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- 2 -
William Bascon
- 3 -
PREFÁCIO
A divi
divina
naçã
ção
o com
com deze
dezessssei
eiss cawr
cawrisis rela
relaci
cion
ona-
a-se
se em
mitologia, talvez historicamente e, com certeza,
morf
orfolog
ologicicam
amen
ente
te,, com
com a divinivinaç
ação
ão de Ifá. Ifá. Par
Para integ
ntegrral
comp
comprereen
ensãsãoo do queque aqui
aqui rela
relata
tadodo,, os leit
leitor
ores
es deve
deveri
riam
am
cons
consul
ulta
tarr !I"I
!I"I#A
#A$%
$%&& I'()
I'() *&+#
&+#I* I*A$A$%&%& #/
#/ ! !0
00
0
1&+#0 #A ('/I*A &*I!#A2 34ascom 56768, e as refer9ncias
a este tra:alho são feitas a fim de ha:ilitá-los a encontrar as
passagens relevantes mais prontamente.
+anten
+antenho ho ainda
ainda memeu u reconh
reconhececime
imento
nto a funci
funcioná
onáriorioss
colo
coloni
niai
aiss e cida
cidadã
dãos
os nige
nigeri
rian
anos
os nest
neste
e e nos
nos outr
outros
os tra:
tra:al
alho
hoss
precedentes, e sou grato ao *onselho de Pesquisa de *i9ncia
0ocial de #ova Iorque por haver apoiado meu primeiro tra:alho
de campo entre os ;or<:á, em 56=>-=?. +as o principal suporte
da pesq
pesqui uisa
sa para
para este
este livr
livro
o foi
foi asse
assegu
gura
rado
do por
por uma
uma doaç
doação ão
'ull:right em 56@-@5, ocasião em que os versos de divinação
foram gravados em fita. stip9ndios proporcionados pelo Instituto
de s
stu
tudodoss Inte
Intern
rnac
acio
iona
nais
is da niv
niverersi
sida
dade
de da *ali
*alifB
fBrn
rnia
ia,, em
567, e pelo *onselho de Pesquisa de *i9ncia 0ocial, em 567@,
poss
possi:
i:il
ilit
itar
aram
am visi
visita
tass ma
maisis :rev
:reves
es C #ig
#igri
ria
a para
para pesq
pesquiuisa
sa
ulterior.
0ão eDpressados no *apEtulo I os meus
reconhecimentos a +. &. &FawoFe, que fez a tradução inicial e a
maior parte da transcrição, aos dois outros ioru:anos que nela
cola:oraram, e C minha esposa 4erta, que realizou a gravação.
am:m no mesmo capEtulo, :em como na dedicatBria do
presente livro, eDpresso a minha gratidão a 0alaGH, o divinador
que
que dito
ditou
u os vers
versos
os divi
divin
natBr
atBrio
ioss dos
dos deze
dezess
ssei
eiss cawr
cawris
is aqui
aqui
apresentados.
- 4 -
P/I+I/A PA/)
INTRODUÇÃO
5
*rianças nascidas para morrer
- 8 -
huma
humana
nass ass
associa
ociada
dass com
com as figu
figura
rass por algu
alguma
mass dent
dentre
re as
mesmas fontes.
]uando a figura 3 od)8 foi determinada pela primeira
principia a recitar os versos 3 eșe8 a
Mogada dos cawris, o divinador principia
ela ass
associ
ociados
ados.. sse
sses vers
versos
os con
cont9m as pred redicaç
icaçRe
Ress e os
sacrifEcios a serem realizados, :aseados no caso de um
consulente mitolBgico
mitolBgico que serve de precedente. A não ser que ele
seMa sustado pelo consulente, o divinador, recita todos os versos
que
que apre
aprend
ndeu
eu para
para aque
aquela
la figu
figura
ra.. !o memesm
smoo mo
modo
do que
que na
divinação Ifá, maiores informaçRes especEficas podem ser o:tidas
mediante Mogadas adicionais dos cawris a fim de escolher entre
alternativas especEficas 3 8, com :ase na ordem de preced9ncia
das dezessete figuras.
Por alguma razão que não foi esclarecida, quer a ordem
pela qual as figuras estão listadas no ]uadro 5 quer a ordem
segundo a qual seus versos foram ditados por 0alaGH, ?-5-6-5-S-
T-@-=
-@-=-7
-7-->-55
>-55--5S-5
5S-5=-
=-5T
5T--5@-5
5@-57-
7-
, difdifere
erem desdesta ordordem de
preced9ncia,
preced9ncia, que ele deu como sendo ?-5-T-=-S-5-5S-55-6->-7
?-5-T-=-S-5-5S-55-6->-7-@-
-@-
5=-5T-5@-57-. Ao escolher entre a mão direita e a esquerda,
indicada a direita com um Onico lançamento caso ?,5,T,=,S,5 ou
5S apar
apareçeça.
a. 0e surg
surgir
ir 55,6
55,6,>
,>,7
,7 ou @, faz-
faz-se
se nece
necess
ssár
ário
io um
segundo arremessoK se então aparece uma dessas figuras menos
poderosas, escolhida a mão direita, mas se uma das mais
poderosas aparece no segundo lançamento, a mão esquerda
escolhida. 0e 5=,5T,5@,57 ou aparece ou no primeiro ou no
seg
segundo
undo arre
arremmess
esso, não
não indica
dicadda mão algu
algum
ma Q não
não há
resposta.
&gun:iFi não a:orda Ui:oV ou esta ordem de
preced9ncia, mas certa confirmação procede de fontes cu:anas.
As Ufiguras maioresV em *u:a são dadas como sendo 5-S-=-T-?-
5-5S-5=-5T-5@-57,
5-5S-5=-5T-5@-57, e as Ufiguras menoresV como @-7->-6-55 31ing
56>5) 7K /ogers 56>=) S=K 0uarez s.d.) =>,=?K AnXnimo s.d.) 78.
anto 1ing quanto /ogers, entretanto, dizem que a mão
esque
squerd
rda
a a indicad
icada
a quand
uandoo uma figu
igura maior
aior apa
aparece
rece no
primeiro Mogo. *a:rera 356>T) 5??8 dá 5-S-=-T-?-5 como figuras
maiores e @-7->-6-55-5S como menores.
Ao contrário da divinação Ifá 34ascom 5676) @T-@?8,
não
não eDis
eDiste
temm esco
escolh
lhas
as simu
simult
ltn
nea
eass entr
entre
e cinc
cinco
o alte
altern
rnat
ativ
ivas
as
espe
especE
cEfi
fica
cass, segu
segund
ndoo 0ala
0alaGGH. A esco
escolh
lha
a se res
restrin
tringe
ge a duas
duas
alternativas, mão direita e mão esquerda. A escolha entre mais
- 9 -
mesma mãe, foi igualmente iniciada em Igana, e foi seu pai quem
pagou.
0egu
0egund
ndoo eDpl
eDplic
icaç
ação
ão de 0ala0alaGHGH,, para
para inic
inicia
iaçã
ção,
o, os
patrocinadores t9m de fornecer peiDe 3 &já8, rato 3e!u8, rato de
ull:erg 3&mọ8 3A:r A:raham
aham QI5 QI5.>?
.>?48,
48, pango
angoli m 3a!a8, cága
lim cágado
do
3a2un8, carne de elefante 3 &ran àjànà!u8, galinha dkangola 3 &'u8,
galinh
galinhaa 3adìe8, pom:o 3&#y&lé8, cara coll 3ìgbín8 e sa:ão 3 ọșé8.
caraco
!epo
!epoisis que
que a ca:e
ca:eça
ça do inic
inicia
iand
ndoo tenh
tenhaa sido
sido ras
raspada
pada e um
pequeno talho 3 gbéré8 feito em sei couro ca:eludo, pedacinhos
desses ingredientes e um pouco de ca:elo oriundo de perto do
cort
corte
e são
são soca
socado
doss Munt
Muntos
os e momold ldad
ados
os em formforma
a de pequ
pequen
eno
o
ta:lete, aproDimadamente do tamanho de um cawri grande e
posto em cima do corte. sta UmedicinaV não pode cair, mas
quando ele vai dormir, sua mulher mais velha ou sua
patrocina
patrocinadora
dora remove a medicina
medicina e a guarda
guarda para ele repX-la no
mesmo lugar, no dia seguinte, apBs o :anho. Isto feito durante
sete dias, apBs o que o iniciando nunca mais pode raspar a
ca:eça de novo. le poderá trançar seus ca:elos como uma
mulher, como 0alaGH fez. Pode transportar coisas na ca:eça mas
tem de co:ri-la toda vez que sair de casa, at mesmo C noite.
]uando de sua morte, sua ca:eça raspada a fim de retirar o
HriNa 3la'# mu ọrìșà !úr* lórí r9r, '# ó ba '# !ú 8.
*onf
*onfor
orme
me esco
escolh
lhid
ido
o por
por [riN
[riNál
álá
á atra
atrav
vss do Mogo
Mogo dos
dos
dezesseis cawris, um galo, um carneiro não castrado ou caracol
a:atido para a divindade e o sangue ou a água da concha do
caracol posto na :oca do iniciando. #este Enterim
[riN
[riNál
áláU
áUmomontntaV
aV o inic
inicia
iand
ndo,
o, dele
dele se apos
apossa
sa em um tran transe
se e
atra
atrav
vss dele
dele fala
fala.. 0ala
0alaGH
GH diss
disse
e U[ri
U[riNá
Ná mo
mont
ntaa uma
uma pess
pessoa
oaVV
3Ọr#șágun enìà8 ou U[riNá entra em seu corpoV 3 Ọr#șáwara r/8. !aE
em diante, qualquer pessoa iniciada pode ser possuEda enquanto
dança e [riNálá pode falar atravs dela. Am:os, 0alaGH e sua irmã
menor, desse modo foram possuEdos apBs suas iniciaçRes, mas
não podem falar como o UmontariaV 3 &l&gun8 oficial. sta pessoa
esco
escolhlhid
ida
a por
por me
meio io de alte
altern
rnat
ativ
ivas
as espe
especE
cEfi
fica
cas,
s, Moga
Mogand
ndo
o os
dezesseis cawris enquanto recita os mem:ros do culto em ordem
de AntigJidade Q não em termos de idade relativa mas pelas
datas de suas iniciaçRes respectivas. A pessoa assim escolhida
precisa fazer sacrifEcio 3 /')')8 e fazer uma cele:ração 3 ìwúj/8 tal
qual um chefe para marcar sua posse. #em 0alaGH nem sua irmã
se tornaria uma UmontariaV oficial, mas quando a mãe de sua
- 13 -
mãe faleceu, a sua irmã foi escolhida do mesmo modo para tomar
conta de seu sacrário.
Ao novo iniciado dado um sEm:olo de [riNálá para
levar para casa, um pedaço :ranco de osso ou marfim 3 írín8, que
tratado com sangue proveniente do corte em sua ca:eça. le
pode agregar outros caso deseMe mas não pode a:solutamente
perder esse primeiro. le pode tam:m adquirir dezesseis cawris
para seu sacrário particular mas não precisa aprender a divinar
com eles. A irmã de 0alaGH, por eDemplo ignora o uso deles.
0alaG
alaGHH apre
aprenndeu
deu como
como divi
divina
narr em Igan
Igana,
a, com
com seu
seu
:a:aloriNa, que o iniciou. !isse que levou tr9s anos para aprender
a empregar os cawris e outros tr9s mais para aprender os versos.
Aos quinze anos de idade, pareceu-lhe C poca que o primeiro
perE
perEod
odo
o prov
provav
avel
elme
mentnte
e lhe
lhe havi
havia
a toma
tomado
do me
meno
noss temp
tempoo e o
segundo, muito mais. +ais tarde aprendeu os usos de folhas e
ervas, e depois que iniciou sua carreira de divinador, continuou a
aprender versos novos ao escutar out outros divinador
adore
es. &
aprendizado prossegue atravs da vida inteira de um divinador.
al como os divinadores Ifá, todos os sacerdotes de
[riNálá são her:anários. Aprendem a fazer infusRes C :ase de
folhas 3om# &rọ8 a fim de purificarem seus sacrários
sacrários e parafernália
ritual e algumas medicinas, como sa:ão com medicina de amor
3Ọș&
Ọș& àwúr
àwúre e8, ma
mass usam
usam folh
folhas
as dife
difere
rent
ntes
es e faze
fazemm memedi
dici
cina
nass
dive
divers
rsas
as.. 0ala
0alaGH
GH sa:i
sa:ia
a que
que algu
alguns
ns de seus
seus vers
versos
os eram
eram os
mesmos que os na divinação Ifá. le definiu seu tra:alho como
sem
semelhan
lhantte ao de um divi ivinado
nadorr Ifá,
Ifá, por
pormm diferen
rente.
te. m
div
divinad
inador
or Ifá
Ifá denom
nominad
inado
o Upai
Upai tem
tem segre doVV 3babaláwo8,
egredo
enqu
enquananto
to 0al
0alaGH
aGH cham
chamad
adoo U segr
segrededo
o 3i.
3i. e.,
e., divi
divina
nado
dor8
r8 de
devotos de oriNaV 3 awol:rì"á, awo ol;rí"à8.
Por volta de 56S7, 0alaGH veio para [FH e o Alafin 3rei8
o manteve na cidade para divinar para ele. Ingressou no principal
sacrário de [riNálá, com mais de um cento de devotos em 56@5,
na casa do chefe <ș#$a, em Isale [FH, um :airro da cidade.
]uando sua mãe morreu, ele trouDe seu sacrário de Igana e
arrumou-lhe um lugar para ele em sua casa de [FH. isto eDige um
sacrif
sacrifEcio 3/')')8 ante
Ecio antess da remoção
oção e um segund
gundo o ante
antess da
instalação. &s dezesseis cawris são Mogados para determinar se
[riNálá eDige um :ode, galinha, caracol ou alguma outra cosa a
ser sacrificada em cada local. Alm de [riNálá, 0alaGH teve de
cultuar ;emHMá. le disse que am:as divindades eram
- 14 -
estava
estava recita
recitando
ndo,, a atitud
atitude
e deles
deles transf
transform
ormou-
ou-se
se em respe
respeito
ito,,
reun
reunin
ind
do-se
o-se por
por ocas
ocasiã
iãoo das
das sess
sessRe
Ress de grav
gravaç
ação
ão tão
tão logo
ogo
estivessem de folga para ouvi-lo com deleite. +as, mesmo assim,
sentiam que ele não era capaz de enfrentar e competir com o
mundo moderno, e quando ele necessitava de um novo par de
sandálias, lá ia um deles acompanhando-o at o mercado, para
ver que não fosse UenroladoV.
#oss
osso equi
equipa
pammento
nto de grava ravaçção,
ão, adq
adquir
uirido com
orçamento limitado em 56@, estava imensamente a:aiDo dos
mais comuns hoMe disponEveis. #ossa fonte de energia era um
tran
transf
sfor
orma
mado
dor,
r, acop
acopla
lado
do C :ate
:ateri
ria
a de noss
nossoo auto
automB
mBvevel,
l, cuMo
cuMo
motor tinha de ficar em funcionamento de modo que não se
desc
descar
arre
rega
gass
ssee a :ate
:ateriria.
a. & resu
result
ltad
ado
o foi
foi que
que as grav
gravaçaçRe
Res,
s,
imperfeitas, tem passagens de difEcil entendimento, mesmo para
nativos da fala ;or<:á. Algumas gravaçRes foram transcritas pelo
0r. AdedeMi, na #igria. le pode fazer perguntas a 0alaGH so:re
algumas passagens duvidosas, mas a maior parte foi transcrita
em vanston, Illinois, depois de nosso retorno para casa, pelo 0r.
aniel Adi:i e pelo 0r. +. &. Ọyáwoye, que se tornou o
#athani
primeiro Ph.!. da #igria em eologia e atualmente professor
dessa matria e chefe do departamento respectivo na
niversidade de I:adan. A esses tr9s homens, C minha mulher e,
especialmente
especialmente a 0alaGH, tenho profunda dEvida de gratidão.
Ọyáwoye tam:
tam:m
m fezfez as trad
traduç
uçRe
Ress inic
inicia
iais
is,, que
que eu
editei, e quando retornou C #igria, levou consigo uma cBpia dos
teDtos. "isitou especialmente 0alaGH e revisou versos com ele,
fazendo as correçRes que ele indicava. 0alaGH, Má então mais
idoso, nem sempre se recordava eDatamente do que havia dito,
mas essa verificação de campo eliminou alguns erros decorrentes
da gravação defeituosa. &utros podem ainda eDistir, mas isto foi
o melhor que poderia ser feito.
Pouco antes da independ9ncia da #igria, em 567,
revi
revisi
site
teii 0ala
0alaGH
GH em [FH[FH rapi
rapida
dame
ment
nte
e e o:ti
o:tive
ve info
inform
rmaçaçRe
Ress
adicionais. #ovamente em 567@, 4erta e eu fomos v9-lo mas o
encontramos enfermo,
enfermo, de cama, incapaz de levar adiante de:ates
mais
mais avança
avançados
dos.. Presum
Presumoo que,
que, atualm
atualmen
ente,
te, Má tenha
tenha falec
falecido
ido..
*om ele,ele, morre
morre um cavalh
cavalheir
eiro,
o, surpre
surpreen
enden
dente
temen
mente
te coraMo
coraMoso.
so.
+as, pelo menos, seu grande conhecimento encontra-se, neste
livro, preservado para o futuro.
- 16 -
OS VERSOS DIVINATÓRIOS
0ala
alaGH afi
afirmou que ditari
aria todos os versos que
conh
onhecia,
cia, e um tota
totall de S5 ver
versos aqu
aqui apre
apressentado
tado..
possEvel, no entanto, que alguns versos que ele sa:ia não foram
registrados. m rolo de fita, com os versos de Ej Ej## (gb=
(gb=3A,
tam:m conhecido por <gbe 3ej#8, começa assim)
les pegaram dend9 e o derrama dentro do aposento
a posento
'ormiga saiuK
les pegaram fogo e aqueceram as paredes
4arata saiu.
[riNá disse) U'oi isso que aconteceu.
U&runmila, voc9 pegou todos os meus escravos e os escondeuV
Parece que, em decorr9ncia de um erro de gravação,
um verso análogo a A5S foi omitido. m outra oportunidade,
0alaGH inseriu as seguintes linhas, que estão, o:viamente, fora do
lugar 3A=@, nota S8, sugerindo que elas pertencem a outro verso
que não foi gravado)
por isso que LCngB não mais come nozes de cola
porque está comendo at hoMe nozes de cola amarga.
LCng
LCngBB diss
disse)
e) UAs
UAs noze
nozess de cola
cola que
que comi
comi e que
que assi
assim
m me
decepcionaram,
#ão as comerei novamenteV.
nunca mais comeu nozes de colaK
le está comendo nozes de cola amarga.
!epo
!epois
is que
que term
termin
inou
ou os vers
versos
os divi
divina
natB
tBri
rios
os,, 0ala
0alaGH
GH
gravo
ravou
u >5 teDtteDtos
os com ompl
ple
ementa
entare
ress, pri
princip
ncipal
alm
mente
nte so:re
o:re
divindades. !eles, S7 são repetiçRes, tornando possEvel o estudo
das variaçRes no modo em que são contados. 0eis são
miscelneas, S@ são lendas e 5T são indiscutivelmente versos
divinatBrios adicionais. m deles, que provavelmente pertence a
(+un 348 conta como o /ei de Zetu teve de manter a casa quando
esteve com sua mulher em cativeiro. m, que pode pertencer a
0ro"un 3'8, conta como *huva *onquistou 'ogo e porque fogo não
deve ficar perto de Ọr#șálá. m outro, que possEvel pertença a
(gundá 318, narra o modo como Yemọjá fez seu lar perto do rio.
&ut
&utro aind a, de Ọwọnr#n 3Z8, conta
ainda, onta com ulherr de Ọr#șálá,
como mulhe
Aladun, o caracol, rompeu os ta:us dele ao comer sal e :e:endo
vinho de palmeira, e a maneira de como Ọșọ"# a:ateu sua mãe
- 17 -
ọmú, ó 'ì l?éyìn àșà 3fS, 78K isso foi traduzido livremente por U0uas
vidas
vidas estav
estavam
am pertu
pertur:a
r:adas
das e eles
eles estav
estavam
am infel
infelize
izesV.
sV. m
m:or
:ora
a
0alaGH tenha interpretado seu sentido como Ules estavam vindo
da primeira [FH para a atual [FH 3*?, 'SS, >8, a frase U @on n'#
!*lé *run b* wá #!*lé a#yéV foi traduzida por Ules estavam vindo
do cu para a terraV.
#os versos divinatBrios e nas lendas mitolBgicas ;or<:á
eDistem refer9ncias a um mercado e uma cidade cuMo nome
dado aqui como Ej#gbom&!un 3A=8 ou -j*gb*m&!)n 3*= nota 5,
=, 6, 58. m informante em 3&!ọ deu nome como <gbom&!un
e traduzi como U*arneiro toma 2eopardo 3g:b mu _G<n8, mas
isso parece muito improvável. m IfY, informantes interpretaram
Ej#gbom&!un tanto como o nome de antiga cidade, não mais
eDistente, quanto se referindo aos ha:itantes de seus territBrios
34ascom 5676) S@>, S7> nota @, T>@8. 0alaGH disse que foi em
(jogbom&!un que terra foi criada nas águas primevas, ao invs
de na cidade de IfY, conforme se acredita em geral, e que os
deuses ali viviam antes de se mudarem para IfYK mas no decorrer
da verificação de campo, identificou-a como a primeira [FH.
1á tam:
tam:m
m refe
refer9
r9nc
ncia
iass C cida
cidade
de de :Yn
:Ynd<
d<g:
g:_n
_ndu
du
3A5=, 4@, @8, que identificada em um verso 3@8 como sendo
I:ad
I:adan com (luyọle tendo sido seu primeiro governante. !ois
an,, com
versos 3T, @8 referem-se C fundação e eDpansão dessa grande
cid
cidade
ade ;or<
;or<:
:á e outro
utro vers
versoo 3Z@8
Z@8 relata
lata com
omo
o .gba ;or<:á
refugio-se de:aiDo de uma rocha na colina &lumH, dando C cidade
que fundaram o nome A:_oGutá que quer dizer Uso: uma rochaV.
0egu
0egund
ndoo lend
lendas
as ;or<
;or<:á
:á,, a divi
divina
naçã
ção
o de deze
dezess
ssei
eiss
cawris foi introduzida pela deusa fluvial [Nun. Aprendeu-a com
[runmila 3Ifá8 enquanto vivia com ele, em:ora alguns devotos de
[Nun neguem tal coisa. #uma versão, enquanto ela ainda estava
aprendendo Ifá, [Nun começou a divinar para consulentes de
[runmila quando este não estava em casa, e tão logo sou:e
disso, ele a mandou em:oraK esta a razão pela qual [Num não
aprendeu inteiramente a divinação Ifá 34ascom 567? )68. ste
incid
ncide
ente
nte nãonão oco
ocorre
rreu na seguin
guinte
te len
lenda acer
acerca
ca de com omoo
[runmi
[runmila la e [NOn
[NOn apren
aprender
deram
am divin
divinaçã
ação,
o, como
como regis
registra
trado
do por
0alaG
alaGH.
H. 0ua vers
versão
ão dif
difere
ere tam
tam:m da cre crença larg
largam
ameente
difundida de que foi &lodumare, o !eus do *u, que conferiu aos
deuses os seus poderesK aqui, essa função atri:uEda C prBpria
- 20 -
divind
divindade
ade de 0alaGH
0alaGH,, ident
identifi
ificad
cada
a como
como [riNálá Ọș&r&gbo, com
[riNálá
<$od#2ọrọ como outro de seus nomes sagrados ou de culto.
]uando Pai ApodihHrH, [riNálá [N_r_g:o,
Pai originou T5 filhos,
ApodihHrH, Pai criou T5 profissRes.
ApodihHrH, [riNálá [N_r_g:o,
Pai criou T5 talentos.
le disse que cada filho teria de escolher o seu.
havia &runmilaK
le não forte.
Datamente como um cupinzeiro,
0egurar uma enDada o pRe em apurosK
*arregá-la lhe difEcil,
at mesmo caminhar.
#ão há tra:alho que seMa fácil para &runmila.
Pai disse) U& que voc9 vai fazerjV
le disse que seria divinador.
U]ue espcie de divinadorjV
le disse) UPara tudo que as pessoas :uscam com voc9V.
ram nozes de cola que traziam para o Pai naqueles tempos
3para divinação8.
0e algum falasse para a noz de cola
a deitasse,
Pai era quem dava conselho.
U]uero sa:er resposta C minha perguntaV.
[riNálá então diria.
!esse modo, chamou &runmila
&runmila rece:eu uma :olsa de divinação.
Pai pegou a :olsa de Ifá,
!isse que &runmila tinha de aprende-la
!e modo se algum quisesse alguma coisa
inha de ir a &runmila.
]ualquer um que deseMasse perguntar
inha de ir a &runmila,
quando &runmila olhou o seu Ifá,
udo que eles queriam sa:er,
sa:er, &runmila lhes contariaK
contariaK
& que quer que deseMassem sa:er,
&runmila lhes diria.
#unca mais ningum foi ao Pai 3para divinação8K
Ao invs, foram a &runmila.
- 21 -
que
que pres
presid
ide
e [rOn
[rOnmmla
la,, tam:
tam:m
m conh
conhec
ecid
ido
o como
como Ifá.
Ifá. #os
#os
_rndE
_rndEnl
nlBgu
Bgunn 3como
3como pratic
praticado
ado por 0alaGH
0alaGH8,
8, os divin
divinado
adores
res são
são
conhecidos por awo olRrNC, que podem ser homens ou mulheresK
dezesseis cawris são arremessados ao soloK há 5> figurasK uma
esco
escolh
lha
a pode
pode ser
ser feit
feita
a simu
simult
ltan
anea
eame
ment
nte
e entr
entre
e apen
apenas
as duas
duas
alternativas especEficasK
especEficasK e a divindade que preside &rNC &l<fHn,
tam:m conhecido por `rNãlá.
1á, entretanto, muitas semelhanças. anto os :a:aláwo
quan
quantoto os awoawo olRr
olRrN
NCC são defi
defini
nido
doss como
como awo,awo, am
am:o:oss são
her:anários assim como divinadores. m am:os os sistemas, as
figuras são conhecidas por od< e os versos por _s_. &s nomes das
figu
figura
rass são
são anál
análog
ogos
os.. &s vers
versos
os me
memo
moririza
zado
doss cons
consti
titu
tuem
em o
nOcleo de am:os sistemas, os quais se distinguem de outros
meios de divinação conhecidos dos ;or<:á, tais como o Mogo de
quatro cawris, Mogo de quatro segmentos da noz de cola 3*ola
acuminata8 ou noz de cola amarga 3arcinia Gola8, hidromancia,
transes mediOnicos, Vcorte de areiaV islmico e Mogo dos quatro
rosários divinatBrios 3 agb#gba8, em:ora este Oltimo tenha versos
curtos associados com suas figuras. m am:as na divinação Ifá e
na dos dezesseis cawris, os versos contem as prediçRes e os
sacr
sacrif
ifEc
Ecio
ioss a sere
serem
m real
realiz
izad
ados
os,, o cons
consul
ulen
entete esco
escolh
lhe
e o vers
verso
o
apropriado a seu caso, o propBsito da divinação de determinar o
sacrifEcio necessário
necessário para afastar o malefEcio ou assegurar a graça
do :enefEcio que tiver sido augurado, e alguns dos versos são
semelhantes.
r9s versos podem ser suficientes
suficientes para mostrar as
semelhanças nos versos. & seguinte verso de Ifá 34ascom 5676)
TT7-T@58, fornecido em prosa, parece ser apenas uma versão
mais completa do AS>, em dezesseis cawris)
U& cão sorve a água do lado de sua :ocaK a mosca não
arrumas contas para venderV e U0e a eDpro:ação se recusa a ir
adiante, então nBs a trazemos para trásV eram os que Mogaram Ifá
para &su, que era filha do rei de [FH, AMHri, que não tinha
eDperimentado as dores do parto, e que estava chorando porque
não tinha dado a luz a uma criança.
U& cão sorve a água do lado de sua :ocaK a mosca não
dispRe contas para venderV e U0e a eDpro:ação se recusa a
avançar então nBs a trazemos para trásV foram os que Mogaram
Ifá para Arera, que era o filho do rei de If_ e que estava em
lágrimas porque não havia gerado um filho.
- 24 -
homem que trouDe essas coisas para mimjV le disse que seu
nome deveria ser) UkAquele que anda o que encontra seu amigo
no caminhok aquele que nBs chamamos 2oGor_, o sacerdote que
corta quem se penduraV 3 .n#'# o r#n, l# o !o ọr& lọna la n$e n#
8o!or&, #șoro '# on já #șo 8>.
&utros paralelos entre versos para dezesseis cawris, de
0alaGH, e aqueles em divinação Ifá incluem os seguintes)
4?. A origem do MeMum muçulmano. A:im:Hla 0. !., I")
?>K 56>5) TT6-T@K 56>>) 5S?-5=5 3 ('u a 3ej#8
46. Aranha tece sua teia como feitiço. A:im:Hla 0.!.,
I") 5TK 56>7) S5?K 56>>) @T-@@ 30worí 3ej#8
*55. 29mure foge de carneiro. pega 0.!., III) 5S5 Q
5ST 3(gb= Ọ"á8
*5?. 'eiMão 0arnento. A:im:Hla 0.!., I") 55-5SK 56>7)
S=-S=5 3Ọ"& 3ej#8
7.
7. 'ilh
'ilhot
otes
es de s
squ
quililo.
o. A:im
A:im:H
:Hla
la 0.!.
0.!.,, I")
I") ?@K
?@K 56>7
56>7))
566-SK 56>>) 5S7-5S6 3 ('ura 3ej#8
'5. 'orasteiro resoluto vai para peri. 4ascom 5676)
=5T-=5> 3Ed# 3ej#8
1?. Ira, Daltação e 'rieza. pega 0. !., III) 557-55>
3(gb= (gundá8
I5. A:B:oras de [:Crá. A:im:Hla 5767) 7=-77K 56>>)?S-
?> 3Ọbàrá 3ej#8
I5. "E:ora, PEton e scorpião. A:im:Hla 567?) >?->6
3Ọbàrá 3ej#8
I5S. 'ilho de PoFe. leason 56>=) 57T-57? 3 0r/'= 3ej#8K
4ascom 5676) 77
I57.
I57. N
Nu
u deiD
deiDa
a caça
caça esca
escapa
pa.. l
lea
easo
son
n 56>=
56>=)) SS=-
SS=-SS
SS@
@
3(gb= ('ura8
I5?. *aiDão de *alau. A:im:Hla 0. !., I") T7-T?K 56>7)
S5S-S5@K 56>>) ??-6= 3Ọbàrá 3ej#8
>
Isto eDplica o tEtulo do sacerdote de &:ameri, 2oGore 3li o Go Hr_8, U& que encontra seu amigo que
quem a:ate aqueles que cometem suicEdio se dependurando e faz eDpiação para eles. A figura
associada com este verso não foi registrada.
- 28 -
mesmo em difere
mesmo diferente
ntess ocasiR
ocasiRes
es quand
quando o recita
recitados
dos pelo
pelo me
mesmo
smo
divinador. Isso tam:m foi verdadeiro no caso de 0alaGH, que
gravou alguns versos mais de uma vez. A versão seguinte pode
ser
ser comomp
parad
aradaa com
com 2T. A eDpre Dpresssão Uog
ogado
ado para
para o !ia
!ia e
part
partil
ilha
hado
do com
com o 0olV
0olV signi
ignifi
fica
ca que a divi
divina
naçção para
para o !ia
!ia
tam
tam:m
:m inc
inclui
lui o 0ol,
ol, mesm
esmo ass assim ele não cons onsulta
ultand
ndoo o
divinador, e que am:os teriam de oferecer um sacrifEcio. U!oze
maioresV refere-se aos doze cawris a:ertos para cima.
[riNá dá uma :enção de via longa, o que ele vaticina
&nde vemos os !oze +aiores.
U*olina redonda com um cume pontudo não caiV
ogado para o !ia e partilhado
partilhado com o 0ol.
!ia, o que deveria ele fazer de modo que os :raços dos outros
não o segurassemj
0ol, o que deveria ele fazer para que os :raços dos outros não o
segurassemj
le disse que os :raços dos outros não o segurariamK
m sacrifEcio era o que ele tinha de oferecer.
& que deveria ele oferecerj
les disseram que ele deveria oferecer ST. cawris.
disseram que o 0ol deveria oferecer a taça importada que ele
tinha.
& !ia reuniu o sacrifEcio, ofereceu o sacrifEcioK
& 0ol apaziguou os deuses.
Am:os vieram para a terraK
stiveram deleitando-se na terra,
suas vidas corriam agradáveis.
& !ia ficava dançando,
& 0ol se reMu:ilavaK
2ouvavam os divinadores,
estes o [riNá
]ue seus divinadores tinham falado a verdade.
U/edonda, redonda colina
U*om cume pontudo não caiV
ogou para o !ia
dividiu com o 0ol.
le cantou) U!ia, ofereci um sacrifEcio por causa das :ocasK
U0ol, fiz um sacrifEcio por causa das :ocasK
U#enhum :raço pode segurar o 0olK
U4oca nenhuma pode comandar o !ia.V
- 30 -
aos
aos deze
dezess
ssei
eiss cawr
cawris
is,, conq
conqua
uan
nto o sac
sacrifE
rifEci
cio
o requ
requer
erid
ido
o ao
consulente não eDpressado tão especificadamente como nos
versos IfáK ha:itualmente entendido como sendo o mesmo que
o feito no caso mitolBgico. A primeira seção normalmente inclui
diversas linhas o:scuras, em:ora freqJentemente muito :elas,
que são interpretadas como sendo os nomes dos divinadores no
caso que serve como precedenteK elas são aneDadas entre aspas
na tradução em Ingl9s, sendo amiOde repetidas perto do fim do
verso.
an
ande
de A:im
A:im:H:Hlala 356>
356>5)
5) TK
TK 56>7
56>7)) T=8
T=8 prop
propXs
Xs uma
uma
estrutura composta de oito partes) 358 nomes de sacerdote3s8 Ifá
em divinação no passado, 3S8 nomes de consulente 3s8 para que a
divinação foi realizada, 3=8 razão pela qual foi feita, 3T8 instruçRes
ao 3s8 consulente3s8,
consulente3s8, 3@8 se o consulente 3s8 agiu ou não de acordo
com as instruçRes, 378 o que aconteceu com o consulente 3s8, 3>8
reação do consulente 3s8 e 3?8 uma moral :aseada na histBria. As
partes 5-= e >-? são memorizadas e recitadas o mais
acur
acurad
adam
amen
ente
te poss
possEv
Evel
el,, send
sendoo salm
salmod
odia
iada
dass rapi
rapida
dame
mentnte.
e. As
parte
artess rem
remane
anescente
entess 3T-78-78 não são
são decor
ecorad
adas
as,, mas são
recitadas lentamente na prBpria linguagem do divinador e numa
forma mais livre que se assemelha C prosa 3A:im:Hla 56>7) 7=8.
Por isso eDiste considerável latitude na minha segunda parte, a
resolução do caso ou o que os consulentes fizeram e o que
aconteceu a eles como um desfecho.
m:ora A:im:Hla indique que as instruçRes ao
consulente 3T8 são opcionais e não memorizadas, acho
surpreendente que o sacrifEcio que o consulente instruEdo a
oferecer varie em diferentes registros do mesmo verso. #as duas
gravaçRes consideradas, o galo e o pom:o mencionados em 2T
são
são om
omit
itid
idos
os do sacri
acriffEcio
cio na segu
segund
ndaa vers
versão
ão.. A orde
ordem
m do
segundo a qual os itens a serem sacrificados são mencionados
aparece ser irrelevante, mas em diversas oportunidades 0alaGH
fez um esforço especial para nomear um item que houvera sido
omitido, por eDemplo, o f5S, onde o assento mencionado depois
de dizer que o sacrifEcio tinha sido realizado, e #S, quando dois
carangueMos são acrescentados de modo semelhante. !e toda
maneira, há eDemplos onde fica claro que um item não
mencionado havia sido sacrificado 3455, 5S, 1?, P58 e outros
onde itens são agregados ou omitidos em uma segunda gravação
3*55, '5@, =, 7, 25, 2S, 2=, 2T, 2@8. & sacrifEcio, freqJentemente,
freqJentemente,
não especificado 3A5, AS=, AT5, *>, *5=, *5@, @, 'S, '@, '>,
- 32 -
?, 15S, Z?, Z558 e muitas vezes sequer mencionados 3A5, A6,
A5>, AS, ASS, 4=, 45S, *S, *?, !>, 5, 7, '5, Z68.
!a mesma form orma que em Ifá,Ifá, os ver
versos instrue
truem
m o
consulente a sacrificar uma ampla variedade de aves domsticas
e animais, tam:m selvagens, carne de caça, alm de outros
alimentos e produtos. "ários deles são sacrifEcios apropriados a
divindade
divindadess determin
determinadas
adas.. ]uando
]uando pássaros
pássaros ou animais
animais devem
devem
ser sacrificados, a ca:eça e o sangue são Udados de comerV C
divindade indicada no verso ou identificada por intermdio de
alternativas especEficas,
especEficas, como o lEquido da casca de um caracolK
a carne cozida e comida pelos divinadores. ecidos,
ferramentas e outros o:Metos incluEdos no sacrifEcio são tam:m
conservados pelos divinadores, a não ser que outra determinação
esteMa especificada no verso.
]uando dinheiro se acha incluEdo nos sacrifEcios, deve ser
conservado pelo divinador como pagamento 3 eru8, ao invs de
oferecido C divindade. & montante eDpressado em cawris, que
outrora serviam como dinheiro. & valor do cawri tem declinado ao
longo do tempo como resultado da inflação 34ascom 5676)7T-7@8,
mas quando moeda corrente foi introduzida, o valor de dois mil
cawris foi esta:ilizado, para fins de divinação, a seis $enAe, agora
cinco Go:o, ou ?. cawris para li:ra esterlina, agora S naira.
#estes versos, como nos Ifá S. cawris 3 &gb&wã, &gbã8 são a
unidade :ásica de dinheiro contá:il, e, neste caso, o montante
especificado usualmente relacionado com o nOmero de cawris
Mogados com a face
face a:erta para cima,
cima, conforme mostrado
mostrado a:aiDo.
A SISTEMÁTICA DA CRENÇA
*omo
*omo uma
uma intr
introd
oduç
ução
ão aos
aos vers
versos
os divi
divina
natB
tBri
rios
os que
que se
seguem
seguem,, infor
informaç
maçRes
Res acerca
acerca das divin
divindad
dades
es ;or<:á
;or<:á e outros
outros
elementos do credo ;or<:á, aqui apresentada, Muntamente com
aquilo que os versos nos relatam a respeito da religião ;or<:á e
seu modo de visualizar o mundo 3eltanschauung8.
&s vers
versos
os conf
onfirm
irmam
am,, suple
uplemmentam
ntam e, por vez vezes,
cont
contra
radi
dize
zem
m aqui
aquilo
lo que
que conh
conhececid
ido
o so:r
so:re
e reli
religi
gião
ão ioru
ioru:a
:ana
na,,
revelando como variam crenças, com mem:ros do culto
freqJentemente atri:uindo maior importncia Cs suas prBprias
divindades do que geralmente reconhecido. Por isso, enquanto
LHpHna
LHpHna espec
especial
ialme
mente
nte proem
proemine
inente
nte no estud
estudoo de &gun:i
&gun:iFi
Fi
356@S) 7>8 so:re os dezesseis cawris, [riNálá quem controla os
dezesseis cawris de 0alaGH, e quem mencionado repetidamente
repetidamente
em seus
seus vers
versos
os e eDer
eDerce
ce algu
alguma
mass das
das funç
funçRe
Ress usua
usualm
lmen
ente
te
- 36 -
futuroV.
futuroV. ma das perso
personage
nagens
ns designad
designada
a de U0e [lHrun
[lHrun não
me mata, gente não poderá faz9-loV 3?8.
& mais importante que [lHrun quem determina e
controla os destinos humanos 34ascom 5676)55@-55?8. &s ;or<:á
cr9em na reencarnação e em algumas almas mOltiplas. A mais
important
importante e dentre elas a alma guardiã ancestrall 3&l&dá, ì$ọnr#,
guardiã ancestra
#$ọrí 8, associada com a ca:eça da pessoa, seu destino
reencarnação. A segunda a respiração 3 &mí 8, 8, que reside nos
pulmRes e no tBraD e tem as narinas para servi-la como as duas
a:erturas no fole de um ferreiro ;or<:á. A respiração a força
vital que faz o homem tra:alhar e lhe dá a vida.
Alguns dizem que eDiste uma terceira alma, a som:ra 3 *jìj#8, que
não tem função no decorrer da vida mas simplesmente segue o
corpo vivente por todos os lugares.
Pode-se ver a som:ra e ouvir e sentir a respiraçãoK mas
ning
ningu
umm ouve
ouve,, sent
sente
e ou enDe
enDerg
rgaa a alma
alma guar
guardi
diã
ã ance
ancest
stra
rall
enquanto o indivEduo for vivo. A som:ra não dispRe de su:stncia
e não quer alimentoK a respiração sustentada pela comida que o
prBprio indivEduo ingereK mas a alma guardiã ancestral precisa
ocasionalmente nutrida por intermdio de sacrifEcios conhecidos
por Ualimentando a ca:eçaV 3 ìbọrí, ìbọ or#8.
Antes de uma criança nascer Q ou renascer Q, a alma
guardiã ancestral comparece perante [lHrun a fim de rece:er um
novo corpo, uma nova respiração, e seu destino 3 ìwà, ì$ín8 para
sua nova vida na terra. AMoelhando-se diante de [lHrun, a essa
alma dada a oportunidade de escolher seu prBprio destino, e se
acredita poder ela fazer qualquer escolha que deseMar, em:ora
[lHrun possa recusar caso os pedidos não seMam feitos
humi
humildldem
emen
ente
te ou seMa
seMam
m desa
desarr
rraz
azoad
oados
os.. & dest
destin
ino
o envo
envolv
lve
e a
personalidade do indivEduo, sua ocupação e sua sorteK e inclui um
dia fiDo no qual as almas tem de retornar para o cu. Por vezes, a
alma guardiã ancestral denominada de ca:eça 3 orí 8 ou de Udona
da ca:eçaV 3olórí 8,
8, e nos versos de 0alaGH personificada como
*a:eça 3AS?, A=T, A=@, A5=, 568. m verso 3A=@8 conta como a
ca:eça escolheu Utodos os destinosV. m outro 3A@8, uma mulher
chamada Ua que tem filhos pequenosV disse que Usuas :9nçãos
se atrasaramK ela disse que suas :9nçãos celestiais se atrasaram.
la disse que não sa:e se sua ca:eça escolheu um destino de
contas, sua ca:eça escolheu um destino de latão, sua ca:eça
escolheu uma grande a:undncia de dinheiroV. ma pessoa de
- 38 -
]uan
]uandodo a Pom:
Pom:a a se rec
recusa
usa a sacr
sacrif
ific
icar
ar,, Nu leva
leva os
campXnios a comer seus filhotes e [Fá a que:rar seus ovosK mas
porque o pom:o realizou o sacrifEcio, Nu faz os homens a levá-lo
para casa e o guardar como :ichinho de estimação 3A5@8. ]uando
'eiMão +anteiga reMeita sacrificar Nu faz os lavradores comerem
seus feiMResK mas porque 'eiMão 0arnento oferece sacrifEcio, eles o
a:an
a:anddonam
onam 3*5?8. ?8. ]uando
ando uma
uma plant
lanta
a ras
rasteira
eira se nega a
sacr
sacrif
ific
icar
ar,, faz
faz lavr
lavrad
ador
ores
es a cort
cortar
arem
em.. &chr
&chra,
a, queque sacr
sacrif
ific
ica,
a,
deiDada crescer 3Z78. ]uando anga e a *a:eça ]uente não
querem sacrificar suas facas, Nu as faz se matarem com suas
prBprias armasK mas ele dá a 0erenidade os tr9s cestos de contas
que a mãe deles tinha enviado a seus tr9s filhos 31?8. ]uando
eg:e não sacrifica, Nu devolve a vida aos animais que ele
matou, e eles fogemK então eg:e realiza sacrifEcios e Nu o
aMuda a conseguir um cavalo, seis tOnicas, seis servidores e seis
esposas e tornar-se o herdeiro do rei 3I578. ]uando o chefe de
ata faz o sacrifEcio mas sua mulher não o faz, Nu o salva mas
deiDa sua mulher ser morta 3*5S8.
#a real
realid
idad
ade,
e, ness
nesses
es vers
versos
os,, N
Nu
u assi
assist
ste
e aque
aquele
less que
que
oferecem o sacrifEcio prescrito em muito mais eDemplos do que
pune os que não o fazem ou se reMu:ila quando estes topam com
infortOnios. & rei de Igede sacrifica uma faca e Nu a emprega
para salva-lo quando ele tenta enforcar-se 3178. & chefe de IfHn e
o chefe de Mig:o sacrificam e Nu os aMuda a encerrar a disputa
que mant9m entre si 35?8. & chefe de Mu sacrifica e Nu o aMuda,
:em
:em como
como os seusseus pare
parent
ntes
es,, a vive
vivere
remm vida
vidass long
longas
as 35@
35@8.
8.
2ag:onpala e uma mulher velha sacrificam e Nu os auDilia a se
casarem um com o outro 358. & 1omem *ego sacrifica e Nu o
aMuda a a:ater pássaros e um antElope com espingarda quando
outros
outros fraca
fracass
ssara
aramm 3
3>8.
>8. /HMuf
/HMufori
oriti
ti toma
toma dinhe
dinheiro
iro empres
emprestad
tado
o
para fazer o sacrifEcio e Nu o auDilia para que se torne rico 3A==8.
Nu multiplica o sacrifEcio de +Hloun e a salva dos gungun 3Z5=8.
le multiplica o sacrifEcio da mãe de &nkdere e salva seu filho da
morte ao ha:ilita-lo para se tornar chefe de Idere 3'68.
+acaco olo sacrifica e Nu o aMuda a escapar do
2eopardo 3'5=8. *rocodilo sacrifica cravos de ferro e cascas de
cocos e Nu os transforma em seus dentes e escamas 3158. A
mãe de Potto oferece um sacrifEcio e Nu o salva da morte 3*55,
nota T8. +açarico sacrifica e Nu lhe consegue roupas, dinheiro e
uma esposa 3*>8. Palmeira luMu sacrifica e Nu a aMuda a dar a
luz aos seus re:entos 3A578. *olina oferece um sacrifEcio e Nu a
- 47 -
auDi
auDili
lia
a a resi
resist
stir
ir aos
aos ataq
ataque
uess dos
dos pássa
ássaro
ros,
s, dos
dos rato
ratoss e dos
dos
homens 3AS58.
A ca:eça sacrifica e Nu a defende quando ele toma os
destinos 3A=@8. & !estino faz sacrifEcio e Nu convence [riNálá a
perdoa-lo por haver sido insolente 3*568. Por tr9s vezes [runmila
sacrifica e Nu o salva da morte 3I5?8, aMuda-o a ficar rico 35T8 e
convence [NOn a lhe dar dinheiro e filhos 35@8. [runmila inicia
Nu em Ifá e Nu lhe retri:ui aMudando-a a tornar-se rico 3A568. As
liçRes dos versos são B:vias) agrade a Nu e não o ofendaK e
Uoferecendo sacrifEcios o que aMuda a algumK não oferecendo,
não aMuda a ningumV.
[run
[runmi la 3-rúnmìlà8, de quem se diz derivaria a
mila
divinação com dezesseis cawris, freqJentemente mencionado
nos versos. m:ora seMa evidente que Ifá 3Ifá8 tam:m um
nome de [runmila, 3A5S, 5=, 5T, 5@, I5S8, nBs nos referimos
a ele como [runmila, e a seu sistema de divinação como Ifá. 'ala-
se amiOde de [runmila como um amanuense ou um escri:a
porque ele UescreviaV Cs outras divindades e ensinou aos seus
divinadores a UescreverV, ou seMa, a marcar as figuras Ifá em pB
de madeira em seus ta:uleiros divinatBrios.
divinatBrios.
tam:m definido como um homem instruEdo ou erudito
em virt
virtud
udee da sa:ed
a:edor
oria
ia conti
ontida
da nos
nos vers
versos
os Ifá.
Ifá. Aqui
Aqui ele
ele
deno
denomi
mina
nado
do U0a:
U0a:ed
edor
oria
iaVV 3*S8
3*S8,, U& pequ
pequen
eno
o que
que vive
vive de sua
sua
sa:e
sa:edo
dori
riaV
aV 3A=T
3A=T,, 45T8
45T8,, e UAqu
UAquelele
e que
que ma
mass poss
possan
ante
te que
que
medicinaV 3#S8. #os dito que)
rande sa:edoria
a chave para se conseguir grande sa:er.
0e não tivermos grande sa:edoria
#ão poderemos aprender medicina potente,
#ão conhecendo medicina :astante forte
#ão curaremos doença grave
#ão ganharemos grande fortuna,
se não ganharmos muito dinheiro
#ão poderemos fazer grandes coisas. 3478
'ica
'icamo
moss sa:e
sa:end
ndo
o tam:
tam:mm que
que U na po:re
o:reza
za que
que o
menino aprende IfáK sB mais tarde que ele prosperaV 3*5T8. #Bs
Má vimos que [runmila fisicamente d:il, e que sB se tornou
divinador e her:anário porque nenhum outro tra:alho lhe era
fácil. +esmo assim, um verso 35T8 diz que a luta corporal foi sua
profissão e que a:ateu diversos reis at que Nu lhe ensinasse a
- 48 -
perder. 0ua pele preta 3#S8 e sua cidade Ado 3A=T8. tam:m
chamado UAquele que tem uma coroaV 3A68 e &luwara &Gun
3A=T8.
&s versos porque uma ca:ra o principal animal
sacrificial de [runmila 3I5S8. /eferem-se ao seu re:enque de ra:o
de vaca, de divinador 3IT8 e mencionam o seu gongo3I5S, #S8 e
dois de seus tam:ores, aran 3I5S8 e ogidan 3558. !ão conta da
orig
origem
em da tige
tigela
la divi
divina
natB
tBria 3o$ón
ria o$ón #gede
#gede8 dentro da qual são
conservados seus dezesseis dend9s, e do :astão de ferro 3 o"),
o")n8 que se encontra Munto ao seu sacrário e não pode tom:ar
368. les esclarecem a origem do arremesso do opel9 35T, nota
T8 e, provavelmente, se refere ao modo como manipulado 35@,
nota 58. !escrevem a maneira como as figuras Ifá são marcadas
no ta:uleiro de divinação e contam como [runmila Muntou dend9s
com quatro UolhosV cada um e as ervas com as quais são lavados
a fim de prepara-los para o uso na divinação 3478. m verso
3A5
3A58,8, [run
[runmimila
la plan
planta
ta erva
ervass eDcl
eDclus
usiv
ivam
amen
ente
te dest
destin
inad
adas
as C
medicina, mas enche seus depBsitos com milho, milho da guin,
feiMRes e inham ame es cultivados por outras divindades. 0eu
conhecimento
conhecimento acerca das propriedades das ervas superado pelo
de [sánFin, o deus da medicina 3568, mas vence este num torneio
de magia, tomando-lhe o gongo para si 3#S8.
[runmila se casa com a filha do chefe de Iwo 31>8, PoFe
3I5S8, &du 345T8, r_ 3Z5S8, AMesuna 3AS?8 ou !inheiro, mere
3AS78 uma a:iGu, [NOn 3*S8 e Aina e [r_ 3A68, filhas de &lorun.
le
le tam:
tam:m
m defl
deflor
ora
a tant
tanto
o [NOn
[NOn 3'3'5
588 quan
quanto
to PoFe
PoFe 3I5S
3I5S88 e
acusado de adultrio 3I5S, Z5S8K e rompe um ta:u de [NOn ao
derramar cerveMa de milho-da-guin so:re ela 35@8. *omparece
como principal personagem em muitos outros versos 3A?, A5S,
A56, AS, *7, 55, 5=, I5, I5=, I5?, I568.
[NOn 3Ọșun8 a deusa do rio [Nun, que nasce em Giti,
no lest
leste,
e, e corr
corre
e pas
passand
sandoo pela
pela cida
cidadede de &Nog
&Nog:o:o,, onde
onde se
encontra localizada seu principal sacrário. #arram os versos que
ela
ela caso
casouu com
com [run
[runmi
mila
la 3*S8
3*S8 e [riN
[riNál
áláá 3AS@
3AS@8,
8, e info
inform
rman
ante
tess
acre
acrescscen
enta
tam
m que,
que, em outr
outros
os temp
temposos,, foi
foi casa
casadada com
com `gOn
`gOn,,
LCngB, LopHna e [sánFin, alm de tomar outros deuses como
amantes. m uma de suas lendas, 0alaGH o:serva que U[NOn
mais
ma is apre
apreci
ciad
ador
ora
a de rela
relaçR
çRes
es seDu
seDuai
aiss que toda
todass as outr
outras
as
mulh
mulher eres
esV.
V. m cons
conseq
eqJ9
J9nc
ncia
ia de sua
sua prom
promis
iscu
cuid
idad
ade,
e, os seus
seus
devotos a descrevem como uma rameira mas sentem orgulho das
- 49 -
dkágua so:re a ca:eça. [G_r_ a seguiu, mas ela pousou seu pote
e o transformou em um rio que ele escorre. [G_r_ se fez uma
coli
olina no traM
traMe
eto do curs
curso
o dkág
kágua, mas LCng
LCngB
B fulm
lmin
ino
ou-a
u-a,
rompendo um caminho para que o rio fluEsse atravs.
ma
ma vers
versão
ão fina
final,
l, rela
relata
ta por
por sace
sacerd
rdot
ote
e de LCng
LCngB,
B, em
Zoso, conta apenas que ;emHMá querelava com [G_r_ e foi viver
no rio, mas faz de [G_r_, ao invs de [ranmiFan, o pai de LCngB.
& nomome
e ;emH
;emHMáMá ha:i
ha:itu
tual
alme
ment
nte
e inter
nterpr
pret
etad
ado
o como
como
significando
significando U+ãe de PeiDesV ou, mais literalmente, U+ãe de filhos
de peiDeV. 3Y/yé ou Iyé ọmọ &ja8. tam:m conhecida por U(gua
toma uma coroa, pela qual consentimos para casarU 31S8, filha
Udaquela que comeu :rocas de palmeira e teve seiscentos filhosV
31S8, Atalamag:a 3h58, +HaNHg:Hg:Hg:aFo 3158 e [mHM_l_wu ou
+HM_l_wu 315S8, nome tam:m dado por informantes de Is_Fin e
Igana. la identificada como a mãe de LCngB, gungun e !ada
31S, nota S8.
gun 3-gún8 o deus do 'erro e patrono de todos
&gun
aque
aquele
less que
que usam
usam ferr
ferram
amenenta
tass dess
desse e me
meta
tal.
l. o patr
patron
ono o de
caç
caçador
adoreses e guer
guerre
reiiros
ros e, por
por isso
isso,, um !eus
!eus da ueruerra
ra,, um
padroeiro de ferreiros, de entalhadores de madeira e coureiros,
de :ar:eiros, daqueles que realizam circuncisão e cicatrização e,
em tempos recentes, dos que dirigem automBveis e locomotivas.
0em ele, as pessoas não poderiam ter cortados os seus ca:elos,
não poderiam ser circuncizados e teriam marcas faciais, animais
não poderiam ser caçados ou a:atidos, fazendas não poderiam
ser limpas ou suas terras revolvidas, caminhos para fazendas
:em como poços dkágua seriam tomados pelo mato, e ningum
pode
poderi
ria
a ter
ter acen
acendi
dido
do fogfogo semsem pede
pedernrnei
eira
ras,
s, as quais
uais eram
eram
empr
em preg
egad
adas
as at
at que
que fBsffBsfor
oros
os fora
foramm imimpo
portrtad
ados
os.. As outr
outras
as
divindades tam:m dependem de &gun, pois ele lhes a:re o
cami
caminh
nho o com
com sua
sua ma
marc rche
hete
teKK ma
mass ele
ele ma
mais is afam
afamad
adoo comomoo
ferreiro e um grande com:atente.
&gun o dono do ferro e de novas copas de palmeiras,
que
que são
são emempr
preg
egad
adas
as para
para ma
marc
rcar
ar seus
seus sacr
sacrár
ário
iosK
sK fron
fronde
dess de
palm
palmeieira
rass pode
podemm ser
ser usad
usadas
as em outr
outros
os sacr
sacrár
áriios de outr
outras
as
divindades, mas pertencentes a &gun. 'icamos sa:edores por
este
estess vers
versos
os que
que 'err
'erro
o o prim
primog
og9n
9nit
ito
o de &gun
&gun,, e porqu
orquee
enferruMa ou oDida enquanto 2atão ou *hum:o, não 3*@8, e que
Ucopas novas de palmeira fazem o corpo de &gunV 34@8. le
tam:m o dono dos cãesK os machos constituem um dos seus
- 54 -
são
são ofer
oferec
ecid
idos
os e :ruD
:ruDasas eram
eram eDec
eDecututad
adas
as.. cita
citado
do em dois
dois
vers
versos
os 3Z55,
Z55, Z5S8
5S8. ]uan
]uando do a deso:eo:edi9n
i9ncia
cia ign
ignorou
orou uma
uma
adve
advert
rt9n
9nci
cia
a e se apos
apossosou
u de terr
terra
a de lavo
lavour
uraa no arvo
arvore
redo
do
sagrado, surgiu gungun e cantou) U*onhecias o ta:uK porque
fizeste issojV ntão !eso:edi9ncia desistiu
desistiu da lavoura e se tornou
seguidor de gungun, transportando suas vestes 3Z558. [runmila
ofer
oferec
eceu
eu um sacr
sacrif
ifEc
Ecio
io no pequ
pequen
enoo :osq
:osque
ue sagr
sagrad
adoo e depo
depois
is
casou com a mulher de gon 3Z5S8. Isto pode ser uma refer9ncia
a gHn, o gungun eDecutor 3cf. A:raham 56@?) 5@8, mas do
modo transcrito, os tons não são os mesmos.
&s devotos de gungun em If_ disseram que AmaiFegun
o nome do deus que ensinou o povo a fazer e a usar os
cost
costum
umeses.. #o vers
verso
o de 0ala
0alaGH
GH 3'
3'58
58,, U'or
U'oras
aste
teir
iro
o /eso
/esolu
luto
toV,
V,
identificado como gungun, que foi para Peri, curou pessoas e
lhes deu filhos e depois lhes disse para fazerem um tecido e uma
rede para ele. & tecido de roupa ou tOnica que serve como traMe e
a rede
rede atra
atrav
vss da qual
qual os danç
dançar
arin
inos
os pode
podemm enDe
enDerg
rgar
ar são
são
mencionadas em vários versos 35T, ZT, Z?, Z55, Z5=8, e nos
relatado que U& gungun que nos aMuda aquele para quem
adquirimos roupasV 3'578.
gungun tem sido denominado de culto dos ancestrais,
em:ora
:ora infor
nform
mante
antess divi
ivirMam
Mam em suas uas inter
nterp
preta
retaçR
çRe
es dos
danç
ançari
arinos masc
ascarad
arados
os.. Alg
Alguns
uns deles les dize
izem que
que eles são
são
ancestrais mortos que retornam do cu, mas devotos de gungun
em If_, [FH e Igana sustentaram que isso somente se aplica C
terceira categoria com seus costumes com aspecto de mortalhas,
conquanto a segunda classe poderá dançar durante funerais. m
[FH, disseram que essa terceira categoria somente aparece em
funerais de devotos de gungun e patriarcas de linhagens ou
estirpes, e enquanto gungun são chamados de Ugente do cuV
3ará
ará *ru
*run8 iss
isso nada
ada maisais signi
igniffica
ica que
que os devot
votos foram
oram
dedicados a gungun antes de seu nascimento e não que seMam
ancestrais de retorno. 0omente tr9s versos 3IT, =, T8 sugerem
alguma relação com culto ancestral) Ules 3le8 sacrificou para os
gungun da casaK eles sacrificaram Cs divindades fora 3da casa8V.
+as isso pode simplesmente significar que eDistiam devotos dos
gungun na casa.
0omos informados de que quando gungun veio para a
terr
terra,
a, ele
ele ofer
oferec
eceu
eu um sacr
sacrif
ifEc
Ecio
io e U
Ugu
gung
ngun
un torn
tornou
ou-s
-se
e ma
mais
is
poderoso que seres humanosV 35T8. !uas espcies de gungun
- 59 -
APÊNDICE
[la, UP oca /iquezaV, e [F_Gu, nome de uma figura Ifá que
&gun:iFi dá para &turupHn 3#?8. le igualmente identificou IworE,
que o devoto de Nu, em +_GH, disse ser o nome para IGa 3+>8,
como uma designação alternativa para Mila L_:Hra 328.
&s nome
nomess para
para as Olti
Oltima
mass cinc
cinco
o figu
figura
rass são
são tam:
tam:m
m
notave
notavelme
lmente
nte incom
incomple
pletos
tos.. +uita
+uitass fontes
fontes aca:am
aca:am com MilaMila
L_:Hra, doze cawris. A devota de ;emHMá, em Ilara, continuou
para U*atorzeV 3#S8, mas afirmou que quando 5@, 57 ou cawris
aparecem, ela não os pode ler e então Moga de novo os cawris. &
devoto de LCngB, em +_GH, parava no mesmo ponto, alegando
que
que as tr9s
tr9s outr
outras
as fig
figuras
uras eram
eram mámáss e que
que, conqu
onquan
anto
to lhes
lhes
conhecesse os nomes, não os diria. & devoto de LCngB, em [FH,
parava no 5S porque, dizia ela, 5= para LHpHna, o !eus da
"arEola. &s devotos de [Nun, em [FH, deram um nome para 5T
cawris mas disseram que desconheciam os relativos a 5=, 5@, 57
ou . a devota de [Nun, em If, afirmou que não diria os nomes
das quatro Oltimas figuras e o devoto de Nu, em +_GH, estancou
em 5T, dizendo que as Oltimas tr9s eram más. !as S? fontes aqui
listadas, apenas 0alaGH forneceu os nomes de todas as 5>.
As divi
ivindad
ndadees e out outras
ras enti
entida
dade
dess supra-
pra-h
humanas
anas
associadas Cs figuras da divinação de dezesseis cawris foram
cita
citada
dass por
por tr9s
tr9s info
inform
rman
ante
tess ;or<
;or<:á
:á,, 0ala
0alaGH
GH para
para o cult
culto
o de
[riNálá, e outros informantes de [FH para os cultos de LCngB e
[Nun. 0ão fornecidas por &gun:iFi 356@S) 7>->68 para o culto de
LHpona na #igria, por +aupoil 356T=) S77-S7>8 para o !aom,
por 4astide 356@?) 5=8 para o 4rasil e por *a:rera 356>T) 5?T-
5?@8
5?@8 para
para *u:a.
u:a. As outr
outras
as font
fontes
es cu:a
cu:ananass ou não
não forn
fornec
ecem
em
quaisquer associaçRes ou citam tantas divindades para cada uma
das figuras que comparaçRes não fazem sentido. Porque essas
associaçRes presumivelmente se :aseiam na freqJ9ncia com que
as divindades são mencionadas nos versos para uma dada figura
e porque versos diferentes foram, sem dOvida, aprendidos em
cultos diferentes, de se esperar que as associaçRes irão variar
de um culto para outroK mas eles oferecem algumas surpresas,
particularmente
particularmente para as figuras !, e .
& quadro = indica primeiro as divindades mais
freqJentemente mencionadas nos versos de 0alaGH e o nOmero
de versos para cada figura em que aparecem, quer como aquela
a quem o sacrifEcio deve ser oferecido, como uma personagem
principal na narrativa, quer nos nomes dos divinadores, dados
- 66 -
QUADRO II
'� A 4 *
? cawris 5 cawris 6 cawris
g:e8
S. ;emHMá, Ilara Mi &g:9 &fun na [sá
=. LCngB, +_GH Mi &g:9 &fun &sa
T. LCngB, [FH Mi &g:9 &fun [sá
@. [Nun, [FH Mi &g:9 &fun [sá
7. [Nun, If_ &g:9 +eMi &fun +ewa 35 [sákwon
&.8
>. Nu, +_GH Mi &g:9 &fun [sá
?. LHpHna, &gun:iFi Mi&g:9 &fun &tura
6. !aom) +aupoil F&g:9 'u 0a
5. 4rasil) 4astide Mionile &fu [sá
55. *u:a) Mi &nle &fun [sá
Informante A
5S. *u:a) Mi &nle fun [sá
Informante 4
5=. *u:a) &Mo &nle &fun [sá
Informante *
5T. *u:a) llionle, &fun
&funmo
mofu
fun,
n, fun
fun [sá,
[sá, &ra
&ra
+anuscrito A 2leun:e
5@. *u:a) lliom:e, &fun Asa, [sá
+anuscrito 4 nllionle
57. *u:a) llionle &fun +aMun, [sá
+anuscrito * &fun
5>. *u:a) llionle &fun [sá
+anuscrito !
5?. *u:a) llionle, &fun [sá, &ra
+anuscrito &llionde
56. *u:a) &lleonle &fui &sain
+anuscrito '
S.*u:a) Fi &nde &fun [sá
2achtaWere
S5. *u:a) 'a:elo Feunle &funfun [sá
SS. *u:a) 1ing lleunle, &fun +afun [sá
Feunle
S=. *u:a) /ogers lleunde, &fun +afun, [sá
lleunle &fun
ST. *u:a) *anet llionle &fun [sá
S@. *u:a) *a:rera Fionle, &fun [sá
Feunle
S7. *u:a) lizondo Fionle, llionle &fun &ssa, [sá
S>. *u:a) 0uarez lleunle &fun +afun [sá
S?.
S?. *u:a
*u:a)) AnXn
AnXnim
imo
o Fio
Fionl
nle,
e, &fun
&fun,, &fun
&fun [sá
[sá
- 70 -
lleunle +afun
! '
35 cawri8 3S cawris8 3T cawris8
1 I
3@ cawris8 3= cawris8 37 cawris8 3> cawris8
- 71 -
Z 2 +
- 72 -
# & P ]
35T cawris8 35@ cawris8 357 cawris8 3 cari8
- 73 -
QUADRO III
DIVINDADES ASSOCIADAS COM AS FIGURAS