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Ari Oro
Resumo
Abstract
The article is divided into two parts. The first presents data about the
slavery period in Rio Grande do Sul, the structure of Afro-Brazilian
religions (Batuque, Umbanda and Linha Cruzada) in this state and the
historical and controversial role played by an African prince who lived
here from the late 19th century until 1935. The second part analyses
three particularly important aspects of these religions in Rio Grande
do Sul nowadays: the presence of non-Negroes in them, its
transnational expansion to Argentina and Uruguay, and the ever-
close relations with local political power.
Foram presas à ordem da delegacia, duas pretas feiticeiras que atraíam grande
ajuntamento de seus adeptos. Na ocasião de serem presas, encontrou-se-lhes um
santo e uma vela, instrumento de seus trabalhos [...]". (Jornal do Comércio,
Pelotas, 9/4/1878, p. 2 apud Mello, 1995:26)
a polícia tomou ontem em uma casa 42 pretos livres e escravos e 11 pretos minas.
A caçada deu-se às 10h30 da noite no momento em que o preto João celebrava
uma sessão de feitiçaria. Foi uma surpresa e um desapontamento que aqueles fiéis
crentes jamais perdoarão a polícia [...]. A polícia apreendeu cabeças de galo e
outros manipansos. Os principais atores da indecente comédia foram recolhidos à
cadeia e os escravos castigados. (Schwarcz, 1989:126, ênfases minhas)
O Batuque
[...] o último nome da antiguidade da nação Oyó que conhecemos foi Tim do
Ogum, já falecido, e que foi o iniciador da Delsa do Ogum, casa ainda em atividade.
Além deste vamos encontrar o Antoninho da Oxum e sua filha-de-santo a Moça da
Oxum (Lídia Gonçalves da Rocha), como nomes de projeção. Distinguiu-se entre os
praticantes do Oyó a figura de Fábio da Oxum quer pela beleza e suavidade do
orixá que recebia, quer pelo fato de ter sido um dos raros pais-de-santo que não
vivia da Religião (Nogueira, 2001b).
[...] o culto aos Eguns nesta Nação é tão forte que dificilmente se encontrará uma
casa-de-religião sem que tenha o devido assentamento de Balé (culto aos
egunguns), ou Igbalé (casa dos mortos). (Ferreira, 1994:59)
Segundo consta, este culto foi trazido para o Rio Grande do Sul por
um africano conhecido por Gululu, de cujas mãos saiu a figura mais
marcante do culto Cabinda no Rio Grande do Sul: Waldemar Antônio
dos Santos, do Xangô Kamucá. Dele descenderam as famosas Mãe
Maria Madalena Aurélio da Silva, de Oxum Epandá Demun, que
iniciou Romário Almeida, do Oxalá, e Henrique Cassemiro Rocha
Fraga, de Oxum Epandá Bomi, todos falecidos, e Mãe Palmira Torres
dos Santos, de Exum Epandá Olobomi, que iniciou João Cleon Melo
Fonseca, do Oxalá, que é tido hoje como o mais importante herdeiro
da tradição Cabinda do estado, embora, como diz Pernambuco
Nogueira, "de sua origem mantém apenas o rótulo: o conteúdo é
todo ele Ijexá" (ibidem).
A Umbanda
a abertura dos trabalhos era efetuada por uma linha que hoje não mais
encontramos: a linha das Yaras que se apresentavam arrastando-se pelo chão,
como o fariam as sereias em terra seca, e promoviam a limpeza do templo
utilizando-se de água (idem).
A Linha Cruzada
Após este período não parece ter havido mais presença efetiva de
membros desta religião em cargos eletivos no Rio Grande do Sul,
malgrado algumas tentativas, como a do babalorixá Ailton
Albuquerque, de Porto Alegre, que se apresentou às eleições
legislativas gaúchas nas últimas eleições de 1998 pelo Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB). Não logrou se eleger, tendo obtido 3.425
votos, quando o mínimo necessário situa-se em torno de dez mil,
dependendo da situação da legenda.
Nas eleições de 2000 não consta ter havido algum líder desta religião
que tenha sido eleito em algum município do Rio Grande do Sul. Em
Porto Alegre, entre os 411 candidatos a vereador para a Câmara
Municipal, havia 5 representantes das religiões afro-brasileiras, 4
pais-de-santo e 1 presidente de um famoso terreiro. Foi, entre eles, o
presidente da Federação Afrobras quem obteve o maior número de
votos, 1.994, este montante representando, porém, somente um
quarto dos votos necessários para ser eleito. Os demais candidatos
obtiveram 1.668, 1.109, 451 e 421 votos, totalizando, juntos, 5.643
votos, quantia insuficiente para eleger um único candidato.24
Considerações Finais
Talvez não pese hoje tão forte como há alguns anos atrás a frase
escrita em 1940 pelo historiador D. de Laytano quando afirmava que
"os nossos cronistas, os historiadores de compêndios oficiais e toda a
literatura gaúcha não se ocuparam do negro senão acidental, ligeira e
negligentemente" (Laytano, 1940). No entanto, malgrado produções
recentes, permanece atual a exortação de outro historiador, Mário
Maestri Filho: "a história do escravo sulino, proto-história do
proletariado gaúcho, ainda está por escrever-se" (Maestri Filho,
1979:67). Especificamente sobre as origens do negro gaúcho,
escreveu que "não sabemos rigorosamente nada" (idem, 1993:30),
enquanto Norton Correa afirmou que "ainda não foram perfeitamente
esclarecidas as origens das populações trazidas como escravos para o
Rio Grande do Sul" (Correa, 1998a).
Notas
3. Sabe-se que durante algum tempo o envio para o Sul era tido
como um pesado castigo e forte ameaça aos escravos desobedientes,
por parte dos patrões de outras regiões do Brasil.
20. Para uma análise sobre o candombe uruguaio ver Ferreira (1997).
Referências Bibliográficas
Referências
1. Ir para cima↑ Alberto da Costa e Silva, Um chefe africano em
Porto Alegre, in "Um rio chamado Atlântico". Rio de Janeiro:
Nova Fronteira;UFRJ, 2003
2. Ir para cima↑ ORO, Ari Pedro; Religiões afro-brasileiras do Rio
Grande do Sul: passado e presente.. Estudos Afro-Asiáticos,
Brasil, v. 24, n.2, p. 345-384, 2002.
3. Ir para cima↑ CORREA, Norton. Os vivos, os mortos e os
deuses. Porto Alegre. Dissertação (Mestrado em Antropologia
Social) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1988.
Batuque
Batuque (religião)
Festa
de Ibeji - Sociedade Beneficente
Africana São Origem:
Gerônimo Wikipédia,
- Porto a enciclopédia livre.
Alegre RS
(Redirecionado de Odé no Batuque)
Religiões
cita fontes afro-brasileiras
confiáveis e independentes, mas que não
údo (desde maio de 2015).Por favor, adicione mais referências
Princípios Básicos
nte no texto ou no rodapé. Material sem fontes poderá
Deus
Ketu | Olorum | Orixás
otícias, livros e acadêmico)
Jeje | Mawu | Vodun
Nota:
Bantu | Nzambi Se procura outros artigos sobre batuque, veja Batuque (desambiguação).
| Nkisi
Templos afro-brasileiros
Babaçuê | Batuque | Cabula
Candomblé | Culto de Ifá
Culto aos Egungun | Quimbanda
Macumba | Omoloko
Tambor-de-Mina | Terecô | Umbanda
Xambá | Xangô do Nordeste
Sincretismo | Confraria
Religiões semelhantes
Religiões
Africanas Santeria Palo AraráLukumí
Regla de Ocha Abakuá Obeah
Batuque é uma forma genérica de denominar as religiões afro-brasileiras de culto
aos orixás encontrada principalmente no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, de onde se
estendeu para os países vizinhos tais como Uruguai e Argentina.
O batuque é fruto de religiões dos povos da Costa da Guiné e da Nigéria, com as
nações Jêje, Ijexá, Oyó, Cabinda e Nagô.
Índice
[esconder]
1História
2Crenças
3Orixás
o 3.1Bará
o 3.2Ogum
o 3.3Oyà
o 3.4Sangó
o 3.5Ibeji
o 3.6Odé
o 3.7Otin
o 3.8Obá
o 3.9Ossaim
o 3.10Xapanã
o 3.11Oxum
o 3.12Iemanjá
o 3.13Oxalá
4Templos
5Rituais
6Egun
7Sacerdócio
8Outra definição
9Referências
10Bibliografia
11Ligações externas
Ijexá — Paulino de Oxalá Efan, Maria Antonia de Assis (Mãe Antonia de Bará), Manoel
Matias (Pai Manoelzinho de Xapanã), Jovita de Xangô; Miguela do Bará, Pai Idalino de
Ogum, Estela de Yemanjá, Ondina de Xapanã, Ormira de Xangô, Pedro de
Yemanjá,Pai Tuia de Bará,Pai Tita de Xangô; Menicio Lemos da Yemanjá Zeca
Pinheiro de Xapanã, Mãe Rita de Xangô Aganju,entre outros.
Oyó — Mãe Emília de Oyá Lajá, princesa Africana , Pai Donga da Yemanjá, Mãe
Gratulina de xapanã, Mãe "Pequena" de Obá, Mãe Andrezza Ferreira da Silva, Pai
Antoninho da Oxum, Nicola de Xangô, Mãe Moça de Oxum, Miguela de Xangô, Acimar
de Xangô, Toninho de Xangô, Tim de Ogum, Pai André do Ogum entre outros.
Jêje — Mãe Chininha de Xangô, Príncipe Custódio de Xapanã, João Correa de Lima
(Joãozinho do Exú By) responsável pela expansão do batuque no Uruguai e Argentina,
Zé da Saia do Sobô, Loreno do Ogum, Nica do Bará, Alzira de Xangô, Pai Pirica de
Xangô;Mãe Dada de Xangô; Leda de Xangô; Pai Tião de Bará; Pai Nelson de Xangô,
Pai Vinícius de Oxalá entre outros.
Cabinda — Waldemar Antônio dos Santos de Xangô Kamuká; Maria Madalena Aurélio
da Silva de Oxum, Palmira Torres de Oxum, Pai Henrique de Oxum, Pai Romário de
Oxalá, Pai Gabriel da Oxum, Mãe Marlene de Oxum, Pai Cleon de Oxalá, Pai Adão de
Bará, Pai Mário da Oxum, Pai Nazário do Bará, Pai Didi de Xangô, Pai Enio de Oxum
Miuá, entre outros.
O nome Cabinda parece ser recente na etnografia, pois a tradição oral coletada por Norton
Correa (1996, 55)[1] registra o nome de Cambina. Devido à similaridade, pode ter sido
associdada ao enclave angolano citado. Estudos recentes mostram possibilidades da
nação Cambina ter suas origem entre os Iorubás, e não os bantus (Wolff, Revista Olorun,
Julho 2014, n. 18).[2]
As entidades cultuadas são as mesmas em quase todos terreiros, os assentamentos tem
rituais e rezas muito parecidos, as diferenças entre as nações é basicamente em respeito
as tradições próprias de cada raiz ancestral, como no preparo de alimentos e oferendas
sagradas. O Ijexá é atualmente a nação predominante, encontra-se associado aos rituais
de todas nações.
Cor: Amarela
Número: 8 e seus múltiplos (Nação de Cabinda)
Guia: Desde a amarela clara, passando por amarela gema e
amarelo ouro. Para Epanda de Ibeje, todas as cores menos o
preto.
Sincretismo: Nossa Senhora Aparecida
Dia da semana: Sábado
Iemanjá[editar | editar código-fonte]
Yemojà (yorubá) signfica filha do peixe. Iemanjá no
Batuque, divindade das águas salgadas, dos mares e
oceanos, Orixá que gera o movimento das águas e protetora da vida.
Deusa da pérola, protetora dos pescadores e marinheiros. Senhora
dos lares, que traz paz e harmonia para toda a família. Considerada a
orixá do pensamento. Por este motivo que recorremos a ela para
solucionar problemas de depressão e de instabilidade emocional. ::
Enquanto Oxum está mais presente na energia de fecunidade,
Yemanjá tem sua força na vida (manutenção e consciência).
As Qualidades de Yemanjá no Ijexá:
Referências
1. Ir para cima↑ Norton Correa, Norton F. Correa
(1992). O Batuque do Rio Grande do Sul 1992
ed. (Porto Alegre: Editora da UFRS).
p. 55. ISBN 85-7025-234-x Verifique |isbn=
(Ajuda).
2. Ir para cima↑ Erick Wolff (01/072014). «A
entronização do Alaafin e sua sobrevivência na
Kambina». Revista Olorun ISSN 2358-3320.
Consultado em 20/11/2014.
3. Ir para cima↑ [ORIXÁ BARÁ - Paulo T. B.
Ferreira - Ed. Toqui]
4. Ir para cima↑ ORO, Ari Pedro. «Religiões Afro-
Brasileiras do Rio Grande do Sul: Passado e
Presente». Estud. afro-asiát. vol.24 no.2 Rio de
Janeiro, 2002. ISSN 0101-546X.
5. ↑ Ir para:a b JAQUES, André Porto. «A Geografia
do Batuque: estudos sobre a territorialidade
desta religião em Porto Alegre-RS.» (PDF).
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
6. Ir para cima↑ JAQUES, André Porto. A
Geografia do Batuque: estudos sobre a
territorialidade desta religião em Porto Alegre-
RS. Universidade Federal do Rio Grande do
Sul.pdf
7. Ir para cima↑ Os fundamentos religiosos da
nação dos Orixas - Paulo T. B. Ferreira
8. Ir para cima↑ [JAQUES, André Porto. A
Geografia do Batuque: estudos sobre a
territorialidade desta religião em Porto Alegre-
RS.. Universidade Federal do Rio Grande do
Sul.]
9. Ir para cima↑ [1]
10. Ir para cima↑ [2]
Candomblé
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Candomblé
Índice
[esconder]
1Etimologia
2Nações
3Crenças
4Sincretismo
5Templos
6Hierarquia
7Sacerdócio
8Temas polêmicos
o 8.1Preconceito
o 8.2Homossexualidade
o 8.3Aborto
o 8.4Sacrifício
o 8.5Mudança de hábitos e costumes
9Ver também
10Referências
11Bibliografia
12Ligações externas
Nagô ou yorubá
Ketu ou Queto (Bahia) e quase todos os estados - Língua yorubá (Iorubá ou Nagô
em português)
Efan na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo
Ijexá principalmente na Bahia
Nagô Egbá ou Xangô do Nordeste no Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio de
Janeiro e São Paulo
Mina-nagô ou tambor de mina no Maranhão
Xambá em Alagoas e Pernambuco (quase extinto).
Banta, Angola e Congo (Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas
Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul), mistura de
línguas bantas, quicongo equimbundo.
candomblé de caboclo (entidades nativas indígenas)
Jeje: a palavra "jeje" vem do ioruba adjeje, que significa "estrangeiro, forasteiro".
Nunca existiu nenhuma nação Jeje na África. O que é chamado de nação jeje é o
candomblé formado pelos povos fons vindo da região de Daomé e pelos
povos mahis ou mahins. "Jeje" era o nome dado de forma pejorativa pelos iorubas
para as pessoas que habitavam o leste, porque os mahis eram uma tribo do lado leste
e Saluvá ou povos Savalu do lado sul. O termo Saluvá ou Savalu, na verdade, vem de
"Savé", que era o lugar onde se cultuava Nanã. Nanã, uma das origens das quais
seria Bariba, uma antiga dinastia originária de um filho de Oduduá, que é o fundador
de Savé (tendo neste caso a ver com os povos fons). O Abomey ficava no oeste,
enquanto os axântis eram a tribo do norte. Todas essas tribos eram de povos jejes,
[14]
(Bahia, Rio de Janeiro eSão Paulo) - língua ewe e língua fon (jeje)
Jeje Mina: de língua mina, de São Luís (Maranhão)
Babaçuê:[15] Belém (Pará)
os orixás da mitologia ioruba[20] foram criados por um deus supremo, Olorun (Olorum)
dos Yoruba;
os Voduns da Mitologia Fon[21] foram criados por Mawu, o deus supremo dos Fon;
os Nkisis da mitologia banta,[22] foram criados por Zambi, Zambiapongo, deus supremo
e criador.
O candomblé cultua, entre todas as nações, umas cinquenta das centenas deidades ainda
cultuadas na África. Mas, na maioria dos terreiros das grandes cidades, são doze as mais
cultuadas. O que acontece é que algumas divindades têm "qualidades" que podem ser
cultuadas como um diferente orixá/inquice/vodun em um ou outro terreiro. Então, alista de
divindades das diferentes nações é grande, e muitos orixás do queto podem ser
"identificados" com os voduns do jeje e inquices dos bantos em suas características, mas
na realidade não são os mesmos; seus cultos, rituais e toques são totalmente diferentes.
Adeptos do candomblé
Orixás têm individuais personalidades, habilidades e preferências rituais, e são conectados
ao fenômeno natural específico (um conceito não muito diferente do Kami do
japonês xintoísmo). Toda pessoa é escolhida no nascimento por um ou vários "patronos"
Orixás, que um babalorixá identificará. Alguns Orixás são "incorporados" por pessoas
iniciadas durante o ritual do candomblé, outros Orixás não, apenas são cultuados em
árvores pela coletividade. Alguns Orixás chamados Funfun (branco), que fizeram parte da
criação do mundo, também não são incorporados.
Acreditam na vida após a morte, e que os espíritos dos babalorixás falecidos possam
materializar-se em roupas específicas, são chamados de babá Egum ou Egungun e são
cultuados em roças dirigidas só por homens no Culto aos Egungun, os espíritos
dasiyalorixás falecidas são cultuados coletivamente Iyami-Ajé nas sociedades
secretas Gelede, ambos cultos são feitos em casas independentes das de candomblé que
também se cultuam os eguns em casas separadas dos Orixás.
Acreditam que algumas crianças nascem com a predestinação de morrer cedo são os
chamados abikus (nascidos para morrer) que podem ser de dois tipos, os que morrem logo
ao nascer ou ainda criança e os que morrem antes dos pais em datas comemorativas,
como aniversário, casamento, e outras.
Sincretismo[editar | editar código-fonte]
No tempo das senzalas, os negros, para poderem cultuar seus orixás, nkisis e voduns,
usaram, como camuflagem, um altar com imagens de santos católicos e ,por baixo,
osassentamentos escondidos. Segundo alguns pesquisadores, este sincretismo já havia
começado na África, induzida pelos próprios missionários cristãos para facilitar
aconversão.
Depois da libertação dos escravos, começaram a surgir as primeiras casas de candomblé,
e é fato que o candomblé de séculos tenha incorporado muitos elementos docristianismo.
Imagens e crucifixos eram exibidos nos templos, orixás eram frequentemente identificados
com santos católicos, algumas casas de candomblé também incorporam entidades
de caboclos, que eram consideradas pagãs como os orixás.
Mesmo usando imagens e crucifixos, inspiravam perseguições por autoridades e pela
Igreja Católica, que viam o candomblé como paganismo e bruxaria, muitos mesmo não
sabendo o que era isso.
Nos últimos anos, tem aumentado um movimento em algumas casas de candomblé que
rejeitam o sincretismo aos elementos cristãos e procuram recriar um candomblé "mais
puro" baseado exclusivamente nos elementos africanos.[23]
No culto de ifá, participam tanto homens quanto mulheres, sendo um culto patriarcal
conduzido pelos babalaôs.
No culto aos egunguns, participam tanto homens quanto mulheres, sendo Culto
patriarcal que lida diretamente com a ancestralidade, conduzidos pelos Ojé.
Axogun - Um dos cargos mais importante do Candomblé. Porém, como não é rodante,
não pode iniciar ninguém sem a participação de um babalorixá ou iyalorixá.
Babalawo - Sacerdote de Orunmila-Ifa do Culto de Ifá
Bokonon - Sacerdote do Vodun Fa
Babalorixá ou Iyalorixá - Sacerdotes de Orixás
Doté ou Doné - Sacerdotes de Voduns
Tateto e Mameto - Sacerdotes de Inkices
Ojé - Sacerdote do Culto aos Egungun
Babalosaim - Sacerdote de Ossaim
Lista de sacerdotes do candomblé
[24]
Referências
1. Ir para cima↑ L'animisme au Bénin
2. ↑ Ir para:a b Religions - Candomblé. BBC. 15 de setembro de 2009.
Página visitada em 7 de janeiro de 2014.
3. Ir para cima↑ Umbanda e candomblé enfrentam a tradição
católica argentina e constroem terreiros na terra do tango
4. Ir para cima↑ Umbanda e candomblé na Europa
5. Ir para cima↑ Cadastro de terreiros, ilês, tendas, casas de culto
de umbanda, candomblé e outros cultos afros situados em
Portugal e na Europa
6. Ir para cima↑ Europa discute fortalecimento do candomblé
7. Ir para cima↑ Revista da USP-De africano a afro-brasileiro: etnia,
identidade, religião-por Reginaldo Prandi
8. Ir para cima↑ Identidade também nas religiões
9. Ir para cima↑ Candomblé e umbanda no mercado religioso
Prof.Reginaldo Prandi
10. Ir para cima↑ Mama Tchamba
11. Ir para cima↑ http://mamiwata.com/tchamba.html Mami
Wata]
12. Ir para cima↑ CUNHA, A. G. Dicionário etimológico Nova
Fronteira da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova
Fronteira. 1982. p. 146.
13. Ir para cima↑ Antonio Gomes da Costa Neto, A Linguagem
no Candomblé um estudo linguístico sobre as comunidades
religiosas afro-brasileiras
14. Ir para cima↑ A origem da palavra Jeje
15. Ir para cima↑ As duas africanidades estabelecidas no Pará
16. Ir para cima↑ Festivais da Mitologia e Religião Yoruba
17. Ir para cima↑ Religiões africanas são monoteísta
18. Ir para cima↑ Negritude e Experiência de Deus por Josuel
dos Santos Boaventura *Teocomunicação, Porto Alegre, v. 37,
n. 156, p. 203-222, jun. 2007
19. Ir para cima↑ Bantus no Brasil
20. Ir para cima↑ O Culto de Ifá e UNESCO
21. Ir para cima↑ Vodoun
22. Ir para cima↑ Mitologia Bantu
23. Ir para cima↑ Mãe Stella: "Candomblé não é brincadeira"
por Claudio Leal
24. Ir para cima↑ Preconceito ainda marca religiões afro
25. Ir para cima↑ AIDS: O que é e como evitá-la
26. Ir para cima↑ Pais-de-santo querem evitar Aids em
candomblé da Bahia
27. Ir para cima↑ Crianças no candomblé