Arthur Bertolo e Luana Os conflitos entre bandeirantes e jesuítas - A presença dos Jesuítas e a constituiçã o de aldeamentos (missõ es) na regiã o - A fundaçã o dos Sete povos das missõ es em 1682 A expulsã o das missõ es jesuíticas apó s o fim da Guerra Guaranítica (1754-1756) - O gado havia sido deixado pelos missioná rios, e se tornou abundante na regiã o A formação dos estancieiros - Grupos armados passaram a explorar a regiã o em busca do gado em vista de abastecer, sobretudo à regiã o das Minas - Com o tempo, passariam a se estabelecer ali para a criaçã o pecuá ria, recebendo uma certa autonomia por parte da Coroa Portuguesa - O ambiente de fronteira e de conflitos com os castelhanos pró ximos, trouxe a eles prestígio e a formaçã o de uma identidade aguerrida. O pós-independência
- A situaçã o autô noma que os
produtos desfrutavam foi drasticamente alterada com o governo de D. Pedro I - Esta elite passaria a entrar em conflito com as demandas do centro do país e sua administraçã o centralizadora A insatisfação das elites
- Políticas tributá rias que prejudicavam as elites pecuaristas e favoreciam os concorrentes do exterior -Perda da cisplatina em 1928 e o desprestígio do Sul “O sentimento que se generalizava era de que os valores dos rio-grandenses nã o estavam sendo reconhecidos pelo centro, apó s tantos serviços prestados pela fronteira.” As ideias liberais
- Apropriaçã o da filosofia liberal do
século XIX - Inspiraçã o das ideias Locke, Montesquieu, Rousseau e o federalismo dos Estados Unidos - Circulaçã o das ideias via sociedades secretas, imprensa ou pelo Gabinete de Leitura Continentino. O deflagrar da Guerra - 1835: o presidente provincial acusa os só cios do Gabinete Continentino de conspiraçã o contra o império - Protestos em defesa dos direitos e prestígio dos rio-grandenses - 20 de setembro: os revoltosos atacam Porto alegre começando a guerra que duraria uma dé cada “O Rio Grande é a sentinela do Brasil que olha vigilante para o Rio da Prata. Merece, pois, consideraçã o e respeito. A república Rio-grandense
- 11 de setembro de 1836: Antô nio de
Souza Netto proclama a Repú blica rio- grandense -A constituiçã o da repú blica possuía princípios vigentes no império, como voto censitá rio e a escravidã o -A recé m proclamada repú blica sofre uma derrota lendá ria no combate naval na Ilha do Fanfa
Escalada e expansão 1838: retomada da cidade de Rio Pardo e criaçã o de um hino; 1839: movimento farroupilha procurou alastrar-se para a província vizinha de Santa Catarina: - Davi Canabarro e Giuseppe Garibaldi - Navios Seival e Farroupilha - Tomada de Laguna e fundaçã o da Repú blica Juliana - Anita Garibaldi Contrabando do charque como forma de sustentar a guerra; Negros escravizados passam a participar dos combates à medida que se prolonga a guerra com a promessa de liberdade; 1840: Império concentra suas forças para combater os farroupilhas: - Barã o de Caxias ou Duque de Caxias (Luís Alves de Lima e Silva) nomeado presidente da província de Sã o Pedro; Fim da guerra A surpresa de Porongos em 14 de novembro de 1844: - Os lanceiros negros - Traiçã o ou ataque? A Paz de Ponche Verde de 28 de fevereiro de 1845: - Paz honrosa: farroupilhas conseguiram, por suas clá usulas, uma série de antigas reivindicaçõ es História, mito e construção do fato
O incidente trabalhado como definidor do Rio Grande do Sul e de sua
identidade Historiografia local, literatura e instituiçõ es dedicadas ao culto à s tradiçõ es a fim de conferir positividade ao Rio Grande O pampa, a fronteira e os homens afeitos à guerra Um Rio Grande do Sul que “sempre lutou por causas justas” Da tradiçã o oral à escrita
O Parthenon Literário A fundaçã o do Parthenon Literá rio, em 1868, representou a fundaçã o de um espaço de reflexã o e divulgaçã o de obras que contemplassem a identidade gaú cha a partir dos eventos recém vividos no sul do país.
Taveira Jú nior e Apoliná rio Porto Alegre foram
autores que se destacaram ao participar da difusã o de termos cruciais para a cultura rio-grandense, como: "monarca das coxilhas", "centauro dos pampas", "indô mitos guerreiros", e "vocaçã o libertá ria" “O Partenon Literário consagra o gaúcho como brasileiro e a Revolução Farroupilha como o grande evento que coroa esta opção pela nacionalidade. A situação é bem delimitada: a causa da rebelião era justa, os farrapos são heróis e, na paz honrosa de 1845, em Ponche Verde, optaram por ficar ao lado do Brasil. Logo, ninguém tão A geraçã o de obras que saem do Partenon brasileiro quanto os rio- servem de base para a constituiçã o de um grandenses” imaginá rio coletivo de pertencimento e de identidade sulina, contudo, sem perder a sua “brasilidade”. Historiografia Gaúcha - A geração “pós-farrapos” não se limitou apenas à poesia e literatura como meio de sintetizar a identidade local, se valendo, também, de uma tentativa de construção de uma historiografia própria.
- Em 1882, o jornalista e deputado Alcides Lima escreve a
obra ensaística “História Popular do Rio Grande do Sul. Foi feito por encomenda em comemoração dos 47 anos da Revolução Farroupilha.
- No mesmo ano, Assis Brasil lança um trabalho de ainda
maior envergadura, a “História da República Rio Grandense. Além do maior rigor historiográfico, Assis atribui papel central da Guerra dos Farrapos em sua obra e faz uma defesa intransigente do evento.