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— “No total, pelo menos 15 mil pessoas transferiram-se de Portugal para o Rio de
Janeiro no período”.
— Isso, numa sociedade que (assim como os EUA) possuía um sistema escravista.
O PRIVILÉGIO PRIVADO
— “Nos confins da língua latina e do direito romano, a palavra privus (particular) deu
origem a duas variantes, privatus (privado) e privas-lex ou privilegium (lei para um
particular, privilégio). Essas variantes fundem-se de novo num só significado no
contexto do escravismo moderno, no qual o direito — o privilégio — de possuir
escravos incide diretamente sobre a concepção da vida privada Como na Colônia, a
vida privada brasileira no Império, com a vida familiar. Resta que, no decorrer do
processo de organização política e jurídica nacional, a vida privada escravista
desdobra-se numa ordem privada prenhe de contradições com a ordem pública:'
Manifesta-se a dualidade que atravessa todo o Império: o escravo é um tipo de
propriedade particular cuia posse e gestão demandam, reiteradamente, o aval da
autoridade pública”.
— Em Minas Gerais e São Paulo havia a crença de que o governo centralista do Rio
havia se tornado “formalmente ditador”.
— “Em suma, durante as revoluções do Império, podia abrir fogo contra as tropas
legais, sublevar os cidadãos, desencadear a guerra civil. Desde que um e outro
campo guardassem ‘as mesmas convicções’ básicas do consenso imperial: o
respeito à ordem privada escravista.”
A HEGEMONIA FLUMINENSE
— Surge no Rio um padrão de comportamento que molda o país pelos séculos XIX
e XX adentro.
— Boa parte dos habitantes no Brasil (quase a maior) a partir de 1840 são cativos.
— “Uma das mais fortes deve ter sido a registrada defronte à corte, em Niterói, onde
em 1833, quatro quintos da população eram escravos. Ou em Campos, ainda na
província fluminense, povoada em 1840 por 58 mil habitantes, dos quais 59% eram
escravos”.
— Nos EUA, o escravismo era uma “instituição peculiar” restrita ao Sul do território,
combatida pelos outros estados da União.
— “[…] o Brasil será — até 1850 — o único país independente a praticar o tráfico
negreiro, assimilado à pirataria e proibido pelos tratados internacionais e pelas
próprias leis nacionais”.
— “Cessado o tráfico, ocorre um retorno das divisas obtidas nas vendas de produtos
de exportação e até então reservadas para financiar a compra de africanos. O efeito
na balança comercial e na balança de pagamentos do Império é imediato”.
— Viajando pelo mar, era comum que os doidos por ouro parassem na Bahia e no
Rio.
— “[…] na ausência de uma cultura musical europeia, como impedir que os ritmos e
sons africanos, afro-brasileiros, subvertessem as festas religiosas, civis, sociais?
Como entalar nas senzalas o som das marimbas, agogôs e tambores?”.
— “Se não precisava, por que comprou? Porque dava status, porque era moda, A
MODA, anunciando os 25 anos, a maioridade efetiva de d. Pedro II, o fim da
africanização do país e da vexaminosa pirataria brasileira, o prenúncio de outros
tempos e dos novos europeus que iriam imigrar para ocidentalizar de vez o país.
Porque o Império iria dançar ao som de outras músicas”.
— “[…] nos bailes maiores, mais públicos, ocorreu uma ruptura fundamental.
Separou-se a festa da rua, popular e negra, embora de origem portuguesa — o
entrudo — da festa do salão branco e segregado, o Carnaval.
Cachimbos e charutos
— A elite prefere charuto ao cachimbo porque, pra variar, africanos também pitavam
em cachimbos enquanto europeus fumavam charutos.
—
FALA — DEBATE
— Identidade nacional.
— Figura do índio como herói nacional (Iracema).
— Culto à natureza (inspiração francesa).
— A mulher pura, delicada (A moreninha).