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Indígenas

Os indígenas do Rio Grande do Sul são integrantes dos povos Kaingang,


Guarani, Charrua e Xokleng. A população total no estado, segundo o
censo do IBGE de 2010, é de aproximadamente 33.000 indígenas (0.33%
da população total).

Bandeirantes

Em 1641, os bandeirantes expulsam os jesuítas da região. Na fuga dos


jesuítas, grande parte do gado se espalhou pela região, virando selvagem
(ou chimarrão, como se dizia na época), dando origem ao chamado gado
“orelhano”.

Andavam descalços, as roupas em farrapos, e era comum sofrerem de


fome, doenças e ataques de animas selvagens e índios hostis. Essa
dureza das expedições tornava os bandeirantes homens extremamente
violentos, ambiciosos e rudes, características muito utilizadas para a
escravização de índios e combate aos quilombos.

Guerra Farroupilha

"A Guerra dos Farrapos aconteceu, principalmente, por causa da


insatisfação dos estancieiros gaúchos com a política fiscal do governo
brasileiro. No século XIX, a província do Rio Grande do Sul tinha como
principal produto o charque (carne-seca), que era vendido como principal
alimentação dos escravos no Sudeste e Nordeste do Brasil.

O charque era produzido pelos charqueadores, que compravam a carne


bovina dos estancieiros, os criadores de gado do Rio Grande do Sul. A
grande insatisfação destes estava relacionada com a cobrança de
impostos realizada pelo governo sobre a produção de charque da região.
O charque gaúcho recebia uma pesada taxa de cobrança, enquanto o que
era produzido pelos uruguaios e argentinos tinha uma taxação diminuta."

"Esse quadro tornava o produto gaúcho menos competitivo, uma vez que
seu preço era maior. A principal exigência dos estancieiros era que o
charque estrangeiro fosse taxado para tornar a concorrência entre o
produto nacional e o estrangeiro mais justa. No entanto, outras razões
ajudam a entender o início dessa revolta:

Insatisfação com a taxação sobre o gado na fronteira Brasil–Uruguai;


Insatisfação com a criação da Guarda Nacional;

Insatisfação com a negativa do governo em assumir os prejuízos


causados por uma praga de carrapatos que atacou o gado na região em
1834;

Insatisfação com a centralização do governo e a falta de autonomia da


província;

Circulação dos ideais federalistas e republicanos na região.

A soma desses fatores levou os gaúchos a rebelarem-se contra o governo


central em 20 de setembro de 1835. Em um primeiro momento, a revolta
não tinha caráter de separatismo, mas, à medida que a situação avançou,
a saída separatista ganhou força."

"Como vimos, a revolta realizada pelos farrapos iniciou-se em 20 de


setembro de 1835 e espalhou-se por parte considerável do território do
Rio Grande do Sul. Entretanto, o anúncio da separação da província só
aconteceu em setembro de 1836, dando origem à República Rio-
Grandense, também conhecida como República de Piratini.

A Guerra dos Farrapos teve como líder o estancieiro Bento Gonçalves,


que, inclusive, foi o presidente da República Rio-Grandense por algum
tempo. Outros nomes importantes foram o do italiano Giuseppe Garibaldi
e o do militar brasileiro David Canabarro. Ambos foram responsáveis por
levar a guerra contra o império para a província de Santa Catarina,
fundando lá a República Juliana, em julho de 1839."

República Juliana
O governo imperial revidou escolhendo o marechal Francisco José de
Sousa Andréas como presidente de Santa Catarina, homem de família
ilustre e promissora carreira militar. Governou de 1839 a 1840.

A República Juliana foi considerada um braço da Revolução Farroupilha e


ficou conhecida historicamente como um estado que pertenceu à Santa
Catarina, oficializou-se a 24 de julho de 1839 - advindo daí o nome
“Juliana” - e findou-se em 15 de novembro de 1839, durante um ataque
violento a Laguna, durante o qual os seus inimigos fizeram uso não só da
marinha como também da cavalaria e da infantaria para derrotá-los.

O resultado foi o total aniquilamento da esquadra farroupilha, a


reconquista de Lagunas e a matança de todos os chefes da marinha rio-
grandense, com exceção, é claro, de Garibaldi e Davi Canabarro, que
conseguiram fugir.

Negros

O Rio Grande do Sul soma, atualmente, 1,725 milhão de negros em sua


população. A origem dessa parcela da sociedade vem da escravização de
povos africanos, que durou 388 anos no Brasil. Nesse período, quase 5
milhões de homens, mulheres e crianças foram sequestrados no
continente africano, fazendo com que hoje o país tenha a maior
população negra fora da África.
Muito mais do que os traços e a cor da pele, o que há em comum entre
este povo é a luta contra o apagamento de seu passado

Massacre de Porongos

Das muitas revoltas e rebeliões do século 19 no Brasil, poucas


protagonizaram um episódio tão vil e covarde quanto o chamado
Massacre dos Porongos, emboscada que vitimou mais de cem soldados
negros durante a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul.
Também conhecida como Revolução Farroupilha, a revolta foi travada
durante dez anos (1835-1845), tornando-se a guerra civil mais longa da
história do país. De um lado, estava o governo imperial brasileiro. Do
outro, a elite gaúcha insatisfeita com os altos impostos cobrados sobre
seus produtos.
A partir da declaração de independência da então província de São Pedro
do Rio Grande do Sul, em 1836, os farroupilhas perceberam que não havia
homens o bastante para fazer frente às tropas imperiais. Por essa razão,
os republicanos começaram a cooptar negros escravizados. Mas não os
seus.
"Em vez de cederem a própria mão de obra, os farroupilhas capturavam
os negros dos adversários, que serviam aos imperiais ou estavam
foragidos, com a promessa de alforria após o fim da guerra", explica o
jornalista Juremir Machado da Silva, autor de História Regional da
Infâmia: o destino dos negros farrapos e outras iniquidades
brasileiras (L&PM, 2010).
Os negros, portanto, não lutavam pelos ideais farroupilhas, mas pela
chance de liberdade. Embora também atuassem como infantes (soldados
em pé), acabaram conhecidos na história como "lanceiros negros".

Ponche Verde

O Tratado de Poncho Verde, Convenção de Poncho Verde ou Paz de


Poncho Verde foi um acordo que pôs fim à Revolução Farroupilha,
voltando o território litigante a fazer parte do Império do Brasil,
de D. Pedro II. É aceita como data de sua assinatura o dia 1º de março de
1845, quando foi anunciada a paz. Ponche Verde ou Poncho Verde é uma
região assim denominada pelas suas verdes campinas, ótimas para o
pastoreio de gado; hoje o lugar tem como sede o município de Dom
Pedrito, no estado do Rio Grande do Sul.

Imigrantes Europeus

Os primeiros colonos vieram de Holstein, Hamburgo, Mecklemburgo e


Hanôver. Depois, passaram a predominar os oriundos de Hunsrück e do
Palatinado. Além desses, vieram da Pomerânia, Vestfália e de
Württemberg.

            Entre 1824 e 1830 entraram no Rio Grande do Sul 5350 alemães.


Por problemas políticos e depois por causa da Revolução Farroupilha a
imigração ficou interrompida entre 1830 e 1844. Reiniciada a imigração,
entre 1844 e 1850 chegaram mais dez mil imigrantes, e entre 1860 e 1889
outros dez mil. Entre1890 e 1914 chegaram mais 17 mil alemães.

Tradições gaúchas

Frequentar o CTG; Roda de chimarrão; sol e bergamota; Tradições


gaúchas na culinária; Expressões e ditados gaudérios.

Hino e Bandeira do Estado

Como a aurora precursora


Do farol da divindade
Foi o 20 de setembro
O precursor da liberdade

Mostremos valor, constância


Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

Mas não basta, pra ser livre


Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo

Mostremos valor, constância


Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

De modelo a toda Terra


Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

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