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Tópicos da História do Rio Grande do Sul – Concurso Harmonia

Povoamento:

Segundo a geógrafa Carmem Thomas

 O povoamento e conquista do território sul-rio-grandense foram iniciados

quando a sociedade brasileira já contava dois séculos. Somente a partir do final

do século XVII (Século 17 - 1601-1700) os portugueses mostraram interesse pelas

terras gaúchas e trataram de explorar suas riquezas. O povoamento do Rio

Grande do Sul pode ser dividido em duas fases distintas:

a) Povoamento na zona de campo ou ciclo pastoril

b) Povoamento na zona de mata ou ciclo da colonização europeia.

 A formação de Harmonia se dá pela segunda fase de povoamento do Rio

Grande do Sul, a partir da colonização alemã no Brasil em 1824.

 Em 2024 se dará as comemorações do Bi-Centenário da Colonização Alemã

no Brasil, quando 39 famílias vindas de diversos territórios como a antiga Prússia

e outras que compõem atualmente a Alemanha desembarcaram na cidade de São

Leopoldo em 1824, por isso a cidade é considerada “Berço da Colonização Alemã


no Brasil e estão sendo organizadas ações integrando as demais cidades de

origem alemã como Harmonia a partir do Governo do Estado.

 Em 1875 iniciou-se a colonização italiana no Rio Grande do Sul. Com destaque

em cidades da serra gaúcha como Caxias do Sul.

 Entre os anos de 1835 a 1845 ocorreu por muitos historiadores chamada de

Revolução e por outros chamada de Guerra Farroupilha: este conflito aconteceu

no intervalo entre Dom Pedro I e Dom Pedro II

 Definição de Revolução Federalista pelo CPDOC da Fundação Getúlio Vargas

(FGV): Guerra civil entre federalistas partidários de Gaspar Silveira Martins,

os chamados “maragatos”, e republicanos partidários de Júlio de Castilhos,

os “pica-paus”, que conflagrou o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e

Paraná entre fevereiro de 1893 e agosto de 1895. O conflito envolveu amplas

forças militares locais e ainda remanescentes da Revolta da Armada, aliados

dos federalistas, e se encerrou com a vitória dos republicanos.


NÃO CONFUNDIR!

"O Tratado de Tordesilhas foi um acordo feito entre os reinos de


Portugal e Espanha, em 7 de junho de 1494, que definiu os limites das
áreas de exploração entre ambos na América do Sul. A divisão se daria
a partir de um meridiano estabelecido a 370 léguas de Cabo Verde.
Nessa partição, as terras descobertas a oeste da linha imaginária
pertenceriam aos espanhóis e as terras descobertas a leste
pertenceriam aos portugueses. O fim do tratado se deu com a formação
da União Ibérica, quando os reinos de Portugal e Espanha foram
unificados."

O Tratado de Madri foi um acordo que Portugal e Espanha assinaram


em 1750 para resolver as disputas territoriais entre as duas nações na
América. Esse acordo permitiu que o território sob o controle de
Portugal se expandisse consideravelmente e consolidou boa parte das
atuais fronteiras do Brasil.
O Tratado de Santo Ildefonso, assinado entre Portugal e Espanha, no dia 1 de

outubro de 1777, na cidade de Ildefonso, na província de Segóvia, na Espanha,

faz parte de uma série de tratados geopolíticos assinados entre os dois estados

europeus no decorrer do período colonial. Seu intuito era finalizar os conflitos

geopolíticos que ocorriam há três séculos entre as duas nações. O tratado

restaurava grande parte do Tratado de Madri (1750) que havia sido anulado com

a assinatura do Tratado de El Pardo (1761), resultante do fracasso na promoção

da paz nas fronteiras coloniais. Estabelecia novos limites para os territórios

localizados ao sul, região de fronteiras entre o Estado do Rio Grande do Sul e o

Uruguai, indicando novas extensões geopolíticas que poderiam muito bem ser

dimensionadas pelos milhares de indígenas que habitavam a região.

A Colônia Portuguesa do Sacramento e os Sete Povos das Missões estavam no

meio do litígio. Ali, vários aldeamentos de jesuítas espanhóis acomodavam

milhares de Guaranis em processo de evangelização. A localização privilegiada,

longe dos centros coloniais, não impediu os invasores que intentavam pôr as

mãos nos recursos humanos disponíveis. Não foram raras as ocasiões em que

expedições de apresamento invadiram as missões e capturaram milhares de

indígenas para escravizá-los. Naquele contexto, missionários e indígenas tiveram

o Estado como inimigo comum.

Por Fernando Roque Fernandes


Mestre em História (UFAM, 2015)
Graduado em História (Uninorte, 2012)
Dados Históricos Importantes:

Viamão foi a primeira capital do RS, sendo posteriormente transferida a capital do


Estado para Porto Alegre (antes chamada de Porto dos Casais)

Ao chegar ao Sul do Brasil em 1748, os imigrantes açorianos se dividiram. Uma


parte ficou em Santa Catarina e outra seguiu para o Rio Grande do Sul em
1752, onde fundaram várias cidades. Entre elas estava Porto Alegre, que era
carinhosamente chamada de ‘Porto dos Casais’ quando os Açorianos fundaram a
cidade.

Porto Alegre ficou ao lado do Império durante a Revolução Farroupilha, foi por
isso que recebeu o título Leal e Valorosa Cidade como homenagem.

Durante a Revolução Farroupilha, Piratini foi a capital dos farroupilhas que nunca
estiveram em Porto Alegre.

Santo Antônio da Patrulha é o município mais antigo do RS.

São símbolos oficiais do RS (Site do Governo do Estado do RS)

Fontes literárias indicam que a Bandeira do Rio Grande do Sul é originária da


época da Guerra dos Farrapos, em 1835, mas sem o brasão de armas até então.
Sua autoria é controversa: enquanto alguns apontam Bernardo Pires, outros falam
em José Mariano de Mattos. Algumas de suas características são de evidente
inspiração maçônica, como as duas colunas que ladeiam o losango invertido,
idênticas às encontradas em todos os templos maçônicos.

Foi adotada como símbolo oficial do Estado logo nos primeiros anos da república,
sendo promulgada pela Constituição Estadual em 14 de julho de 1891. No
entanto, nenhuma lei posterior foi criada regulamentando seu uso ou descrição.

Durante o Estado Novo (1937 a 1946), Getúlio Vargas suspendeu o uso dos
símbolos estaduais e municipais, incluindo bandeiras e brasões. O
restabelecimento viria somente em 5 de janeiro de 1966 pela lei nº 5.213.

Significados

Não há um consenso sobre o que representam as cores da bandeira rio-


grandense. Uma versão, possivelmente mais próxima da real, diz que a faixa
verde significa a mata dos pampas, a vermelha simboliza o ideal revolucionário
e a coragem do povo, e a amarela representa as riquezas nacionais do território
gaúcho. Algumas fontes, entretanto, alegam que as cores expressariam o
auriverde do Brasil separado pelo vermelho da guerra. Outras mencionam que o
vermelho seria o ideal republicano.

Brasão

Lema

Sabe-se que tanto o lema - Liberdade, Igualdade e Humanidade - quanto os


símbolos estão diretamente ligados ao Positivismo. À época, a elite gaúcha
militar e política, em sua maioria, era ligada à Religião da Humanidade, como
também era conhecido o Positivismo de Auguste Comte. A colocação do termo
Humanidade coube a Júlio de Castilhos, governador do Rio Grande do Sul e
autor da sua constituição, que era considerado um grande seguidor das ideias
do filósofo francês.

Hino

O Hino Rio-Grandense que hoje é cantado possui uma história bastante


peculiar. A partir de sua criação, muitas controvérsias se apresentaram no
caminho até o formato atual. Existe o registro de três letras para a composição,
desde os tempos do Decênio Heróico (como também se conhece a Revolução
Farroupilha) até agora. Num espaço de tempo de quase um século, as três
letras diferentes foram utilizadas até que uma comissão abalizada definisse o
formato final.
Última versão

O ano de 1933 era auge dos preparativos para a Semana do Centenário da


Revolução Farroupilha. Aproveitando o momento de celebrações, um grupo de
intelectuais reuniu-se para escolher a versão que se tornaria a letra definitiva do
Hino do Rio Grande do Sul.

A partir daí, o Instituto Histórico e a Sociedade Rio-Grandense de Educação


colaboraram para sua harmonização. A adoção viria em 1934, com a letra igual
à escrita pelo autor no século passado, levando ao desuso os demais poemas.

A lei 5.213 oficializou o Hino Farroupilha, ou Hino Rio-Grandense, em 5 de


janeiro de 1966. A letra é de Francisco Pinto da Fontoura, a música de
Comendador Maestro Joaquim José Mendanha e a harmonização de Antônio
Corte Real.

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