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Dia 29 de Junho dia de São Pedro e São Paulo, sincretizados com Bará Lodê e Ogum Avagã

Bará Lodê e Ogum Avagã...

São assentados em uma casa do lado de fora do templo religioso, eles tem a função principal
de cuidar da casa de axé, são Orixás de rua, do movimento e de defesa.

Ficam em local de culto exclusivo de homens ou mulheres que não menstruam mais.

Bará Lodê deve ficar ao lado de Ogum Avagã, normalmente no chão, pois são Orixás da terra.

Seu assentamento tem sua própria faca (obé) para uso exclusivo.

No espaço destinado ao culto do Bará Lodê e Ogum Avagã, ficam geralmente um ou dois ecós
(espécie de segurança que serve para atrair para sí as energias negativas do local) em alguidar
de barro, com água farinha de mandioca e Dendê, que é trocado todas as semanas.

Para Ogum Avagã, água, açúcar e vinagre.

Lodê e Avagã, são Orixás do seco, por isso seus axés não devem ser despachados em dias de
chuva ou com a terra molhada, não adianta parar de chover, e despachar depois. A grande
maioria dos Babalorixás respeita este fundamento.

Nada se faz sem Bará, Orixá responsável pela abertura dos caminhos, pelo movimento, pela
segurança nas ruas, assim como Ogum Avagã, que é o Ogum responsável pela rua, pela
proteção de quem trabalha com ferro, trânsito e militares.

Na nação Cabinda, Bará é representado pela cor vermelha e número 7, e Ogum Avagã pela cor
Vermelha escura com verde escuro, número 5.

Bará Lodê come bode e galo vermelho

Ogum Avagã come bode e galo carijó escuro

Para Bará Lodê Ofertamos Milho torrado, um ou 7 Apetés de batata inglesa, 7 batatas miúdas
assadas e pipoca.

Para Ogum Avagã ofertamos Miã-miã gordo, costela de gado assada e laranja, também
ofertamos um pedaço de carne crua (bife passado no Dendê).
**Ekós no Batuque do RS**
Elemento é utilizado no batuque, para captar energias tanto positivas quanto negativas, os
ekos, de orixá de guerra conhecido como azedo ou de misericórdia, conhecido como doce,
exemplo:

Bara, Ogum, Xangô, Xapanã entre outros são azedos, Oxum, Iemanjá são exemplos de doce!
Eles são igual um para-raio que faz com que a carga principal ao invés de atingir a casa vai
diretamente para ele e ao longo da semana no caso do EKÓ ou ECÓ azedo vai acumulando
energias para semanalmente ser despachado no Cruzeiro ou mato(o local exato do Cruzeiro
manteremos segredo religioso, embora entendemos que todo batuqueiro o conheça do
contrário deve consultar seu sacerdote). Além do Cruzeiro, existem outros locais que podem
ser despachados, como por exemplo, boca de mato, Cruzeiro T, em algumas famílias nos
fundos do pátio. Respeitando cada tradição e cada fundamento entendemos que o ekó azedo,
diversos ingredientes sendo o elemento principal a água para praticamente todos eles.O Èkó
azedo, jamais pode ser despachado dentro do pátio ou em frente da casa ou portão pois a
carga ali acumulada, acaba retornando para dentro de casa, na sola dos pés dos próprios
moradores daquele local. Local do Cruzeiro aonde é despachado geralmente é um local que
nem um batuqueiro Pisa sabendo e entendendo o fundamento do Cruzeiro geralmente na
segunda-feira ou os dias correspondentes a cada Orixá. Porém o ekó também é tirado em dias
de batuque (festividades) para aliviar a carga ora concentrada , mesmo assim após é colocado
mel e perfume para que as roda de ibeji e o toque aos orixás de praia possa iníciar. Devemos
falar também que no batuque temos ekó doce feito geralmente com mel perfume flores e
outros ingredientes secretos dentro da liturgia esses, ao contrário do ekó azedo ou de
segurança, ele vem para captar E intensificar energias boas por isso quando levantamos o Ekó,
o mesmo é solto dentro do pátio para que as energias boas permaneçam naquele lugar. Ainda
dentro deste fundamento temos uma reza (orin) sagrado utilizado para este fim que é o

...Ekó Bari alalùpajema... Uma reza muito importante para o nosso culto, onde pedimos aos
orixás, que as cargas ruins saiam e as boas permaneçam... Em dias chuvosos/úmidos,
geralmente, não se tira o ekó e este pode ser tirado em qualquer ou dia da semana exceto

domingo das 6h horas da manhã do até às 19:00 da noite 🌃.

Ekó Bari á lá lùpa wö

Vem abra e mate com um golpe

Tradução aproximada/resignificação.

Finalizando o nosso Eko do Batuque é utilizado para defesa e para concentrar também
energias positivas embora em outras diásporas, esta palavra possa ter outros significados,
principalmente ligada a comida comida esta oferecida ao Oxalá feita com milho branco moído
em pedra, chamada por nós de akaçá mas sobre esse assunto, falaremos em uma próxima
oportunidade.
Com a benção dos nossos orixás, eles possam ajudar e nos dar sempre proteção e segurança
para enfrentar os obstáculos da vida com a ajuda de nosso principal "para-raio" o èkó ...

possamos aprender e evoluir todos dias 🙏🏾

Ótimo dia a todos 🌺🙏🏾❤️🍀

Pensemos 🙏🏾

Texto

Pai Leandro dos Santos

Odé e Otim formam o casal perfeito, representação do amor de forma mais realista, pois
ambos buscam o sustento para o lar. Pouco se fala em Otim, e quando o fazem é de forma
equivocada, chegando a dizer que seria ela um pensamento ou sonho de Odé, uma desculpa
para dizer que muito de seu fundamento foi perdido ao longo do tempo.

Otim tem dois aspectos: a guerreira que parte ao lado de Odé para defender seu povo, e a de
mãe protetora do lar. Por desconhecerem muito de sua feitura, dizem que não pega cabeça e
que não se manifesta, o que é um erro também. Outra interpretação sem lógica é afirmar
serem crianças ou adolescentes, o que é um contra-senso visto que são os responsáveis por
trazerem o alimento para sua tribo.

Odé é ligado a Ogum e Bará, são orixás que trazem a fartura e em tempos difíceis o emprego, e
Otim é ligada ao lar em si, seu aspecto material, a ela pedesse a aquisição de casa própria por
exemplo.

Que possam eles nos guiar e dar o sustento a todos.

Axé aos irmãos.

Koba Larô exu Lalupo !

Koba Larô exu Lalupo !

Oni exu Bi,


Oni exu Gué,

Oni exu Bi

Exu Talabi

Lodê bá o exu Daré, exu Biomi, exu Açanâ !

Oni o Gué o Odo olocofanijé.

Oni Lalupo ao agô o anixé assessu mixorô.

Oni Exu Lode banixé.

Oni mi xerêrê miwá Alagbe me dê o seu axé meu pai.

Agô iá Lalupo.

koba larô exu Lalupo

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