Você está na página 1de 4

PENSAR EM PERGUNTAS

CRONOLOGIA HISTÓRICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

1500 – Cabral chega ao Brasil, desembarcando nas costas da Bahia.

1701 eles fundaram 8 povos em território gaúcho, dos quais 7 prosperaram, chamados
então : “os 7 povos das Missões” – São Francisco Borja; São Nicolau; São Luiz
Gonzaga; São Miguel Arcanjo; São Lourença Martin; São João Batista e Santo Ângelo
Custódio.

1750 – Assinado o “Tratado de Madrid” entre Portugal e Espanha, pelo qual os


portugueses dão aos espanhóis a Colônia de Sacramento e recebem em troca Os 7
Povos das Missões. Os padres jesuítas espanhóis não se conformam com a troca e os
índios missioneiros se revoltam. Vai começar a chamada “Guerra das Missões”.

1756 – A 7 de fevereiro morre em uma escaramuça o índio José Tiarayu, “o Sepé”


junto a Sanga da Bica (hoje dentro do perímetro urbano de São Gabriel) morto pelas
forças espanholas e portuguesas, três dias mais tarde ocorre o massacre de Caiboaté
(ainda no município de São Gabriel) onde uma hora e 10 minutos os exércitos da
Espanha e Portugal mataram quase 1500 índios e tiveram apenas 4 baixas. Em
Caiboaté foi vencida a resistência missioneira definitivamente. Ao abandonarem as
Missões os jesuítas carregaram o que puderam e incendiaram lavouras, casa e até
igrejas.

1762 – Assinado o “Pacto da Família”, que anulou praticamente o Tratado de Madrid.


Ou seja, Os 7 Povos das Missões continuaram sob o domínio da Espanha e a Colônia
do Sacramento continuou portuguesa.

1763 – Tropas espanholas invadem o Brasil apoderando-se do Forte de Santa Tereza


e da cidade de Rio Grande e de São José do Norte. No período da dominação
espanhola começa a brilhar um herói autenticamente gaúcho: Rafael Pinto Bandeira.

1776 – Os espanhóis são expulsos do Rio Grande. Mas o forte de Santa Tereza
jamais foi recuperado. Hoje está em território “uruguaiano”.

1780 – O cearense Domingos José Martins funda em Pelotas a primeira charqueada


com características empresariais. Logo as charqueadas vão ser decisivas na
economia gaúcha. O negro entra maciçamente no Rio Grande do Sul, como escravos
das Charqueadas.

1801 – Três heróis rio-grandense, com poucos seguidores, conquistam para Portugal
os 7 Povos das Missões, aumentando em 1/3 o mapa do Rio Grande do Sul. São eles:
José Borges do Canto, Manoel dos Santos Pedroso e Gabriel Ribeiro de Almeida.

1822 – O príncipe português Pedro de Alcântara, da casa de Bragança, proclama a


independência do Brasil e é aclamado como Imperador, com o nome de D. Pedro I.

1824 – A 18 de julho desembarcam em Porto Alegre, os primeiros 39 colonos


alemães. A 25 de julho eles se instalam nas margens do rio dos Sinos, na Real
Feitoria do Linho Cânhamo, hoje cidade de São Leopoldo.

1835 – Explode a chamada: “Revolução Farroupilha”. A 20 de setembro, os


revolucionários comandados por Bento Gonçalves tomam Porto Alegre, capital da
Província. As causas são políticas, econômicas, sociais e militares. A Província de São
Pedro do Rio Grande do Sul estava arrasada pelas guerras e praticamente
abandonada pelo Império do Brasil, meio desgovernado depois da Volta de Dom
Pedro I a Portugal.

1836 – A 11 de setembro o coronel farroupilha Antonio de Souza Neto, depois de uma


estrondosa vitória sobre as forças imperiais brasileiras no Seival, proclama a
Republica Rio-grandense. Nesse mesmo ano Bento Gonçalves da Silva é aprisionado
após a batalha da ilha do Fanfa e enviado com muitos oficiais farrapos ao Rio de
Janeiro e depois para o Forte do Mar, na Bahia. O governo da nova Republica se
instala em Piratini e Bento Gonçalves é eleito Presidente. Como está preso, assume
em seu lugar José Gomes de Vasconcelos Jardim. Piratini é a Capital.

1837 – Organiza-se o governo republicano. São nomeados Generais: Antonio de


Souza Neto, João Manoel de Lima e Silva, Bento Gonçalves da Silva e mais tarde
David Canabarro, Bento Manoel Ribeiro e João Antonio da Siqueira. Enquanto durou,
a Republica Rio-grandense só teve estes seis Generais. Nesse mesmo ano, a
maçonaria consegue dar fuga a Bento Gonçalves, que de volta ao Rio Grande assume
a Presidência da Republica.

1839 – A Republica parece consolidada, a marinha de guerra está sob o comando


efetivo de José Garibaldi, corsário italiano trazido ao Rio Grande pelo Conde Livio
Zambeccari, através da maçonaria. Os farrapos decidem levar a republica ao Brasil.
Um exército comandado por David Canabarro e apoiado pela Marinha de Garibaldi
proclama Santa Catarina a Republica Juliana. A Capital da Republica Riograndense
passa ser Caçapava.

1841 – A capital da Republica Rio-grandense passa a ser Alegrete, onde se instala a


Assembléia Nacional Constituinte.

1842 – Bento Gonçalves da Silva, no começo deste ano, se bate em duelo com Onofre
Pires, que morre em conseqüência dos ferimentos. Após duelo Bento Gonçalves da
Silva entrega o Governo e o comando do exercito republicano.

1845 – A 28 de fevereiro os farrapos assinam a paz com o Império do Brasil no


acampamento do Poncho Verde, em Dom Pedrito. O Rio Grande do Sul volta a fazer
parte do Brasil.

1847 – Morre Bento Gonçalves da Silva em Pedras Brancas, hoje Guaíba. O Grande
Herói Gaúcho estava pobre e doente quando terminou a Guerra dos Farrapos.

1851 – Antigos farrapos, ao lado de seus ex-inimigos, agora todos fazendo parte do
exercito imperial brasileiro, derrota o ditador Rosas da Argentina.

1852 – Nesse ano aparece a primeira pesquisa sobre o folclore gaúcho, uma coleção
de vocábulos e frases organizados por Antonio Álvares Ferreira Coruja.

1857 – Intelectuais gaúchos imigrados na corte, fundam no Rio de Janeiro a primeira


entidade e tradicionalista gauchesca, a “Sociedade Sul-rio-grandense”, que existe até
hoje.

1864 – Os gaúchos tomam parte na invasão do Uruguai e na derrota de Oribe.

1865 - Em conseqüência da guerra do Uruguai, o ditador paraguaio Francisco Solano


Lopes, declarando guerra ao Brasil, invade o Rio Grande do Sul, em São Borja.
Começa a chamada Guerra do Paraguai. Nesse mesmo ano o Brasil faz aliança com o
novo governo uruguaio e com a Argentina e os paraguaios invasores são cercados em
Uruguaiana, onde se rendem às tropas da Tríplice Aliança.

1868 – Funda-se em Porto Alegre a “Sociedade Partenon Literário” decisiva para o


regionalismo gauchesco. Entre seus grandes nomes Calbre e Fião, Apolinário Porto
Alegre, Taveira Junior e Múcio Teixeira. Neste mesmo ano começa o movimento
messiânico dos Mukers, em Sapiranga, liderado por Jacobina Maurer.

1870 – Termina a Guerra do Paraguai com a morte de Francisco Solano Lopes. Mais
de 1/3 das tropas brasileiras é constituída por gaúchos, inclusive velhos heróis de 35,
como David Canabarro e Antonio de Souza Neto.

1874 – Os Mukers, depois de três ataques do exercito brasileiro e da Guarda Nacional,


são finalmente afogados em um banho de sangue, vencida sua resistência.

1875 – Começa a imigração italiana no Rio Grade do Sul. Como os imigrantes


alemães já tinham ocupado férteis vales fluviais os italianos passaram a ocupar as
encostas da Serra.

1880 – Começa no Rio Grande do Sul a propaganda republicana brasileira,


aproveitando os antigos símbolos do republicanismo farrapo.

1888 – A abolição da escravatura é proclamada no Brasil quando já no Rio Grande do


Sul não existia mais escravos. O negro veio para o pampa em 1726, com a frota de
João Magalhães. O escravo foi mão-de-obra indispensável nas charqueadas. Como
voluntário e liberto lutou com grande bravura na Revolução Farroupilha. Como escravo
e bucha de canhão lutou galhardamente na Guerra do Paraguai. Um dos maiores
heróis da marinha brasileira foi um fuzileiro negro, gaúcho de Rio Grande, chamado
Marcílio Dias.

1889 – É proclamada a Republica no Brasil. No Rio Grande do Sul o homem do


momento é Júlio de Castilhos. O Partido Republicano Rio-grandense, que não
esperava a proclamação tão cedo, não estava preparado para assumir o poder. O Rio
Grande do Sul, com a Republica, deixa de ser Província e passa a ser Estado.

1893 – Começa a Revolução Federalista contra o Governo Republicano chefiado por


Júlio de Castilhos. Do lado dos revolucionários tomaram parte na Revolução de 93
muitos uruguaios, alguns dos quais do Departamento de San José, os chamados
“Maragatos”. Aos poucos esse termo foi sendo usado para designar todos os
revolucionários que usavam como símbolo o lenço vermelho ao pescoço. Os
guerreiros que lutaram a favor do governo usavam o lenço branco (mais raramente
verde) e usava às vezes uma farda azul com gorro da mesma cor encimado por uma
borla vermelha. Por isso, foram chamados de Pica-paus.

1917 – Funda-se o primeiro frigorífico no Rio Grande do Sul, aproveitando a


oportunidade econômica aberta pela I Guerra Mundial. Os frigoríficos, a rigor, vieram
substituir as antigas charqueadas.

1923 – No começo do ano a Aliança Liberal, chefiada por Assis Brasil, deflagra um
revolução contra o Governo republicano de Borges de Medeiros. Novamente lutam
nas coxilhas gaúchas, maragatos e governistas, mas estes, agora, são chamados
“chimangos”.

A paz só é alcançada no fim do ano no castelo de Assis Brasil, em Pedras Altas,


Pelotas.

Você também pode gostar