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Organizadoras
2ª edição
Gislaene Moreno atu d
a
e
a liz a
Tereza Cristina Souza Higa
Colaboradora
Gilda Tomasini Maitelli
Autores
Ariovaldo Umbelino de Oliveira
Cornélio Silvano Vilarinho Neto
Cristina Maria Costa Leite
Gilda Tomasini Maitelli
Gislaene Moreno
Jurandyr Ross
Lunalva Moura Schwenk
Mário Diniz de Araújo Neto
Prudêncio Rodrigues de Castro Júnior
Tereza Cristina Souza Higa
Tereza Neide Nunes Vasconcelos
Cuiabá | 2017
© Todos os direitos desta edição reservados para Entrelinhas Editora.
Pensando no presente e no futuro de Mato Grosso e e 4. Quadro natural e a natureza transformada. São 15 capí-
no inquestionável poder de transformação pela Educa- tulos e 11 autores com formações em áreas específicas da
ção, apresentamos a segunda edição de Geografia de Mato Geografia ou áreas afins, da Universidade Federal de Mato
Grosso: Território, Sociedade, Ambiente, obra que compõe Grosso, Universidade de São Paulo e Universidade de Bra-
a nossa coleção didática de referência para estudar e co- sília. Foram produzidas 109 figuras, entre mapas, gráficos
nhecer Mato Grosso. Acreditamos que a compreensão da e ilustrações, e inseridas 250 fotografias, totalizando 368
realidade mato-grossense, a exposição das contradições e imagens. A edição conta com textos complementares e su-
impasses socioespaciais que nela se apresentam, é condi- gestões de atividades que ajudam o estudante a analisar
ção básica para que todos possam, efetivamente, exercer a cada tema tratado a partir da sua própria experiência em
sua cidadania. A partir desse conhecimento é possível de- sua localidade/bairro/município/Estado.
finir que ambientes/espaços queremos ajudar a construir/ Considerando Geografia e História como ciências arti-
conservar/modificar: e como queremos que seja o Estado/ culadas, este livro apresenta chamadas interdisciplinares
cidade/vila/distrito/bairro, ou a nossa rua. Os desafios do encerradas em pequeno box, que remetem a conteúdos
nosso tempo são muitos. relacionados publicados no Atlas Geográfico de Mato
Uma grande equipe de autores acreditou na im- Grosso, de Leodete Miranda e Helton Bastos e no livro
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610/98.
portância desta obra e sob a coordenação das profes- História de Mato Grosso: da ancestralidade aos dias
soras Tereza Cristina Souza Higa e Gislaene Moreno, atuais, de Elizabeth Madureira Siqueira, pertencentes
organizou conteúdos e produziu textos inéditos de à mesma coleção. Estamos atentos ao fato de que
uma forma didática e abrangente. Os autores não existem ciências realmente independen-
acompanharam o processo de produção de tes, uma vez que a realidade é uma só em
mapas, gráficos, ilustrações e seleção de sua diversidade e cada ciência estuda um
imagens ilustrativas do conteúdo. Agra- dos seus aspectos, com multiplicidade de
decemos a paciência, a compreensão e olhares.
o espírito colaborativo de todos. Agrade- Este livro mostra um Estado dinâmico,
cemos, especialmente, à professora Gilda em permanente transformação – já que a
Tomasini Maitelli, que fez parte do corpo única certeza que temos é a impermanên-
de organizadoras da publicação no pri- cia de tudo –, com grande diversidade cul-
meiro momento do projeto, quando o plano tural e socioambiental e que vive momentos
inicial da obra foi elaborado, e hoje figura como cruciais nas relações do homem com a natureza.
colaboradora. Entender como o processo se dá é o desafio.
Geografia de Mato Grosso: Território, Sociedade, Ambien- A nossa visão é de que gestores públicos comprome-
te oferece aos estudantes e interessados em conhecer o tidos com a sociedade atenderão ao direito que o cida-
Estado informações e dados atuais, com análises críticas, dão mato-grossense tem de conhecer o seu território, as
destacando o processo de produção do território – seu relações que nele se estabelecem, as forças que atuam na
desenvolvimento e contradições – nas relações estabele- dinâmica da sua construção, disponibilizando obras como
cidas entre os homens e entre estes e a natureza. Mostra o esta nas bibliotecas públicas e escolas de todo o Estado,
papel da geopolítica e das políticas públicas nas diferentes para que alunos e professores tenham acesso. Grandes
formas de apropriação do território e sua vinculação com transformações somente virão quando tivermos gestores
a expansão do capitalismo nas áreas de fronteira agrícola, públicos e da iniciativa privada com a percepção de que o
para a integração dos chamados ‘espaços vazios’ ao territó- conhecimento e a cultura têm a mesma importância que
rio nacional. as obras de infraestrutura. A formação do homem em con-
Está dividido em quatro unidades temáticas: 1. Contex- dições plenas para o exercício da cidadania é fundamental
tualização; 2. Expansão ocupacional e construção geográ- para que ele tenha os instrumentos necessários para trans-
fica do território; 3. Políticas de desenvolvimento regional; formar o seu ambiente.
Mário Diniz de Araújo Neto • Cristina Maria Costa Leite tina), 287 • Planejamento em micro-bacias, 289 • Texto
Diamantino
Vila Bela GO
Rosário Oeste complementar: Águas subterrâneas e a sua utilização,
A estrutura do espaço regional, 15º
Brasília
CUIABÁ
210 • Espa- 290 • Glossário do capítulo, 291 • Sugestão de Ativida-
Barra do Goiás
Cáceres ços estruturados
Garças sem a intervenção direta de
Anápolis des, 291
Rondonópolis
políticas
Alto
Araguaia governamentais,
Goiânia
211 • Espaços rees-
Mineiros
BOLÍVIA truturados por políticas governamentais Rio Verde
Morrinhos a partir da década
Jataí
de 1970, 214 Coxim • Os espaços, antes Itumbiara
da ação política do Estado Referências.................................................................................292
MG
Nacional,
Corumbá
215 • Políticas governamentais e reestrutura-
MS
ção do espaço, 216 • O entorno de Brasília, 216 20º
• Área de
Aquidauana
Murtinho
capitalistaPontarecente, 217 • Área de integração regional, 217 • A
PARAGUAI Porã
SP
ação do Prodeagro, Dourados
218 • Conclusões, 219 • Sugestão de
0
Atividades, 219
225 km
PR
Rodovias Cidades
Marcos Lopes | Banco de Imagens C&C | (2012)
UNIDADE
1
Cuiabá, capital do Estado, entra no século XXI como metrópole regional
MTCC | Banco de Imagens C&C
Os países da América Latina querem a sua inserção nos mercados globais, sem as restrições impostas pelos países ricos
Contextualização
Cotidiano e Modernidade
Foto: Franco Venâncio | Banco de Imagens C&C | © Maps World - Mapa Mundi Ilustrado (Editora Esfera)
8
Tereza Cristina Souza Higa CAPÍTULO 1
Figura 1.1
MATO GROSSO – LOCALIZAÇÃO NO BRASIL E NA AMÉRICA DO SUL
Modernidade
10º
Caracas Conjunto de mudanças técnicas e socioculturais
VENEZUELA Georgetown
Paramaribo
desencadeadas pelo Iluminismo racionalista europeu que
GUIANA
Bogotá
Boa Vista
SURINAME Caiena revolucionou as concepções, valores e formas de vida das
GUIANA FRANCESA
COLÔMBIA
Macapá
sociedades. Dentre os valores e novas concepções que
Equador
0º
Quito
Belém
conduziram a sociedade, destacam-se: a separação entre
EQUADOR
Manaus São Luís
Fortaleza Estado e Igreja, entre religião e ciência; adoção de novos
Teresina
Natal padrões arquitetônicos; busca de objetividade e exalta-
João Pessoa
Rio Branco Porto Palmas
Recife ção da racionalidade sobre a emoção e a sensibilidade.
PERU Maceió
10º Velho Aracaju A modernidade se fez sentir, sobretudo, pelo avanço da
Lima BRASIL Salvador
CUIABÁ BRASÍLIA
sociedade industrial e padrões de conforto da vida urbana,
La Paz
BOLÍVIA Goiânia Belo
embora não estivessem acessíveis a toda a sociedade.
Horizonte
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610/98.
100º 90º 80º 70º 60º 50º 40º 30º 20º base para futuras transformações. Nesse contexto, mere-
Fonte: IBGE, 2000b.
cem destaque as primeiras alterações ocorridas no sistema
educacional, que objetivavam, através da escola, preparar
Mato Grosso
os cidadãos para os novos tempos. A escola era concebida
Outros estados como um “templo de luz”, cujo principal papel era irradiar
Território internacional ideias que conduzissem os habitantes do interior do Brasil
Capitais ao “mundo civilizado”, conforme os padrões culturais da
Capital do país Europa ocidental.