Você está na página 1de 15

História do Brasil Independente

Prof. Pedro Ernesto

A Revolução
Farroupilha

Keila Grinberg
& Ricardo
Salles

Caio Siqueira, Letícia Franco,


Arthur Bertolo e Luana
Os conflitos entre
bandeirantes e jesuítas
- A presença dos Jesuítas e a constituiçã o
de aldeamentos (missõ es) na regiã o
- A fundaçã o dos Sete povos das missõ es
em 1682 A expulsã o das missõ es
jesuíticas apó s o fim da Guerra
Guaranítica (1754-1756)
- O gado havia sido deixado pelos
missioná rios, e se tornou abundante na
regiã o
A formação dos estancieiros
- Grupos armados passaram a explorar a
regiã o em busca do gado em vista de
abastecer, sobretudo à regiã o das Minas
- Com o tempo, passariam a se
estabelecer ali para a criaçã o pecuá ria,
recebendo uma certa autonomia por
parte da Coroa Portuguesa
- O ambiente de fronteira e de conflitos
com os castelhanos pró ximos, trouxe a
eles prestígio e a formaçã o de uma
identidade aguerrida.
O pós-independência

- A situaçã o autô noma que os


produtos desfrutavam foi
drasticamente alterada com o
governo de D. Pedro I
- Esta elite passaria a entrar em
conflito com as demandas do
centro do país e sua
administraçã o centralizadora
A insatisfação das elites
 
- Políticas tributá rias que prejudicavam as elites
pecuaristas e favoreciam os concorrentes do exterior
-Perda da cisplatina em 1928 e o desprestígio do Sul
 “O sentimento que se generalizava era de que os
valores dos rio-grandenses nã o estavam sendo
reconhecidos pelo centro, apó s tantos serviços
prestados pela fronteira.”
As ideias liberais

- Apropriaçã o da filosofia liberal do


século XIX
- Inspiraçã o das ideias Locke,
Montesquieu, Rousseau e o
federalismo dos Estados Unidos
- Circulaçã o das ideias via sociedades
secretas, imprensa ou pelo Gabinete de
Leitura Continentino.
O deflagrar da Guerra
- 1835: o presidente provincial acusa os
só cios do Gabinete Continentino de
conspiraçã o contra o império
- Protestos em defesa dos direitos e prestígio
dos rio-grandenses
- 20 de setembro: os revoltosos atacam Porto
alegre começando a guerra que duraria uma
dé cada
 “O Rio Grande é a sentinela do Brasil que
olha vigilante para o Rio da Prata. Merece,
pois, consideraçã o e respeito.
A república Rio-grandense

- 11 de setembro de 1836: Antô nio de


Souza Netto proclama a Repú blica rio-
grandense
-A constituiçã o da repú blica possuía
princípios vigentes no império, como voto
censitá rio e a escravidã o
-A recé m proclamada repú blica sofre uma
derrota lendá ria no combate naval na Ilha
do Fanfa
 
Escalada e expansão
 1838: retomada da cidade de Rio Pardo e
criaçã o de um hino;
 1839: movimento farroupilha procurou
alastrar-se para a província vizinha de
Santa Catarina:
- Davi Canabarro e Giuseppe Garibaldi
- Navios Seival e Farroupilha
- Tomada de Laguna e fundaçã o da
Repú blica Juliana
- Anita Garibaldi
 Contrabando do charque como
forma de sustentar a guerra;
 Negros escravizados passam a
participar dos combates à medida
que se prolonga a guerra com a
promessa de liberdade;
 1840: Império concentra suas forças
para combater os farroupilhas:
- Barã o de Caxias ou Duque de
Caxias (Luís Alves de Lima e Silva)
nomeado presidente da província de
Sã o Pedro;
Fim da guerra
 A surpresa de Porongos em 14 de
novembro de 1844:
- Os lanceiros negros
- Traiçã o ou ataque?
 A Paz de Ponche Verde de 28 de
fevereiro de 1845:
- Paz honrosa: farroupilhas
conseguiram, por suas clá usulas, uma
série de antigas reivindicaçõ es
História, mito e construção do fato

 O incidente trabalhado como definidor do Rio Grande do Sul e de sua


identidade
 Historiografia local, literatura e instituiçõ es dedicadas ao culto à s
tradiçõ es a fim de conferir positividade ao Rio Grande
 O pampa, a fronteira e os homens afeitos à guerra
 Um Rio Grande do Sul que “sempre lutou por causas justas”
 Da tradiçã o oral à escrita
 
O Parthenon Literário
A fundaçã o do Parthenon Literá rio, em 1868,
representou a fundaçã o de um espaço de reflexã o e
divulgaçã o de obras que contemplassem a identidade
gaú cha a partir dos eventos recém vividos no sul do
país.

Taveira Jú nior e Apoliná rio Porto Alegre foram


autores que se destacaram ao participar da difusã o
de termos cruciais para a cultura rio-grandense,
como: "monarca das coxilhas", "centauro dos
pampas", "indô mitos guerreiros", e "vocaçã o
libertá ria"
“O Partenon Literário consagra o
gaúcho como brasileiro e a
Revolução Farroupilha como o
grande evento que coroa esta
opção pela nacionalidade. A
situação é bem delimitada: a
causa da rebelião era justa, os
farrapos são heróis e, na paz
honrosa de 1845, em Ponche
Verde, optaram por ficar ao lado
do Brasil. Logo, ninguém tão A geraçã o de obras que saem do Partenon
brasileiro quanto os rio- servem de base para a constituiçã o de um
grandenses” imaginá rio coletivo de pertencimento e de
identidade sulina, contudo, sem perder a sua
“brasilidade”.
Historiografia Gaúcha
- A geração “pós-farrapos” não se limitou apenas à poesia
e literatura como meio de sintetizar a identidade local, se
valendo, também, de uma tentativa de construção de uma
historiografia própria.

- Em 1882, o jornalista e deputado Alcides Lima escreve a


obra ensaística “História Popular do Rio Grande do Sul. Foi
feito por encomenda em comemoração dos 47 anos da
Revolução Farroupilha.

- No mesmo ano, Assis Brasil lança um trabalho de ainda


maior envergadura, a “História da República Rio
Grandense. Além do maior rigor historiográfico, Assis
atribui papel central da Guerra dos Farrapos em sua obra e
faz uma defesa intransigente do evento.

Você também pode gostar