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16 CAWRIS

- 2 -

William Bascon
- 3 -

PREFÁCIO

A divi
divina
naçã
ção
o com
com deze
dezessssei
eiss cawr
cawrisis rela
relaci
cion
ona-
a-se
se em
mitologia, talvez historicamente e, com certeza,
morf
orfolog
ologicicam
amen
ente
te,, com
com a divinivinaç
ação
ão de Ifá. Ifá. Par
Para integ
ntegrral
comp
comprereen
ensãsãoo do queque aqui
aqui  rela
relata
tadodo,, os leit
leitor
ores
es deve
deveri
riam
am
cons
consul
ulta
tarr !I"I
!I"I#A
#A$%
$%&& I'()
I'() *&+#
&+#I* I*A$A$%&%& #/
#/ ! !0
00
0 
1&+#0 #A ('/I*A &*I!#A2 34ascom 56768, e as refer9ncias
a este tra:alho são feitas a fim de ha:ilitá-los a encontrar as
passagens relevantes mais prontamente.
+anten
+antenho ho ainda
ainda memeu u reconh
reconhececime
imento
nto a funci
funcioná
onáriorioss
colo
coloni
niai
aiss e cida
cidadã
dãos
os nige
nigeri
rian
anos
os nest
neste
e e nos
nos outr
outros
os tra:
tra:al
alho
hoss
precedentes, e sou grato ao *onselho de Pesquisa de *i9ncia
0ocial de #ova Iorque por haver apoiado meu primeiro tra:alho
de campo entre os ;or<:á, em 56=>-=?. +as o principal suporte
da pesq
pesqui uisa
sa para
para este
este livr
livro
o foi
foi asse
assegu
gura
rado
do por
por uma
uma doaç
doação ão
'ull:right em 56@-@5, ocasião em que os versos de divinação
foram gravados em fita. stip9ndios proporcionados pelo Instituto
de s
stu
tudodoss Inte
Intern
rnac
acio
iona
nais
is da niv
niverersi
sida
dade
de da *ali
*alifB
fBrn
rnia
ia,, em
567, e pelo *onselho de Pesquisa de *i9ncia 0ocial, em 567@,
poss
possi:
i:il
ilit
itar
aram
am visi
visita
tass ma
maisis :rev
:reves
es C #ig
#igri
ria
a para
para pesq
pesquiuisa
sa
ulterior.
0ão eDpressados no *apEtulo I os meus
reconhecimentos a +. &. &FawoFe, que fez a tradução inicial e a
maior parte da transcrição, aos dois outros ioru:anos que nela
cola:oraram, e C minha esposa 4erta, que realizou a gravação.
 am:m no mesmo capEtulo, :em como na dedicatBria do
presente livro, eDpresso a minha gratidão a 0alaGH, o divinador
que
que dito
ditou
u os vers
versos
os divi
divin
natBr
atBrio
ioss dos
dos deze
dezess
ssei
eiss cawr
cawris
is aqui
aqui
apresentados.
- 4 -

P/I+I/A PA/)

INTRODUÇÃO

!ezesseis cawris 3 érìndínlógún, owó mérìndínlógún8 


uma forma de divinação empregada pelos ;or<:á da #igria e
por seus descendentes no #ovo +undo.  mais simples que a
divinação Ifá e menos apreciada na #igria mas, nas Amricas,
mais importante que Ifá porque mais conhecida e mais
freq
freqJe
Jent
ntem
emen
ente
te em
empr
preg
egad
ada.
a. al
al fato
fato pode
pode deco
decorrrrer
er de sua
relativa simplicidadeK da popularidade de LCngB, IemonMá, &Nun e
outr
outros
os deus
deuses
es ;or<
;or<:á
:á com
com os quai
quaiss os deze
dezess
ssei
eiss cawr
cawris
is são
são
associadosK e do fato de que podem ser praticadas tanto por
home
homensns quan
quanto
to mulh
mulher
eres
es,, as quai
quaiss em nOme
nOmero
ro,, eDce
eDcede
dem
m os
homens nesses cultos, enquanto apenas homens podem praticar
Ifá.
A im
impor
portn
tncia
cia difere
diferenci
nciada
ada desses
desses dois
dois siste
sistemas
mas de
divi
divina
naçãçãoo na (fri
(frica
ca e nas
nas Amr
Amric
icas
as prov
provavavel
elme
mentnte
e eDpl
eDplic
ica
a o
desc
descasasoo face
face os deze
dezess
ssei
eiss cawr
cawris
is dos
dos estu
estudi
dios
osos
os da cult
cultur
uraa
 ;or<:á comparados aos da cultura AfroQcu:ana. Distem
nume
numero roso
soss estu
estudo
doss de divi
divina
naçã
ção
o Ifá
Ifá entr
entree os ;or<
;or<:á
:á 3ver
3ver as
:i:l
:i:lio
iogr
graf
afia
iass em 4asc
4ascom
om,, 5675
5675 e 56765676,, alm
alm de im impo
port
rtan
ante
tess
pu:l
pu:licicaç
açRe
Ress su:s
su:seq
eqJe
Jent
ntes
es8,
8, ma
mass eu sei sei de ape
apenas
nas dois
ois que
que
trata
ratam m de dezes zesseis
eis cawri
awriss na (fric frica.
a. m dedic edica
a ape
apenas
nas
dezessete páginas a esse tBpico 3&gun:iFi 56@S)7@-?58 e o outro,
menos que tr9s páginas 3+aupoil 56T=)S7@-S7?8. Ao invs disso,
apareceram muitas pu:licaçRes a respeito em *u:a, onde os
dezesseis cawris são conhecidos por UdillogunV ou Ulos caracolesV
32ac
32achahata
taWe
Were
re 56TS
56TS,, 1ing
1ing 56>5
56>5,, /oge
/ogers rs 56>=
56>=,, *a:r
*a:rer
era
a 56>T
56>T,,
lizondo s. d., 0uarez s. d., AnXnimo s. d.8. *onquanto a divinação
Ifá tam:m seMa praticada e altamente considerada em *u:a,
dezesseis cawris , provavelmente, o mais importante sistema
divinatBrio nos cultos afro-cu:anos. #o 4rasil,  conhecido por
U!ologumV, UdilogunV, UndilogumV 3Alvarenga 56@)5@>-5@?8,
U+erindilogumV
U+erindilogumV ou UNuV 34astide e "erger, 56@=)=>?8.
nquanto a divinação Ifá  empregada pelo we e 'on
para o oeste dos ;or<:á e pelos do, do 4enin, para o leste, e
talv
talvez
ez por
por outr
outros
os vizi
vizinh
nhos
os,, conh
conheç
eço
o apen
apenasas um rela
relato
to so:r
so:re
e
divi
divina
naçã
ção
o dos
dos deze
dezess
ssei
eiss cawr
cawrisis na (fri
(frica
ca,, que
que pode
pode não
não se
- 5 -

relacionar aos ;or<:á.  a :reve nota de +aupoil, do !aom. !iz


ele que  de origem #agX 3;or<:á8 e que  conhecida como
U2eg
U2eg:a
:a-G
-GiG
iGaV
aV.. m devo
devototo de &shu
&shun,n, em IfY,
IfY, #ig
#igri
ria,
a, tam:
tam:m m
denominou a divinação de leg:a, outra designação para Nu, ou
Du, conforme  conhecido no 4rasil. &s nomes das divindades
asso
associ
ciad
adas
as com
com as figu
figura
ras,
s, conf
confor
orme
me dado
dadoss por
por +aup
+aupoioil,
l, são
são
pred
predom
omininan
ante
teme
ment
nte,
e, em em:o:ora
ra não
não eDcl
eDclus
usiv
ivam
amen
ente
te,, ;or<
;or<:á:á,,
sugerindo que seus informantes eram #agXs ao invs de 'on.
 emporariamente
 emporariamente pelo menos, dezesseis dezesseis cawris podem ser
considerados especificamente uma forma de divinação ;or<:á.
&s ;or<
;or<:á:á,, que
que soma
somam m cerc
cercaa de trez
treze
e mi
milh
lhRe
Ress de pess
pessoaoas,
s,
ha:itam nos estados oeste e 2agos, na porção meridional do
estado de Zwarra, a sudoeste da #igria, e no !aom oriental,
com encraves mais longe a oeste no !aom central e ao longo da
fronteira !aom-ogo.
A divi
divina
naçã
ção
o com
com deze
dezess
ssei
eiss cawr
cawris
is  em
empr
preg
egad
adaa nos
nos
cultos de [riNálá e outras Udivindades :rancasV, nos cultos de
Eșu, Ọyá, Șàngó, Ọșun, Ọbá, Yemọjá, Yewá, Nanã uru!u  e, em
algumas cidades, Ọșo"# e Șo$onã% Yewá  a deusa do rio Yewá,
algumas cidades,
Ọbá, a deusa do rio [:á, e #anã 4uruGu  uma deusa associada
com uma espcie de co:ra que se afirma viver dentro d\águaK a
natureza dessas outras divindades será a:ordada no *apEtulo III.
& presente estudo  :aseado em informaçRes
fornecidas por 0alaGH 30ClCGH8, um divinador no culto de [riNálá,
em [FH, #igria, que nasceu, foi iniciado e treinado em Igana,
uma cidade a umas cinqJenta milhas a oeste e que foi
su:ordinada a Alafin, rei de [FH. ]ue eu sai:a,  o primeiro
estudo srio dos dezesseis cawris entre os ;or<:á e a primeira
coletnea de seus versos de divinação a ser pu:licada. Ademais,
supRe-se represente
represente o corpo inteiro de versos divinatBrios sa:idos
por um Onico e instruEdo divinador.
*omparada C divinação Ifá, com sua manipulação de
dezesseis dend9s ou mesmo o lançamento de seu opel9, a dos
dezesseis cawris  simples. &s cawris são lançados so:re um
ta:uleiro de cestaria e o nOmero de conchas a:ertas de :oca pra
cima  contado. 1á, apenas, dezessete posiçRes ou figuras Q n ^5
Q ou zero a dezesseis. ntretanto, a memorização dos versos 
tão
tão difE
difEci
cill e demo
demora
rada
da quan
quanto
to o apre
aprend
ndiz
izad
ado
o dos
dos de Ifá.
Ifá. As
conchas de cawri que são usadas em divinação não são as que
outrora 3owó &yọ8 eram usadas como dinheiro, mas uma menor
- 6 -

3owó &rọ8. A :andeMa de vime trançado 3 à'&8  plana e do tipo


usado para arrumar contas, sal e outros materiais miOdos para
serem vendidos no mercado 3veMa-se verso AT8.
As dezessete figuras da divinação com dezesseis cawris
tem
tem nome
nomess dos
dos quai
quaiss dive
divers
rsos
os são
são cogn
cognat
atos
os dos
dos nome
nomess das
das
figuras de If_. #o quadro I, o numeral inicial indica o nOmero de
cawris a:ertos para cima, seguido do nome da figura respectiva.
ma vez que a ordem das figuras no quadro I difere daquela pela
qual
qual seus
seus vers
versos
os fora
foramm reci
recita
tado
doss por
por 0ala
0alaGH
GH,, esta
esta Olti
Oltima
ma foi
foi
identificada em seqJ9ncia alfa:tica para o caso de refer9ncia a
versos isolados. Assim, por eDemplo, AT indica o quadragsimo
verso de Mi &g:9, a figura que tem oito conchas a:ertas para
cima. 0eguindo as letras, v9m os nomes das divindades ou de
outras entidades super-humanas associadas Cs figuras, conforme
forn
fornec
ecid
ido
o por
por 0ala
0alaGH
GH.. A Olti
Oltima
ma colu
coluna
na,, de nume
numerarais
is indi
indica
ca o
nOmero de versos registrados para cada figura.

5 Q `GCrCn ! Q `ránFan >


S Q M `Gb  Q I:eM 3g9meos8 >
= Q `gOndá 1 Q ;emoMá 5S
- 7 -

T Q rbsun ' Q &:Cl<fbn 3i. e., [riNálá8 SS


@ - [N_  - &Nun 5@
7 Q `:CrC I Q &rOnmlC 3i. e., Ifá8 56
> Q `di  - g:_ [g:C 3i. e., a:iGO58 5?
? Q Mi &g:9 A - [riNá /owu 3Uuma divindade :rancaV8 T6
6 - [sá * - [Fá 56
5 Q `fOn 4 Q &:Cnlá 3i
3i. e.
e., `r
`risalá8 e &d
& duC 3i
3i. e.
e., 5T
&duduC8
55 - [wHnrEn Z Q gOn 3i. ., gOngOn8 5=
5S Q Milá L_:orC 2 - LCngB ?
5= Q Ga + - Lbpbná S
5T Q &tOrOpHn # Q &GiriGishi S
5@ Q `fOn ZCnrCn & Q `gOn 5
57 Q rYtY P Q &luofin 3Uuma divindade :rancaV8 5
 Q &prC ] Q `g:Bni 5

 odos esses nomes aplicam-se tam:m as figuras na


divinação Ifá 34ascom 56778, eDcetuados Ej# (!o 3S8, Ej#la Ș&bọra
35S8 e ($#ra 38. *omo em Ifá, eDistem nomes alternativos para
cert
certas
as figu
figura
ras,
s, algu
alguma
mass das
das quais
uais são dada
dadass no Ap9n
Ap9ndidice
ce..
 am:m no ap9ndice, quadro S apresenta os nomes das figuras
fornecidas por outras fontes ;oru:á e para o !aom, 4rasil e
*u:aK o ]uadro = mostra as divindades e outras entidades super-

5
 *rianças nascidas para morrer
- 8 -

huma
humana
nass ass
associa
ociada
dass com
com as figu
figura
rass por algu
alguma
mass dent
dentre
re as
mesmas fontes.
]uando a figura 3 od)8 foi determinada pela primeira
principia a recitar os versos 3 eșe8 a
 Mogada dos cawris, o divinador principia
ela ass
associ
ociados
ados.. sse
sses vers
versos
os con
cont9m as pred redicaç
icaçRe
Ress e os
sacrifEcios a serem realizados, :aseados no caso de um
consulente mitolBgico
mitolBgico que serve de precedente. A não ser que ele
seMa sustado pelo consulente, o divinador, recita todos os versos
que
que apre
aprend
ndeu
eu para
para aque
aquela
la figu
figura
ra.. !o memesm
smoo mo
modo
do que
que na
divinação Ifá, maiores informaçRes especEficas podem ser o:tidas
mediante Mogadas adicionais dos cawris a fim de escolher entre
alternativas especEficas 3 8, com :ase na ordem de preced9ncia
das dezessete figuras.
Por alguma razão que não foi esclarecida, quer a ordem
pela qual as figuras estão listadas no ]uadro 5 quer a ordem
segundo a qual seus versos foram ditados por 0alaGH, ?-5-6-5-S-
T-@-=
-@-=-7
-7-->-55
>-55--5S-5
5S-5=-
=-5T
5T--5@-5
5@-57-
7-
, difdifere
erem desdesta ordordem de
preced9ncia,
preced9ncia, que ele deu como sendo ?-5-T-=-S-5-5S-55-6->-7
?-5-T-=-S-5-5S-55-6->-7-@-
-@-
5=-5T-5@-57-. Ao escolher entre a mão direita e a esquerda, 
indicada a direita com um Onico lançamento caso ?,5,T,=,S,5 ou
5S apar
apareçeça.
a. 0e surg
surgir
ir 55,6
55,6,>
,>,7
,7 ou @, faz-
faz-se
se nece
necess
ssár
ário
io um
segundo arremessoK se então aparece uma dessas figuras menos
poderosas,  escolhida a mão direita, mas se uma das mais
poderosas aparece no segundo lançamento, a mão esquerda 
escolhida. 0e 5=,5T,5@,57 ou  aparece ou no primeiro ou no
seg
segundo
undo arre
arremmess
esso, não
não  indica
dicadda mão algu
algum
ma Q não
não há
resposta.
&gun:iFi não a:orda Ui:oV ou esta ordem de
preced9ncia, mas certa confirmação procede de fontes cu:anas.
As Ufiguras maioresV em *u:a são dadas como sendo 5-S-=-T-?-
5-5S-5=-5T-5@-57,
5-5S-5=-5T-5@-57, e as Ufiguras menoresV como @-7->-6-55 31ing
56>5) 7K /ogers 56>=) S=K 0uarez s.d.) =>,=?K AnXnimo s.d.) 78.
 anto 1ing quanto /ogers, entretanto, dizem que  a mão
esque
squerd
rda
a a indicad
icada
a quand
uandoo uma figu
igura maior
aior apa
aparece
rece no
primeiro Mogo. *a:rera 356>T) 5??8 dá 5-S-=-T-?-5 como figuras
maiores e @-7->-6-55-5S como menores.
Ao contrário da divinação Ifá 34ascom 5676) @T-@?8,
não
não eDis
eDiste
temm esco
escolh
lhas
as simu
simult
ltn
nea
eass entr
entre
e cinc
cinco
o alte
altern
rnat
ativ
ivas
as
espe
especE
cEfi
fica
cass, segu
segund
ndoo 0ala
0alaGGH. A esco
escolh
lha
a se res
restrin
tringe
ge a duas
duas
alternativas, mão direita e mão esquerda. A escolha entre mais
- 9 -

de duas alternativas  feita apenas mediante perguntas so:re


elas, feitas sucessivamente, e rece:endo como respostas UsimV e
UnãoV. & consulente segura, em cada mão, um pequeno o:Meto,
como
como,, por
por eDem
eDempl
plo,
o, o osso
osso peit
peitor
oral
al de um cága
cágado
do pequ
pequen
eno,
o,
sim:
sim:ol
oliz
izan
ando
do o desc
descon
onhe
hecido 3àìm*8 e um pequeno seiDo
cido
representando vida longa 3 àì!ú8, e pede a Ọr#șálá  que indique
qual a mão escolhida.
Por isso, quando um verso pressagiou um :enefEcio, o
consulente pode ficar sa:endo sua natureza ao perguntar U simV
ou UnãoV, na seguinte ordem) se  uma graça de vida longa 3 #re
àì!ú8,  de dinheiro 3 #re ajé8, a de esposas 3 #re obìnr#n8, a de filhos
3#re ọmọ8, ou uma :enção de um novo lugar para viver 3 #re
ìb)jó!ó8. stes :enefEcios são análogos Cs cinco espcies de :oa
sorte selecionadas simultaneamente na divinação Ifá) vida longa,
dinheiro, casamento, filhos e derrota de seu inimigo. 0e nenhum
desses cinco :enefEcios  indicado pelos cawris significa que a
resposta  todas as graças 3 #re gbogbó8 ou paz e contentamento
3àlá+#à8.
0e o vers
versoo pres
pressa
sagi
giou
ou info
infort
rtOn io 3#b#8, o cons
Onio consul
ulen
ente
te
pode inquirir sucessivamente se trata de morte 3 #!ú8, de molstia
ou enfermidade 3 àr)n8, de perda 3*+*8, de uma :riga 3 ìjà8 ou de
disputa em tri:unal 3*ràn8. ssas ssas cate
categgori
orias são tam
tam:m:m
semelhantes aos cinco tipos de malefEcios selecionados
simult
simultane
aneame
amente
nte na divina
divinação
ção Ifá)
Ifá) morte,
morte, enfer
enfermi
midad
dade,
e, luta,
luta,
penOria de dinheiro e perda. 0e nenhum desses cinco tipos 
esco
escolh
lhid
ido,
o, quer
quer dize
dizerr que
que a resp
respos
osta
ta  todo
todoss os g9ne
g9nero
ross de
infortOnio 3#b# gbogbó8. & consulente pode então perguntar, por
eDem
eDemplplo,
o, se o mamall indi
indica
cado
do  pred
predit
ito
o para
para ele
ele prBp
prBpri
rio,
o, sua
sua
esposa, seu filho, seu irmão mais velho, seu irmão mais moço ou
um amigo.
& cons
consul
ulen
ente
te pode
pode depo
depoisis perg
pergun
unta
tarr o que
que se faz
faz
necessário para consolidar o :enefEcio prometido ou o:star o
male
ma lefE
fEci
cio
o augu
augura
rado
do.. Isto
Isto  feit
feito
o perg
pergun
unta
tand
ndo-
o-se
se,, na orde
ordem
m
indicada a seguir, se tem-se de fazer um sacrifEcio 3 &bọ8 para Nu
ou se  para gungun 3gún8, [riN álá 3-rìșà8, a ca:eça do
riNálá
consulente 3orì8, crianças Unascidas para morrerV 3 .gb/ Ọgbà8,
[runmilá 30+á8, [riNá &Go, ;emoMá, a erra 3 0l/8, uma UiroGoV, uma
UoNeV, o chão dentro da casa 3 al& #lé8, LHpHna, ou feiticeiras
3àwọn
àwọn àgbàl1
àgbàl1gba
gba8. 0ala
0alaGH
GH sust
susten
ento
touu que
que nunc
nunca a  nece
necess
ssár
ário
io
- 10 -

mencionar mais do que essas catorze alternativasK uma delas


seguramente  escolhida.
ntretanto, se a primeira 3 &bọ8  indicada, significando
que um sacrifEcio deve ser feito para Nu,  necessário inquirir se
deve ser oferecido no assentamento de laterita 3 yangí 8 que serve
como seu altar, em frente C casa, em encruzilhada ou :ifurcação
de caminho 3ọrí'a me'a8 onde se diz que ele vive, no quintal dos
fundos 3/2ìn!)nl/8 ou em um monte de refugos 3 à'àn8. *omo na
divinação Ifá o o:Metivo da divinação  determinar o sacrifEcio
corr
corret
etoo e nada
nada  o:ti
o:tido
do se ele
ele não
não for
for ofer
oferec
ecid
ido
o .*on
.*onfo
form
rmee
decl
declar
arad
ado
o em vári
vários
os vers
versos
os 3*5?
3*5?,, !=,
!=, '5@,
'5@, '578
'578,, U&fe
U&fere
rece
cerr
sacrifEcios  o que aMuda a algumK não oferecer, não aMuda a
ningumV.
& nome completo de 0alaGH  U3aranoro 4ala!ọ, ọmọ
5bon!a 0ganaV. 0eu primeiro nome quer dizer U#ão envia rancorV
33ã rán oro 8. & segundo  o seu nome de oriDá, significando A:ra
pano :ranco e pendure-oV 3 4o àlà !ọ8 no sacrário de [riNálá.  um
nome dado a meninos que nascem dentro de uma caul 3 àlà6, ọ!&8
e que, por isso, são identificados como sagrados para [riNálá e
destinados a se tornarem seus devotos. As Oltimas tr9s palavras
identificam 0alaGH como um filho do chefe 5gọn!a, da cidade de
identificam
Igana.
0alaGH identificou sua divindade 3 *rìșà8, (lu+ọn ou Ọr#șá
(lu+ọn, como um g9nero ou tipo de Ọbà'àlá . m outras ocasiRes,
entretanto, ele dizia que  o mesmo que Ọbà'àlá 3/ei do tecido
:ranco8, Ọr#șálá3
3ran
rande
de divi
divind
ndade8,, Ọbalu+ọn 3/ei
ade8 3/ei &luf
&lufHn
Hn88 ou
Ọbanla  3rande /ei8. m outras oportunidades, ele identificava
Ọbanla como outro nome para Ọlọrun ou (lodumare, o !eus do
cu.
 segu
seguro
ro dizer- se que Ọr#șálá, (r#șanla e Ọbà'àlá  são
dizer-se
nome
nomess alte
altern
rnat
ativ
ivos
os para
para a memesm
smaa dei
deidade
dade.. , no enta
entant
nto,
o,
realmente difEcil determinar se esses outros nomes são diferentes
nomes para a mesma divindade, nomes para diferentes
manifestaçRes da mesma divindade ou nomes para diferentes
divindades. odas são Udivindades :rancasV 3 *rìșà +un+un8, para
as quai
quaiss regi
regist
stre
reii cerc
cerca
a de nove
novent
nta
a e cinc
cinco
o nom
omes
esKK muit
muitos
os
S
 V*aulV 3ing.8  UredenhoV ou UmnioV. Alm de rede de pescar camarRes,  tam:m mem:rana
envolvente de Brgãos. UlCV designa tecido :ranco e UHG_V, :olsa grande. Pode-se concluir Umeninos
nascidos dentro da :olsa com o lEquido amniBticoV ou Unascidos envoltos com o tecido amniBticoVj
3#dot8
- 11 -

derivados de nomes de lugares e alguns diz-se referirem-se a


filhos de Ọr#șálá.
0alaGH afirmou que cada Udivindade :rancaV tem seu
prBprio grupo de devotos e sua prBpria casa separada de culto
3#l/ *r#șà8, mas as casas são semelhantes entre si e apenas os
devotos conhecem as diferenças entre elasK todas são de [riNálá
e todas o reverenciam. les usam apenas coisas :rancas) contas
:rancas 3șéșé &+un8 e tecidos :rancos, e :raceletes, :astRes e
lequ
leques
es de chum
chum:o
:o es:r
es:ran
anqu
quiç
içado 3 *j/8 anál
ado análog
ogoo ao esta
estanh
nho.
o.
*ozi
*ozinh
nham
am com
com Ushe
Ushea
a :utterVV 3*r#8 ou Bleo de sementes de
:utter
melão3/g)n"í 8 em lugar de Bleo de palmeira cor laranMa-
avermelhado 3e$o8 que outros empregam, comem nozes :rancas
de Gola 3obì #+#n8 em vez das usuais nozes de cola avermelhadas
3obì y#$a8, e :e:em cerveMa de milho :ranco 3 ọ'ín ș&!&'&8 ou gim
3ọ'ín *y#nbó8 ao invs de vinho de palmeira 3 emu8. *aracBis e
galinhas :rancas são sacrifEcios favoritos para [riNálá e as outras
divindades :rancas.
Ọr#șá(gy#an, cuMos devotos praticam flagelação, parece
ser
ser uma
uma Udiv
Udivin
inda
dad
de :ran
rancaV
caV disti
istin
nta ou,
ou, pel
pelo menos
nos uma
manifestação :astante diferente de Ọr#șálá. & mesmo ocorre com
Ọr#șá 7owu ou Ọr#șá 8owu, descrito como sendo o primeiro filho
de Ọr#șálá. As divindades da colina 3 *r#șà *!/8, para as quais
registrei outros sessenta e cinco nomes, são tam:m
consider
consideradas
adas Udivindades
Udivindades :rancasV
:rancasV Ọr#șá (lu+ọn  pode ser mais
eDato, mas ao a:ordar 0alaGH e sua divinação com dezesseis
cawris, usarei o nome mais comum, Ọr#șálá.
0alaGH nasceu em Il_ :HnGa, a casa do chefe :HnGa,
em Igana, por volta de 5??. le disse que tinha cerca de quinze
anos de idade e sa:ia como fazer uma lavoura antes que o
capitão /. 2. 4ower :om:ardeasse [FH e destruEsse o palácio de
Alafin em 5?6@, nas palavras de 0alaGH, U]uando 4ower veio para
[FH e disparou armas UPepeV 3N#gbà'í awàwá lú $/$/8. 2ogo
apBs seu nascimento, foi levado a um divinador Ifá e seu p foi
colocado so:re o ta:uleiro divinatBrioK o divinador consultou Ifá e
confirmou que ele pertencia a [riNálá. #ão foi iniciado at os
quin
quinze
ze anos
anos porqu
orque
e sua
sua avB
avB ma
matetern
rna
a não
não poss
possuE
uEa
a dinh
dinhei
eiro
ro
:astante. A despesas de sua iniciação foram pagas por seu pai e
pela mãe de sua mãe, que era devota de [riNálá. ]uando ela
tinha dezenove anos de idade, AdeFHFin, sua irmã menor da
- 12 -

mesma mãe, foi igualmente iniciada em Igana, e foi seu pai quem
pagou.
0egu
0egund
ndoo eDpl
eDplic
icaç
ação
ão de 0ala0alaGHGH,, para
para inic
inicia
iaçã
ção,
o, os
patrocinadores t9m de fornecer peiDe 3 &já8, rato 3e!u8, rato de
 ull:erg 3&mọ8 3A:r A:raham
aham QI5 QI5.>?
.>?48,
48, pango
angoli m 3a!a8, cága
lim cágado
do
3a2un8, carne de elefante 3 &ran àjànà!u8, galinha dkangola 3 &'u8,
galinh
galinhaa 3adìe8, pom:o 3&#y&lé8, cara coll 3ìgbín8 e sa:ão 3 ọșé8.
caraco
!epo
!epoisis que
que a ca:e
ca:eça
ça do inic
inicia
iand
ndoo tenh
tenhaa sido
sido ras
raspada
pada e um
pequeno talho 3 gbéré8 feito em sei couro ca:eludo, pedacinhos
desses ingredientes e um pouco de ca:elo oriundo de perto do
cort
corte
e são
são soca
socado
doss Munt
Muntos
os e momold ldad
ados
os em formforma
a de pequ
pequen
eno
o
ta:lete, aproDimadamente do tamanho de um cawri grande e
posto em cima do corte. sta UmedicinaV não pode cair, mas
quando ele vai dormir, sua mulher mais velha ou sua
patrocina
patrocinadora
dora remove a medicina
medicina e a guarda
guarda para ele repX-la no
mesmo lugar, no dia seguinte, apBs o :anho. Isto  feito durante
sete dias, apBs o que o iniciando nunca mais pode raspar a
ca:eça de novo. le poderá trançar seus ca:elos como uma
mulher, como 0alaGH fez. Pode transportar coisas na ca:eça mas
tem de co:ri-la toda vez que sair de casa, at mesmo C noite.
]uando de sua morte, sua ca:eça  raspada a fim de retirar o
HriNa 3la'# mu ọrìșà !úr* lórí r9r, '# ó ba '# !ú 8.
*onf
*onfor
orme
me esco
escolh
lhid
ido
o por
por [riN
[riNál
álá
á atra
atrav
vss do Mogo
Mogo dos
dos
dezesseis cawris, um galo, um carneiro não castrado ou caracol 
a:atido para a divindade e o sangue ou a água da concha do
caracol  posto na :oca do iniciando. #este Enterim
[riN
[riNál
áláU
áUmomontntaV
aV o inic
inicia
iand
ndo,
o, dele
dele se apos
apossa
sa em um tran transe
se e
atra
atrav
vss dele
dele fala
fala.. 0ala
0alaGH
GH diss
disse
e U[ri
U[riNá
Ná mo
mont
ntaa uma
uma pess
pessoa
oaVV
3Ọr#șágun enìà8 ou U[riNá entra em seu corpoV 3 Ọr#șáwara r/8. !aE
em diante, qualquer pessoa iniciada pode ser possuEda enquanto
dança e [riNálá pode falar atravs dela. Am:os, 0alaGH e sua irmã
menor, desse modo foram possuEdos apBs suas iniciaçRes, mas
não podem falar como o UmontariaV 3 &l&gun8 oficial. sta pessoa
 esco
escolhlhid
ida
a por
por me
meio io de alte
altern
rnat
ativ
ivas
as espe
especE
cEfi
fica
cas,
s, Moga
Mogand
ndo
o os
dezesseis cawris enquanto recita os mem:ros do culto em ordem
de AntigJidade Q não em termos de idade relativa mas pelas
datas de suas iniciaçRes respectivas. A pessoa assim escolhida
precisa fazer sacrifEcio 3 /')')8 e fazer uma cele:ração 3 ìwúj/8 tal
qual um chefe para marcar sua posse. #em 0alaGH nem sua irmã
se tornaria uma UmontariaV oficial, mas quando a mãe de sua
- 13 -

mãe faleceu, a sua irmã foi escolhida do mesmo modo para tomar
conta de seu sacrário.
Ao novo iniciado  dado um sEm:olo de [riNálá para
levar para casa, um pedaço :ranco de osso ou marfim 3 írín8, que
 tratado com sangue proveniente do corte em sua ca:eça. le
pode agregar outros caso deseMe mas não pode a:solutamente
perder esse primeiro. le pode tam:m adquirir dezesseis cawris
para seu sacrário particular mas não precisa aprender a divinar
com eles. A irmã de 0alaGH, por eDemplo ignora o uso deles.
0alaG
alaGHH apre
aprenndeu
deu como
como divi
divina
narr em Igan
Igana,
a, com
com seu
seu
:a:aloriNa, que o iniciou. !isse que levou tr9s anos para aprender
a empregar os cawris e outros tr9s mais para aprender os versos.
Aos quinze anos de idade, pareceu-lhe C poca que o primeiro
perE
perEod
odo
o prov
provav
avel
elme
mentnte
e lhe
lhe havi
havia
a toma
tomado
do me
meno
noss temp
tempoo e o
segundo, muito mais. +ais tarde aprendeu os usos de folhas e
ervas, e depois que iniciou sua carreira de divinador, continuou a
aprender versos novos ao escutar out outros divinador
adore
es. &
aprendizado prossegue atravs da vida inteira de um divinador.
 al como os divinadores Ifá, todos os sacerdotes de
[riNálá são her:anários. Aprendem a fazer infusRes C :ase de
folhas 3om# &rọ8 a fim de purificarem seus sacrários
sacrários e parafernália
ritual e algumas medicinas, como sa:ão com medicina de amor
3Ọș&
Ọș& àwúr
àwúre e8, ma
mass usam
usam folh
folhas
as dife
difere
rent
ntes
es e faze
fazemm memedi
dici
cina
nass
dive
divers
rsas
as.. 0ala
0alaGH
GH sa:i
sa:ia
a que
que algu
alguns
ns de seus
seus vers
versos
os eram
eram os
mesmos que os na divinação Ifá. le definiu seu tra:alho como
sem
semelhan
lhantte ao de um divi ivinado
nadorr Ifá,
Ifá, por
pormm diferen
rente.
te. m
div
divinad
inador
or Ifá
Ifá  denom
nominad
inado
o Upai
Upai tem
tem segre doVV 3babaláwo8,
egredo
enqu
enquananto
to 0al
0alaGH
aGH  cham
chamad
adoo U segr
segrededo
o 3i.
3i. e.,
e., divi
divina
nado
dor8
r8 de
devotos de oriNaV 3 awol:rì"á, awo ol;rí"à8.
Por volta de 56S7, 0alaGH veio para [FH e o Alafin 3rei8
o manteve na cidade para divinar para ele. Ingressou no principal
sacrário de [riNálá, com mais de um cento de devotos em 56@5,
na casa do chefe  <ș#$a, em Isale [FH, um :airro da cidade.
]uando sua mãe morreu, ele trouDe seu sacrário de Igana e
arrumou-lhe um lugar para ele em sua casa de [FH. isto eDige um
sacrif
sacrifEcio 3/')')8 ante
Ecio antess da remoção
oção e um segund
gundo o ante
antess da
instalação. &s dezesseis cawris são Mogados para determinar se
[riNálá eDige um :ode, galinha, caracol ou alguma outra cosa a
ser sacrificada em cada local. Alm de [riNálá, 0alaGH teve de
cultuar ;emHMá. le disse que am:as divindades eram
- 14 -

importantes para ele, mas [riNálá era o principal Má que o havia


reivindicado no nascimento.
]uan
]uando
do enco
encont
ntra
ramo
moss em feve fevere
reir
iro
o de 56@@56@@,, 0ala
0alaGH
GH
tinha cerca de setenta anos. 'rágil e de constituição delicada,
com seus ca:elos trançados como uma mulher, ele tinha um
apar
apar9n
9nci
cia
a um tant
tanto
o efem
efemin
inad
ada.a. *onq
*onquauant
ntoo freq
freqJe
Jent
ntem
emen
ente
te
tEmi
tEmido
do em conv
conver
ersa
sass comu
comunsns,, era
era auto
auto-c
-con
onfifian
ante
te quan
quando
do se
chagava a falar so:re [riNálá e divinação com dezesseis cawris.
1avia viaMado pouco, tendo ar de quem houvesse passado a vida
em um claustro. !e qualquer modo, estava consciente das várias
muda
mudançnças
as que
que ocor
ocorri
riam
am na #ig
#igriria,
a, part
partic
icul
ular
arme
ment
nte
e as que
que
afetavam sua profissão. #ão muitos anos antes, o Alafin se havia
convertido ao islamismo e parte da população de [FH
acompanhou sua liderança. & Onico aprendiz tinha falecido tr9s
anos
anos ante
antess e pouc
poucas
as pessoa
ssoass vinh
inham ainainda a 0al 0alaGH
aGH para
ara
divinação, Cs vezes dez, Cs vezes somente dois por semana, a
maioria constituEda pelas esposas mais velhas do Alafin. 0entia
que ningum estava interessado no conhecimento acumulado por
meio do estudo de uma vida inteira, que estava destinado a se
perder quando ele morresse.
+ais para o final de nossa estada de tr9s meses em
[FH, 0alaGH aquiesceu em recitar todos os versos que conhecia
para um gravador de fita, de molde q eu pudessem ser
pres
preser
erva
vado
doss no futu
futuro
ro.. s
stá
táva
vamo
moss de part
partid
ida
a para
para 0leșa  para
noss
nossos
os tr9s
tr9s me
mese
sess fina
finais
is na #ig
#igri
ria,
a, ma
mass ele
ele diss
disse
e que
que viri
viria
a
visitar-nos. Porque parecia estar tão fora de contato com o novo
univ
univer
erso
so da #ig
#igri
ria,
a, acha
achamo
moss alta
altame
ment
nte
e im
impr
prov
ováv
ável
el que
que ele
ele
assim agiria. +as assim o fez. *ompletamente sozinho, tomou
uma Mardineira para a apinhada cidade de I:adan, transferiu-se
para outra Mardineira e nos encontrou em IleNa, nunca havendo
feito o percurso anteriormente.
anteriormente.
0entou-se, então,frente ao gravador com a 0ra. 4erta
+. 4ascom e registrou cinco e meia horas compactas de versos.
/apidamente aprendendo
aprendendo a operar o equipamento e apreciando a
eDpe
eDperiri9n
9nci
ciaa de escu
escuta
tarr suas
suas grav
gravaç
açRe
Ress em Upla
UplaFF :acG
:acGV,V, logo
logo
iniciava cada carretel com as palavras Uesti, testiV 3estando,
test
testan
andodo8,
8, tal
tal qual
qual 4ert
4erta
a havi
havia
a feit
feito.
o. Inic
Inicia
ialm
lmen
ente
te,, noss
nossos
os
empregados olhavam 0alaGH com superioridade, tomando-o por
um campXnio 3ará *!/8 e uma pessoa saEda de um passado oral e
pagão. +as quanto tiveram a chance de escutar os versos que ele
- 15 -

estava
estava recita
recitando
ndo,, a atitud
atitude
e deles
deles transf
transform
ormou-
ou-se
se em respe
respeito
ito,,
reun
reunin
ind
do-se
o-se por
por ocas
ocasiã
iãoo das
das sess
sessRe
Ress de grav
gravaç
ação
ão tão
tão logo
ogo
estivessem de folga para ouvi-lo com deleite. +as, mesmo assim,
sentiam que ele não era capaz de enfrentar e competir com o
mundo moderno, e quando ele necessitava de um novo par de
sandálias, lá ia um deles acompanhando-o at o mercado, para
ver que não fosse UenroladoV.
#oss
osso equi
equipa
pammento
nto de grava ravaçção,
ão, adq
adquir
uirido com
orçamento limitado em 56@, estava imensamente a:aiDo dos
mais comuns hoMe disponEveis. #ossa fonte de energia era um
tran
transf
sfor
orma
mado
dor,
r, acop
acopla
lado
do C :ate
:ateri
ria
a de noss
nossoo auto
automB
mBvevel,
l, cuMo
cuMo
motor tinha de ficar em funcionamento de modo que não se
desc
descar
arre
rega
gass
ssee a :ate
:ateriria.
a. & resu
result
ltad
ado
o foi
foi que
que as grav
gravaçaçRe
Res,
s,
imperfeitas, tem passagens de difEcil entendimento, mesmo para
nativos da fala ;or<:á. Algumas gravaçRes foram transcritas pelo
0r. AdedeMi, na #igria. le pode fazer perguntas a 0alaGH so:re
algumas passagens duvidosas, mas a maior parte foi transcrita
em vanston, Illinois, depois de nosso retorno para casa, pelo 0r.
aniel Adi:i e pelo 0r. +. &. Ọyáwoye, que se tornou o
#athani
primeiro Ph.!. da #igria em eologia e atualmente  professor
dessa matria e chefe do departamento respectivo na
niversidade de I:adan. A esses tr9s homens, C minha mulher e,
especialmente
especialmente a 0alaGH, tenho profunda dEvida de gratidão.
Ọyáwoye tam:
tam:m
m fezfez as trad
traduç
uçRe
Ress inic
inicia
iais
is,, que
que eu
editei, e quando retornou C #igria, levou consigo uma cBpia dos
teDtos. "isitou especialmente 0alaGH e revisou versos com ele,
fazendo as correçRes que ele indicava. 0alaGH, Má então mais
idoso, nem sempre se recordava eDatamente do que havia dito,
mas essa verificação de campo eliminou alguns erros decorrentes
da gravação defeituosa. &utros podem ainda eDistir, mas isto foi
o melhor que poderia ser feito.
Pouco antes da independ9ncia da #igria, em 567,
revi
revisi
site
teii 0ala
0alaGH
GH em [FH[FH rapi
rapida
dame
ment
nte
e e o:ti
o:tive
ve info
inform
rmaçaçRe
Ress
adicionais. #ovamente em 567@, 4erta e eu fomos v9-lo mas o
encontramos enfermo,
enfermo, de cama, incapaz de levar adiante de:ates
mais
mais avança
avançados
dos.. Presum
Presumoo que,
que, atualm
atualmen
ente,
te, Má tenha
tenha falec
falecido
ido..
*om ele,ele, morre
morre um cavalh
cavalheir
eiro,
o, surpre
surpreen
enden
dente
temen
mente
te coraMo
coraMoso.
so.
+as, pelo menos, seu grande conhecimento encontra-se, neste
livro, preservado para o futuro.
- 16 -

OS VERSOS DIVINATÓRIOS

0ala
alaGH afi
afirmou que ditari
aria todos os versos que
conh
onhecia,
cia, e um tota
totall de S5 ver
versos  aqu
aqui apre
apressentado
tado.. 
possEvel, no entanto, que alguns versos que ele sa:ia não foram
registrados. m rolo de fita, com os versos de Ej Ej## (gb=
(gb=3A,
tam:m conhecido por <gbe 3ej#8, começa assim)
les pegaram dend9 e o derrama dentro do aposento
a posento
 'ormiga saiuK
les pegaram fogo e aqueceram as paredes
 4arata saiu.
[riNá disse) U'oi isso que aconteceu.
U&runmila, voc9 pegou todos os meus escravos e os escondeuV
Parece que, em decorr9ncia de um erro de gravação,
um verso análogo a A5S foi omitido. m outra oportunidade,
0alaGH inseriu as seguintes linhas, que estão, o:viamente, fora do
lugar 3A=@, nota S8, sugerindo que elas pertencem a outro verso
que não foi gravado)
 por isso que LCngB não mais come nozes de cola
 porque está comendo at hoMe nozes de cola amarga.
LCng
LCngBB diss
disse)
e) UAs
UAs noze
nozess de cola
cola que
que comi
comi e que
que assi
assim
m me
decepcionaram,
#ão as comerei novamenteV.
 nunca mais comeu nozes de colaK
le está comendo nozes de cola amarga.
!epo
!epois
is que
que term
termin
inou
ou os vers
versos
os divi
divina
natB
tBri
rios
os,, 0ala
0alaGH
GH
gravo
ravou
u >5 teDtteDtos
os com ompl
ple
ementa
entare
ress, pri
princip
ncipal
alm
mente
nte so:re
o:re
divindades. !eles, S7 são repetiçRes, tornando possEvel o estudo
das variaçRes no modo em que são contados. 0eis são
miscelneas, S@ são lendas e 5T são indiscutivelmente versos
divinatBrios adicionais. m deles, que provavelmente pertence a
(+un 348 conta como o /ei de Zetu teve de manter a casa quando
esteve com sua mulher em cativeiro. m, que pode pertencer a
0ro"un 3'8, conta como *huva *onquistou 'ogo e porque fogo não
deve ficar perto de Ọr#șálá. m outro, que  possEvel pertença a
(gundá 318, narra o modo como Yemọjá fez seu lar perto do rio.
&ut
&utro aind a, de Ọwọnr#n 3Z8, conta
ainda, onta com ulherr de Ọr#șálá,
como mulhe
Aladun, o caracol, rompeu os ta:us dele ao comer sal e :e:endo
vinho de palmeira, e a maneira de como Ọșọ"# a:ateu sua mãe
- 17 -

com uma flecha. m quinto, de ('uru!$ọn 3#8, narra conhecido


conto popular U/etornado ao *ativeiroV 3Aarne hompson 5@@8,
envolvendo Nu. todavia, uma vez que as figuras com as quais os
outros estão associados não podem ser identificadas, e não se
pode
pode dete
determ
rmin
inar
ar se,
se, at
at me
mesm
smo,
o, esse
essess cinc
cinco
o pert
perten
ence
cem
m aos
aos
dezesseis cawris ou C divinação Ifá, eles não se acham incluEdos
aqui.
ravar
avar os vers versosos revelo
velouu-me
-me algalgo que
que me havia avia
escapado em minha análise dos versos de Ifá. stes haviam sido
penosamente transcritos C mão e por causa do necessariamente
ritm
ritmoo lent
lento
o em queque podi
podiamam ser
ser dita
ditado
dos,
s, eles
eles surg
surgir
iram
am como
como
parecendo prosa e, como tal, eu os apresentei. As gravaçRes
mostram, no entanto, que eles são recitados efetivamente com
fras
frases
es curt
curtas
as,, so:
so: a form
forma a de vers
versoo livr
livre.
e. ant o  <d#b#  quanto
anto
Ọyáwoye reconheceram essa estrutura interna e o fraseado deles
 o:ed
o:edec
ecid
ido
o aqui
aqui.. l
le
e tinh
tinha
a sido
sido igua
igualm
lmen
ente
te reco
reconh
nhec
ecid
ido
o por
por
UscholarsV ioru:anos, inclusive ande A:im:ola, que os chama
de UpoemasV, conquanto UversosV parece igualmente apropriado.
 ;or<:á  uma linguagem tonal, com um alto a lto 38, mdio
3 8 e :aiDo 38, assim como tons ascendentes e descendentes 38.
m anos recentes, a prática tornou-se indicar tons ascendentes e
des
descen
cendentes
ntes atra
atrav
vss de vogai
ogaiss do:
do:rad
radas,
as, cuM
cuMos tonsons são
marcados individualmente, mas eu tive de confiar nas
transcriçRes a mim fornecidas. #ão estou seguro que o sinais
tonais esteMam todos corretos, mesmo onde estão indicados, mas
aE novam
ovamenente
te tive
tive de conf
confia
iarr nos
nos ioru
ioru:a
:ano
noss que
que fize
fizera
ram
m as
transc
transcriç
riçRes
Res.. Para
Para facili
facilitar
tar a leitur
leitura,
a, os sinais
sinais diacrE
diacrEtic
ticos,
os, que
podem ser encontrados, em ;or<:á, nas páginas opostas, são
omitidos na tradução e o N  su:stituEdo pelo UshV, seu
equivalente em Ingl9s. m ;or<:á, UHV  a vogal UoV como no
alemão ott, em Portugu9s UpBV, U_V  UeV como no ingl9s U:etV,
em Portugu9s UpV, e as outras vogais tem valores continentais.
continentais. A
consoante UpV,  pronunciada UGpV, e UnV representa nasalização,
eDceto em inEcio de palavra ou entre duas vogais, quando então 
pronunciado como em Ingl9s.
& padrão comum de pontuação em Ingl9s não 
apropriado para os versos por causa do nOmero de vezes em que
uma citação  interrompida, a maioria das vezes por Ule disseV.
Para facilitar a identificação do começo e do fim de uma citação,
e, por conseguinte, de quem está falando, as aspas não são
- 18 -

usadas ao fim de cada linha mas som ome


ente ao trmino de
declaração ou fala, como no seguinte eDemplo,
eDemplo, do verso 55.
le disse) U"oc9, "E:ora,
U!eite para que possam matá-laK
le
le diss
disse)
e) U*om
U*om uma
uma vara
vara de ferr
ferro
o eles
eles vão
vão im
imo:
o:il
iliz
izar
ar sua
sua
ca:eça.
le disse) U"oc9, PEton,
le disse) U!eite para que possam matá-la.
le disse) U"oc9 scorpião,
le disse) Ules vão imo:ilizar voc9 so:re as costas com uma
vara
U virar seu peito para o cu.V
Assim ele os amaldiçoou.
A tradução tam:m apresentou pro:lemas. &s teDtos
 ;or<:á incluem palavras arcaicas e eDpressRes em desuso cuMos
significados não eram sequer sa:idos por 0alaGH, e outras foram
desc
descar
arta
tada
dass como
como refr
refrRe
Ress de canti
antiga
gas,
s, nom
omes
es de louv
louvor
or e
eDpressRes divinatBrias,
divinatBrias, por não terem significado.
significado. sses pedaços
não traduzidos são dados em itálico na versão inglesa, mas os
nomes prBprios de figuras de divinação, divindades, cidades, e de
pessoas estão em tipo romano.
&utro pro:lema diz respeito C eDpressão
freqJentemente repetida U *!/ ì$*rír/V ou Uó!/ ì$*nrí r/V, para a
qual
ual sacri
acriffEcios
cios são ofer
ofere idos.. Ọyáwoye não sa:ia o que
ecidos
significava e, com :ase em tra:alho anterior, interpretei-a como
Usua alma guardiã ancestralV 34ascom 567) T@-T68.
ntr
ntret
etan
anto
to,, quan
quando
do os vers
versos
os fora
foram
m veri
verifi
fica
cado
doss em
campo, 0alaGH eDplicou 3A?, AS7, AS?, I56, 5?8 que queria dizer
Uo depBsito de seus materiais de divinaçãoV, que eu encurtei para
Useu
Useu conM
conMun
unto
to divin
ivinat
atBr
Brio
ioV.
V. Acom
Acompapanh
nhei
ei sua
sua inte
interp
rpre
reta
taçã
ção
o
conquanto em alguns eDemplos 3p.e. AS?, T, ?8 Usua alma
guardiã ancestralV parece fazer mais sentido. m outros versos
3A5S, 47, =, I5S, 68 Useu conMunto divinatBrioV  claramente
correto.
A frase U>!áwó lérí, ó '/ mól/V foi traduzida como Ule
pXs suas mãos so:re a ca:eça, ele foi para os divinadoresV. A
primeira metade parece ser uma tradução literal, que A:raham
35?@?) =758 dá francamente como Uele mostrou pesarVK a Oltima
metade  uma tradução livre. &utra frase duvidosa  U ( já l?ójú
- 19 -

ọmú, ó 'ì l?éyìn àșà  3fS, 78K isso foi traduzido livremente por U0uas
vidas
vidas estav
estavam
am pertu
pertur:a
r:adas
das e eles
eles estav
estavam
am infel
infelize
izesV.
sV. m
m:or
:ora
a
0alaGH tenha interpretado seu sentido como Ules estavam vindo
da primeira [FH para a atual [FH 3*?, 'SS, >8, a frase U @on n'#
!*lé *run b* wá #!*lé a#yéV foi traduzida por Ules estavam vindo
do cu para a terraV.
#os versos divinatBrios e nas lendas mitolBgicas ;or<:á
eDistem refer9ncias a um mercado e uma cidade cuMo nome 
dado aqui como Ej#gbom&!un 3A=8 ou -j*gb*m&!)n 3*= nota 5,
=, 6, 58. m informante em 3&!ọ deu nome como <gbom&!un
e traduzi como U*arneiro toma 2eopardo 3g:b mu _G<n8, mas
isso parece muito improvável. m IfY, informantes interpretaram
Ej#gbom&!un  tanto como o nome de antiga cidade, não mais
eDistente, quanto se referindo aos ha:itantes de seus territBrios
34ascom 5676) S@>, S7> nota @, T>@8. 0alaGH disse que foi em
(jogbom&!un que terra foi criada nas águas primevas, ao invs
de na cidade de IfY, conforme se acredita em geral, e que os
deuses ali viviam antes de se mudarem para IfYK mas no decorrer
da verificação de campo, identificou-a como a primeira [FH.
1á tam:
tam:m
m refe
refer9
r9nc
ncia
iass C cida
cidade
de de :Yn
:Ynd<
d<g:
g:_n
_ndu
du
3A5=, 4@, @8, que  identificada em um verso 3@8 como sendo
I:ad
I:adan com (luyọle  tendo sido seu primeiro governante. !ois
an,, com
versos 3T, @8 referem-se C fundação e eDpansão dessa grande
cid
cidade
ade ;or<
;or<:
:á e outro
utro vers
versoo 3Z@8
Z@8 relata
lata com
omo
o .gba  ;or<:á
refugio-se de:aiDo de uma rocha na colina &lumH, dando C cidade
que fundaram o nome A:_oGutá que quer dizer Uso: uma rochaV.
0egu
0egund
ndoo lend
lendas
as ;or<
;or<:á
:á,, a divi
divina
naçã
ção
o de deze
dezess
ssei
eiss
cawris foi introduzida pela deusa fluvial [Nun. Aprendeu-a com
[runmila 3Ifá8 enquanto vivia com ele, em:ora alguns devotos de
[Nun neguem tal coisa. #uma versão, enquanto ela ainda estava
aprendendo Ifá, [Nun começou a divinar para consulentes de
[runmila quando este não estava em casa, e tão logo sou:e
disso, ele a mandou em:oraK esta  a razão pela qual [Num não
aprendeu inteiramente a divinação Ifá 34ascom 567? )68. ste
incid
ncide
ente
nte nãonão oco
ocorre
rreu na seguin
guinte
te len
lenda acer
acerca
ca de com omoo
[runmi
[runmila la e [NOn
[NOn apren
aprender
deram
am divin
divinaçã
ação,
o, como
como regis
registra
trado
do por
0alaG
alaGH.
H. 0ua vers
versão
ão dif
difere
ere tam
tam:m da cre crença larg
largam
ameente
difundida de que foi &lodumare, o !eus do *u, que conferiu aos
deuses os seus poderesK aqui, essa função  atri:uEda C prBpria
- 20 -

divind
divindade
ade de 0alaGH
0alaGH,, ident
identifi
ificad
cada
a como
como [riNálá Ọș&r&gbo, com
[riNálá
 <$od#2ọrọ como outro de seus nomes sagrados ou de culto.
]uando Pai ApodihHrH, [riNálá [N_r_g:o,
Pai originou T5 filhos,
ApodihHrH, Pai criou T5 profissRes.
ApodihHrH, [riNálá [N_r_g:o,
Pai criou T5 talentos.
le disse que cada filho teria de escolher o seu.
 havia &runmilaK
le não  forte.
Datamente como um cupinzeiro,
0egurar uma enDada o pRe em apurosK
*arregá-la lhe  difEcil,
 at mesmo caminhar.
#ão há tra:alho que seMa fácil para &runmila.
Pai disse) U& que voc9 vai fazerjV
le disse que seria divinador.
U]ue espcie de divinadorjV
le disse) UPara tudo que as pessoas :uscam com voc9V.
ram nozes de cola que traziam para o Pai naqueles tempos
3para divinação8.
0e algum falasse para a noz de cola
 a deitasse,
Pai era quem dava conselho.
U]uero sa:er resposta C minha perguntaV.
 [riNálá então diria.
!esse modo, chamou &runmila
 &runmila rece:eu uma :olsa de divinação.
Pai pegou a :olsa de Ifá,
!isse que &runmila tinha de aprende-la
!e modo se algum quisesse alguma coisa
 inha de ir a &runmila.
]ualquer um que deseMasse perguntar
 inha de ir a &runmila,
 quando &runmila olhou o seu Ifá,
 udo que eles queriam sa:er,
sa:er, &runmila lhes contariaK
contariaK
& que quer que deseMassem sa:er,
&runmila lhes diria.
#unca mais ningum foi ao Pai 3para divinação8K
Ao invs, foram a &runmila.
- 21 -

+ulher com gravidez de um sB dia,


&runmila Má o sa:eria,
 assim por diante.
!esse modo &runmila se tornou divinador.
 odos os demais tam:m
tam:m queriam ser.
gungun queria ser um delesK
& Pai disse) "oc9 que  fortej
&gun queria ser um delesK
& Pai disse) "oc9 que  fortej
U"oc9 deveria ser comerciante.V
1oMe todos os devotos de alguns deuses podem divinar.
!evotos de LCngB, devotos de [Fá,
 os devotos de [riNálá.
Isso graças a [Nun.
'oi [NOn que não deiDava [runmila descansar,
#ão o deiDava sairK
 anto insistiu, at que [runmila
[runmila lhe ensinou divinação.
'oi com [NOn que todos os demais
Aprenderam a divinar.
+as sB rinle não aprendeuK
[riNá &Go não aprendeuK
&gun não aprendeuK
gungun não aprendeu.
#ão rece:eram os dezesseis cawris.
&s dezesseis cawris de LHpHna
stavam sempre em sua mão,
+as as lutas não o deiDavam divinar.
Por ser frágil
[runmila se tornou divinador.
le cantava. UApodihHrH, [riNálá, [N_r_g:o.
U& Pai teve T5 filhosK
UApodihHrH, [riNálá, [N_r_g:o,
U& Pai criou T5 profissRes,
UApodihHrH, [riNálá, [N_r_g:o,
U& Pai criou T5 talentos,
UApodihHrH.
U!eu aqueles que aprendessem um meio de vida,
UApodihHrH.
U*om aquele que aprendi, agora estou comendo,
UApodihHrH.
- 22 -

U*om aquele que eu aprendi, estou comendo nozes de cola e


pimenta,
UApodihHrH.
U*om quem aprendi, estou comendo sal e dend9,
UApodihHrH.
U*om quem aprendi, tomo dinheiro de outros,
UApodihHrH.
'oi como [runmila se tornou divinador.
Pesquisa adicional faz-se necessária para determinar as
ocasiRes em que os dois sistemas são empregados. ntretanto,
eu creio que quando assuntos de stado tem de ser resolvidos, 
utilizada a divinação Ifá 34ascom 5676) >>,6@8K mas quando estão
envolvidos assuntos religiosos pessoais de reis ou chefes, eles
podem confiar nos dezesseis cawris se forem devotos de [riNálá,
LCngB e de outras divindades em cuMos cultos esta forma de
divinação  empregada.
*aso
*aso cont
contrár
rário
io,, prov
provav
avel
elme
ment
ntee se volt
voltar
aria
iam
m para
para a
divinação Ifá para questRes pessoais, preferindo-a a confiar em
outras formas de divinação que não dispRem Rem de versos
eDplanatBrios, tais como o arremesso de quatro cawris ou dos
quatro segmentos da noz de cola. +esmo que um governante
tenh
tenhaa sido
sido conv
conver
erti
tido
do ao Islã
Islã,, susp
suspei
eito
to que
que ele
ele conf
confia
iari
ria
a na
divinação Ifá para assuntos de stado, em:ora para assuntos
pessoa
pessoaisis provav
provavelm
elment
entee se voltas
voltasse
se para
para a forma
forma divina
divinatBr
tBria
ia
isl
islmi
mica
ca do Ucor
Ucorte
te na arei
areiaV
aV.. 0eg
0egundo
undo o rela
relato
to de 0ala
0alaGHGH a
respeito de sua prBpria carreira, parece que todos aqueles que
não fossem muçulmanos ou cristãos, pelo menos levam seus
filhos para um divinador Ifá a fim de precisar os seus destinos
desde o nascimento, mas que na iniciação e outros importantes
rituais, os dezesseis cawris são Mogados naqueles cultos em que
se usa este sistema de divinação.
As divinaçRes Ifá e de dezesseis cawris são distintos
entre si pelos seus nomes e pelos divinadores, diferindo inclusive
pelos seus seDos, pela parafernália empregada, pelo nOmero de
figuras envolvidas, pela escolha entre alternativas especEficas e
pelas divindades que presidem os cultos. #o Ifá, os divinadores
são
são conh
conhececid
idos
os por :a:a
:a:alá
láwo
wo,, que
que tem
tem de ser
ser home
homens
nsKK os
deze
dezess
ssei
eiss dend
dend9s
9s são
são ma
maninipu
pula
lado
doss nas
nas mã
mãos
os ou um opolopol99 
lançado ao solo, há S@7 figurasK uma escolha pode ser feita
simultaneamente entre duas ou cinco alternativasK e a entidade
- 23 -

que
que pres
presid
ide
e  [rOn
[rOnmmla
la,, tam:
tam:m
m conh
conhec
ecid
ido
o como
como Ifá.
Ifá. #os
#os
_rndE
_rndEnl
nlBgu
Bgunn 3como
3como pratic
praticado
ado por 0alaGH
0alaGH8,
8, os divin
divinado
adores
res são
são
conhecidos por awo olRrNC, que podem ser homens ou mulheresK
dezesseis cawris são arremessados ao soloK há 5> figurasK uma
esco
escolh
lha
a pode
pode ser
ser feit
feita
a simu
simult
ltan
anea
eame
ment
nte
e entr
entre
e apen
apenas
as duas
duas
alternativas especEficasK
especEficasK e a divindade que preside  &rNC &l<fHn,
tam:m conhecido por `rNãlá.
1á, entretanto, muitas semelhanças. anto os :a:aláwo
quan
quantoto os awoawo olRr
olRrN
NCC são defi
defini
nido
doss como
como awo,awo, am
am:o:oss são
her:anários assim como divinadores. m am:os os sistemas, as
figuras são conhecidas por od< e os versos por _s_. &s nomes das
figu
figura
rass são
são anál
análog
ogos
os.. &s vers
versos
os me
memo
moririza
zado
doss cons
consti
titu
tuem
em o
nOcleo de am:os sistemas, os quais se distinguem de outros
meios de divinação conhecidos dos ;or<:á, tais como o Mogo de
quatro cawris, Mogo de quatro segmentos da noz de cola 3*ola
acuminata8 ou noz de cola amarga 3arcinia Gola8, hidromancia,
transes mediOnicos, Vcorte de areiaV islmico e Mogo dos quatro
rosários divinatBrios 3 agb#gba8, em:ora este Oltimo tenha versos
curtos associados com suas figuras. m am:as na divinação Ifá e
na dos dezesseis cawris, os versos contem as prediçRes e os
sacr
sacrif
ifEc
Ecio
ioss a sere
serem
m real
realiz
izad
ados
os,, o cons
consul
ulen
entete esco
escolh
lhe
e o vers
verso
o
apropriado a seu caso, o propBsito da divinação  de determinar o
sacrifEcio necessário
necessário para afastar o malefEcio ou assegurar a graça
do :enefEcio que tiver sido augurado, e alguns dos versos são
semelhantes.
 r9s versos podem ser suficientes
suficientes para mostrar as
semelhanças nos versos. & seguinte verso de Ifá 34ascom 5676)
TT7-T@58, fornecido em prosa, parece ser apenas uma versão
mais completa do AS>, em dezesseis cawris)
U& cão sorve a água do lado de sua :ocaK a mosca não
arrumas contas para venderV e U0e a eDpro:ação se recusa a ir
adiante, então nBs a trazemos para trásV eram os que Mogaram Ifá
para &su, que era filha do rei de [FH, AMHri, que não tinha
eDperimentado as dores do parto, e que estava chorando porque
não tinha dado a luz a uma criança.
U& cão sorve a água do lado de sua :ocaK a mosca não
dispRe contas para venderV e U0e a eDpro:ação se recusa a
avançar então nBs a trazemos para trásV foram os que Mogaram
Ifá para Arera, que era o filho do rei de If_ e que estava em
lágrimas porque não havia gerado um filho.
- 24 -

& sacrifEcio de Arera foi um carneiro inteiro. & sacrifEcio


de &su foi uma ovelha. Arera tinha de criar seu pequeno carneiro.
&su teria de criar sua pequena ovelha.
Am:os estavam tentando ter filhosK eles se
encontraram e tiveram relaçRes, ficando &su grávida. Arera disse
a ela que a criança deveria chamar-se &Modu. #ão muito tempo
depois disso, surgiu uma conspiração contra &Modu. & povo de If_,
quer
queria
ia comp
comprara-l
-lo
o para
para que
que [ni
[ni pude
pudess
sse
e sacr
sacrif
ific
icá-
á-lo
lo.. ]uan
]uando
do
manietaram &Modu, ele começou a chorar dizendo que havia sido
levado para sua prBpria cidade como um cativo. !isse que [ni
deveria dar-lhe oito cola para Mogar e que se viessem quatro com
a face para :aiDo e quatro para cima, todos deveriam começar a
cantar)
U&Modu chega, o filho de AreraK
U&Modu chega, o filho de AreraK
U"oc9s deviam dar graças comigo porque as colas se revelaram
:oas.
U&Modu chega, o filho de AreraK
U"oc9s deveriam pegar um animal como sacrifEcioK
U"oc9s não deveriam tomar a ca:eça de um parente.
U"oc9s deveriam tomar um animal como sacrifEcioK
U"oc9s não deveriam tomar a ca:eça de um parenteK
“Ojodu chega, o filho de Arera.”

A partir de então, sacrificamos ovelhas para Ifá.


m outro verso Ifá 3A:im:Hla 567?) ST-S@K56>7) 57-
57S8, em versão potica, pode ser comparado com o verso A7.
Algumas variaçRes são simplesmente diferenças ar:itrárias em
tradução.

"oc9  conhecido como &lálGunK


*uMo outro nome  `mnnGunK
lef
lefan
ante
te não
não pode
pode ser
ser vira
virado
do ca:e
ca:eça
ça para
ara :aiDo
aiDo para
para ser
ser
trinchado
]ue tam:m  chamado tCtC:EC-Gun.
& pequeno e terrEvel homem C noite.
m cachorro macho significa honra.
m Cg<ClC macho  conhecido como lua.
& prBprio filho de algum  para ele uma fonte de contas oG<n.
- 25 -

& prBprio filho de algum  uma fonte de toda riqueza.


nquanto as nádegas do filho são sem contas.
#ing
#ingu
um
m vaivai deco
decora
rarr com
com cont
contas
as o peit
peito
o do filh
filho
o de outr
outra
a
pessoa.
A divinação Ifá foi realizada para &ndYsY o homem de pele clara
da colina pC
*uMa casa foi assom:rada pela +orte e pela !oença,
*uMa casa foi persistentemente assom:rada por todos AMogun.
0eu sacerdote Ifá portanto pediu-lhe para oferecer :astante :<M
em sacrifEcio.
les pegaram parte do :<M e esfregaram em seu corpo
 ele se tornou uma pessoa muito preta.
& resultado foi que os AMogun não podiam reconhece-lo.
le começou a dançar,
le começou a comemorar.
le começou a louvar seus sacerdotes Ifá
nquanto seus sacerdotes Ifá louvavam Ifá.
ongos foram soados em pBrB,
& tam:or rCn foi percutido em GiMC,
"aras
aras fora
foram
m usad
usadas
as par
para prod
produz
uzir
ir mOsi
mOsica
ca me
melo
lodi
dios
osa
a em
N_rim&g:9.
le a:riu um pouco a :oca,
 a canção de Ifá foi o que ele eDprimiu.
]uando ele distendeu as pernas,
A dança o agarrou.
le disse) U+orte, não mate o homem do :<M por equEvoco.
"oc9 que agora está fadada a enganar o homem para outra
coisa.
"oc9 que doravante tem de enganar o homem por outro ser.
!oença não afliMa o homem de :<M por engano
"oc9 que está destinada a enganar o homem por outra coisa.
"oc9 que doravante precisa enganar o homem por outro ser.
uerreiros do cu,
"olteiem-se e corram em:ora,
"oc9s que agora estão fadados a enganar o homem por um
outro ser.
A narrativa que se segue, contada por um divinador de
If_ e registrada numa máquina de escrever como prosa, pode ser
comparada com A5S.
[runmila despertou cedo certa manhã e foi para &riNa.
[riNá disse que ele deveria divinar para ele porque seus escravos
- 26 -

estavam perdidos. A ca:ra 3 ewur&8, o escravo de &riNa, o sapo


3ọ$ọlọ8, o escravo de [riNá e o camaleão 3alag&mọ8, o escravo de
&riNa, estavam perdidos. les procuraram e procuraram por eles
mas não puderam encontrá-los.
[runmila lhes disse para trazerem água quente, cascas
de inhame e uma pena vermelha do ra:o de um papagaio, e eles
trouDeram essas tr9s coisas. les verteram a água quente para
dentro do ralo do :anheiro e o 0apo veio para fora. Puseram a
pena contra uma árvore aGoGo= e *amaleão tornou-se vermelho e
eles o pegaram. *olocaram então as cascas de inhame no celeiro
e a *a:ra saiu. [riNá ficou surpreso com a rapidez com que
[run
[runmi
mila
la havi
havia
a enco
encont
ntra
rado
do os tr9s
tr9s escr
escrav
avos
os e diss
disse)
e) U"oc
U"oc9,
9,
[runmila, foi quem rou:ou meus escravos.V . T

[runmila chorou e voltou para sua casa. #o caminho,


encontrou Nu. Nu perguntou-lhe
perguntou-lhe qual era o pro:lema e [runmila
lhe contou que [riNá o tinha chamado de ladrão. Nu disse) Uudo
:em. 0eMa apenas paciente. "ou indo para lá para me pendurar.V
]uando lá chegou, Nu amarrou uma corda ao redor dos quadris
e a mandou para o arK [ramf_@ segurou a corda e Nu pendurou-
se no ar, de ca:eça para :aiDo.a gente o viu e diziaVNu se
dependurouV. ntão Alara e AMero e &rangun 7  se traMaram em
finas roup
oupas e se assentaram com [riNa. !isseram que
chamariam [runmila enviou os mensageiros de volta para dizer-
lhes que os tr9s reis deveriam largar todos os seus finos traMes e
fugir porque ningum deveria enDergar Nu dependurado ali. #ão
deveriam levar nada com eles, mas irem despidos.
[runmila foi para lá e achou todas as roupas. !isse que
chamaria gente para cuidar de Nu que se havia dependurado.
]uando estava de volta, encontrou seu amigo, o sacerdote de
[:am
[:amer eri,
i, em me
meio
io do cami
caminh
nho.
o. & sace
sacerd
rdot
ote
e pego
pegou
u toda
todass as
roupas os tr9s reis haviam deiDado para trás e olhou para Nu ali
pendurado quando ningum mais ali se encontrava. ]uando Nu
o viu, disse a [ramf_ que soltasse a corda. 0altou para o chão e
se postou diante do sacerdote. ste pegou os traMes, duas ovelhas
e duas ca:ras do [riNá e levou tudo para [runmila. [runmila
pegou tudo e perguntou) U*om que nome deverEamos chamar o
=
 em itálico, no original.
T
 Por isso diz [runmila que se Mogamos Ifá nossa predição não pode ocorrer no mesmo dia porque as
pessoas ficarão desconfiadas. *f. A 5S, nota S.
@
 & deus do rovão de IfY. *f. 4ascom 56764) ?>.
7
 r9s reis.
- 27 -

homem que trouDe essas coisas para mimjV le disse que seu
nome deveria ser) UkAquele que anda  o que encontra seu amigo
no caminhok  aquele que nBs chamamos 2oGor_, o sacerdote que
corta quem se penduraV 3 .n#'# o r#n, l# o !o ọr& lọna la n$e n#
8o!or&, #șoro '# on já #șo 8>.
&utros paralelos entre versos para dezesseis cawris, de
0alaGH, e aqueles em divinação Ifá incluem os seguintes)
4?. A origem do MeMum muçulmano. A:im:Hla 0. !., I")
?>K 56>5) TT6-T@K 56>>) 5S?-5=5 3 ('u a 3ej#8
46. Aranha tece sua teia como feitiço. A:im:Hla 0.!.,
I") 5TK 56>7) S5?K 56>>) @T-@@ 30worí 3ej#8
*55. 29mure foge de carneiro. pega 0.!., III) 5S5 Q
5ST 3(gb= Ọ"á8
*5?. 'eiMão 0arnento. A:im:Hla 0.!., I") 55-5SK 56>7)
S=-S=5 3Ọ"& 3ej#8
7.
7. 'ilh
'ilhot
otes
es de s
squ
quililo.
o. A:im
A:im:H
:Hla
la 0.!.
0.!.,, I")
I") ?@K
?@K 56>7
56>7))
566-SK 56>>) 5S7-5S6 3 ('ura 3ej#8
'5. 'orasteiro resoluto vai para peri. 4ascom 5676)
=5T-=5> 3Ed# 3ej#8
1?. Ira, Daltação e 'rieza. pega 0. !., III) 557-55>
3(gb= (gundá8
I5. A:B:oras de [:Crá. A:im:Hla 5767) 7=-77K 56>>)?S-
?> 3Ọbàrá 3ej#8
I5. "E:ora, PEton e scorpião. A:im:Hla 567?) >?->6
3Ọbàrá 3ej#8
I5S. 'ilho de PoFe. leason 56>=) 57T-57? 3 0r/'= 3ej#8K
4ascom 5676) 77
I57.
I57. N
Nu
u deiD
deiDa
a caça
caça esca
escapa
pa.. l
lea
easo
son
n 56>=
56>=)) SS=-
SS=-SS
SS@
@
3(gb= ('ura8
I5?. *aiDão de *alau. A:im:Hla 0. !., I") T7-T?K 56>7)
S5S-S5@K 56>>) ??-6= 3Ọbàrá 3ej#8
>
 Isto eDplica o tEtulo do sacerdote de &:ameri, 2oGore 3li o Go Hr_8, U& que encontra seu amigo que 
quem a:ate aqueles que cometem suicEdio se dependurando e faz eDpiação para eles. A figura
associada com este verso não foi registrada.
- 28 -

 @. +edida. A:im:Hla 567?) @>K 56>7) 57-5> 3(d#


3ej#8
 7. +ilhafre mergulha na fumaça. leason 56>=) ST>-
S@ 3('ura Ọ"á 8
 5S. 'orasteiro resoluto vai para o 4enin. A:im:Hla
5676) 5=>-5=6K 56>>) 7S-7@ 3(d# 3ej#8
+enos parecidas são as histBrias do Pom:o e da Pom:a
3A5@. 4ascom 5676) S7?-S>@, 0worí (gb=8, `lbGOn se torna rei de
todas as águas 3AT>. A:im:Hla 567?) 5@T-5@@) 56>7) @6-7, (+un
3ej#8, 2Erio apanha água para `lbGOn 35=. pega 0. !., III) =?-=6,
(gundá Ọy&!u8, e Pom:o tem g9meos 35?) A:im:Hla, 0. !., III) @-
>K 56>7) S7-S?, (gb= 3ej#8. Apenas sete 3A7, 5T, I5, I5?, @ e
 5S8 desses vinte e tr9s versos estão associados com figuras de
nomes semelhantes em am:os sistemas de divinação, como por
eDem
Demplo &di&di em dez
dezesse
sseis cawri
awriss e &di
&di +eMi
+eMi em Ifá
Ifá 35S
5S8.
DplanaçRes parecidas do nome de &lodumare são dadas em
diferent
diferentes
es versos
versos 345S.
345S. 4ascom
4ascom 5676) =SS-=S=,, Ed# Ọ!anran8, e
5676) =SS-=S=
dois versos :astante diferentes eDplicam porque o ferro enferruMa
mas latão e chum:o, não 3*@. 4ascom 5676) =-==, 0worí 3ej#8.
 r9s dos cinco versos de dezesseis cawris pu:licados
por &gun:iFi são tam:m semelhantes aqueles dados por 0alaGH)
 ela &Go acha dinheiro na lavoura 3S. &gun:iFi 56@S) 7?-768,
Asno
Asno Inse
Insens
nsat
ato
o reti
retira
ra 2eop
2eopar
ardo
do de dent
dentroro de um poço
poço 3'3'5=
5=..
&gun:iFi 56@S) >=8. !estes, o segundo 3'5=8  atri:uEdo a Irosun
por
por 0ala
0alaGH
GH,, ma
mass [sá
[sá 3*8
3*8 por
por &gun
&gun:i
:iFi
Fi.. 1á conc
concor
ord
dnc
ncia
ia,, no
entanto, so:re as figuras Cs quais os outros dois versos
pertencem.
A narrativa acerca dos ta:us de ;emHMá e &G_r_ 315S8
foi registrada como uma lenda-mito em Is_Fin, [FH e Zoso e
aquela so:re [runmila e o filho de PoFe 355S8 em Igana 34ascom
5676
5676)) 778.
78. &utras
tras narra
arrattivas
vas nos vers
versos
os de 0alaG
alaGHH foram
oram
registradas como contos populares 3*6, I55, ?, Z6,8K e os versos
cont9m provr:ios 3Z?, 2>8 e um enigma 3+8. 2endas, contos
populares, provr:ios e enigmas ocasionais tam:m ocorrem em
versos de Ifá.
*onquanto os tr9s versos Ifá citados não seMam
id9n
id9nti
tico
coss aos
aos seus
seus corr
correl
elat
ativ
ivos
os em divi
divina
naçã
ção
o com
com deze
dezess
ssei
eiss
cawris, eles tam:m diferem de um divinador para outro e at
- 29 -

mesmo em difere
mesmo diferente
ntess ocasiR
ocasiRes
es quand
quando o recita
recitados
dos pelo
pelo me
mesmo
smo
divinador. Isso tam:m foi verdadeiro no caso de 0alaGH, que
gravou alguns versos mais de uma vez. A versão seguinte pode
ser
ser comomp
parad
aradaa com
com 2T. A eDpre Dpresssão Uog
ogado
ado para
para o !ia
!ia e
part
partil
ilha
hado
do com
com o 0olV
0olV signi
ignifi
fica
ca que a divi
divina
naçção para
para o !ia
!ia
tam
tam:m
:m inc
inclui
lui o 0ol,
ol, mesm
esmo ass assim ele não cons onsulta
ultand
ndoo o
divinador, e que am:os teriam de oferecer um sacrifEcio. U!oze
maioresV refere-se aos doze cawris a:ertos para cima.
[riNá dá uma :enção de via longa,  o que ele vaticina
&nde vemos os !oze +aiores.
U*olina redonda com um cume pontudo não caiV
 ogado para o !ia e partilhado
partilhado com o 0ol.
!ia, o que deveria ele fazer de modo que os :raços dos outros
não o segurassemj
0ol, o que deveria ele fazer para que os :raços dos outros não o
segurassemj
le disse que os :raços dos outros não o segurariamK
m sacrifEcio era o que ele tinha de oferecer.
& que deveria ele oferecerj
les disseram que ele deveria oferecer ST. cawris.
 disseram que o 0ol deveria oferecer a taça importada que ele
tinha.
& !ia reuniu o sacrifEcio, ofereceu o sacrifEcioK
& 0ol apaziguou os deuses.
Am:os vieram para a terraK
stiveram deleitando-se na terra,
 suas vidas corriam agradáveis.
& !ia ficava dançando,
& 0ol se reMu:ilavaK
2ouvavam os divinadores,
 estes o [riNá
]ue seus divinadores tinham falado a verdade.
U/edonda, redonda colina
U*om cume pontudo não caiV
 ogou para o !ia
 dividiu com o 0ol.
le cantou) U!ia, ofereci um sacrifEcio por causa das :ocasK
U0ol, fiz um sacrifEcio por causa das :ocasK
U#enhum :raço pode segurar o 0olK
U4oca nenhuma pode comandar o !ia.V
- 30 -

[riNá diz que as :ocas de outros não serão capazes de nos


comandar.
A despeito de as diferenças não serem grandes, fica
claro que os versos não são decorados palavra por palavraK o
divinador dispRe de alguma latitude ao recitá-los. Por eDemplo, 2T
acrescenta U]uando o 0ol apareceu, as pessoas disseram U& sol
está quente hoMe.kV Am:os versos foram gravados como versos
divinatBrios. *omo seria de esperar, as diverg9ncias são ainda
maiores quando os versos foram registrados como lendas.
Algumas diferenças possivelmente se devem a
grav
gravaç
açRe
Ress im
impe
perf
rfei
eita
tass e outr
outras
as devi
devida
dass talve
alvezz a laps
lapsos
os de
memB
me mBriria
a em deco
decorr
rr9n
9nci
cia
a da idad
idade
e de 0ala
0alaGHGH e a decl
declin
inan
ante
te
freq
reqJ9n
J9ncia
cia das vez
vezes em que era solic olicit
itad
adoo a divin
ivinar
ar.. Por
Por
eDemplo, em 2T, a pergunta  U!ia e 0ol, o que poderiam eles
fazer de modo a que as :ocas dos outros não pudessem lhes dar
ordensjV mas aqui  U!ia, que deveria ele fazer para que os
:raços dos outros não o segurassemj 0ol, o que teria ele de fazer
para que os :raços dos outros não segurassemjV Por causa da
canção, que  id9ntica em am:as gravaçRes, suspeito que a
versão correta  U!ia, o que deveria ele fazer para que as :ocas
de outros não pudessem comandá-loj
comandá-loj 0ol, que deveria ele fazer a
fim de que os :raços dos outros não pudessem segurá-lojV
Atentei nos erros 3A5, A5S, A=, A=@, '7, 5S,8 e erros
possEveis 3*7, *5>, !7, 6, 57, Z>, Z5S, 2T8. Pode haver outros
mas erros em apenas 5T destes S5 versos de modo algum seria
uma marca ruim mesmo para um homem mais Movem que tivesse
de confiar eDclusivamente na memBria. 1ouve outras ocasiRes
em que 0alaGH se repetiu ou inseriu o que se poderia denominar
Utapa-:uracoV, toda vez que o:viamente hesitava e procurava
ganhar tempo para se recordar do que vinha adiante. ntretanto,
conforme ressalta A:im:Hla, algumas repetiçRes são eDpletivas.
*ons
*onsid
ider
eran
ando
do-s
-se
e que
que se trat
trata
a de tran
transc
scri
riçR
çRes
es lite
litera
rais
is duma
duma
tradição puramente oral, at que suas recitaçRes são
notavelmente acuradas e de flu9ncia retilEnea. videntemente,
0alaGH tinha aprendido os versos :em.
m mi
minh
nhas
as anál
anális
ises
es dos
dos vers
versos
os Ifá,
Ifá, enco
encont
ntre
reii como
como
padrão geral para a maior parte dos versos 358 a declaração do
caso mitolBgico que serve como um precedente, 3S8 a solução ou
desfecho desse caso e 3=8 sua aplicação ao consulente 34ascom
5676) 5SS8. Isto  válido igualmente para os versos destinados
- 31 -

aos
aos deze
dezess
ssei
eiss cawr
cawris
is,, conq
conqua
uan
nto o sac
sacrifE
rifEci
cio
o requ
requer
erid
ido
o ao
consulente não  eDpressado tão especificadamente como nos
versos IfáK  ha:itualmente entendido como sendo o mesmo que
o feito no caso mitolBgico. A primeira seção normalmente inclui
diversas linhas o:scuras, em:ora freqJentemente muito :elas,
que são interpretadas como sendo os nomes dos divinadores no
caso que serve como precedenteK elas são aneDadas entre aspas
na tradução em Ingl9s, sendo amiOde repetidas perto do fim do
verso.
an
ande
de A:im
A:im:H:Hlala 356>
356>5)
5) TK
TK 56>7
56>7)) T=8
T=8 prop
propXs
Xs uma
uma
estrutura composta de oito partes) 358 nomes de sacerdote3s8 Ifá
em divinação no passado, 3S8 nomes de consulente 3s8 para que a
divinação foi realizada, 3=8 razão pela qual foi feita, 3T8 instruçRes
ao 3s8 consulente3s8,
consulente3s8, 3@8 se o consulente 3s8 agiu ou não de acordo
com as instruçRes, 378 o que aconteceu com o consulente 3s8, 3>8
reação do consulente 3s8 e 3?8 uma moral :aseada na histBria. As
partes 5-= e >-? são memorizadas e recitadas o mais
acur
acurad
adam
amen
ente
te poss
possEv
Evel
el,, send
sendoo salm
salmod
odia
iada
dass rapi
rapida
dame
mentnte.
e. As
parte
artess rem
remane
anescente
entess 3T-78-78 não são
são decor
ecorad
adas
as,, mas são
recitadas lentamente na prBpria linguagem do divinador e numa
forma mais livre que se assemelha C prosa 3A:im:Hla 56>7) 7=8.
Por isso eDiste considerável latitude na minha segunda parte, a
resolução do caso ou o que os consulentes fizeram e o que
aconteceu a eles como um desfecho.
m:ora A:im:Hla indique que as instruçRes ao
consulente 3T8 são opcionais e não memorizadas, acho
surpreendente que o sacrifEcio que o consulente  instruEdo a
oferecer varie em diferentes registros do mesmo verso. #as duas
gravaçRes consideradas, o galo e o pom:o mencionados em 2T
são
são om
omit
itid
idos
os do sacri
acriffEcio
cio na segu
segund
ndaa vers
versão
ão.. A orde
ordem
m do
segundo a qual os itens a serem sacrificados são mencionados
aparece ser irrelevante, mas em diversas oportunidades 0alaGH
fez um esforço especial para nomear um item que houvera sido
omitido, por eDemplo, o f5S, onde o assento  mencionado depois
de dizer que o sacrifEcio tinha sido realizado, e #S, quando dois
carangueMos são acrescentados de modo semelhante. !e toda
maneira, há eDemplos onde fica claro que um item não
mencionado havia sido sacrificado 3455, 5S, 1?, P58 e outros
onde itens são agregados ou omitidos em uma segunda gravação
3*55, '5@, =, 7, 25, 2S, 2=, 2T, 2@8. & sacrifEcio, freqJentemente,
freqJentemente,
não  especificado 3A5, AS=, AT5, *>, *5=, *5@, @, 'S, '@, '>,
- 32 -

?, 15S, Z?, Z558 e muitas vezes sequer mencionados 3A5, A6,
A5>, AS, ASS, 4=, 45S, *S, *?, !>, 5, 7, '5, Z68.
!a mesma form orma que em Ifá,Ifá, os ver
versos instrue
truem
m o
consulente a sacrificar uma ampla variedade de aves domsticas
e animais, tam:m selvagens, carne de caça, alm de outros
alimentos e produtos. "ários deles são sacrifEcios apropriados a
divindade
divindadess determin
determinadas
adas.. ]uando
]uando pássaros
pássaros ou animais
animais devem
devem
ser sacrificados, a ca:eça e o sangue são Udados de comerV C
divindade indicada no verso ou identificada por intermdio de
alternativas especEficas,
especEficas, como  o lEquido da casca de um caracolK
a carne  cozida e comida pelos divinadores. ecidos,
ferramentas e outros o:Metos incluEdos no sacrifEcio são tam:m
conservados pelos divinadores, a não ser que outra determinação
esteMa especificada no verso.
]uando dinheiro se acha incluEdo nos sacrifEcios, deve ser
conservado pelo divinador como pagamento 3 eru8, ao invs de
oferecido C divindade. & montante  eDpressado em cawris, que
outrora serviam como dinheiro. & valor do cawri tem declinado ao
longo do tempo como resultado da inflação 34ascom 5676)7T-7@8,
mas quando moeda corrente foi introduzida, o valor de dois mil
cawris foi esta:ilizado, para fins de divinação, a seis  $enAe, agora
cinco Go:o, ou ?. cawris para li:ra esterlina, agora S naira.
#estes versos, como nos Ifá S. cawris 3 &gb&wã, &gbã8 são a
unidade :ásica de dinheiro contá:il, e, neste caso, o montante
especificado  usualmente relacionado com o nOmero de cawris
 Mogados com a face
face a:erta para cima,
cima, conforme mostrado
mostrado a:aiDo.

A Q Mi &g:9 ? cawris ? D S. ou do:ro deste montante


4 Q &fun 5 cawris 5 D S.
* Q [sá 6 cawris 6 D S.
! Q [Ganran 5 cawri 55 D S.
 Q Mi &Go S cawris 5S D S.
' Q Irosun T cawris T D S. ou mais freqJentemente 5T
D S.
 Q [N_ @ cawris @ D S.
1 Q &gundá
&gundá = cawris
cawris = D S.
S. ou mais freqJente
freqJentemente
mente 5=
D S.
I Q [:Crá 7 cawris 7 D S.
  Q &di > cawris > D S.
Z Q [wHnrin 55 cawris 55 D S.
2 Q Mila L_:Hra 5S cawris 5S D S.
- 33 -

+ Q IGa 5= cawris == D S.


# Q &tur
&turuGuGp
pHn 5T cawr
cawris
is 5T D S.
.
& Q &fun
&fun Zara
Zaran
n 5@ cawr
cawris
is 5@ D S.
S.

P Q Ir_t_ 57 cawris 57 D S.
] Q &pirá  cawri #enhum dinheiro especificado

Apenas IGá 3+8 não acompanha o padrão regular. Para @


cawris e acima, o nOmero de a:ertos para cima  simplesmente
multiplicado por S.. Porque, presumivelmente, são demasiado
red
reduzid
uzidos
os,, os mont
ontante
antess par
para um e doisois cawr
cawris
is 3!, 8 são
aumentados mediante acrscimo de S. cawris, e isso pode
ou não ser feito para tr9s e quatro cawris 31, '8. Para Mi &g:93A8,
o montante  freqJentemente do:rado. Pode ser duplicado para
qualquer figura ao se pedir o mesmo montante nos lados direito e
esquerdo ou triplicado 3I>8 ao se pedir 5S. cawris do lado
direito. 5S. cawris no meio. m certos casos, os montantes
foram decuplicados, especificando 5S. cawris 3I5T8, 5T.
cawris 37, M5=, M5@8, SS. cawris 3Z=8, ST. 3=8 e =S.
cawris 3A=, AT?8. *aso um verso especifique S.cawris ou
menos, em mOltiplos de S. deveria ser possEvel identificar a
figura a que pertence, mesmo que o nome não seMa eDpressado.
A conta em cawris pode tam:m influenciar o nOmero de
itens no sacrifEcio, por eDemplo, onze porçRes de massa de milho
:ranco, onze :olinhos fritos, onze UiseV e onze tigelas de cerveMa
3Z5=8. Pode influenciar tam:m os nOmeros no teDto da narrativa,
como quando [runmila demanda oito fardos de inhames, oito
cargas de milho, oito de feiMRes e oito de homens 3A58.
+uitos elementos etiolBgicos aparecem nos versos e, a
despeito de serem fantasiosos, provavelmente foram aceitos em
tempos passados a tEtulo de eDplanaçRes acerca das
caracterEsticas de pássaros, animais, insetos, plantas e o:Metos, e
das origens de costumes e instituiçRes 34ascom 5676) 5S>-5S?8.
!o mesmo modo que nos versos Ifá, essas caracterEsticas são, em
geral, o resultados de haver oferecido o sacrifEcio prescrito ou de
não hav9-lo feito e, uma vez que as caract acterEsticas são
conh
onhecim
cimento
nto comomumum ou rapi
rapid
dam
ame ente
nte cons
consta
tatá
táve
veiis, dão
su:st
:stnncia
cia C vera
veraccidade
ade do vers
verso,
o, com
com seus vati vaticE
cEni
nios
os e
sacrifEcios prescritos, alm de ao sistema de divinação como um
todo
odo. As eDpliDplica
caççRes
Res pode
odem ser im impplEc
lEcitas
itas ou declarclarad
adas
as
eDplicitamente
eDplicitamente na narrativa.
- 34 -

!estarte, os versos contam como os papagaios tiveram


penas vermelhas na cauda 3558, porque pom:os vivem com os
homens e pom:as nas florestas 3A5@8, porque pássaros UecelRes
da AldeiaV es:rugam palmeiras nas suas copas para fazerem seus
ninhos 3'S58 e como o calau tem um tufo em sua ca:eça 3I5?8.
*ontam porque ratos são pegos pelos ra:os 34=8, porque galos
são sacrificados 34=8, porque galos cocoricam do modo que se
conhece 34= nota 58, porque leopardos são temidos pelos outros
animais 34>8, porque macacos são presos com correntes ao redor
e seus peitos e alimentados com :ananas e papaias 3'5>8, como
o esquilo terrestre o:teve sua cauda 35T8, porque gatos
almiscarados dormem mais que todos os outros animais 3558 e
como as le:res conseguiram as linhas :rancas em suas testas
3T8. Dplicam a razão pela qual as co:ras tem se rasteMar so:re
seus ventres e porque se livram de suas peles 3A=?, 45S8. Porque
crocodilos ganharam seus dentes e escamas, tornando-se os reis
nos rios 3158, porque troveMa antes dos crocodilos terem filhotes
3278, e como o sapo ZonGo se fez rei de todos os sapos 3*5=8.
Dplicam porque filarias podem a:ater seres humanos 3AT68 e a
razão pela qual aranhas tecem seus fios como magia, sem um
fuso 3468.
sclarecem a respeito da origem da papaia 3!>8, porque
nozes de cola são utilizadas em rituais e em divinação 3*5>, 58,
porque gente come feiMão-manteiga e pRe feiMRes sarnentos de
lado 3*5?8, porque inhames-cXco crescem na lama 3'78, porque
as árvores fEcus crescem na praça do mercado 3IS8 e como duas
ervas Q Amaranthus e Zalanchoe crenata Q se tornaram notBrias
por sua
sua fresc
frescura
ura 3=8.
3=8. Dpli
Dplicam
cam porque
porque colina
colinass nunca
nunca mo
morre
rrem
m
3AS58, porque o ferro oDida e o latão e o chum:o, não 3*@8, e
porque os arco-Eris desaparecem no dia em que surgem 3'SS8.
Dplicam como a cascavel N_G_r_ o:teve sua rede de cawris e
porque ela e o gongo de ferro soam como soam 34T, 4@8, porque
o tam:or
tam:or U:ataV
U:ataV não deiDa Lago 32?8,
32?8, porque tempo frio provoca
provoca
desconforto 34558, como a noite o:teve o fruto do la:or matinal
3'=8.
!e espe
especi
cial
al inter
nteres
esse
se são
são as eDp
eDplana
lanaçR
çRes
es e rela
relato
toss
lendários das origens de costumes e instituiçRes. !esse modo, os
versos informam so:re a grande dimensão da cidade de I:adan
3T,
3T, @8 e a im impo
portrtn
nccia da cida
cidade
de de [FH
[FH 3A=
3A=,, 6,
6, I5T8
I5T8..
Dplicam a origem do serviço de Ar_mH, o UPrEncipe 1erdeiroV e
presumido herdeiro do rei de [FH 3I578 e do Ustri:eiro-mBrV do
- 35 -

rei 3=8K e contam como Ati:a, o Alafn que esta:eleceu a capital


na nova [FH, tomou terras de ANipa, um de seus chefes 3A=58.
/elatam a origem dos Mulgamentos em tri:unal 31558, e como
começou a competição por tEtulos 3A=8.
&s vers
versos
os eDpli
Dpliccam porq
orque os hom homens não
não tom
tomam
emprestadas as esposas de outros homens para levá-las Munto em
viagens 3A=78, porque recm-nascidos são mimados e o:Meto de
indulg9ncias 3AT@8, porque um marido não deve estar presente
para rece:er sua noiva quando ela chega em sua casa com seu
corteMo matrimonial 3Z=8, e porque um irmão mais novo toma as
viOvas de seu irmão mais velho 3Z=8. *ontam como a lavoura
so:repuMou todas as outras ocupaçRes 3>8, e porque
comerciantes usam medidas ao venderem milho e feiMão 3@8 e
cestas para fazer a eDposição de suas mercadorias 3AT8. *ontam
a propBsito a origem de um nome 3*?8, de um ditado 3*5S8 e de
um provr:io 3Z?8. Dplicam porque al:inos não penetram na
cidade de Mi:o. 35>8., porque um carneiro inteiro  morto so:re o
tOmulo em funerais 3*558, porque as pessoas oram pelas :9nçãos
da noite 3'=8, e como começou o MeMum dos muçulmanos 34?8.
Distem tam:m muitos elementos eDplicativos que dão conta de
crença religiosa, ritual, e parafernália ritualEstica.

A SISTEMÁTICA DA CRENÇA

*omo
*omo uma
uma intr
introd
oduç
ução
ão aos
aos vers
versos
os divi
divina
natB
tBri
rios
os que
que se
seguem
seguem,, infor
informaç
maçRes
Res acerca
acerca das divin
divindad
dades
es ;or<:á
;or<:á e outros
outros
elementos do credo ;or<:á,  aqui apresentada, Muntamente com
aquilo que os versos nos relatam a respeito da religião ;or<:á e
seu modo de visualizar o mundo 3eltanschauung8.
&s vers
versos
os conf
onfirm
irmam
am,, suple
uplemmentam
ntam e, por vez vezes,
cont
contra
radi
dize
zem
m aqui
aquilo
lo que
que  conh
conhececid
ido
o so:r
so:re
e reli
religi
gião
ão ioru
ioru:a
:ana
na,,
revelando como variam crenças, com mem:ros do culto
freqJentemente atri:uindo maior importncia Cs suas prBprias
divindades do que geralmente  reconhecido. Por isso, enquanto
LHpHna
LHpHna  espec
especial
ialme
mente
nte proem
proemine
inente
nte no estud
estudoo de &gun:i
&gun:iFi
Fi
356@S) 7>8 so:re os dezesseis cawris,  [riNálá quem controla os
dezesseis cawris de 0alaGH, e quem  mencionado repetidamente
repetidamente
em seus
seus vers
versos
os e eDer
eDerce
ce algu
alguma
mass das
das funç
funçRe
Ress usua
usualm
lmen
ente
te
- 36 -

atri:uEdas a outras divindades, incluindo at mesmo [lHrun, o


!eus
!eus do cucu e divi
divind
ndad
ade
e supr
suprem
ema.
a. 0e os vers
versos
os divi
divina
natB
tBri
rios
os
recitados por devotos de Nu, [Nun, ;emHMá e outras deidades
associada
adas com os dezesseis cawr awris fossem analisados,
revelariam provavelmente uma glorificação semelhante de suas
prBprias divindades, do mesmo modo que ocorre com os versos
da divinação Ifá. Diste um grande nOmero de divindades 3 &bora,
&bura, #mọl/, *rìșà8 segundo a crença ;or<:á, cuMo total Mamais foi
registrado. Informantes falam, com freqJ9ncia, de T5 deidades,
assim como o fazem os versos 3A5, 6, Z?8, mais um deles 3A5?8
menci
me nciona
ona =.S
=.S divin
divindad
dades
es.. *ada
*ada uma delas
delas possu
possuii atri:u
atri:utos
tos
especiais ou poderes especEficos, mas todos podem dar filhos,
proteção e outros :enefEcios a seus fiis devotos. Acredita-se que
todas as divindades, C eDceção de [lHrun, o deus do cu, Má
viveram alguma vez na terra e que entraram pelo chão adentro,
su:iram ao cu, se transformaram em rios colinas e tornaram-se
divindades.
divindades. m verso 3A=S8 fala de gungun, &ro, LHpHna e &gun
que entraram na terra e ficaram imortais, alm de outro 315S8
que relata como ;emHMá e &fiGi se transformaram em rios. +uitas
deidades estão associadas com cidades onde se acredita tais
coisas tenham tido lugar ou local onde tenham vivido. m verso
3A=T8 enumera as cidades de LCngB, &riNá &Go, Ifá 3 Ọrunm#lá,
Ọyá, Egungun, Șọ$ọna, .l&gba BEșuC e Ọbalu+ọn , e ainda outro
35>8 identifica a cidade de [riNá (g#yan.
Acima de todas as divindades acha-se o deus do cu,
&lodumare, Uaquele que  dono do cuV 3 Ọlọrun8 ou Urei do cuV
3Ọbá ọrun8, que foi sincretizado com o !eus cristão e o Allah
muçulmano. &s versos identificam +arvel 3 Drà8?  como seu filho
345=8 e duas das mulheres de [runmila, Aina e [r_, como filhas
3A68
3A68.. [lHr
[lHrun
un não
não tem
tem devo
devoto
toss espe
especE
cEfi
fico
coss, nenh
nenhum
um culto
ulto e
sacrário algum. 0acrifEcio nenhum lhe  oferecido diretamente
mas qualquer um pode orar para ele 3'=8. 1a:ita nas alturas,
acima do arco-Eris 3AS8, mas como mostram os versos de Ifá
34ascom 5676) 5T8, ele pode intervir nos assuntos
a ssuntos humanos.
humanos. #os
vers
versos
os de 0ala
0alaGGH, tam
am::m, ele envi
nvia a +ort+orte
e para
ara traz
traze
er
(nd&șeroro para o cu 3A78, um agricultor diz que [lHrun lhe deu
um escravo 3478 e quando [NOn cura crianças, todos dizem que
foi [lHrun que o fez 3+S8. m verso 3'S8 prediz que [lHrun
aMudará o consulente a pegar algum que quer rou:a-lo, e outro
3Z68 recomenda que devemos ser pacientes em pedir a devolução
de um emprstimo Uporque não sa:emos o que dirá [lHrun no
?
 *uriosamente, +arvel 3em ing.8 significa prodEgio, maravilha.
- 37 -

futuroV.
futuroV. ma das perso
personage
nagens
ns  designad
designada
a de U0e [lHrun
[lHrun não
me mata, gente não poderá faz9-loV 3?8.
& mais importante  que  [lHrun quem determina e
controla os destinos humanos 34ascom 5676)55@-55?8. &s ;or<:á
cr9em na reencarnação e em algumas almas mOltiplas. A mais
important
importante e dentre elas  a alma guardiã ancestrall 3&l&dá, ì$ọnr#,
guardiã ancestra
#$ọrí 8, associada com a ca:eça da pessoa, seu destino
reencarnação. A segunda  a respiração 3 &mí 8, 8, que reside nos
pulmRes e no tBraD e tem as narinas para servi-la como as duas
a:erturas no fole de um ferreiro ;or<:á. A respiração  a força
vital que faz o homem tra:alhar e lhe dá a vida.
Alguns dizem que eDiste uma terceira alma, a som:ra 3 *jìj#8, que
não tem função no decorrer da vida mas simplesmente segue o
corpo vivente por todos os lugares.
Pode-se ver a som:ra e ouvir e sentir a respiraçãoK mas
ning
ningu
umm ouve
ouve,, sent
sente
e ou enDe
enDerg
rgaa a alma
alma guar
guardi
diã
ã ance
ancest
stra
rall
enquanto o indivEduo for vivo. A som:ra não dispRe de su:stncia
e não quer alimentoK a respiração  sustentada pela comida que o
prBprio indivEduo ingereK mas a alma guardiã ancestral precisa
ocasionalmente nutrida por intermdio de sacrifEcios conhecidos
por Ualimentando a ca:eçaV 3 ìbọrí, ìbọ or#8.
Antes de uma criança nascer Q ou renascer Q, a alma
guardiã ancestral comparece perante [lHrun a fim de rece:er um
novo corpo, uma nova respiração, e seu destino 3 ìwà, ì$ín8 para
sua nova vida na terra. AMoelhando-se diante de [lHrun, a essa
alma  dada a oportunidade de escolher seu prBprio destino, e se
acredita poder ela fazer qualquer escolha que deseMar, em:ora
[lHrun possa recusar caso os pedidos não seMam feitos
humi
humildldem
emen
ente
te ou seMa
seMam
m desa
desarr
rraz
azoad
oados
os.. & dest
destin
ino
o envo
envolv
lve
e a
personalidade do indivEduo, sua ocupação e sua sorteK e inclui um
dia fiDo no qual as almas tem de retornar para o cu. Por vezes, a
alma guardiã ancestral  denominada de ca:eça 3 orí 8 ou de Udona
da ca:eçaV 3olórí 8,
8, e nos versos de 0alaGH  personificada como
*a:eça 3AS?, A=T, A=@, A5=, 568. m verso 3A=@8 conta como a
ca:eça escolheu Utodos os destinosV. m outro 3A@8, uma mulher
chamada Ua que tem filhos pequenosV disse que Usuas :9nçãos
se atrasaramK ela disse que suas :9nçãos celestiais se atrasaram.
la disse que não sa:e se sua ca:eça escolheu um destino de
contas, sua ca:eça escolheu um destino de latão, sua ca:eça
escolheu uma grande a:undncia de dinheiroV. ma pessoa de
- 38 -

sorte  chamada Ua que tem :oa ca:eçaV, significando um :om


destino, e uma pessoa sem sorte  Ua que tem uma má ca:eçaV.
Inform
Informant
anteses enfat
enfatiza
izam
m a import
importnc
ncia
ia da alma
alma guard
guardiã

ancestral, alguns at denominando de deidade. UA ca:eça  a
principal divindade do indivEduo.
indivEduo. A ca:eça  mais importante para
qualquer um do que sua prBpria divindade. A ca:eça  a mais
velha e mais poderosa de todas as deidadesV 34ascom 567)
T?8. m verso 3A=T8 narra como a *a:eça lançou nove
divindades para suas cidades, onde elas prosperam, e UAssim foi
como
como a ca:eca:eça
ça ultr
ultrap
apas
asso
souu toda
todass as divi
divind
ndad
ades
esV.
V. [run
[runmi
mila
la
sacrifica C sua ca:eça e casa com !inheiroK ele louva-se a si
prBprio por este fato at que sua esposa faz o:Meção, ele louva
!inheiro at que seus divinadores lhe dizem que louve aquela
que o fez ser :em sucedido, e finalmente ele louva a *a:eça
3AS?8. As personagens nos versos freqJentemente são instruEdos
no sentido de que sacrifiquem para suas ca:eças 3AS?, T, '5S,
1S, 16, I55, 5, ?, 6 nota 58 mas nos dizem U0e nossa ca:eça vai
dar atenção Cs nossas sOplicas, isso não sa:emosV 3*?8. #os
versos, há muitas louvaçRes C ca:eça. U#ão eDiste paEs onde a
ca:eça não seMa conhecidaV 3AS?8. U*a:eça  o melhor defensor,
aque
aquele
le que
que tem
tem :oa:oa ca:e
ca:eça
ça não
não tem
tem equi
equival
valen
ente
teVV 3A=T
3A=T8.
8. UA
ca:eça de uma pessoa  o que a faz ricaV 3I578. U*a:eça  o que
faz do menino um homemV 3AS?8. U#ão há nada que uma ca:eça
não possa fazer de um homemK a ca:eça de uma pessoa faz dela
um reiV 3@8.
& dia da morte de uma pessoa nunca pode ser
post
poster
erga
gado
do,, ma
mass outr
outros
os aspe
aspect
ctos
os de seu seu dest
destin
ino
o pode
podem m ser
ser
modificados por meio de atos humanos e por seres ou força
supra-humanas. 0e algum dispRe do integral apoio e proteção
de sua alma guardiã ancestral, de [lHrun, e das outras
divindades, então desfrutará do destino que lhe foi prometido e
esgotará o lapso de vida que lhe foi atri:uEdoK caso contrário pode
ver-se privado das :9nçãos a ele destinadas ou morrer antes da
hora. Atravs de sua vida, o indivEduo faz sacrifEcios para sua
alma guardiã ancestral e para suas divindadesK dispRe de magias
ou UmedicinasV, preparadas para proteg9-lo e assisti-loK e quando
em dificuldades, ele consulta um divinador a fim de determinar o
que deveria ser feito para melhorar sua sorte. & divinador 
tam:m consultado antes de qualquer empreendimento
empreendimento de maior
enve
nvergad
rgaduura,
ra, para
para sa:er
a:er que sacri
acriffEcio
Ecio  nec
necessá
ssário
rio para
para
assegurar um desfecho :em sucedido.
- 39 -

Por ocasião da morte, as mOltiplas almas a:andonam o


corpo e normalmente atingem o cu, lá permanecendo at sua
alma guardiã ancestral seMa reencarnada. Pessoas que morrem
ante
antess de seu
seu temp
tempo,
o, conti
ontinu
nuam
am na terr terra
a como
como fant
fantas
asma
mass,
perm
permananec
ecen
endo
do em cidacidade
dess dist
distan
ante
tess aond
aonde e não
não poss
possam
am ser
ser
rec
reconh
onhecid
cidas,
as, at
at que cheg hegue o dia indi indica
cad do por [lHr
[lHruun,
momento que UmorremV uma segunda morte e seguem para o
cu. ]uando as tr9s almas lá chegam, [lHrun lhes prescreve um
Uum :om cuV ou um Umau cuV, dependendo de seu
comportamento na terra. Aqueles que foram enviados para o
Umau
Um au cuV
cuV Mama
Mamaisis pode
poderãrão
o ser
ser rest
restit
ituE
uEdo
doss C vida
vida atra
atrav
vss da
reen
reenca
carn
rnaç
ação
ãoKK tamp
tampou
oucoco pode
podem m os suicsuicid
idas
as,, as quai
quaiss nunc
nuncaa
alca
alcanç
nçam
am o cucu mamass se torn
tornam
am espE
espEri
rito
toss ma
malilign
gnos
os,, que
que se
depe
depenndura
duram
m Cs copacopass das
das árvo
árvore
res,
s, tais
tais como
como mo morc
rceg
egos
os ou
:or:oletas.
0e uma mulher tem diversos filhos em sucessão, que
morr
mo rrem
em no part parto,
o, na inf
infnc
ncia
ia ou at
at quan
quandodo um tant
tantoo ma
mais
is
velhos,  possEvel que não seMa uma sucessão de diferentes almas
guar
guardidiãs
ãs ance
ancest
stra
rais
is por
porm m uma
uma sB alma
alma queque repe
repeti
tida
dame
ment
nte
e
renasce, apenas para retornar por curto espaço de tempo ao cu,
onde conserva sua forma infantil. la não quer permanecer por
longo tempo na terra, preferindo a vida no cu ou simplesmente
des
deseMand
Mando o ir e virvir entre
ntre o cu e a terr terra
a, have
avendo-l
o-lhe sido
ido
concedidos curtos tempos de vida por [lHrun. ais crianças são
conhecidas por Ua:iGuV 3àbí!ú8 ou Uo nascido para morrerV, e
suas mães ães pode nir-sse a .gb&
odem unir- .gb& Ọgb
Ọgb, um culto que torna
propEcios os Ua:iGuV e cuMos mem:ros tem feitos grandes guizos
de ferro para suas crianças e que estas usam atados aos quadris.
& cadáver da criança pode ser marcado mediante a raspagem de
um local da ca:eça ou um corte na orelha para atestar que se
trata de um Ua:iGuV quando venha a renascer com a mesma
marcaK e o corpo morto de um Ua:iGuVpode ser ameaçado de ser
queimadoado ou ter um artelho ou dedo decepado a fim de
ater
aterro
rori
rizá
zá-l
-lo
o para
para queque perm
perman
aneç
eça
a na terr
terra
a quand
uandoo de novo
novo
renasça. #os versos, consulentes são mandados sacrificar por
causa de um a:iGu 3'SS8 e de modo que a criança que venham
ter não seMa a:iGu 35S8. [runmila ofereceu um sacrifEcio antes que
se casasse com uma a:iGu, e ela não morreu 3AS78. Arco-Eris
'rEvolo Ucontinua morrendo como um a:iGuV porque seus pais não
sa:em seu nome verdadeiro 3'SS8.
- 40 -

m sacrifEcio  tam:m prescrito para g9meos 3?8. stes


3#béjì8 não são tão ruins como a:iGu mas são temidos porque são
poderosos e podem fazer mal ou at mesmo provocar a morte de
seus pais. ]uando nascem g9meos, dois pintinhos são
parcialmente enterrados a um canto de um cXmodo e sacrifEcios
são oferec
oferecido
idoss prBDi
prBDimos
mos a eles,
eles, anualm
anualment
ente.
e. ]uand
]uando
o um dos
dos
g9me
g9meos os mo
morrrre,
e, os pais
pais ma
mand
ndam
am um enta
entalh
lhad
ador
or de ma
made
deir
ira
a
esculpir uma figurinha de g9meos 3 /re #béjì8 do mesmo seDo e
com as marcas faciais de sua linhagem. *aso o segundo venha a
morrer enquanto Movem, uma segunda figura  lavradas. *omo os
a:iGu, os g9meos guardam a forma de crianças no cu e passam
seu tempo :rincando. 9meos e a:iGu não são deidadesK os
sacrifEcios a eles oferecidos são para suas almas. m verso 3A@8
conta como pessoas começaram a cozinhar inhames amassados
e temperados, milho 3cozido8, fritar :anana-da-terra e inhames
para g9meos.
m verso 358 conta de que modo [lHrun deu a uma
dentre as dezessete figuras 3[N_8 todos os destinos que este
havi
havia
a perd
perdid
ido.
o. ntr
ntret
etan
anto
to,, em outr
outroo vers
verso
o 3A=@
3A=@8,
8,  [riN
[riNál
álá
á
3-rìnșanlá8 quem distri:ui destinos e, conforme Má vimos, segundo
Lala
LalaGH
GH,, não
não  &lor
&lorun
un ma
mass [riN
[riNálá 3-rìșanlá
álá -rìșanlá -ș&r&gbọ
-ș&r&gbọ8 quem
quem
determinou as divindades os respectivos poderes. ste tema 
repetido em outros versos 3A5?, A=@8.
&s versos, da maneira como foram ensinado ados a 0alaGH,
o:viamente, enriquecem
enriquecem a importncia de sua prBpria divindade.
[lHrun  tam:m chamado de &lBd<marY 3A7, 45=, 58.
"árias interpretaçRes desse nome tem sido oferecidas 34ascom)
5676) 5T8, inclusive aquela contida no verso 45S, no entanto,
identifica &lodumare como [riNá &luofin, uma das Udivindades
:rancasV e filho de PEton e [riNálá. Isso diverge claramente da
crença amplamente em vigor que &lodumare se encontra acima
de todas as outras divindades 3Idowu 567S) @78 assim como não
se coad
coadun
unaa com
com o mimito
to da criaç
riação
ão conf
confor
orme
me rela
relata
tado
do pelo
peloss
sacerdotes de [riNálá em IfY.
#o relato deles, &lodumare deu a [riNálá um pouco de
terra dentro duma concha de caracol e uma galinha de cinco
dedos e o enviou com *amaleão a fim de criar a terra so:re as
prim
primev
evas
as.. ntr
ntret
etan
anto
to,, [riN
[riNál
álá
á em
em:r
:ria
iago
gou-
u-se
se com
com vinh
vinho
o de
palmeira e adormeceu, tomando &duá, seu irmão mais moço, os
materiais em mãos e descendo por uma corrente dos cus, foi
- 41 -

acompanhado por *amaleão e *alau. *amaleão lançou a terra C


água e colocou o galináceo de cinco dedos so:re ela, ordenando-
lhe &duá que a espalhasse. ]uando [riNálá despertou e perce:eu
o que ocorrera,
ocorrera, interditou
interditou o vinho
vinho de palmeira
palmeira 3e todas as coisas
coisas
derivadas do Bleo de palma8 a seus devotos e seguiu &duá at a
terra, onde lutaram pela posse dela. ]uando &lodumare ouviu
acerca da :riga, enviou [runmila para apaziguamento. &utras
versRes acrescentam que ao *riador da erra, &duá, foi dado o
dire
direit
ito
o de gove
governrná-
á-la
la.. orn
ornou
ou-s
-se
e o prim
primei
eiro
ro rei,
rei, de quem
quem os
monarcas ;or<:á alegam descender diretamente. A [riNálá foi
dado o poder de moldar os corpos humanos, tornando-se ele o
criador da 1umanidade.
A despeito de sua importncia na mitologia ;or<:á, &duá
3(duá,
(duá, (duwà,
(duwà, (d)duwà
(d)duwà8 não aparece nos versos de 0alaGH,
conquanto fosse mencionado como vinculado C figura &fun 348 e
constando em uma das lendas de 0alaGH, como acompanhante de
[riNálá C terra. m discussão, 0alaGH descreveu-o como uma das
Udiv
Udivin
inda
dade
dess :ran
:ranca
casV
sV e me
mens
nsag
agei
eiro
ro de [riN
[riNál
álá
á em IfY,
IfY, que
que o
usava para auDiliá-lo em seu tra:alho de modelar crianças não
nascidas. +esmo em sua versão da criação, contada so: a forma
de lenda,  [riNálá 3 Ọbanlá8 e não &duá ou *amaleão quem pXs o
:ocado de terra so:re a água, pousou
pousou a galinha
galinha dos cinco
cinco dedos
para espalhá-la, e criou os pássaros, animais, árvores, ar:ustos e
gramEneas. Am:as versRes são mencionadas por Idowu 3567S)
56SS8, o qual favorece o depoimento
depoimento de 0alaGH.
[ranm
[ranmiFa n 3Ọránmí
iFan Ọránmíyàn
yàn,, Ọrányà
Ọrányàn n8  outr
outra
a im
impo
port
rtan
ante
te
divindade que não aparece nesses versos, mas mesmo assim
0alaGH o mencionou como divindade associada C figura [Ganran
3!8. !iz-se haver tido ele dois pais e ser meio pele :ranca como
&duá e meio pele negra como `gOn, o !eus do 'erro. ornou-se
grande guerreiro como seu pai, `gOn, e  curioso que não tenha
sido citado pelo fato de haver sido o fundador e primeiro rei de
[FH.
[riNálá, o !eus da 4rancura e o criador da 1umanidade,
 Má foi a:ordado porm eDige consideração adicional em
decorr9ncia de sua importncia na versão de 0alaGH da divinação
com dezesseis cawris. 1avendo-lhe sido dado o poder de moldar
os corpos humanos, ele criou o primeiro homem e a primeira
mulherK de acordo com 0alaGH, eram eles :_g:ade e +Htawede,
outros nomes para [riNá /owu e [risa ;emo. [riNálá tam:m
- 42 -

modela a forma humana dos seres no Otero, antes que nasçam.


0alaGH declarou que ignorava como isso era feito, mas outros
inform
informant
antes
es disser
disseram
am que,
que, tra:al
tra:alhav
hava
a na escur
escuridã
idão
o com umauma
faca, ele molda seus corpos e depois, como um entalhador de
madeira, separa os :raços, as pernas, os dedos e artelhos, e a:re
os olhos,
os, os ouv
ouvidos, o nariz e a :oca. le , por vezes,
denominado escultor de &lorun e dois de seus nomes quando 
louvado são UAquele que eDculpe na escuridãoV 3 <gb:!)n!)n
"onà8 e UA pessoa que faz os olhos e que faz o narizV 3ni to sHMO
semOK cf. Idowu 567S) >S8. m um dos versos 3A5?8, Nu achou
[riNálá esculpindo
esculpindo e dele aprendeu
a prendeu como fazia ps, :ocas e olhos.
&utro dos nomes de louvação de [riNálá  UAquele que
cria uma pessoa como :em entendeV 3 <dán# bó '# r#8. *rianças
que ele modela como al:inos 3 à+ín8, corcundas 3abu!é8, aleiMados
3arọ8, anRes 3 <ràrá
 <ràrá8 e surdos-mudos 3od#8, são, para ele,
sagrados. m quarto nome de louvor  U+arido de corcunda,
marido de aleiMado, marido de anão que tem ca:eça achatadaV
3Ọ!ọ abu!é, Ọ!ọ, aràrá aborí$/'é 8, e versos mencionam tanto
aleiMados 3AT5, AT=, 5S,8 quanto al:inos 3AT=, 5>8. &s nascidos
envoltos na mnio 3 *!é, àlà8 tam:m são sagrados ante [riNálá, e
os nome
nomess dado
dadoss aos
aos nasc
nascid
idos
os ness
nessas
as cond
condiç
içRe
Ress tam:
tam:m
m são
são
mencionadas 345, Z58.
le aparece nos versos com os nomes -rìșálá e -rì"ànlá,
freqJ
freqJen
entem
tement
ente
e encurt
encurtado
ado para
para -șãlá e -șànlá, ou com seus
nomes
nomes de louvaç ão -rìșãlá Ọș&r/gb* e Er#j#alo  3AS@8. [:afOnwC
louvação
que significa U/ei dá destinoV parece constituir outra designação
de louvor 3Z58. &s nomes [:Cl<fHn, cuMa cidade  identificada
como rn 3A=T8, &l<fon 3*578 e brNC uMi 3A>, ?8 ou `rsa
tam
tam:m
:m são usados ados.. +ais
ais am
amiiOde refe
refere
rem
m-se a ele com omo,
o,
simplesmente, UPaiV 3 àbá8 ou U!ivindadeV 3`rNC, ou em sua
forma reduzida, `NC8. nquanto a palavra [riNá traduz-se como
divindade, comumente se refere, especificamente,
especificamente, Cs Udivindades
:ran
:ranca
casV
sV,, dist
distin
ingu
guin
indo
do-s
-se
e de outr
outras
as deid
deidad
ades
es 3&bọra
&bọra,, &bura
&bura,,
#mọl&8.
*lar
*laram
amen
ente
te  [riN
[riNál
álá
á quem
quem cont
contro
rola
la a divi
divina
naçã
ção
o de
dezesseis cawris, de 0alaGH, do mesmo modo que  [runmila que
o faz na divinação Ifá. /epetidamente
/epetidamente rezam os versos U[riNá dizV
quando anunciam a predição, e o consulente Uestava louvando os
divinadores e os divinadores estavam louvando [riNá por seus
divinadores terem falado a verdadeV ou, literalmente, Uque os
- 43 -

divinadores tinham falado com :oas :ocasV. Isto significa que os


divinadores estavam louvando [riNálá porque ele fez com que a
divinação tenha sido acurada, de modo que a predição revelou-se
verdadeira.
&s versos identificam Aratumi 3A58, [NOn 3AS@8, re ou
PEton 345S8, &ro 3*578 e ;emo ou ;emuo 3578, tam:m
conhecida por +Htaw_de, como sendo as esposas de [riNálá,
havendo 0alaGH acrescentando Adun, ou *aracol, e ;emHMá. !iz-
se que seMam seus filhos Nu 3ZS8 e [mHniFinr_ 3?8. &s versos
narr
arram comomoo [riN
riNálá
álá con
conseg
seguiu o pode
oder 3CN_
CN_8 de ter
ter suas
suas
prediçRes não se realizam em um dia 3A5S, '?8 e como lhe foi dito
para que usasse roupa :ranca 3578. ]uando [NOn se reOne a
[riNálá em seu sacrário,  dito a ela para traMar-se com tecido
:ranco, com chapu :ranco, e calças compridas :rancas e que
Ulas tem de estar limpasV 3AS68. ]uando a roupa de [riNálá 
enodoada com Bleo de palmeira e Bleo de caroço de palmeira,
am:os ta:u para ele, e suMada por madeira preta, ;emo lhe dá
roupas :rancas limpas para vestir 3578. &utros versos contam
como ele começou a comer o guisado não temperado que lhe 
oferecido em sacrifEcio 3!58, e como ele fez do sal um ta:u para
al:inos 3AT=8.
/efer9ncias são feitas Cs suas contas :rancas 345=8, seu
metal especial, o chum:o 3*@, *56, 578, e a seu tam:or ag:a
3558, e os sacrifEcios que ele  instruEdo a fazer incluem tecidos
:rancos, galinhas :rancas, pom:os :rancos e caracBis 345=, 578.
m um verso 3AS8, [riNálá encontra *aracol co:rando pedágio
no portão da cidade e [runmila e `gOn, de maneira semelhante,
encontram seus animais sacrificiais favoritos, a *a:ra e o *ão. A
maio
ma iori
ria
a dest
destes
es pont
pontos
os conf
confir
irma
mam
m cren
crença
çass acei
aceita
tass acer
acerca
ca de
[riN
[riNál
álá,
á, ma
mass eu não
não consi
onsigo
go eDpl
eDplic
icar
ar a razã
razão
o pela
pela qual
qual um
sacrifEcio a ele deveria incluir uma galinha preta, um pom:o e
uma ca:ra preta. 3P58.
!ivers
!iversas
as outras
outras Udivi
Udivinda
ndades
des :ranca
:rancasV
sV são
são citada
citadass nos
vers
versos
os.. [riN
[riNá
á &luH
&luHfi
fin,
n, Má me
mencncio
iona
nadodo como
como iden
identi
tifi
fica
cado
do com
com
&lodumare, transporta o traMe :ranco do [riNá /owu, que toma o
tEt
tEtulo do [riNriNá &loMo
loMo 3A=
3A=8. 0egund
undo 0alaGalaGH
H, estas
tas são tr9 tr9s
divindades :rancas distintas e [riNá /owu  o filho mais velho de
[riNálá, mas Idowu 3567S) >@8 identifica [riNá /owu como &riNálá
na cidade de &wu. m verso 35?8 prescreve um sacrifEcio para
uma
uma divi
divind
ndad
adee :ran
:ranca
ca não
não iden
identi
tifi
fica
cada
da.. [riN
[riNáá &giF
&giFanan,, que
que 
- 44 -

denominado UAquele que desfruta da honraV,  golpeado com


:astRes por sete al:inos em eMig:o, sua cidade, uma aparente
alusão e flagelação, que  praticada por seus devotos 35>8. este
mesmo prescreve um sacrifEcio C colina &giFan e outros
prescrevem sacrifEcios para uma colina 32= nota I, 2T8. *olinas
figur
figuras
as notave
notavelme
lmente
nte em vários
vários versos
versos 3e
3e.. g.,
g., AS58,
AS58, inclui
incluind
ndo
o
&sinnido, em I:adan 3T, @8 e &lumo, em A:eoGutá 3Z@8.
Nu 3Fș)8  o divino mensageiro
mensageiro que entrega os sacrifEcios
oferecidos em seu sacrário, de acordo com o que prescrevem os
divinadores, a [lHrun. le  tam:m o divino trapaceiro que não
sB delicia em faze azer arruaça mas tam:m serve a outras
divindades ao pertur:ar os seres humanos que as ofenderam ou
negligenciaram. le  chamado de UNu não  :omV 3 Fș) -dáraK
ATT,
ATT, *5@8
*5@8,, e  tam:
tam:mm conh
conhec
ecid
ido por .l
o por .l&g
&gbá
bá 3A=T8 e  G)or#wà
3ZS8
3ZS8.. 0ua
0ua cida
cidade
de  Iwor
Iworoo 3A=T
3A=T8.
8. Inde
Indepe
pend
nden
ente
teme
ment
nte
e de qual
qual
divindade  cultuada por cada indivEduo, todo mundo era para ele
de modo a que ele não lhes cause pro:lema, e uma parte de
qualquer sacrifEcio  posta de lado, para ele. 0eu assentamento
sagrado  um :loco de laterita montado fora da casa e ao qual
sacrifEcios são oferecidos ou uma tosca figura de :arro  posta em
encruzilhadas, C qual os passantes dão cawris ou pedacinhos de
alimento.
Nu  a mais Movem e a mais esperta dentre todas as
divind
divindade
adess criada
criadass por [lHrun
[lHrun,, conqua
conquanto
nto 0alaGH
0alaGH novame
novamente
nte
parta da crença comum ao atri:uir este ato a [riNálá. m um dos
versos de 0alaGH 3ZS8, antes que [riNálá gerasse Nu ele foi
adve
advert
rtid
ido
o de que
que N
Nu
u Uvai
Uvai quer
querer
er supe
superá
rá-l
-loU
oU e Utom
Utomar
aráá seu
seu
mundo de voc9 se não prestar atençãoVK depois Nu talhava
porretes e os usava para superar qualquer um so:re a terra, e
Utudo que o Pai fazia, Nu faziaV.  de novo foi [riNálá quem
enviou Nu para viver nas encruzilhadas e fazer coleta de alguma
coisa de qualquer um que passasseK e por isso Nu se tornou rico
e Umaior que todos os seus maioresV 3A5?8. le  preguiçoso 3ZS8
e não tem tra:alho para fazer 3A5?8. A afirmação que Uhomens
indolent
indolentes
es vivem de sua sa:edoria
sa:edoriaKK somente
somente os tolos não sa:em
sa:em
como administrar seus negBciosV 3A5?8 se refere a Nu.
!o mesmo modo que nos versos de Ifá, Nu aparece aqui,
primariamente, em seu papel de Udivino eDecutorV, o que impRe,
 quem pune aqueles que deiDam de fazer os sacrifEcios
prescritos pelos divinadores e recompensa os que os fazem. 0ua
- 45 -

notável imparcialidade neste papel 34ascom 5676) 5@-57, 55?8


e no de mensageiro das divindades são dificilmente compatEveis
com sua identificação a 0atanás como o fazem tanto cristãos
como
como muçmuçulma
ulmano
nos.
s. A:im
A:im:H
:Hla
la 356>
356>7)
7) ?78
?78 defi
define
ne-o
-o como
como um
policial, mas Nu não prende simplesmente as pessoas ou as traz
perante um MulgamentoK ele, em pessoa,  quem ministra Mustiça
divina, quer recompensas, quer puniçRes. ampouco  este papel
coerente com sua identificação com o que se chamaria de Uo
princEpio da am:igJidadeV 3'agg 5678ou Uum espErito de acaso e
incertezaV 3lisofon e 'agg 56@?) 55T8. #ão eDiste nada mais
infalEvel do que quando Nu assiste algum,  porque essa pessoa
ofereceu o sacrifEcio prescrito ou fez alguma outra coisa que lhe
agradou, ou então quando algum deiDou de realizar o sacrifEcio,
se recusa a o:edecer a outras instruçRes, ou ainda comete uma
outra ofensa qualquer, Nu a punirá ou se alegrará com seu
infortOnio.
Por isso, um verso afirma que Nu estraga o tra:alho de
um menino que se recusa a ficar em casa aprendendo Ifá, os ritos
sacrificais e como apaziguar os deuses 3*5@8. `gOn rompe com
um ta:u e depois mata o encarregado do pedágio da porta da
cidade, e Nu o faz foragir-se na floresta 3AS8. ma mulher
realizou sacrifEcio e tem filhosK mas escarnece dos divinadores e
Nu faz com que as cri criança
ançass Mogu
oguem fruta
rutass nel
nela 3A@8
A@8. m
com:atente chama Nu de ladrão e se recusa a fazer sacrifEcio,
sendo então morto em :atalha 35=8. ]uando AGisa m_r_ desafia
os deuses e se recusa a sacrificar carne seca, Nu eDclama) Ule
não deveria comportar-se assimV e AGinsa m_r_ se engasga
sufocado com a carne enquanto Nu se reMu:ila 3I5>8. gungun e
AgunfHn se recusam a sacrificar suas espadas e Nu diz) Ules não
ofer
oferec
ecer
eram
am sacr
sacrif
ifEc
Ecio
ioV.
V. gun
gungu
gunn deca
decapi
pita
ta Agun
AgunfH
fHn
n com
com sua
sua
espada e Nu se regoziMa 3#58.
& tam:or ag:a leva um sova com a :aqueta que ele
deiDou de sacrificar e Nu se deleita 3558. A árvore cola não
completa seu sacrifEcio e Nu diz Cs pessoas para usarem seus
filh
filhos
os 3noz
3nozes
es de cola
cola88 em seus
seus ritu
rituai
aiss 3*5>
3*5>,, 58
58.. ma
ma erva
erva
daninha não completa seu sacrifEcio e Nu diz aos lavradores para
capinarem com a enDada o que ela não ofereceu 3A=>8. m:ora
não seMamos informados se ele sacrificou ou não, aparentemente
o squilo não o:edece Cs instruçRes para não falarK camponeses
matam então seus filhotes e de novo Nu se alegra 378.
- 46 -

]uan
]uandodo a Pom:
Pom:a a se rec
recusa
usa a sacr
sacrif
ific
icar
ar,, Nu leva
leva os
campXnios a comer seus filhotes e [Fá a que:rar seus ovosK mas
porque o pom:o realizou o sacrifEcio, Nu faz os homens a levá-lo
para casa e o guardar como :ichinho de estimação 3A5@8. ]uando
'eiMão +anteiga reMeita sacrificar Nu faz os lavradores comerem
seus feiMResK mas porque 'eiMão 0arnento oferece sacrifEcio, eles o
a:an
a:anddonam
onam 3*5?8. ?8. ]uando
ando uma
uma plant
lanta
a ras
rasteira
eira se nega a
sacr
sacrif
ific
icar
ar,, faz
faz lavr
lavrad
ador
ores
es a cort
cortar
arem
em.. &chr
&chra,
a, queque sacr
sacrif
ific
ica,
a, 
deiDada crescer 3Z78. ]uando anga e a *a:eça ]uente não
querem sacrificar suas facas, Nu as faz se matarem com suas
prBprias armasK mas ele dá a 0erenidade os tr9s cestos de contas
que a mãe deles tinha enviado a seus tr9s filhos 31?8. ]uando
eg:e não sacrifica, Nu devolve a vida aos animais que ele
matou, e eles fogemK então  eg:e realiza sacrifEcios e Nu o
aMuda a conseguir um cavalo, seis tOnicas, seis servidores e seis
esposas e tornar-se o herdeiro do rei 3I578. ]uando o chefe de
ata faz o sacrifEcio mas sua mulher não o faz, Nu o salva mas
deiDa sua mulher ser morta 3*5S8.
#a real
realid
idad
ade,
e, ness
nesses
es vers
versos
os,, N
Nu
u assi
assist
ste
e aque
aquele
less que
que
oferecem o sacrifEcio prescrito em muito mais eDemplos do que
pune os que não o fazem ou se reMu:ila quando estes topam com
infortOnios. & rei de Igede sacrifica uma faca e Nu a emprega
para salva-lo quando ele tenta enforcar-se 3178. & chefe de IfHn e
o chefe de Mig:o sacrificam e Nu os aMuda a encerrar a disputa
que mant9m entre si 35?8. & chefe de Mu sacrifica e Nu o aMuda,
:em
:em como
como os seusseus pare
parent
ntes
es,, a vive
vivere
remm vida
vidass long
longas
as 35@
35@8.
8.
2ag:onpala e uma mulher velha sacrificam e Nu os auDilia a se
casarem um com o outro 358. & 1omem *ego sacrifica e Nu o
aMuda a a:ater pássaros e um antElope com espingarda quando
outros
outros fraca
fracass
ssara
aramm 3
3>8.
>8. /HMuf
/HMufori
oriti
ti toma
toma dinhe
dinheiro
iro empres
emprestad
tado
o
para fazer o sacrifEcio e Nu o auDilia para que se torne rico 3A==8.
Nu multiplica o sacrifEcio de +Hloun e a salva dos gungun 3Z5=8.
le multiplica o sacrifEcio da mãe de &nkdere e salva seu filho da
morte ao ha:ilita-lo para se tornar chefe de Idere 3'68.
+acaco olo sacrifica e Nu o aMuda a escapar do
2eopardo 3'5=8. *rocodilo sacrifica cravos de ferro e cascas de
cocos e Nu os transforma em seus dentes e escamas 3158. A
mãe de Potto oferece um sacrifEcio e Nu o salva da morte 3*55,
nota T8. +açarico sacrifica e Nu lhe consegue roupas, dinheiro e
uma esposa 3*>8. Palmeira luMu sacrifica e Nu a aMuda a dar a
luz aos seus re:entos 3A578. *olina oferece um sacrifEcio e Nu a
- 47 -

auDi
auDili
lia
a a resi
resist
stir
ir aos
aos ataq
ataque
uess dos
dos pássa
ássaro
ros,
s, dos
dos rato
ratoss e dos
dos
homens 3AS58.
A ca:eça sacrifica e Nu a defende quando ele toma os
destinos 3A=@8. & !estino faz sacrifEcio e Nu convence [riNálá a
perdoa-lo por haver sido insolente 3*568. Por tr9s vezes [runmila
sacrifica e Nu o salva da morte 3I5?8, aMuda-o a ficar rico 35T8 e
convence [NOn a lhe dar dinheiro e filhos 35@8. [runmila inicia
Nu em Ifá e Nu lhe retri:ui aMudando-a a tornar-se rico 3A568. As
liçRes dos versos são B:vias) agrade a Nu e não o ofendaK e
Uoferecendo sacrifEcios  o que aMuda a algumK não oferecendo,
não aMuda a ningumV.
[run
[runmi la 3-rúnmìlà8, de quem se diz derivaria a
mila
divinação com dezesseis cawris,  freqJentemente mencionado
nos versos. m:ora seMa evidente que Ifá 3Ifá8  tam:m um
nome de [runmila, 3A5S, 5=, 5T, 5@, I5S8, nBs nos referimos
a ele como [runmila, e a seu sistema de divinação como Ifá. 'ala-
se amiOde de [runmila como um amanuense ou um escri:a
porque ele UescreviaV Cs outras divindades e ensinou aos seus
divinadores a UescreverV, ou seMa, a marcar as figuras Ifá em pB
de madeira em seus ta:uleiros divinatBrios.
divinatBrios.
 tam:m definido como um homem instruEdo ou erudito
em virt
virtud
udee da sa:ed
a:edor
oria
ia conti
ontida
da nos
nos vers
versos
os Ifá.
Ifá. Aqui
Aqui ele
ele 
deno
denomi
mina
nado
do U0a:
U0a:ed
edor
oria
iaVV 3*S8
3*S8,, U& pequ
pequen
eno
o que
que vive
vive de sua
sua
sa:e
sa:edo
dori
riaV
aV 3A=T
3A=T,, 45T8
45T8,, e UAqu
UAquelele
e que
que  ma
mass poss
possan
ante
te que
que
medicinaV 3#S8. #os  dito que)
rande sa:edoria
 a chave para se conseguir grande sa:er.
0e não tivermos grande sa:edoria
#ão poderemos aprender medicina potente,
#ão conhecendo medicina :astante forte
#ão curaremos doença grave
#ão ganharemos grande fortuna,
 se não ganharmos muito dinheiro
#ão poderemos fazer grandes coisas. 3478
'ica
'icamo
moss sa:e
sa:end
ndo
o tam:
tam:mm que
que U na po:re
o:reza
za que
que o
menino aprende IfáK sB mais tarde  que ele prosperaV 3*5T8. #Bs
 Má vimos que [runmila  fisicamente d:il, e que sB se tornou
divinador e her:anário porque nenhum outro tra:alho lhe era
fácil. +esmo assim, um verso 35T8 diz que a luta corporal foi sua
profissão e que a:ateu diversos reis at que Nu lhe ensinasse a
- 48 -

perder. 0ua pele  preta 3#S8 e sua cidade  Ado 3A=T8.  tam:m
chamado UAquele que tem uma coroaV 3A68 e &luwara &Gun
3A=T8.
&s versos porque uma ca:ra  o principal animal
sacrificial de [runmila 3I5S8. /eferem-se ao seu re:enque de ra:o
de vaca, de divinador 3IT8 e mencionam o seu gongo3I5S, #S8 e
dois de seus tam:ores, aran 3I5S8 e ogidan 3558. !ão conta da
orig
origem
em da tige
tigela
la divi
divina
natB
tBria 3o$ón
ria o$ón #gede
#gede8 dentro da qual são
conservados seus dezesseis dend9s, e do :astão de ferro 3 o"),
o")n8 que se encontra Munto ao seu sacrário e não pode tom:ar
368. les esclarecem a origem do arremesso do opel9 35T, nota
T8 e, provavelmente, se refere ao modo como  manipulado 35@,
nota 58. !escrevem a maneira como as figuras Ifá são marcadas
no ta:uleiro de divinação e contam como [runmila Muntou dend9s
com quatro UolhosV cada um e as ervas com as quais são lavados
a fim de prepara-los para o uso na divinação 3478. m verso
3A5
3A58,8, [run
[runmimila
la plan
planta
ta erva
ervass eDcl
eDclus
usiv
ivam
amen
ente
te dest
destin
inad
adas
as C
medicina, mas enche seus depBsitos com milho, milho da guin,
feiMRes e inham ame es cultivados por outras divindades. 0eu
conhecimento
conhecimento acerca das propriedades das ervas  superado pelo
de [sánFin, o deus da medicina 3568, mas vence este num torneio
de magia, tomando-lhe o gongo para si 3#S8.
[runmila se casa com a filha do chefe de Iwo 31>8, PoFe
3I5S8, &du 345T8, r_ 3Z5S8, AMesuna 3AS?8 ou !inheiro, mere
3AS78 uma a:iGu, [NOn 3*S8 e Aina e [r_ 3A68, filhas de &lorun.
le
le tam:
tam:m
m defl
deflor
ora
a tant
tanto
o [NOn
[NOn 3'3'5
588 quan
quanto
to PoFe
PoFe 3I5S
3I5S88 e 
acusado de adultrio 3I5S, Z5S8K e rompe um ta:u de [NOn ao
derramar cerveMa de milho-da-guin so:re ela 35@8. *omparece
como principal personagem em muitos outros versos 3A?, A5S,
A56, AS, *7, 55, 5=, I5, I5=, I5?, I568.
[NOn 3Ọșun8  a deusa do rio [Nun, que nasce em Giti,
no lest
leste,
e, e corr
corre
e pas
passand
sandoo pela
pela cida
cidadede de &Nog
&Nog:o:o,, onde
onde se
encontra localizada seu principal sacrário. #arram os versos que
ela
ela caso
casouu com
com [run
[runmi
mila
la 3*S8
3*S8 e [riN
[riNál
áláá 3AS@
3AS@8,
8, e info
inform
rman
ante
tess
acre
acrescscen
enta
tam
m que,
que, em outr
outros
os temp
temposos,, foi
foi casa
casadada com
com `gOn
`gOn,,
LCngB, LopHna e [sánFin, alm de tomar outros deuses como
amantes. m uma de suas lendas, 0alaGH o:serva que U[NOn 
mais
ma is apre
apreci
ciad
ador
ora
a de rela
relaçR
çRes
es seDu
seDuai
aiss que toda
todass as outr
outras
as
mulh
mulher eres
esV.
V. m cons
conseq
eqJ9
J9nc
ncia
ia de sua
sua prom
promis
iscu
cuid
idad
ade,
e, os seus
seus
devotos a descrevem como uma rameira mas sentem orgulho das
- 49 -

aventuras amorosas dela porque contri:uem para sua reputação


de :eleza e por seu meticuloso cuidado com a apar9nciaK e  tão
famosa por dar C luz crianças quanto por ser :ela. 0eus devotos
em [FH dizem que o tra:alho de [NOn  provocar a concepção,
criando os :e:9s dentro do Otero apBs relação seDual antes que
[riNálá comece a modelá-los na forma humana. la tam:m usa
água fria para curar fe:res 3+S8.
[NOn  denominada UPossuidora de (gua 'riaV 3AS@, AS6,
+S8, U[NOn deu a mimV 3S8, U*onhecimento 3*S8, U#ossa +ãeV
3'T8, U+inha +ãe, &tolo fHnV 3AST, *T, S, 7, 6, 58 e ainda
&lad
&ladeG
eGoM
oMu
u 3
35@
5@8.
8. m devo
devoto
to de [NOn
[NOn em IleNIleNa
a inte
interp
rpre
reto
tou
u
2adeGoMu como significado Uem muitas coroasV, se referindo a
suas coroas de cawris, e &toro fHnV em Giti. 0eus devotos em
&Nog:o dizem que ela  natural de Igede 3'58, cidade situada a
sete milhas a oeste de Ado Giti.
m um verso 358, [NOn dá filhos C gente de [Nog:o,
mas eles a ignoramK assim, ela faz com que seus filhos tenham
fe:re e depois os cura quando o povo recomeça a sacrificar para
ela. &s sacrifEcios a ela incluem alface selvagem, acará, _GH,
nozes de cola e galinhas 35, 5@8. la toma cerveMa de milho
:ranco, mas cerveMa de milho-de-guin  ta:u. [runmila diz Ula
não tem maiores ta:us que milho-de-guinV e quando ele verte
cerveMa desse milho so:re ela, [NOn está sentada em seu trono
em todo esplendor 35@8. #este verso 35@8, o consulente 
instruEdo a dar a [NOn seu ta:u e, em seguida, oferecer-lhe seus
pratos favoritos. &utro verso 3*T8 conta como ela deiDou de :e:er
cerveMa de milho-de-guin e tomou cerveMa de milho :ranco a fim
de ter filhos. [NOn captura +ulheres da cidade e traz as mulheres
para [Mog:om_Gun, onde todas a veneram 368. 0eu metal 
latão 3S8, Uo primeiro nascido de [NunV 3*@8, e seus devotos
usam :raceletes desse metal como suas insEgnias.
LCngB 3Șàngó8  um !eus do raio. 1a:itando o cu, arroMa
meteoritos para a terra, matando os que o ofendem ou ateando
fogo a suas casas. 0ão machados pr-histBricos de pedra que
lavradores por vezes encontram ao passarem as enDadas nos
campos que cultivamK são levados aos sacerdotes de LCngB que
os conservam em seu sacrário numa :andeMa apoiada num gral
invertido, o qual tam:m serve de assento quando as ca:eças
dos iniciados são raspadas 3cf. 4ascom 56>S) 78. As pedras nos
sacrifEcios a LCngB 3AT7, S, 25, 2=8 podem ser uma alusão aos
- 50 -

seus meteoritos e, em um verso 3'@8, LCngB mata um leopardo ao


colocar so:re o animal um almofariz invertido. le tem um tipo
especial de tam:or conhecido por :atak 3cf. 4ascom 56>S)5?8, e
um verso 32?8 eDplica que 4ata, que havia sido amigo de LCngB
desd
desdee a inf
infnc
ncia
ia,, torn
tornou
ou-s
-se
e seu
seu su:s
su:sti
titu
tuto
to ou repr
represesen
enta
tant
nteK
eK
LCngB sacrificou um tam:or :ata e Usta  a razão porque 4ata
não pode largar LCngB hoMeV e porque as pessoas dão C divindade
dinh
dinhei
eiro
ro,, tOni
tOnica
cass e fran
frango
gos.
s. &s alim
alimen
ento
toss favo
favori
rito
toss de LCng
LCngBB
incluem nozes de cola amarga 3oro:X8 e massa de inhames 3AT7,
258, mas nem nem carnearneiiros
ros intei
teiros
ros nem cozcozido
ido de ochr
ochra
a são
mencionados.
Afir
Afirma
ma-s
-se
e que
que LCng
LCngB
B suce
sucede
deuu a seu
seu pai,
pai, [ran
[ranmi
miFa
Fan,
n,
como um dos primitivos reis de [FH e vários versos dizem que ele
se tornou rei 3AT?, 2>, 2?8. le foi notado por seus poderes
mágicos e foi temido porque, quando falava, fogo saEa de sua
:oca. m verso tem LCngB acendendo um fogo em sua :oca com
itufuk 32=8, fi:ras empapadas de Bleo provenientes do pericarpo
da palmeira oleaginosa, e que são empregadas na confecção de
archotes e para atear fogo. m estado de possessão, diz-se que
um devoto de LCngB pode engolir fogo, possivelmente usando
itufu, transportar um pote com :rasas vivas so:re a ca:eça ou
colocar sua mão em :rasas vivas sem dano parente. &utro verso
3*5>8 aconselha) U!everemos usar itufu para rece:er a aMuda de
LCngBV. 0egundo uma lenda, foi uma derrota em um torneio de
magia que levou LCngB a deiDar [FH e a dependurar-se 3ou
enforcar-sej8, conquanto quando relmpagos faEscam e trovRes
ri:om:am seus devotos :radam U& rei não se enforcouV, uma
saudação que aparece em um verso 3AT78. 'icamos sa:endo que
sua cidade  Zoso3A=T8, onde se diz que se enforcou, e que
LCngB, !ada e gungun
gungun são meio-irmãos, filhos da mesma mãe,
mãe,
 ;emHMá 31S, nota S8.
+uitos nomes são dados a LCngB nos presentes versos,
mas não o mais usual, aquele que U2uta com pedrasV 3 Ga!u'a8,
refe
referrindo-
ndo-sse aos
aos meteori
eorito
toss que arre
rremessa
ssa C ter
terra.
ra. le 
chamado de U& que inverteu um gral e matou um leopardo em
npe U 3'@8, U1omem louco de IMe:uV 3'@8, filho U!aquele que v9
S inimigos e os conquistaV3258, U'olhas me aMudamV 32=, 2?8 e
Awalawulu 3'58, que relem:ra o som do trovão. +uitos nomes de
LCngB não puderam ser traduzidos, inclusive 2aGiH 3A=T8, ag:a
3AT78, _miade 3AT?8, _la &Go 3S8, &lu:am:i 3'@, 2=, 2?8, _nrHla
3258, filho de &Mog:o 328, &romaMog:o 32=8 e AfHnMa 3AT?, 2>8, que
- 51 -

 tam:m o nome de AfHnMa de IlHrun, o qual se revoltou contra o


rei de [FH.
#os versos, somos informados de que, quando *rocodilo
não conseguiu parir seus filhotes, LCngB soltou gritos e todos os
seus filhos nasceram, e U por isto que o trovão estala antes de
os filhos de *rocodilo saEremV 3278. LCngB Ua:riu a porta de água
um poucoucoV e chu
chuva caiu duranrante sete
sete dias
ias, prov
provoc
ocan
ando
do a
:rotação de árvores desfolhada adas, faze
azendo com que rios
corressem de novo e que o povo de Ire prosperasse 3T8. le
sacrificou e ningum mais pode levantar-se contra eleK tomou de
um porrete na mão e derrotou os seus inimigos 3258. Afastou os
antElopes africanos 31arte:eeste8 que estavam matando os filhos
do povo de IMag:a e se tornou a divindade que toda a gente de
IMag:a reverenciava 3AT78.
[Fá 3Ọyá8  a esposa favorita de LCngB, a Onica mulher
que lhe permaneceu fiel at o fim, deiDando [FH com ele e
virando divindade com ele. la  a deusa do rio #Eger, que 
chamado /io [Fá 3(d* Ọyá8, mas ela se manifesta como sendo o
forte vendaval que precede uma tempestade. ]uando LCngB quer
lutar com relmpago ele envia sua mulher C frente para lutar com
vento. la destelha casas, derru:a árvores e insufla os fogos
atea
ateado
doss pelo
peloss me
mete
teor
oros
os de LCng
LCngB,
B, faze
fazend
ndo
o dele
deless um gran
grande
de
inc9ndio de altas chamas. ]uando [Fá chega, as pessoas sa:em
que LCngB não está muito atrás, e diz-se que, sem ela, ele não
consegue lutar. &s versos informam que [Fá  a mulher de
LCngB, Ua esposa que  mais feroz que o maridoV31@8. 0ua cidade
 Ira 3A=T8, que se diz ser prBDima a [fa.
#os versos, Zite apela para [Fá que prova um tal vento
que lhe permite mergulhar
mergulhar na fumaça e retirar do fogo uma pedra
378, e Nu diz a [Fá para sacudir uma árvore 3com o vento8 e
fazer tom:ar os ovos da Pom:a ao chão e assim que:ra-los 3A5@8.
A mãe de Potto sacrifica para [Fá e [Nun, e ele  salvo por um
vento 3*55, nota T8. -nos relatado que Uchifre de 4Ofalo  :om
para
para ser
ser liDa
liDado
do com cam
camwo
woododkK
kK nBs
nBs o esfr
esfreg
egam
amos
os at
at fica
ficarr
vermelho e o damos a [Fá3*58, uma refer9ncia aos chifres
avermelhados que são colocados no sacrário de [Fá. 'icamos
sa:endo que [Fá faz da carne de ovelha ta:u porque ela a
comeu para ter filhos, e que ela  tam:m  chamada de Uaquela
que tem filhosV 3 Ọlọmọ8 e U+ãe de #oveV 3 0yan"an,
0yan"an, HYan"an
HYan"an8
porque ela teve nove filhos 3*=8. &utra das esposas de LCngB,
- 52 -

[:á, tam:m deusa de rio com [NOn e [Fá, não  mencionada


nos versos, em:ora apareça em uma das lendas de 0alaGH.
 ;emHMá 3Yemọjá8  a !eusa do rio `gun3 od* *gun8, Cs
vezes definido como o rio ;emHMá 3 od* Yemọja8, que corre na
direção sul, atravs do territBrio ;or<:á, e passa pelas cidades de
[FH e A:_oGutá. m:ora 0alaGH a identificasse como a mulher de
[riNálá, diz-se em geral que ela procede da cidade de 4ida, no
territBrio #upe, tomando a direção da antiga [FH, onde se casou
com o rei, [ramiFan, e com ele teve LCngB. +ais tarde largou do
marido e casou-se com [G_r_, chefe de LaGi, cidade situada a
cerca de setenta e cinco milhas a noroeste de [FH. m verso
315S8 narra a mais importante lenda a respeito de ;emHMá Q como
ela e [G_r_ se prometeram respeitar os ta:us respectivos, mas
quando ela penetrou no proi:ido aposento de flechas para tira-las
da chuva, [G_r_ violou o ta:u dela escarnecendo de seus seios
longos e caEdos, que chegavam ao chãoK então foi a vez dela
romper o ta:u dele ao zom:ar de seus dentes protraEdos e fugiu,
caiu ao solo e se transformou no rio `gun enquanto sua mais
 Movem companheira
companheira de concu:inato virou rio &fiGi,
&fiGi, um afluente do
`gun.
m uma variante desta lenda, contada por devotos de
 ;emHMá, em Is_Fin, a deusa entrou num quarto proi:ido do
palácio de [G_r_ em :usca de alimento para seu hBspede e ele
violou o ta:u
a:u dela ao ridiculari arizar seus com
omp
pridos seios
:aloiçantesK ela replicou ao mofar de seus imensos testEculos, e
tom
omou
ou seus potes
otes e se escafe afedeu.
eu. [G_r_
G_r_ a perse
rseguiu e a
derru:ou, transformando-a
transformando-a em um rio que escorria de seus potes.
[G_r_ se tornou a colina [G_re, a fim de :loquear o curso dela,
mas LCngB veio em seu socorro e fendeu a colina com um raio de
modo que o rio fluEsse atravs.
ma terceira variante, contada por um divinador Ifá, em
Igana, diz que ela e [G_r_ não respeitavam mutuamente seus
ta:us conforme haviam com:inado. [G_r_ dizia que os seios de
 ;emHMá eram longos demais e ela replicava que os testEculos
eram tão grandes quanto ca:aças. [G_r_ agarrou uma faca e
 ;emHMá escapuliu com seu pote, caEdo no chão e se transformou
no rio `gun.
ma quarta versão, apresentada por devotos de ;emHMá,
em [FH,
[FH, não
não indi
indica
ca porq
porque
ue eles
eles se sepa
separa
rara
ram
m ma
mass diz
diz que
que
 ;emHMá foi em:ora levando Cs costas seus :e:9s e seu pote
- 53 -

dkágua so:re a ca:eça. [G_r_ a seguiu, mas ela pousou seu pote
e o transformou em um rio que ele escorre. [G_r_ se fez uma
coli
olina no traM
traMe
eto do curs
curso
o dkág
kágua, mas LCng
LCngB
B fulm
lmin
ino
ou-a
u-a,
rompendo um caminho para que o rio fluEsse atravs.
ma
ma vers
versão
ão fina
final,
l, rela
relata
ta por
por sace
sacerd
rdot
ote
e de LCng
LCngB,
B, em
Zoso, conta apenas que ;emHMá querelava com [G_r_ e foi viver
no rio, mas faz de [G_r_, ao invs de [ranmiFan, o pai de LCngB.
& nomome
e ;emH
;emHMáMá  ha:i
ha:itu
tual
alme
ment
nte
e inter
nterpr
pret
etad
ado
o como
como
significando
significando U+ãe de PeiDesV ou, mais literalmente, U+ãe de filhos
de peiDeV. 3Y/yé ou Iyé ọmọ &ja8.  tam:m conhecida por U(gua
toma uma coroa, pela qual consentimos para casarU 31S8, filha
Udaquela que comeu :rocas de palmeira e teve seiscentos filhosV
31S8, Atalamag:a 3h58, +HaNHg:Hg:Hg:aFo 3158 e [mHM_l_wu ou
+HM_l_wu 315S8, nome tam:m dado por informantes de Is_Fin e
Igana. la  identificada como a mãe de LCngB, gungun e !ada
31S, nota S8.
gun 3-gún8  o deus do 'erro e patrono de todos
&gun
aque
aquele
less que
que usam
usam ferr
ferram
amenenta
tass dess
desse e me
meta
tal.
l.  o patr
patron
ono o de
caç
caçador
adoreses e guer
guerre
reiiros
ros e, por
por isso
isso,, um !eus
!eus da ueruerra
ra,, um
padroeiro de ferreiros, de entalhadores de madeira e coureiros,
de :ar:eiros, daqueles que realizam circuncisão e cicatrização e,
em tempos recentes, dos que dirigem automBveis e locomotivas.
0em ele, as pessoas não poderiam ter cortados os seus ca:elos,
não poderiam ser circuncizados e teriam marcas faciais, animais
não poderiam ser caçados ou a:atidos, fazendas não poderiam
ser limpas ou suas terras revolvidas, caminhos para fazendas
:em como poços dkágua seriam tomados pelo mato, e ningum
pode
poderi
ria
a ter
ter acen
acendi
dido
do fogfogo semsem pede
pedernrnei
eira
ras,
s, as quais
uais eram
eram
empr
em preg
egad
adas
as at
at que
que fBsffBsfor
oros
os fora
foramm imimpo
portrtad
ados
os.. As outr
outras
as
divindades tam:m dependem de &gun, pois ele lhes a:re o
cami
caminh
nho o com
com sua
sua ma
marc rche
hete
teKK ma
mass ele
ele  ma
mais is afam
afamad
adoo comomoo
ferreiro e um grande com:atente.
&gun  o dono do ferro e de novas copas de palmeiras,
que
que são
são emempr
preg
egad
adas
as para
para ma
marc
rcar
ar seus
seus sacr
sacrár
ário
iosK
sK fron
fronde
dess de
palm
palmeieira
rass pode
podemm ser
ser usad
usadas
as em outr
outros
os sacr
sacrár
áriios de outr
outras
as
divindades, mas pertencentes a &gun. 'icamos sa:edores por
este
estess vers
versos
os que
que 'err
'erro
o  o prim
primog
og9n
9nit
ito
o de &gun
&gun,, e porqu
orquee
enferruMa ou oDida enquanto 2atão ou *hum:o, não 3*@8, e que
Ucopas novas de palmeira fazem o corpo de &gunV 34@8. le 
tam:m o dono dos cãesK os machos constituem um dos seus
- 54 -

alimentos sacrificiais favoritos, sendo comidos por seus devotos.


*ontrariando os conselhos de [runmila e [riNálá, &gun foi para o
merc
me rcad
ado
o U0up
U0upor
orta
ta sofr
sofrim
imen
ento
toV,
V, toma
tomanndo um :ord
:ordão
ão e uma
uma
espada. ncontrou o *ão recolhendo pedágio na porta da cidade
e cortou fora a ca:eça dele. Assustado por Nu, &gun refugiou-se
na flor
flores
esta
ta,, onde
onde suas
suas roup
roupas
as fora
foram
m lace
lacera
rada
dass por
por urze
urzess e
espinhos. Assim, ele cortou frondes novas de palma e as vestiuK
Uisto  o que elas armam para &gun, e porque não dão sossego a
&gunV 3AS8.
A cidade de &gun  Ire. ]uando o chefe de Ire desprezou
&gun, divindade de seu pai, sua vida ficou pertur:ada, ele foi
informado pelos divinadores de que deveria sacrificar para &gun
e seus dois amigos, LCngB e [riNá&Go, e deveria cantar, pedindo
a &gun que retornasse para casa 3T8. 'icamos sa:endo que
U&gun mata o credorV 3I558. le  descrito como muito forte e
muito preto, sendo definido como U&fun #egroV 34@8. 0eus outros
nomes são tam:m &niMaole 3AS8 e i_l_ 34@8.
[NHsi 3-ș:ș#8  um deus da *aça e, como &gun, um
padr
padroe
oeir
iro
o dos
dos caça
caçad
dores
ores.. l
le
e foi
foi um dest
destes
es e deudeu todo
todoss os
animais que a:ateu a [riNálá 3'>8.  chamado U/efinamentoV e
filho Udaquele que sem tra:alhar usa tOnica de contasVK quando
os me
mem:
m:ro ross de sua
sua soci
socied
edad
adee deci
decidi
dira
ram
m faze
fazerr nova
novass tOni
tOnica
cass
longas para o festival anual, [riNálá deu-lhe uma tOnica feita de
contas e todos os outros prostraram-se diante dele 3'>8.  há:ito
esses gr9mios ;or<:á fazerem costumes id9nticos de modo que
seus
seus memem:r
m:rosos possam
possam ser rapida
rapidame
mente
nte identi
identific
ficado
adoss quand
quandoo
saem MuntosK mas , segundo esse verso, fizeram tipos diversos de
tOnicas. ma outra versão deste verso acrescenta que [riNálá
tam:m lhe deu um gorro e calças, am:os de contas 3'>, nota T8.
ma terceira versão registrada adiciona [NHsi era um arqueiro e
caçava com flechas de latão e co:re presenteadas por [riNálá3'>,
nota S8. nquanto uma espingarda  um sEm:olo de &gun, o arco
e a flecha são sEm:olos de [NHsi. m dos o:Metos guardados em
seu sacrário  um arco em miniatura, freqJentemente com uma
flecha de ferro, forMado ao arco e C corda do mesmo metal.
]uando [runmila e [NOn vão visitar [riNálá, eles são
rece:idos por [NHsi, que tenta evitar que entrem para v9-loK o
verso acrescenta) Ual como IGud_fu atende C porta da casa do
rei de [FH, assim [NHsi guarda a casa de [riNáláV 3*S8. IGud_fu 
um atendente 3 0lar#8 do rei de [FH, que fica sentado Munto C
- 55 -

estrada do palácio para o:servar todos que chegam e se vão.


ma terceira versão de outro verso 3'>8 repete essa assertiva,
acrescentando que [NHsi  o porta voz ou UlingJEstaV 3g:dY
g:Fo8 de [riNálá e que ningum poderia encontrar [riNálá se
não fosse por intermdio de [NHsi 3*S, nota =8. sse interessante
pape
apel Mam
Mamais
ais foi mencion
cionad
ado
o em minhasnhas entre
ntrevi
visstas
tas com
sacerdotes de [NHsi, tampouco o foi seu costume de contas ou a
designação de UrefinadoV.
[riNá&Go 3-rì"à (!o8  chamado de !eus da 'azenda,
mas  outro !eus da caça. A despeito de seu nome, não  uma
U!ivindade 4rancaVK tampouco  o !eus da lavoura ou
agri
agriccult
ultura
ura, com
omo
o se diz com omumume ente.
te. om
oma seu seu nom omee em
decorr9ncia do fato de viver na fazendaK pratica um pouco a
agri
agriccult
ultura
ura mas  :asic asicam
amen
ente
te um caçadaçadoror.. U*aç
U*açad
ador
or de
elefantes que mantm sua casa limpaV 3 Ọd& er#n a mulé mọ 8 
um de seusseus ápod
ápodos
os de louv
louvaç
ação
ãoKK a pala
palavr
vra
a caça
caçado dorr 3ọd&8 
inco
incorp
rpor
orad
ada
a em nomomes
es dado
dadoss por
por seus
seus devo
devoto
tosKsK e a ele
ele se
refe
refere
rem,
m, em canç
cançRe
Res,
s, como
como caça
caçado
dor.
r. #os
#os dois
dois vers
versos
os aond
aonde
e
figura com proemin9ncia, ele  definido como um caçador 3A5T,
*58. m um deles, foi-lhe dito para não ser avarento e dar um
festim com o primeiro animal que a:atesseK assim procedeu ele
e, desde então, quem quer que esteMa ansiando por filhos ou
enfermo a ele se dirige, dele rece:endo água fria 3*58.
0ua cidade  rCwb 3A=T, *58, a cerca de dez milhas ao
sul de NaGi.  ali que ele Uentrou terra adentroV e onde está
localizado seu principal sacrário. & mais importante o:Meto deste
 o seu :astão. A porção inferior  ferro e moldado como uma
lmina, mas  interpretado como a pernaK a parte intermediária 
de madeiraK e a eDtremidade, de ferro, tem uma forma fálica,
sendo interpretada como a ca:eça. & formato fálico 
menc
me ncio
iona
nado
do em outr
outro
o vers
verso
o 3A5T
3A5T8.
8. Pelo
Pelo fato
fato de haver
aver sido
sido
impotente, dirigiu-se C fazenda para caçar e esculpiu um :astão
com um p9nis, encostou-o contra a parede e o cultuou. ]uando
chegou sua vez para suceder em cargo oficial, ele se recusou a
voltar para casa. !isse que quem quer que quisesse filhos, que
viesse e sacrificasse ao seu :astão, para o qual sacrificam at
hoMe. !esde então foi denominado de U!eus  um p9nis 3 -r#"à
l?(!ó8V, aquele que hoMe chamamos de U!eus da 'azendaV 3A5T8.
&s vers
versos
os não menc
enciona
ionam
m seu im impport
ortante
ante pape
apel ao punir
feiticeiras ou administrar infortOnios em seu sacrário em IrawH
quando há uma acusação de :ruDaria.
- 56 -

[sánFin 3Ọ"ányìn8  o !eus da +edicina. 1erdou as ervas


e se torn
tornoou um her:alr:aliista ou doutoutor 3I6
3I6, nota
nota 58, rival
ival de
[runmila. 0eu tra:alho  o de curar pessoas com medicinas C
:ase
:ase de folhfolhas
as,, pedO
pedOnc
ncul
ulos
os,, casc
cascas
as e raEz
raEzes
esKK diz-
diz-se
se que
que não
não
consegue fazer uma medicina sem uma parte de alguma planta.
]uando se tornou peão ou serviçal contratado de [runmila, foi
posto para limpar de ervas daninhas a fazenda de [runmila, mas
encontrou uma folha para dinheiro, uma para esposas, uma para
filhas, outra para dor de estXmago, outra ainda par dor de ca:eça
Q todas as folhas eram OteisK não achou uma Onica daninha para
capinar e [runmila cancelou a sua o:rigação 3I68. le seguiu para
[FH e curou uma pessoa de dor de ca:eça, uma com dor de
estXmago, out outra cuMos ps doEam, uma mulher que não
engravidava e outra que não conseguia parirK e o rei de [FH o fez
rico
ico 3I578
I578.. 0ua
0ua cidad
idade
e, A:_,
:_, não
não  cit
citada
ada nos versversos
os,, nem
nem
tampouco o fato de possuir apenas uma perna.  chamado de
U'olhasV 3#S8, isto , ervas, UAquele que  so:renaturalV 3#S8, e
de Ang:eri 3I78, e a sua mulher  denominada U'olhas me deramV
3I6, nota 58. &s sacrifEcios de [sánFin incluem uma galinha preta,
um pom:o preto, um :ode preto e uma tOnica preta 3I7, I68. leo
de caroço de palmeira  o seu principal ta:u, assim como o 
para Nu. numa disputa com seu rival [runmila, [sCnFin ficou
inteiramente composto apBs haver ficado enterrado durante =S
dias, restando apenas as varetas, grampos, potes e cacos de
ferro que usavaK [runmila so:reviveu, pegou o gongo de [sánFin
e deu aos devotos deste um chocalho, parecido com o de LCngB
3cf. 4ascom 56>S) 78, para que o usassem em seu culto 3#S8.
LHpHna 3Șọ$*
Șọ$*nánáCC  o deus da varEola. *onquanto o seu culto
ten
tenha sido
sido proi
roi:ido
:ido pel
pelo gove overno
rno nigeri
gerianano
o em vis vista das
das
acusaçRes segundo as quais seus sacerdotes disseminavam a
varEola para o:ter a propriedade de suas vEtimas, os sacerdotes
sustentam que seu papel  o de curar a enfermidade e, caso
fracassem, fazem um eDpiação para evitar uma recorr9ncia da
molstia na famElia. le  um aleiMado que usa muleta ou :engala
3o$a ì'#l&8K isso não se acha indicado nos versos mas uma das
lend
lendasas de 0ala
0alaGH
GH eDpl
eDplic
ica
a como
como ele
ele que:
que:rorouu sua
sua pern
pernaa como
como
AGe
AGere,
re, o sapo
sapo 34as
34asco
com
m 5676
5676)) TT-
TT-T
T>8
>8,, com
com que
que [sán
[sánFiFin
n 
identificado
identificado por 0alaGH.
As pess
pessoa
oass ha:i
ha:itu
tual
alme
ment
nte
e evit
evitam
am me
menc
ncio
iona
narr o nome
nome
LHpHna, chamando-o de U/ei do +undoV 3 Ọbalúaìyé8 ou outro de
seus muitos nomes de louvação, mas nos versos ele  citado
como LHpHna e em um verso como Udono da água quenteV 3+S8.
- 57 -

Aprendemos que sua cidade  gOn 3A=T8, uma refer9ncia ao


!aom, re:atizado 4eninK e somos informados de que ULHpHna
mata o inimigoV 3I558. Aparece incidentalmente em alguns outros
versos 3A6, A5, A=S, 45T, 68, mas em maior papel apenas dois
versos, associados a IGa, 5= cawris. Aqui ficamos sa:endo que ele
sacrificou água quente e que quando ela imerge o filho de algum
em água quente, a criança tem fe:re 3+S8. m outro verso 3+58,
não deram a LHpHna a sua parte e assim ele sacrificou folhas,
moscas e fogo e os divinadores fizeram uma medicina para ele.
ntão ele sacudiu seu chocalho e a varEola apareceu nos corpos
das pessoas envolvidas, que disseram que tão logo voc9 vir a
varEola, voc9 terá de dar alguma coisa a LHpHna e lhe pedir para
aMuda-lo. ste verso afirma que LHpHna cortava marcas faciais
sem navalha, referindo-se C semelhança entre cicatrização e as
marcas deiDadas pela varEola.
gungun 3Egungun, Fgun8  uma divindade venerada por
homens freqJentemente
freqJentemente definidos como UmascaradosV, que estão
ocul
oculta
tado
doss em costcostum
umes
esf
fan
anta
tasi
sia.
a. 1á quatruatro
o cate
catego
gori
rias
as de
gungun, e nem todas incluem máscaras entalhadas como parte
de seus traMes 34ascom 56764) ?6, 6=-6@8. & mais poderoso,
protegido por muitos sortilgios, outrora eDecutava feiticeiras e
fazedores de magias malficas. A categoria mais numerosa dança
em pO:lico no festival gungun. ma terceira, que usa costumes
em form
forma a de saco
saco e que se arra arrast
stam
am atrá
atrás,
s, pers
person
onif
ific
ica
a um
pare
parent
nte
e ma masc
scul
ulin
ino
o rece
recent
ntememen
ente
te fale
faleci
cido
do.. A quar
quarta
ta clas
classe
se,,
tam:m muito numerosa, mas apenas para diversão, entretm os
espectadores com rápidas trocas de costumes e arremedando
dive
divers
rsas
as pess
pessoa
oass e prof
profis
issR
sRes
es enqu
enquan
anto
to usam
usam má
máscscar
aras
as de
madeira talhada.
0omente indivEduos do seDo masculino podem usar as
fant
fantas
asia
ias.
s. +ulh
+ulher
eres
es podem
odem cultcultua
uarr gun
gungu
gunn e o:se
o:serv
rvar
ar os
danç
dançar
arin
inos
os ma
masc
scar
arad
ados
os,, ma
mass lhes
lhes  proi
proi:i
:ido
do ver
ver as fant
fantas
asia
iass
quando não em uso e não se lhes pode contar quem as está
usando. U0e uma mulher conhece o segredo, está proi:ida de
contarV. m verso 3Z5=8 conta como uma mulher pegou um traMe
de Alapini, o mais elevado na hierarquia dos mem:ros do culto
dos gungun, para tira-lo da chuva e guarda-lo no aposento onde
os costume
costumess eram
eram guarda
guardados
dosKK Alapi
Alapinni
nni ameaço
ameaçou u mata-l
mata-la
a mas
Nu a salvou. anto o quarto-depBsito quanto o lugar onde ela
deveria ser eDecutada são chamados de Ig:al_ 3Z5=, nota =8,
nome do pequeno :osque sagrado de gungun onde sacrifEcios
- 58 -

são
são ofer
oferec
ecid
idos
os e :ruD
:ruDasas eram
eram eDec
eDecututad
adas
as..  cita
citado
do em dois
dois
vers
versos
os 3Z55,
Z55, Z5S8
5S8. ]uan
]uando do a deso:eo:edi9n
i9ncia
cia ign
ignorou
orou uma
uma
adve
advert
rt9n
9nci
cia
a e se apos
apossosou
u de terr
terra
a de lavo
lavour
uraa no arvo
arvore
redo
do
sagrado, surgiu gungun e cantou) U*onhecias o ta:uK porque
fizeste issojV ntão !eso:edi9ncia desistiu
desistiu da lavoura e se tornou
seguidor de gungun, transportando suas vestes 3Z558. [runmila
ofer
oferec
eceu
eu um sacr
sacrif
ifEc
Ecio
io no pequ
pequen
enoo :osq
:osque
ue sagr
sagrad
adoo e depo
depois
is
casou com a mulher de gon 3Z5S8. Isto pode ser uma refer9ncia
a gHn, o gungun eDecutor 3cf. A:raham 56@?) 5@8, mas do
modo transcrito, os tons não são os mesmos.
&s devotos de gungun em If_ disseram que AmaiFegun
 o nome do deus que ensinou o povo a fazer e a usar os
cost
costum
umeses.. #o vers
verso
o de 0ala
0alaGH
GH 3'
3'58
58,,  U'or
U'oras
aste
teir
iro
o /eso
/esolu
luto
toV,
V,
identificado como gungun, que foi para Peri, curou pessoas e
lhes deu filhos e depois lhes disse para fazerem um tecido e uma
rede para ele. & tecido de roupa ou tOnica que serve como traMe e
a rede
rede atra
atrav
vss da qual
qual os danç
dançar
arin
inos
os pode
podemm enDe
enDerg
rgar
ar são
são
mencionadas em vários versos 35T, ZT, Z?, Z55, Z5=8, e nos 
relatado que U& gungun que nos aMuda  aquele para quem
adquirimos roupasV 3'578.
gungun tem sido denominado de culto dos ancestrais,
em:ora
:ora infor
nform
mante
antess divi
ivirMam
Mam em suas uas inter
nterp
preta
retaçR
çRe
es dos
danç
ançari
arinos masc
ascarad
arados
os.. Alg
Alguns
uns deles les dize
izem que
que eles são
são
ancestrais mortos que retornam do cu, mas devotos de gungun
em If_, [FH e Igana sustentaram que isso somente se aplica C
terceira categoria com seus costumes com aspecto de mortalhas,
conquanto a segunda classe poderá dançar durante funerais. m
[FH, disseram que essa terceira categoria somente aparece em
funerais de devotos de gungun e patriarcas de linhagens ou
estirpes, e enquanto gungun são chamados de Ugente do cuV
3ará
ará *ru
*run8 iss
isso nada
ada maisais signi
igniffica
ica que
que os devot
votos foram
oram
dedicados a gungun antes de seu nascimento e não que seMam
ancestrais de retorno. 0omente tr9s versos 3IT, =, T8 sugerem
alguma relação com culto ancestral) Ules 3le8 sacrificou para os
gungun da casaK eles sacrificaram Cs divindades fora 3da casa8V.
+as isso pode simplesmente significar que eDistiam devotos dos
gungun na casa.
0omos informados de que quando gungun veio para a
terr
terra,
a, ele
ele ofer
oferec
eceu
eu um sacr
sacrif
ifEc
Ecio
io e U
Ugu
gung
ngun
un torn
tornou
ou-s
-se
e ma
mais
is
poderoso que seres humanosV 35T8. !uas espcies de gungun
- 59 -

recusam-se a sacrificar suas espadas e gungun l_ru degola


AgunfHn 3#58. A cidade de gungun  [M_ 3A=T8. le  tam:m
conhecido por AluGulaGaK ele vai para o g:a ;or<:á para divinar,
eles o cultuam e ele gera A:uMa AGa 3ZT8. gungun, LCngB e !ada
são
são filh
filhos
os de ;emH
;emHMá Má 31S,
31S, nota
nota S8. S8. gun
gungugun
n  me menc
ncio
iona
nado
do
incidentalmente em outros versos 3A6, A5, 46, 45T, '5>, 6, IS8
e apar
aparec ecee tam
tam:m com com seu riva rivall, &ro.
ro. le e &ro estava tavam
m
tra:
tra:al
alha
handndo
o e vive
vivend
ndo o Munt
Muntos
os,, ma
mass gun
gungu
gunn gast
gastav
ava
a todo
todo o
din
dinhei
heiro que gan ganhavam
avam para ara com ompr pra
ar tec
tecidos
idos 3para
para seus
costumes8K por isso  que não vão para lugar algum Muntos, nunca
mais
ma is,, assi
assim
m dand
dandoo eDpl
eDplic
icaç
ação
ão para
para o prov
provr
r:i
:io
o U#ão
U#ão vemo
vemoss
gun
gungu gun n num
num fest
festiv
ival
al &ro
&ro U 3Z?83Z?8.. & chef
chefe
e de MMig
ig:o
:o,, que 
identificado como gungun 3Z=, nota @8,  morto por ordem de
&ro. m:ora seMa, Cs vezes, negado por informantes, os versos
deiDam claro que tanto gungun quanto &ro são divindades) eles
vieram am:os para a terra com LHpHna e `gOn e, como eles,
tornaram-se imortais 3A=S8. Am:os rece:em sacrifEcios 3Z>, Z558
e eles mesmos oferecem-nos 3A=S8.
&ro 3(r*8  a divindade que  cultuada com zunidores ou
:erra-:ois. *omo gungun, os sacerdotes eram outrora chamados
para apanhar e eDecutar feiticeiras e todos aqueles que faziam
medicinas malignas. +ulheres estão eDcluEdas de seu culto e em
algumas cidades, quando os zunidores soavam nessas ocasiRes
ou no decurso dos festivais anuais de &ro, as mulheres eram
o:ri
o:rig
gadas
adas a perm
perman
anec
ecer
er dent
dentro
ro de casa
casa , atrá
atráss de port
portas
as e
 Manelas vedadas.
vedadas. #uma grande cidade
cidade Is_Fin, onde o culto
culto a &ro 
particularmente forte, a visão dos mercados e das ruas vazias de
mulheres  inesquecEvel.
'icamos sa:endo que a cidade de &ro  &lufHn 3A=T8, e
que o chefe ur:ano de Is_Fin  um descendente de &ro e está
sepultado em ZHit_, o arvoredo sagrado de &ro 3Z>8. ntretanto,
em 567, foram-se mostrados os tOmulos do As_Fin in Ile A:a
ItHn, a casa de A:a, a ca:eça de &ro em Is_Fin. 0omos
informados tam:m que a mãe do primeiro As_Fin ou chefe de
Is_Fin era chamado relu, e que seu pai foi um chimpanz ou
:a:uEno 3Z>8. Acredita-se, em geral, que &ro  um homem, mas
0alaGH disse tratar-se de uma mulher, aparecendo como tal em
dois de seus versos. m um, &ro  uma mulher escrava que
manifesta seu desdm ao marido, U&lufon, 4ahV e essa
eDpressão  identificada como o grito de &ro, significando o som
de zunidores 3*578. #outro, o chefe de Mig:o, que  identificado
- 60 -

como gungun,  surrado at a morte por ordem de sua noiva


pretendida, UAlgo scassoV, identifica como &ro 3Z=8. ste verso
acrescenta que U& mercado que ela freqJentava rapidamente
quando ia para a casa de seu marido  o mercado que ela está
freqJentando hoMeV, uma refer9ncia C precipitação com que as
mulheres a:andonam o mercado quando escutam o som dos
zunidores.
#ume
#umerorosa
sass outr
outras
as divi
divind
ndad
ades
es ;or<
;or<:á :á apar
aparec
ecem
em nos
nos
versos. `lbGOn, deus do +ar, dependendo da localidade, tem
água puDada para ele por 2Erio3I=8 e ele se torna rei de todas as
águas 3AT>8. A parceira de `lbGOn, [lHsa, deusa da 2aguna, não 
mencionada, em:ora &gun:iFi a cite e `lbGO bGOn como as
divind
divindade
adess associ
associada
adass com a figur
figura
a &fun
&fun 34. aje ou  <jeșuma, a
deusa do dinheiro, cuMo sEm:olo  a concha do grande cawri tigre,
consulta a *a:eça 3A=T8, e se torna a esposa de [runmila 3AS?8.
!ada, que 0alaGH identificou como sendo a irmã mais velha de
LCngB,  mencionada apenas uma vezK ;emHMá dá a luz a !ada,
LCng
LCngBB e gun
gungu
gunn 31S,
31S, nota
nota S8.
S8. 2ape
2apeti
tiMiMi,, que
que  surp
surpre
reen
endi
dido
do
furtando amendoins 3'S8, foi identificado por 0alaGH como uma
divindade cultuada na cidade de IMaFe.
m consulente  recomendado a oferecer sacrifEcio para
[riNá[Má, deus do +ercado 3S8, que, pelo conteDto, parece ser
[riNálá. #ovamente Mulgando pelo conteDto, Pai &lopirigidi, que
co:riu o mal com um pote 3I>8, pode ser [riNáláK mas o sacrifEcio
de uma galinha preta, de um :ode preto e um pom:o tam:m
preto, sugere que possa ser [sánFin.
&Num
Numare
are, o arco
rco-Eri
-Eriss, e IroG
IroGo
o, uma
uma árvo
árvore
re,, não são
divindades em [FH, e sim em +_GH e outras cidades ioru:anas do
oeste em:ora apareçam nos versos de 0alaGH. Porque sua mãe
não realizou um sacrifEcio, o Arco-Eris retorna ao cu no mesmo
dia em que veio C terra, tal qual um a:iGu que morre logo depois
que nasce 3'SS8. 0ão prescritos sacrifEcios a IroGo 3'57, 68 assim
como C árvore de shea :utter 3Z>8, terminalia 3Z>8 e C !racena
3!78K e somos informados de que Use uma árvore me auDilia,
posso ter nozes de Gola e sacrifEcio C árvoreV .
- 61 -

APÊNDICE

A ta:ela seguinte lista os nomes das figuras da divinação


com dezesseis cawris conforme dados por informantes ;or<:á
nos cultos de &riNálá em [FH 3 4ala!ọ8, ;emHMá em Ilara, a oeste
de A:eHGuta, prBDimo C fronteira do !aom, LCngB em +_GH,
eDatamente a leste de Ilara, e em [FH, [Nun, em [FH e IfY, e Nu,
em +_GH. ma oitava lista ;or<:á para o culto de LHpHna  de
&gun
&gun:i:iFi
Fi 356@
356@S)
S) 7@-7
7@-778
78.. A ta:e
ta:ela
la incl
inclui
ui tam:
tam:m
m os nome
nomess
registrados no !aom por +aupoil 356T=) S77-S7>8, no 4rasil por
4astide e "erger 356@=) =>>, repetido em 4astide 56@?) 5=8, de
tr9s informantes em *u:a por mim mesmo, de seis manuscritos
não editados C venda em loMas de U0anteriaV em *u:a e como
registrado em *u:a por 2achatanere 356TS) ?@-??8, 'a:elo 356@7)
=8, 1ing 356>5) @?, 7S-6T, 678, /ogers 356>=) 57, 75-55T8, *anet
356>=) ==-=T8, *a:rera 356>T) 5?T-5?@8, lizondo 3s. d.) 6, 57-758,
0uarez 3s. d.) =7-=>8 e AnXnimo 3s. d. T-@, S?-=@8.
m traço, de certa forma curioso,  o uso dos nomes,
para as figuras UcasadasV, na divinação Ifá. #ão constitui surpresa
que o nome mais elevado dentre as S@7 figuras de Ifá, Mi &g:9ou
&g:9 +eMi, am:os significando Udois &g:9V, seMa o padrão para a
figura A. #o entanto, tam:m encontramos Mi ou variantes em
muitos dos nomes cu:anos para Irosun 3'55-S>8, em um nome
 ;or<:á par &gundá 31>8, em um nome ;or<:á para &di 378 e
poss
possiv
ivel
elme
ment
nte
e em um nomenome cu:a
cu:ano
no para
para [wHn
[wHnririn
n 3Z57
3Z578.
8. M
Mi,
i,
UdoisV, tam:m aparece em todos os nomes para &Go 38, mas
aqui refere-se ao nOmero de cawris com as a:erturas voltadas
para cima, tal como ocorre em Udez &funV 3478, Utr9s &gundáV
315
31588 e Udoz
UdozeV
eV 32S8
32S8.. #ome
#omess de figu
figura
rass de Ifá,
Ifá, deri
deriva
vada
dass ou
UmistasV, tam:m aparecem 3*7, !57, '7, S, 17, I7, Z7, &58.
Por outro lado, os nomes são uniformes para as primeiras
doze
doze figura
figuras,
s, mas nota-s
nota-see consid
consider
eráve
ávell confu
confusão
são a parti
partirr daE.
daE.
&lhando-se primeiro para as listas ;or<:á 35-?8 da #igria, &tura
3*?8ou
3*?8ou &tuwa,
&tuwa, &tua, foi identi
identificad
ficado
o por 0alaGH
0alaGH como um nome
nome
alternativo para [sá. & maior nOmero de nomes diferentes foi
dado pela devota de [NOn em If_, que empregava vários nomes
para as figuras derivadas de Ifá, incluindo [sá wori 3*78 de [sá-
IworE, &gundá womk[sá 3178 de &gundá-[sá, [:Crá :k&g:9 3I78
de [:Crá-&g:9, e o [wHnrin Nk&g:9 3Z78 de [wHnrin-&g:9. la
especificamente identificava &g:9krosun 3'78, derivado de &g:9-
- 62 -

Irosun, como um nome alternativo para Irosun. & [Garan-0ode


3!78 aparece como sendo uma alternativa para [Ganran segundo
ela, :aseado no padrão de [wHnrin 0ode, que 0alaGH identificava
como uma alternativa para [wHnrin 3Z8.
Mi &nGo 3S, =, >8  uma pronOncia variante de Mi &Go
fornecida por informantes de ou prBDimo a +_GH. &g:9N_ 3S,
@, >, ?8 foi identificado como uma alternativas para [N_ por
devotos de [NOn em [FH,  uma derivado da figura Ifá &g:9-[N_
ou possivelmente uma a:reviatura de &g:9 s_gun 378, que quer
dizer U&g:9 conquistaV.
&g:9 FHnu 31S8, nome alternativo para a figura Ifá &g:9-
&gundá, e &g:9 gun foram identificados por 0alaGH como nomes
alternativos para &gundá. &gudá 31?8  uma variante de &diK em
div
divinaç
inação
ão Ifá,
Ifá, di, &di e Idi Idi são sinX
sinXni
nimmos.os. [wHri
wHrin
n 3Z>8
Z>8 
pronOncia variante de [wHnrin 3Z58. Mila 32S8, que quer dizer
UdozeV com refer9ncia ao nOmero de cawris a:ertos para cima, 
uma
uma a:re
a:revi
viat
atur
ura
a de M
Milila
a L_:H
L_:Hra
ra 3258
3258KK M
Milil_w
_wa
a IN_
IN_ :ur
:ura
a 3278
3278,,
talvez sua forma por eDtenso, foi interpretada pelo informante de
If_ como sendo U!oze, tra:alho ou &:ra das !ivindadesV.
A maior parte das diferenças apresentadas pelos nomes
dahomeanos, :rasileiros
:rasileiros e cu:anos para as primeiras doze figuras
 devida a erros de ortografia, de pronOncia ou tipográficos, não
sendo de maio aior significaçã
ação. Por isso, o UshV do Ingl9s 
apresentado como UNV ;or<:á, UchV em *u:a , UDVno 4rasil e UcV
por +aupoil par o !aom. m *u:a, o UMV ;or<:á 3e tam:m
ingl9s8  escrito UllV ou UFV, conquanto pronunciado UMV pelos
informantes cu:anos,
cu:anos, UGV  grafado ou como UGV ou como UcVK U:V
 tanto escrito U:V como UvVK e o UsV  escrito ou UsV ou UzV. nos
nomes cu:anos, eDiste um curioso desvio do UiV para o UoV 3'55,
'5=,-S>8 e do UeV para o UoV 3A5=, A56, 5@, '5=, '5T, 'S=, 'S@,
'S>, 25T8.
25T8. !o mesmo
mesmo modo como como pode suced
suceder
er em ;or<:á,
;or<:á, as
vogais são elididas com freqJ9ncia.
freqJ9ncia.
&s nome
nomess daho
dahomemean
anos
os segu
seguem
em tam:
tam:mm os padr
padrRe
Ress
comuns da inversão Ul-rV 3'6, I6, 268 e a supressão de vogais
iniciais 3A6, 46, *6, 6, '6, 16, 6, 268. !estarte Mi &Go se torna
38 M 3i8 Q onGo 368, com &Go sendo pronunciado &nGo, como nos
nomes das cidades ;or<:á situadas na proDimidade da fronteira
3S, =, >8. +aupoil tam:m dá 2oso 3'68 por Irosun e A:la 3I68
por [:Crá como os nomes dahomeanos para divinação Ifá. ele
3Z68
3Z68 dife
difere
re apen
apenas
as lige
ligeir
iram
amen
ente
te do nome
nome daho
dahome
meanano
o para
para a
- 63 -

figura Ifá [wHnrin, que +aupoil apresenta como enl_, ele e


onlin.
#o 4rasi
rasill, Mi &g:9
g:93A8 vira
vira Mi &nile
nile.. m *u:a
u:a, Mi 
apresentado como Mi, Fi, lli , Fe, lle, &lle ou &MoK &g:9 se
torna &nle, &m:e, &nde, nle. &fun 348  &fun no 4rasil e em
*u:a, ou ocasionalmente fun em *u:aK &Mun +aMu e &fui são
talvez erros tipográficos. &fun +afun  usado alternativamente
como &fun por /ogers 34S=8 e AnXnimo 34S?8. [sá 3*8  eDpresso
simplesmente como &sa no 4rasil e em *u:a, tendo &ssa, Asa,
&san e &sain como variantes cu:anas.
[Ganran 3!8  &Garan no 4rasil e &Gana ou &cana em
*u:a. +uitas fontes cu:anas empregam o nome alternativo 3!78,
dando 0ode como 0ode, 0Hde, 0odde, 0ote, ite, 0orde ou 0ordo.
&canrandi 3!578 parece ser derivado da figura Ifá [Ganran-&di e
&Gan *hocho de *a:rera significa Uum sBV 3 ọ!an "ọ"ọ8, assim se
referindo ao Onico cawri com a:ertura voltada para cima. &canani
3!5?8 talvez queira significar U [GanranV 3 Ọ!anran n#8. Mi &Go
38  usado corretamente eDceto para :ioGo 3S58, que parece
ser um erro de impressão.
Irosun 3'8  transcrito como &rosun no 4rasil e
freq
freqJe
Jent
ntem
emenente
te,, em *u:a
*u:a,, onde
onde tam:
tam:mm  grafgrafad
adoo &roz
&rozunun,,
&ruzun e &roso. &rosun foi tam:m dado como sendo o nome da
figura Ifá Irosun por um informante ;or<:á de Ilara, e  listado por
4eFioGu 356T) =T8 como sendo o nome ;or<:á para esta figura
na divinação Ag:ig:a. A inversão Ul-rV eDplica o &losun cu:ano
:em como as suas variantes, &lozun e &losuK a figura Ifá foi
chamada de Ilosu por um informante ;or<:á de [FH e &losun por
outro, em +_GH. em *u:a, o nome tam:m  apresentado como
Iros
Irosun
un,, Iros
Irosoo e Iroz
IrozoK
oK e MMi,
i, Fi,
Fi, e lli,
lli, sign
signif
ific
ican
ando
do Udoi
UdoisV
sV,, 
comumente prefiDado ao nome. llonoso 3'5>8 pode ser um erro
tipogr
tipográfi
áfico
co de l llor
loroso
oso.. *onfor
*onformeme aponta
apontadodo anter
anterior
iorme
mente
nte,, as
diferenças entre [N_ 358, *_, 368, &De 358 e &che 355-S?8
são simplesmente ortográficas, eDceto no caso da supressão da
vogal inicial em *_ 368.
Para &gundá 318, o :rasileiro ta&gundá quer dizer Utr9s
&gundá
&gundáV,
V, referi
referindo
ndo-se
-se aos tr9s
tr9s cawris
cawris a:erto
a:ertoss para
para cima.
cima. m
*u:a, o nome  comumente dado como &gundá, conquanto seMa
grafado tam:m &ggunda, &lgunda e &rgunda. [:Crá 3I8  mais
freq
freqJe
Jent
ntem
emen
ente
te dado
dado como
como &:ar
&:araa no 4ras
4rasil
il e *u:a
*u:a,, por
porm
m
&::ara, &l:ara, &r:ara, &vara e &svara são variantes cu:anas.
- 64 -

&di 38  ha:itualmente &di no 4rasil e em *u:a, com &ddi, &ldi,


&rdi e &rdF como variantes cu:anas.
[wHnrin 3Z8  o nome mais difEcil em termos fonticos e
há cons
consid
ider
eráv
ável
el vari
variaç
ação
ão em mamat
tri
ria
a de pron
pronOn
Onci
cia
a aqui
aqui,, do
mesmo modo que eDiste para a figura Ifá deste nome 34ascom
5677)T5T8. 4astide registra &wanrin para o 4rasil e a maioria das
fontes cu:anas dão &guani ou &Muani. &utras variantes cu:anas
são &nMuani, &guane, &guoni, &g:ani, &wani, &whani e &nhwani.
Algumas fontes cu:anas seguem a devota de [NOn de If_ 3Z78,
acrescentando &ho:er 3ZS?8, que , presumivelmente, erro de
impressão, *ho:er, *ho:e ou 0ogue em lugar de Lk&g:9. &guorin
#eFi
#eFi 3Z57
3Z5788  um nom ome
e desv
desvia
iado
do,, ma
mass poss
possiv
ivel
elme
mentnte
e falh
falhaa
tipográfica para &guorin +eFi ou Udois [wHnrinV.
Mila L_:Hra 328  dado como Mila 0e:ora no 4rasil e foi
pronunciado Mila L_:ora por um informante cu:ano. m *u:a,
Mila freqJentemente se torna Fila, llila ou &llillaK e L_:Hra vira
*he:
*he:orora,
a, *he
*he 4ora
4ora,, *he:
*he:ar
ara
a ou *hev
*hevoa
oa.. *omo
*omo o devodevoto
to de
 ;emHMá de Ilara 32S8, fontes cu:anas simplificam amiOde o nome
para Mila, UdozeV ou suas variantes.
Por
Por cons
conseg
eguiuint
nte,
e, nas
nas prim
primei
eira
rass doze
doze figu
figuras
ras,, o Onic
Onico
o
desvio significativo  a adição de UdoisV a Irosun 3'8, &gundá
31>8, di ou &di 378, e talvez tam:m a [wHrin 3Z578. &Mun +aMun
3457
34578,
8, &fui
&fui 3456
34568,8, :io
:ioGo
Go 3
3S5
S58,
8, l
llo
lono
noso
so 3'
3'5>
5>8,
8, &guo
&guoririn
n #eFi
#eFi
3Z578 e &Muani &ho:er 3ZS?8 parecem ser erros tipográficos. 2oso
3'68, A:la 3568 e el_ 3Z68 correspondem aos nomes
dahomeanos na divinação Ifá.
Para
Para as cinccinco
o figu
figura
rass rema
remanenesc
scen
ente
tes,
s, os nome
nomess nãonão
revelam suficiente correspondond9ncia para comparaçRes
sign
signif
ific
icat
ativ
ivas
as.. & Onic
Onico
o eDem
eDempl plo
o que
que ememer
erge
ge como
como padrpadrão
ão 
aquele que simplesmente designar as figuras + a P pelo nOmero
de cawris com as a:erturas voltadas para cima) +_tala reze,
+eri
+erinl
nlaa ]uat
]uatororze
ze,, +aru
+arunl
nla
a 3o qual
qual,, em ;or<
;or<:á
:á,, teri
teria
a de serser
3&dogun8 ]uinze e +_rindinlogun !ezesseis. +ais uma vez Má
mEnimas variaçRes de ortografia, mas +etanla 3S=8 para quinze
cawris , o:viamente, um erro. 0alaGH identificava Ag:a +_tala
3+=8 reze Anciãos como uma alternativa de nomenclatura para
IGa
IGa, e Ag:aAg:a +_ri
+_rinnla 3#=8,
=8, *ato
atorze
rze Ancião
ciãoss com
omo o um nom ome e
alte
altern
rnatativ
ivoo para
para &tur
&turup
upHn
Hn.. Para
Para &fun
&fun Zanr
Zanran
an 358
358,, ele
ele deu
deu
[Gan
[Ganra rann 'unf
'unfunun,, U[Ga
U[Ganr
nran
an 4ran
4rancocoV,
V, e Iru
Iru G
Gun
un,, U*au
U*audada do
2eopardoV como nomes alternativosK e para &pira 3]58, s_ Zan
- 65 -

[la, UP oca /iquezaV, e [F_Gu, nome de uma figura Ifá que
&gun:iFi dá para &turupHn 3#?8. le igualmente identificou IworE,
que o devoto de Nu, em +_GH, disse ser o nome para IGa 3+>8,
como uma designação alternativa para Mila L_:Hra 328.
&s nome
nomess para
para as Olti
Oltima
mass cinc
cinco
o figu
figura
rass são
são tam:
tam:m
m
notave
notavelme
lmente
nte incom
incomple
pletos
tos.. +uita
+uitass fontes
fontes aca:am
aca:am com MilaMila
L_:Hra, doze cawris. A devota de ;emHMá, em Ilara, continuou
para U*atorzeV 3#S8, mas afirmou que quando 5@, 57 ou  cawris
aparecem, ela não os pode ler e então Moga de novo os cawris. &
devoto de LCngB, em +_GH, parava no mesmo ponto, alegando
que
que as tr9s
tr9s outr
outras
as fig
figuras
uras eram
eram mámáss e que
que, conqu
onquan
anto
to lhes
lhes
conhecesse os nomes, não os diria. & devoto de LCngB, em [FH,
parava no 5S porque, dizia ela, 5=  para LHpHna, o !eus da
"arEola. &s devotos de [Nun, em [FH, deram um nome para 5T
cawris mas disseram que desconheciam os relativos a 5=, 5@, 57
ou . a devota de [Nun, em If, afirmou que não diria os nomes
das quatro Oltimas figuras e o devoto de Nu, em +_GH, estancou
em 5T, dizendo que as Oltimas tr9s eram más. !as S? fontes aqui
listadas, apenas 0alaGH forneceu os nomes de todas as 5>.
As divi
ivindad
ndadees e out outras
ras enti
entida
dade
dess supra-
pra-h
humanas
anas
associadas Cs figuras da divinação de dezesseis cawris foram
cita
citada
dass por
por tr9s
tr9s info
inform
rman
ante
tess ;or<
;or<:á
:á,, 0ala
0alaGH
GH para
para o cult
culto
o de
[riNálá, e outros informantes de [FH para os cultos de LCngB e
[Nun. 0ão fornecidas por &gun:iFi 356@S) 7>->68 para o culto de
LHpona na #igria, por +aupoil 356T=) S77-S7>8 para o !aom,
por 4astide 356@?) 5=8 para o 4rasil e por *a:rera 356>T) 5?T-
5?@8
5?@8 para
para *u:a.
u:a. As outr
outras
as font
fontes
es cu:a
cu:ananass ou não
não forn
fornec
ecem
em
quaisquer associaçRes ou citam tantas divindades para cada uma
das figuras que comparaçRes não fazem sentido. Porque essas
associaçRes presumivelmente se :aseiam na freqJ9ncia com que
as divindades são mencionadas nos versos para uma dada figura
e porque versos diferentes foram, sem dOvida, aprendidos em
cultos diferentes,  de se esperar que as associaçRes irão variar
de um culto para outroK mas eles oferecem algumas surpresas,
particularmente
particularmente para as figuras !,  e .
& quadro = indica primeiro as divindades mais
freqJentemente mencionadas nos versos de 0alaGH e o nOmero
de versos para cada figura em que aparecem, quer como aquela
a quem o sacrifEcio deve ser oferecido, como uma personagem
principal na narrativa, quer nos nomes dos divinadores, dados
- 66 -

entre aspas na tradução, ha:itualmente prBDimo ao começo ou


ao fim do verso.
le omite refer9ncias C divinação Ifá e a [riNálá em seu
papel na divinação, por eDemplo, U[riNálá dizV e U&s divinadores
louvavam &riNaV. &lorun  omitido por não ser mencionado em
qual
qualqu
quer
er das
das sete
sete list
listas
as)) ele
ele surg
surge
e com
com ma
maioiorr freq
freqJ9
J9nc
ncia
ia 3=
versos8 na figura 4. a fim de simplificar o quadro, Nu tam:m
não  incluEdo mas a sua contagem  55 versos em A, > em *, S
em !, e em , T em ', = em , = em 1, = em I, @ em , T em Z e 5
em #. Nu aparece num total de T@ versos, quase como [riNálá,
com T7K &runmila, com =7,  o terceiro. 0eguindo a ta:ulação
para
ara os vers
versos
os,, aE vem
vem os nom omeses forn
ornecido
cidoss pelas
elas fonte
ontess
menc
me ncio
iona
nada
dass no pará
parágrgraf
afo
o acim
acima.
a. m
m:o
:ora
ra apre
aprese
sent
ntad
ados
os no
quadr
quadro o como
como [riNá
[riNálá,
lá, inform
informant
antes
es me
menci
nciona
onaram
ram efetiv
efetivame
amente
nte
[:anla
[:anla para
para 4S, [riNáf
[riNáfun
unfu
funn 3!ivin
3!ivindad
dades
es 4ranca
4rancas8 s8 para
para 4=, e
[:alufHn para 'S. !uas outras Udivindades :rancasV, [riNá /owu
e [riNá &luHfin não são equiparadas a [riNálá pelo fato de 0alaGH
os haver considerado distintos.
distintos.
Algumas dessas associaçRes podem estar :aseadas nos
nomes das figuras. Por isso &fun 348 sugere 3 :rancoV, a cor de
[riNálá. [as 3*8 rima com [Fá, e [Ganran 3!8 rima com [ranFan
de 0alaGH 3Ọranmy#an8. Mi &Go 38,com dois cawris de a:ertura
para cima, sugere g9meos. &gundá 318 sugere &gun e IGa 3+8
suger
sugeree Ucruel
Ucrueldad
dadeV
eV 3iG
3iGa8
a8 e,em
e,em conseq
conseqJ9n
J9ncia
cia,, talvez
talvez,, LHpHna
LHpHna..
ntretanto,o aparecimento nos versos das divindades designadas
para os versos deveriam ser mais significativas.
Para a figura A, com seus quarenta e nove versos, *a:eça
3(r#8  ligada por LCngB e [Num 3= versos cada8 e ultrapassada
por &gun 3@ versos8 e por Nu 355 versos8,assim como por [riNálá
e [runmilaK[riNá /owu aparece em apenas um verso e *olina
3&Ge
3&Ge88 não
não  memencncio
iona
nada
da.. [run
[runmi
mila
la 36 vers
versos
os88 talv
talvez
ez me
mere
reça
ça
segundo lugar para a figura A, conforme dado pelos devotos de
[NOn e por *a:rera.
Para a figura 4,&gun 3= versos8 classifica-se logo atrás de
[riNálá3versos8 mas não foi citado como associado a eleK [NOn
aparece em Onico verso e &duá, `lbGOn, [lHsa, &godo, e [Fá não
são
são mencion
cionad
ados
os nos ver
versos.
os. Para
Para a fig
figura *, [Fá[Fá  maisais
freqJentemente citada pelas fontes mas ela se situa a:aiDo de
[NOn 3= versos8, :em como de [riNálá e &runmila 3T versos
cada8. 'eiticeiras,[sánFin,
'eiticeiras,[sánFin, AMaguna e AganMu não são citados
- 67 -

Para a figura !, Nu aparece em dois versos, não muito


atrás de [riNálá 3T versos8 os8K mas ele  menciona onado mais
freqJentemente nos versos para oito outras figuras 3A, *, ', , 1,
I, , Z8K gOngOn não aparece nos versos para esta figura e
[ranFan não  citado em nenhum verso de 0alaGH. Para figura ,
g9meos são mencionados em tr9s das quatro listas ;or<:á, mas
não o são nos versos, tampouco o  `gOnK apenas LCngB 35
verso8 e Nu 3S versos8 aparecem. Para a figura ', LCngB surge
em um verso, do mesmo modo de [runmila, [NHsi, 2apetiMi e
A:iMu, mas todos se classificam a:aiDo de [NOn 3S versos8 e
[riNálá e gOngOn 3= versos cada8K [Fá, `lbGOn e ;ewá não são
citados.
Diste completa concordncia com as fontes ;or<:á e
cu:anas para a figura , conquanto &runmila 3T versos8 e [riNálá
3@ versos8 não esteMam muito a:aiDo de [NOn 37 versos8K ;emHMá
aparece em apenas um verso. Para a figura 1, `gOn,
acompanhado de LCngB e [Fá 35 verso cada8, classifica-se a:aiDo
de ;emHMá 3= versos8. Para a figura I, leg:a 3Nu8, `gOn e LCngB
3= versos
versos cada8
cada8 situam-
situam-sese :em a:aiD o de Ọrunm#la  3> versos8K
a:aiDo
A:iG
A:iGu u sB aparec
aparece e em um vers
versoo e Yalode, Ọyá e Ọșún  não são
citados. Para a figura ,  <b#!u 35 verso8, Ọrunm#la 3T versos8 e Nu
3@ vers
versos
os88 não
não alca
alcannçam
çam [ri
[riNálá
álá 3? vers
versos
os8K
8K Yemọjá não 
mencionada. 1á unanimidade completa entre as fontes ;or<:á
quanto C figura Z e a fonte cu:ana tam:m menciona gun ou
Egúngún 3@ verso
versos8
s8KK l
legua 3i. e. Eșu8  citado 3T versos8 mas
egua
nem LHpHna nem Ọșọ"#3(șo"#8 aparecem.
Diste acordo completo entre todas as fontes para as
prBDimas duas figuras, eDceto +aupoil que não menciona figura
alguma para a figura 2K as divindades classificadas em segundo
lugar são Ọr#șálá 3S versos8 para a figura 2, e Ọ"un 35 verso8 para
a figu
figura
ra +. para
para a figu
figura
ra #, some
soment
ntee gOn
gOngO
gOn,
n, [run
[runmi
mila
la e
Ọ"ány#n 35 verso cada8 aparecemK nem Ọr#șá(!o  nem (șumare
são
são cita
citad
dos e (!#r#!#ș# 3(!#r#!#ș#, (!#!#ș#8, que
que 4ala!ọ  descreveu
como uma divindade :ranca que saudou sua mãe no prBprio dia
em que ele nasceu, não aparece em qualquer verso de 0alaGH.
#ão há qualquer menção de -gún, feiticeiras
feiticeiras ou Ọr#șálá no Onico
verso para a figura &, que prescreve um sacrifEcio para a prBpria
divindade do consulente. (luọ+#n não  citado para a figura P. 1á
concordncia quanto C figura ], em:ora apenas 4ala!ọ, uma vez
que o culto (gbon# realiza seus sacrifEcios C erra.
- 68 -

As associaçRes prBprias de 0alaGH são confirmadas por


seus versos para as figuras 4, ', , 1, I, Z, 2, + e ]. Precisa ser
ressaltado mais uma vez que as associaçRes são suscetEveis de
variaçRes de culto para culto isto porque versos diferentes são
aprendidos e  de se esperar que a divindade de cada culto
figurará predominantemente em seus versos, tal qual Ọr#șálá nos
versos de 4ala!ọ e Ọrunm#lá na divin divinaçã
açãoo Ifá.
Ifá. #ão o:stan
o:stante,
te,
eDcl
Dcluindo
indo-s
-se
e as font
ontes daom
aomeanas
anas e :rasirasile
leiiras
ras, há geral
concordn cia que Ọșún controla Ọșe 38 com cinco cawris e que
concordncia
Egúngún  con rola Ọwọnr#n 3Z8
controla 3Z8 com
com onze
onze cawr
cawris is a:er
a:erto
toss para
para
cima. Diste inteira concordncia entre todas as fontes quanto as
duas figuras) Șàngó controla Ej#la Ș&bọra 328 com 5S cawris e so:
seus variados nomes, LHpHna controla 0!a 3+8 com 5= cawris de
a:erturas voltadas para cima.

QUADRO II

NOME DAS DEZESSETE FIGURAS (ODU)

'&#0 A 4 *
? cawris 5 cawris 6 cawris

5. [riNálá, [Fo Mi &g:9 3S &fun [sá


- 69 -

g:e8
S. ;emHMá, Ilara Mi &g:9 &fun na [sá
=. LCngB, +_GH Mi &g:9 &fun &sa
T. LCngB, [FH Mi &g:9 &fun [sá
@. [Nun, [FH Mi &g:9 &fun [sá
7. [Nun, If_ &g:9 +eMi &fun +ewa 35 [sákwon
&.8
>. Nu, +_GH Mi &g:9 &fun [sá
?. LHpHna, &gun:iFi Mi&g:9 &fun &tura
6. !aom) +aupoil F&g:9 'u 0a
5. 4rasil) 4astide Mionile &fu [sá
55. *u:a) Mi &nle &fun [sá
Informante A
5S. *u:a) Mi &nle fun [sá
Informante 4
5=. *u:a) &Mo &nle &fun [sá
Informante *
5T. *u:a) llionle, &fun
&funmo
mofu
fun,
n, fun
fun [sá,
[sá, &ra
&ra
+anuscrito A 2leun:e
5@. *u:a) lliom:e, &fun Asa, [sá
+anuscrito 4 nllionle
57. *u:a) llionle &fun +aMun, [sá
+anuscrito * &fun
5>. *u:a) llionle &fun [sá
+anuscrito !
5?. *u:a) llionle, &fun [sá, &ra
+anuscrito  &llionde
56. *u:a) &lleonle &fui &sain
+anuscrito '
S.*u:a) Fi &nde &fun [sá
2achtaWere
S5. *u:a) 'a:elo Feunle &funfun [sá
SS. *u:a) 1ing lleunle, &fun +afun [sá
Feunle
S=. *u:a) /ogers lleunde, &fun +afun, [sá
lleunle &fun
ST. *u:a) *anet llionle &fun [sá
S@. *u:a) *a:rera Fionle, &fun [sá
Feunle
S7. *u:a) lizondo Fionle, llionle &fun &ssa, [sá
S>. *u:a) 0uarez lleunle &fun +afun [sá
S?.
S?. *u:a
*u:a)) AnXn
AnXnim
imo
o Fio
Fionl
nle,
e, &fun
&fun,, &fun
&fun [sá
[sá
- 70 -

lleunle +afun

!  '
35 cawri8 3S cawris8 3T cawris8

5. [Ganran Mi &Go3S &Go8 Irosun


S. [Ganran Mi &nGo Irosun
=. [Ganran Mi &nGo Irosun
T. [Ganran Mi &Go Irosun
@. [Ganran Mi &Go Irosun
7. [Ganran 0ode Mi &Go &g:9krosun, Irosun
>. [GHnrHn Mi &nGo Irosun
?. [Ganran Mi &Go Irosun
6. ------ onGo 2oso
5. [Ganran MioGo &rosun
55. &Gana 0ode Mi &Go Mi &rosun 3S &rosun8
5S. &Gana 0ordo Mi &Go Mikrosun
5=. &Gana 0Hde Mi &Go &Mo &rosun
5T. &cana 0orde llioco lliolosun, &lloroso
5@. &cana 0orde llioco, &llioco lliorosun
57. &carandi llioco lliolosun
5>. &canasote llioco llonoso
5?. &canazode, &canani llioco lliolosun, lliolozun
56. &canasode llioco lliolosun
S. &Ganasorde Fi &Go Mi &losun
S5. &cana-0odde :ioGo Forosun
SS. &cana-0ord
orde, &c
&cana llioco, Fioco
oco llioroso, lliroso
S=. &Ganasodde, &cana llioco Iroso, &lloruzun, Irozo
0orde, &Gana
ST. &Gana llioco lliorosun
S@. &Gana 0ode, &Gan FioGo Fiolosun, &Foroso,
*hocho Irosun
S7. &Gana, &Ganasorde FioGo Irosun, lliolosu, Iroso
S>. &cana 0orde, &cana llioco &llorozun
S?. &cana, &canasorde FioGo, llioco Irozo

 1 I 
3@ cawris8 3= cawris8 37 cawris8 3> cawris8
- 71 -

5. [N_ &gundá [:Crá &di


S. &g:9Ne &g:9 Fonu [:Crá &di
=. [N_ &gundá [:Crá &di
T. [N_ &gundá [:Crá &di
@. [N_, &g:9Ne &gundá [:Crá &di
7. &g:9 L_gun &gundá [:Crá dk
dk &g
&g:9 Mi +e
+eMi
wonk[sá
>. &g:9Ne Mi &gundá, [:Crá &di
&g:9 FHnu
?. &g:9Ne &gundá, [:Crá, [:Crá &di
&gundá
6. *_ uda !i
5. &De ta&gundá 3= [:Crá &di
&gundá8
55. &che &gundá [:Crá &di
5S. &che &gundá [:Crá &di
5=. &che &gundá [:Crá &di
5T. &che &gundá, [:Crá, &l
&l:ara &di, &l
&ldi
&lgunda
5@. &che &gundá [:Crá, &vara &di
57. &che &rgunda, &svara, [:Crá &rdi, &di
&gundá
5>. &che &rgunda &vara &rdi
5?. &che &rgunda [:Crá, &r:ara &rdi
56. ----- &rgunda [:Crá &di
S. &che &rgunda [:Crá &di
S5. &che &gundá [::ara &di
SS. &che &ggunda [:Crá &di
S=. &che &rgunga, [::ara, [:
[:Crá &ddi, &d
&di
&gundá
ST. &che &gundá [:Crá &di
S@. &che &gundá [:Crá &di
S7. &che &ggunda, [::a
[::ara
ra,, [:Cr
[:Crá
á &ddi
&ddi,, &di
&di, &rdF
&rdF
&rgunda,
&gundá
S>. &che &gundá [:Crá &di
S?. &che &gundá [:Crá &di

Z 2 +
- 72 -

355 cawris8 35S cawris8 35= cawris8

5. [wHnrin Mila L_:ora IGa


S. [wHnrin Mila 35S8 +etala 35=8
=. [wHnrin Mila L_:ora Ag:a +_tala
T. [wHnrin Mila L_:ora -------
@. [wHnrin Mila L_:ora -------
7. [wHnrin sk&g:9 Mil_wa IN_ :ura +_tala
>. [wHnrin Mila L_:ora IworE  
?. [wHnrin Mila L_:ora &du Pariwo
6. el_ ila-*e:ola 2oso-lolo
5. &wanrin Mila L_:ora Mi olog:on
55. &g:ani Mila *he:ora ------
5S. &nhwani Mila +etanla
5=. &whani Mila L_:ora 4a:a gudu ede
5T. &guani 0ogue, llila *hevora, &lli la -------
&guani 0e:ora
5@. &guoni, &guani llila *he:ara, llila -------
cho:e *he:ora
57. &guorin #eFi, llila *he:ora, lli:a -------
&guani
5>. &Muani llilache:ora -------
5?.
5?. &Mua
&Muani
ni,, &gu
&guani
ani llil
llila
a *hev
hevora,
ora, llila
lila -------
*he:ora
56. &guani ------- ------
S. &guani Fila *he 4ora +etanla
S5. &guani Fila -----
SS. &Muani-*ho:er,
&Muani-*ho:er, Fila-*he:ora, Fila +etanla, +etala
&Muani
S=. &Muani cho:er, llilla *hevora +etanla
&Muani
ST. &Muani llila *he:ora +etanla
S@. &Muani *ho:e Fila *he:ora +etanla
S7. &wani, &guane Fila, llilache:ora +etanla
S>. &Muani cho:er llila chevora +etalas, +etanla
S?. &nMuani, &Muani Fila *he:ora, llila +etala
*ho:er *he:ora

# & P ]
35T cawris8 35@ cawris8 357 cawris8 3 cari8
- 73 -

5. &turupHn &fun Zanran IrYt9 &pira


S. +_rinla 35T8 ----- ----- -----
=. Ag:a +_rinla ----- ----- -----
T. ----- ----- ----- -----
@. Ideg:e ----- ----- -----
7. ----- ----- ----- -----
>. [Gan 0ode ----- ----- -----
?. &F_Gu Igara AdaGete, -----
AdaGete
6. &sanlu- &lo-o:a g:o ----- -----
&g:9nMo
5. IGa ----- ----- -----
55. ----- ----- ----- -----
5S. ----- ----- ----- -----
5=. ----- ----- ----- -----
5T. ----- ----- ----- -----
5@. ----- ----- ----- -----
57. ----- ----- ----- -----
5>. ----- ----- ----- -----
5?. ----- ----- ----- -----
56. ----- ----- ----- -----
S. ----- ----- ----- -----
S5. ----- ----- ----- -----
SS. +_rinla +anula, +edilogun, -----
+arunla +eridiloggun
S=. +_rinla +etanla +eidilogun -----
ST. +_rinla +anula +edilogun -----
S@. ----- ----- ----- -----
S7. +_rinla +arunla +ediloggun -----
S>. +_rinla +anula, +anola +eridilogun -----
S?. +_rinla +anunla +eridilogun -----
- 74 -

QUADRO III
DIVINDADES ASSOCIADAS COM AS FIGURAS

'&#0 A3?8 T6 "ersos 4 358 5T "ersos

5. "ersos [riNálá 5T, [runmila [riNálá T, &gun=


6
S. [riNálá) [FH [riNá /owu [riNálá, &duá
=. LCngB) [FH [runmila [riNálá
T. [Nun) [FH [riNálá, [runmila [riNálá
@. LHpHna) &gun:iFi &ri 3*a:eça8 `lbGOn, [lHsa
7. !aom) +aupoil &Ge 3*olina8 [:á g:o 3[riNálá8
>. 4rasil) 4astide &Ge 3*olina8 &godo
?. *u:a) *a:rera &:atala 3[riNálá8, &:atala, &Fa, &chun
&runla 3[Nun8

*368 56 "ersos ! 358 > "ersos  3S8 > "ersos

5. [riNálá T, [riNálá T LCngB 5


[runmila T
S. [Fá [ranFan I:eMi 39meos8
=. [Fá, 'eiticeiras gOngOn I:eMi 39meos8
T. [Fá Nu I:eMi 39meos8
@. [sánFin ----- &gu 3&gun8
7. AMaguna ----- &gun
>. AganMu Du 3Nu8 &gun
?. [Fá llegua 3Nu8 +uitas 3mas não
g9meos8

' 3T8 SS "ersos  3@8 "ersos 1 3=8 "ersos

5. [riNálá=, gOngOn [Nun ;emHMá =


=
S. [riNálá [Nun ;emHMá
=. LCngB [Nun &gun
T. LCngB [Nun &gun
@. [Fá [Nun ;emHMá
7. *ago 3LCngB8 ;_maMa &gu 3&gun8
- 75 -

>. ango 3LCngB8 ;emanMa-&Dun &gun


?. `lbGOn, ;ewá &chun 3[Nun8 &gun

I 378 "ersos  3>8 5? "ersos Z 3558 5= "ersos

5. [runmila > [riNálá? gungun @


S. [runmila A:iGu gungun
=. [runmila A:iGu gungun
T. A:iGu [runmila gungun
@. &gun A:iGu gungun
7. ;alode 2_g:a 3Nu8 0aGpata 3LHpHna8
>. ;ansan 3[Fá8 Du 3Nu8 &molu 3LHpHna8
?. *hango, &chun,  ;emaMa legua, gun
gun
legua 3gungun8, &chosi

2 35S8 ? "ersos + 35=8 S "ersos # 35T8 S "ersos

5. LCngB 7 LHpHna S gungun 5, [runmila


5, [sánFin 5
S. LCngB LHpHna &GiriGiNi
=. LCngB LHpHna -----
T. LCngB LHpHna [riNá&Go
@. LCngB LHpHna -----
7. *ãngo 3LCngB8 0aGpata 3LHpHna8 [Numare 3Arco-Eris8
>. ----- &molu 3LHpHna8 &Dunmare 3Arco-Eris8
?. *h
*hango 3L
3LCngB8 4a:alu AF
AFe 3L
3LHpHna8 -----

& 35@8 5 "erso P 3578 5 "erso ] 38 5 "erso

5. #ão identificado [riNálá5 erra 5


&gun &luHfin &g:oni
=. ----- ----- -----
T. 'eiticeiras #enhuma -----
@. ----- ----- -----
7. &:atala 3[riNálá8 ----- -----
>. &:atala 3[riNálá8 ----- -----
?. ----- ----- -----

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