabar com a escravidão ou
melhorar a vida miserável dos
camponeses;
 O objetivo era garantir o lucro das
estâncias e exercer o poder político
no Rio grande do Sul.
PRA LEMBRAR,...

 CAUSAS
 Impostos exigidos pela produção de charque. Discordância dos
participantes com o centralismo administrativo e político.
 OBJETIVOS
 Autonomia provincial, formação de uma República independente.
 LÍDERES
 Bento Gonçalves, Canabarro e Garibaldi.
 FIM DA REVOLTA
 10 anos de conflito – assinada a Paz de Ponche Verde. Anistia dos
culpados e incorporação dos farrapos ás tropas do governo.
 Permissão para escolher o Presidente da Província Devolução das
terras confiscadas na guerra.
 Proteção ao charque contra a concorrência externa Libertação do
escravos envolvidos.
REVOLTA DOS MALÊS/BAHIA
1835
 Ocorreu na cidade de Salvador entre os
dias 25 e 27 de janeiro de 1835.
 Os revoltosos foram os negros islâmicos
que exerciam atividades livres,
conhecidos como negros de ganho
(alfaiates, pequenos comerciantes,
artesãos e carpinteiros).
 Os revoltosos, cerca de 1500, estavam
muito insatisfeitos com a escravidão
africana, a imposição do catolicismo e
com a preconceito contra os negros.
 Portanto, tinham como objetivo
principal à libertação dos escravos.
SITUAÇÃO
 Queriam também acabar
com o catolicismo (religião
imposta aos africanos
desde o momento em que
chegavam ao Brasil),
 O confisco dos bens dos
brancos e mulatos e a
implantação de uma
república islâmica.
A LUTA
 De acordo com o plano, os revoltosos sairiam
do bairro de Vitória (Salvador) e se reuniriam
com outros malês vindos de outras regiões da
cidade.
 Invadiriam os engenhos de açúcar e
libertariam os escravos.
 Arrecadaram dinheiro e compraram armas
para os combates.
 Uma mulher contou o plano da revolta para
um Juiz de Paz de Salvador.
 Os soldados das forças oficiais conseguiram
reprimir a revolta e cercaram os revoltosos na
região da Água dos Meninos.
RESULTADO
 No conflito morreram sete soldados e
setenta revoltosos.
 Cerca de 200 integrantes da revolta
foram presos pelas forças oficiais e os
líderes foram condenados a pena de
morte.
 Os outros revoltosos foram condenados
a trabalhos forçados, açoites e degredo
(enviados para a África).
 O governo decretou leis proibindo a
circulação de muçulmanos no período
da noite bem como a prática de suas
cerimônias religiosas.
PRA LEMBRAR

 CAUSAS
 Os negros islâmicos que exerciam atividades
livres, conhecidos como negros de ganho
(alfaiates, pequenos comerciantes, artesãos e
carpinteiros).
 Apesar de livres, sofriam muita discriminação por
serem negros e seguidores do islamismo.
 Em função destas condições, encontravam muitas
dificuldades para ascender socialmente.
 OBJETIVOS
 Estavam muito insatisfeitos com a escravidão
africana, a imposição do catolicismo e com a
preconceito contra os negros.
 Portanto, tinham como objetivo principal à
libertação dos escravos.
REVOLTA DOS MALÊS/BAHIA

 LÍDERES
 Pacífico Licutã, Manuel
Calafate e Luísa Mahin.
 RESULTADO
 No conflito morreram sete
soldados e setenta revoltosos.
 Cerca de 200 integrantes da
revolta foram presos pelas
forças oficiais.
 Líderes condenados a morte.
SABINADA/BAHIA
1837-38
 A Sabinada foi uma revolta
feita por militares, integrantes
da classe média e rica da
Bahia.
 Sem grande participação
popular
 A revolta se estendeu entre os
anos de 1837 e 1838.
 Ganhou este nome, pois seu
líder foi o jornalista e médico
Francisco Sabino Álvares da
Rocha Vieira.
CONTEXTO
 Os revoltosos eram contrários às
imposições políticas e
administrativas impostas pelo
governo regencial.
 Estavam profundamente insatisfeitos
com as nomeações de autoridades
para o governo da Bahia, realizadas
pelo governo regencial.
 O estopim da revolta ocorreu quando
o governo regencial decretou
recrutamento militar obrigatório
para combater a Guerra dos
Farrapos, que ocorria no sul do país.
A LUTA
 Os revoltosos queriam mais autonomia
política e defendiam a instituição do
federalismo republicano
 Com o apoio de vários integrantes do
exército, os revoltosos foram para as
ruas e tomaram vários quartéis
militares.
 No dia 7 de novembro de 1837,
tomaram o poder em Salvador .
 Decretaram a República Bahiense, que,
de acordo com os líderes da revolta,
deveria durar até D.Pedro II atingir a
maioridade.
RESULTADO
 O governo central, sob a
regência de regente Feijó,
enviou tropas para a região e
reprimiu o movimento com
força total.
 A cidade de Salvador foi
cercada e retomada.
 Muita violência foi usada na
repressão, centenas de casas de
revoltosos foram queimadas
pelas forças militares do
governo.
RESULTADO
 Entre revoltosos e
integrantes das forças do
governo, ocorreram mais de
2 mil mortes durante a
revolta.
 Mais de 3 mil revoltosos
foram presos.
 Assim, em março de 1838,
terminava mais uma rebelião
do período regencial.
SABINADA/BAHIA
 CAUSAS
 OPOSIÇÃO AO CENTRALISMO.
 RENÚNCIA DE FEIJÓ E ELEIÇÃO DE ARAÚJO SILVA.
 OBJETIVOS
 FALTA DE PROPOSTAS CONCRETAS.
 NÃO TINHA CARÁTER SEPARATISTA.
 PROCLAMAR A REPÚBLICA ATÉ A MAIORIDADE DE D. PEDRO II.
 LÍDERES
 FRANCISCO SABINO ÁLVARES DA ROCHA.(Médico) FIM DA REVOLTA
PRISÃO E MORTES.
 SABINO FOI EXILADO NO MATO GROSSO.
 CARACTERÍSTICAS
 DIFICULDADES ECONÔMICAS DA PROVÍNCIAS.
 RECRUTAMENTO FORÇADO PARA LUTAS CONTRA FARRAPOS.
 SEPARATISMO PROVISÓRIO. ADESÃO DA CLASSE MÉDIA URBANA.
BALAIADA/MARANHÃO
1838-1841
 Foi uma revolta popular ocorrida no
Maranhão entre os anos de 1838 e
1841.
 Grande parte da população pobre do
estado era contra o monopólio político
de um grupo de fazendeiros da região.
 Estes fazendeiros comandavam a
região e usavam a força e violência
para atingirem seus objetivos políticos
e econômicos.
 A Balaiada representou a luta popular
contra as desigualdades e injustiças da
sociedade da época
SITUAÇÃO
 A balaiada teve sua origem no confronto entre
duas facções: cabanos (conservadores) e bem-
te-vis (liberais) que haviam sido tirados do
poder e a crise econômica devido a queda na
exportação do algodão.
 Toda essa insatisfação e revolta uniram cada
vez mais a classe marginalizada da sociedade
 No mês de dezembro de 1838 o líder do
movimento, Raimundo Gomes, invadiu a
prisão de Vila Manga para libertar seu irmão.
 Acabou aproveitando a situação e libertando
todos outros presos e lançou um manifesto
contra os portugueses e contra a escravidão.
LÍDERES

RAIMUNDO MANUEL DOS COSME BENTO


GOMES /CARA ANJOS FERREIRA DAS CHAGAS –
PRETA - LÍDER /O BALAIO - LÍDER DOS
DOS VAQUEIROS LÍDER POPULAR ESCRAVOS
A LUTA
 A rebelião se espalhou e contou o apoio de
camadas baixas de artesãos dos negros
libertos que conseguiram obter algumas
vitórias no início dos conflitos.
 Em 1839 os balaios fizeram algumas
conquistas como, a Vila de Caxias,
espalhando-se também para o Piauí.
 A radicalização da revolta assustou a elite
política local(bem-te-vis e cabanos) que
uniram forças para conter a revolta
 Começaram, então, a subornar os rebeldes,
com a finalidade de desmoralizar o
movimento.
RESULTADO
 O governo maranhense organizou
suas forças militares com apoio de
militares de outras províncias
 Em 1839 o governo central nomeou o
coronel Luís Alves de Lima e Silva
presidente da província e comandante
de todas as forças repressivas do
Maranhão.
 A anistia decretada em agosto de
1840, provocou a rendição imediata
de cerca de 2500 balaios.
BALAIADA/MARANHÃO

 CAUSAS
 CRISE ECONÔMICA DO ALGODÃO.
 DIVERGÊNCIAS ENTRE GRUPOS LOCAIS.
 POBREZA DA POPULAÇÃO.
 OBJETIVOS
 FALTA DE PROPOSTAS CONCRETAS.
 ANTILUSITANAS
 LÍDERES
 RAIMUNDO GOMES, MANUEL FRANCISCO DOS ANJOS E O PRETO COSME.
 FIM DA REVOLTA
 PRISÃO E CONDENAÇÃO A MORTE.
 CARACTERÍSTICAS
 CONCORRÊNCIA COM ALGODÃO DOS EUA
 PRIVILÉGIO PARA LATIFUNDIÁRIOS E COMERCIANTES PORTUGUESES.
 MANIPULADOS E TRAÍDOS PELOS LIBERAIS LOCAIS (bem-te-vis).
 REPRIMIDOS POR DUQUE DE CAXIAS.

Você também pode gostar