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Cargos de Candomblé

IYÀ EGBÉ/BABÁ EGBÉ


Todos os membros de uma casa de Candomblé sabem que a Ìyá Egbé ou Bàbá Egbé é
uma função de extrema confiança junto ao Babalorisà/Yálòrìsà.
Essa função vai muito além de e recepcionar e servir de ponte entre diferentes Asès, pois,
é a função daquele que representa a casa, a hierarquia, o conhecimento, a postura e o
legado do Egbè. Essa pessoa deve ser a cara do Asė e deve ser capaz de representar a
casa religiosa, politicamente e socialmente.
Essa deve cuidar dos filhos da casa, orientando a respeito do seu comportamento,
vestimentas, hierarquia e tudo mais que faça parte da organização do Asė. Para tanto, ela
deve ter uma postura irrepreensível dentro de sua sociedade e ser respeitada por todos os
membros.
Também está relacionada com a parte geradora de Asè, pois a mesma auxilia o
Babalorisà/Yálòrìsà nas iniciações e no segredo.
Em festas públicas, a Ìyá Egbé (o) é responsável pela organização de tal evento, além de
ser a pessoa que recepciona os convidados da casa. Para ocupar tal função, a pessoa
deve ser uma verdadeira anfitriã, deve ter muita educação, sua postura deve ser
impecável e exemplar, como já foi dito anteriormente.
A Ìyá Egbé (o) precisa ter vivenciado toda sua trajetória dentro da casa de candomblé,
desde Abyan, Ìyáwò, tendo observado tudo e absorvido muito conhecimento,
principalmente do que diz respeito a hierarquia da casa de candomblé, a humildade e tato
para conversar com os filhos e também com os visitantes.
Uma comunidade organizada serve de exemplo para toda uma sociedade, portanto
devemos valorizar e ajudar a pessoa que ocupar tal posto, pois se o Òrìsà não escolhe
errado, essa pessoa com certeza é a mais preparada para tal função.
A benção a todas as Iyás Egbé e Babás Egbè do Candomblé!!!!

Hierarquia no Culto de Ifá


1. Babalaô ou Ianifá Sacerdote do Orixá Orúnmilá-Ifá do Culto de Ifá.
Após duas iniciações ("Mãos"), e sob a obediência a rígidos códigos morais, o babalaô
recebe o direito de utilizar o opelé-ifá (ou Rosário de Ifá) e os iquins (sementes de
dendezeiro). O merindilogum (Jogo de búzios) é franqueado somente aos Obaoriates e os
Auofacãs (Aqueles que receberam a "primeira mão")são chamados também de Oluós. Às
Iapetebis (Mulheres iniciadas a Ifá) usam o jogo de búzios chamados Ekuró. As omoifás
também usam. Os Babaifás, que são da rama brasileira, onde as cores são o azul claro e
branco.

Hierarquia no culto aos egunguns


Masculinos:

1. Alapini (Sacerdote Supremo, Chefe dos alabás),


2. Alagbá Sacerdote (Chefe de um terreiro),
3. Ojê (iniciado com ritos completos),
4. Ojê agbá (ojê ancião),
5. Atocum (ojê que guia de Egum),
6. Amuixã (iniciado com ritos incompletos),
7. Alabê (tocador de atabaque).
Alguns oiê dos ojê agbá: Baxorun, Ojê ladê, Exorun, Faboun, Ojé labi, Alaran, Ojenira,
Akere, Ogogo, Olopondá.
Femininos:

1. Ialodê (responde pelo grupo feminino perante os homens), [1]


2. Iá egbé (líder de todas as mulheres),
3. Iá monde (comanda as ató e fala com os Babá),
4. Iá erelu (cabeça das cantadoras), erelu (cantadora),
5. Iá agã (recruta e ensina as ató), ató (adoradora de Egun).
Outros oiê: Ialé Alabá, Iaquequerê, Iá Monioiô, Iá Elemaxó, Iamorô.

1. Açobá Supremo sacerdote do culto de Obaluaiê


2. Babalossaim: Responsável pela colheita das folhas.

Hierarquia no candomblé Queto


1. Iá / Babá: significado das palavras iá do iorubá significa
mãe, babá significa pai.
2. Ialorixá / Babalorixá: Mãe ou Pai de Santo. É o posto mais elevado na
tradição afro-brasileira.
3. Iaquequerê (mulher): mãe-pequena, segunda sacerdotisa do axé ou da
comunidade. Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos iniciados.
4. Babaquequerê (homem): pai-pequeno, segundo sacerdote do axé ou da
comunidade. Sempre pronto a ajudar e ensinar a todos iniciados.
5. Ialaxé ou Babalaxé: Mãe(pai) do axé, também sacerdote (a)do axé ou da
comunidade e responsável por distribui o axé e cuida dos objetos ritual.
6. Alabá: Cargo masculino, chefe dos Oiês. Em algumas casas é também
chamado de Ogã. Pode desempenhar diversas tarefas de cunho espiritual
e civil e não entra em transe.
7. Mogbá: Cargo masculino específico do culto a Xangô. Ministro de Xangô.
8. Tojú Obá: Cargo masculino específico do culto a Xangô. Olhos do Rei.
9. Iyaegbé / Babaegbé: É a segunda pessoa do axé. Conselheira,
responsável pela manutenção da Ordem, Tradição e Hierarquia.
10. Agibonã ou Agibonã: É a mãe criadeira, supervisiona e ajuda na iniciação.
11. Iamorô: Responsável pelo Ipadê de Exu.
12. Iaefum ou Babaefum: Responsável pela pintura branca das Iaôs.
13. Iadagã e Ossidagã: Auxiliam a Iamorô.
14. Axogum: Sacerdote responsável pelo sacrifício dos animais. Dependendo
do caso, no ritual de iniciação, este sacerdote pode assumir outro cargo, ja
que axogum é um ogã.
15. Aficobá: Responsável pelos sacrifícios dos animais de Xangô.
16. Aficodé: Responsável pelos sacrifícios dos animais de Oxóssi.
17. Iabassê: (mulher): Responsável no preparo dos alimentos sagrados as
comidas-de-santo.
18. Iyarubá: Carrega a esteira para o iniciando.
19. Iatebexê: Mulher Responsável pelas cantigas nas festas públicas de
candomblé.
20. Aiybá: Bate o ejé nas obrigações.
21. Ològun: Cargo masculino. Despacha os Ebós das obrigações,
preferencialmente os filhos de Ogum, depois Odé e Obaluaiê.
22. Oloya: Cargo feminino. Despacha os Ebós das obrigações, na falta
de Ològun. São filhas de Oiá.
23. Iyalabaké: A guardiã do alá de osaala.
24. Iyatojuomó: Responsável pelas crianças do axé.
25. Pejigã: O responsável pelos axés da casa, do terreiro.
26. Alabê: Responsável pelos toques rituais, alimentação, conservação e
preservação dos instrumentos musicais sagrados. (não entram em transe).
Nos ciclos de festas é obrigado a se levantar de madrugada para que faça
a alvorada. Se uma autoridade de outro axé chegar ao terreiro,
o Alabê tem de lhe prestar as devidas homenagens. No Candomblé Queto,
os atabaques são chamados de Ilú. Há também outros Ogãs como Gaipé,
Runsó, Gaitó, Arrou, Arrontodé, etc.
27. Ebomi são pessoas que já cumpriram o período de sete anos da iniciação
(significado: meu irmão mais velho).
28. Ogã: Tocadores de atabaques (não entram em transe).
29. Ajoiê ou equede: Camareira do Orixá (não entram em transe). Na Casa
Branca do Engenho Velho, as ajoiés são chamadas de equedes.
No Terreiro do Gantois, de "Iarobá" e na Angola, é chamada de "makota
de angúzo", "equede" é nome de origem Jeje, que se popularizou e é
conhecido em todas as casas de Candomblé do Brasil. (em edição)
30. Iaô: filho-de-santo (que já foi iniciado e entra em transe com o Orixá dono
de sua cabeça), nem todo Iaô será um pai ou mãe de santo quando
terminar a obrigação de sete anos. Ifá ou o jogo de búzios é que vai dizer
se a pessoa tem cargo de abrir casa ou não. Caso não tenha que abrir
casa o mesmo jogo poderá dizer se terá cargo na casa do pai ou mãe de
santo além de ser um ebomi.
31. Abiã: Novato. É considerada abiã toda pessoa que entra para a religião
após ter passado pelo ritual de lavagem de contas e o bori. Poderá ser
iniciada ou não, vai depender do Orixá pedir a iniciação.
32. Sarepebê ou sarapebê é responsável pela comunicação do ebê (similar a
relações públicas).
33. Otun e Osy Axogun são os auxiliares do Axogum
34. Apokan responsável pelo culto de Oluaiê e o Olubajé

Hierarquia do candomblé Jeje


Os vodunces da família de Dan são chamados de Megitó, enquanto que da família
de Caviungo, do sexo masculino, são chamados de Doté; e do sexo feminino, de Doné
No Jeje-Maí

1. Doté é o sacerdote, cargo ilustre do filho de Sobô


2. Doné é a sacerdotisa, cargo feminino, esse título é usado no Terreiro do
Bogum onde também são usados os títulos gaiacú e Mejitó. similar
à Ialorixá
No Jeje-Mina Casa das Minas

1. Toivoduno
2. Noche
No Kwé Ceja Houndé

 Gaiacú, cargo exclusivamente feminino


 Equede
Os cargos de Ogã na nação Jeje são assim classificados: Pejigã que é o primeiro Ogã da
casa Jeje. A palavra Pejigã quer dizer “Senhor que zela pelo altar sagrado”, porque Peji =
"altar sagrado" e Gan = "senhor". O segundo é o Runtó que é o tocador do atabaque Run,
porque na verdade os atabaques Run, Runpi e Lé são Jeje.

Hierarquia do Candomblé Banto


Títulos Hierárquicos Banto, Angola, Congo

1. Tata-de-inquice - Zelador.
2. mameto-de-inquice - Zeladora.
3. Tata Ndenge - pai-pequeno.
4. Mametu Ndenge - mãe-pequena (há quem chame de Cota Tororó, mas
não há nenhuma comprovação em dicionário, origem desconhecida).
5. Tata Inganga Lumbido - Ogã, guardião das chaves da casa.
6. Kambondos - Ogãs.
7. Kambondos Kisaba ou Tata Kisaba - Ogã responsável pelas folhas.
8. Tata Kivanda - Ogã responsável pelas imolações (mesmo que axogum).
9. Tata Muloji - Ogã preparador dos encantamentos com as folhas e
cabaças.
10. Tata Mavambu - Ogã ou filho de santo que cuida da casa de Exu (de
preferência homem, pois mulher não deve cuidar porque mulher menstrua
e só deve mexer depois da menopausa, quando não menstruar mais,
portanto, pelo certo as zeladoras devem ter um homem para cuidar desta
parte, mas que seja pessoa de alta confiança).
11. Mametu Mukamba - Cozinheira da casa, que por sua vez, deve de
preferência ser uma senhora de idade e que não menstrue mais.
12. Mametu Ndemburo - Mãe criadeira da casa(ndemburo = runko).
13. Kota ou Maganga - Em outras nações EKEJI (todos os mais velhos que já
passaram de 7 anos, mesmo sem dar obrigação, ou que estão presentes
na casa, também são chamados de Kota).
14. Tata Inganga Muzambo - babalaô - pessoa preparada para jogar búzios.
15. Kutala - Herdeiro da casa.
16. Mona inquice - Filho de santo.
17. Mona muatu uá inquice - Filha de santo (mulher).
18. Mona diala uá inquice - Filho de santo(homem).
19. Tata numbi - Não rodante que trata de babá Egum (Ojé).

Sacerdotes na África
Banto (Angola-Congo).

Cubama adivinhador de 1a categoria

Tabi adivinhador de 2a categoria

Inganga-a-ingombo adivinhador de 3a categoria

Quimbanda feiticeiro ou curandeiro

Inganga-a-muquixi sacerdote do culto de possessão (Angola)

Niganga-a-inquice sacerdote do culto de possessão (Congo)


sacerdote do culto de possessão (Angola-
Mucua-umbanda
Congo)

Divisão Sacerdotais no Brasil


Angola - língua quimbundo - Congo - língua quicongo

 Mam’etu ria mukixi......sacerdotisa no Angola.


 Tat’etu ria mukixi......sacerdote no Angola.
 Nengua-a-inquice..........sacerdotisa no Congo.
 Inganga-a-inquice.........sacerdote no Congo.
 Mam’etu ndenge..........mãe-pequena no Angola.
 Tat’etu ndenge..........Pai-pequeno no Angola.
 Nengua ndumba...........mãe-pequena no Congo.
 Inganga dumba...........pai-pequeno no Congo.
 Kambundo ou Kambondo....todos os homens confirmados.
 Kimbanda................Feiticeiro, curandeiro.
 Tat'a Ngunzo............responsável pelo ngunzo (axé) da casa. E segredos dos
orôs.
 Kisaba.................pai das sagradas folhas.
 Tata utala..............pai do altar.
 Kivonda.................Sacrificador de animais (Congo).
 Kambondo poko...........sacrificador de animais (Angola).
 Kuxika ia ngombe........Tocador (Congo).
 Muxiki..................tocador( Angola).
 Njimbidi................cantador.
 Kambondo mabaia.........responsável pelo barracão.
 Kota....................todas as mulheres confirmadas.
 Kota mbakisi............responsável pelas divindades.
 Hongolo matona..........especialista nas pinturas corporais.
 Kota ambelai............toma conta e atende aos iniciados.
 Kota kididi............toma conta de tudo e mantém a paz.
 Kota rifula.............responsável em preparar as comidas sagradas.
 Mosoioio................as (os) mais antigas.
 Kota manganza............título alcançado após a obrigação de 7 anos.
 Manganza.................título dado aos iniciados.
 Uandumba................designa a pessoa durante a fase iniciatória.
 Ndumbe..................designa a pessoa não iniciada.

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