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ORIXÁ OXALÁ

Orígem e História

OXALÁ é o detentor do poder genitor masculino. Todas suas representações incluem o branco.
E um elemento fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de água, a protoforma e a
formação de todo tipo de criaturas no AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume duas formas:
OXAGUIÃ jovem guerreiro, e OXALUFÃ, velho apoiado num bastão de prata (APAXORÓ). OXALÁ
é alheio a toda violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza. Sua cor é o
branco e o seu dia é quarta feira (os moços) e domingo (os velhos). Seus filhos devem vestir
branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas.

Na África, todos os Orixás relacionados a criação são designados pelo nome genérico de Orixá
Fun Fun. O mais importante entre todos eles chama-se Orixalá(Òrìsanlà), ou seja, o grande
Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado cmo Obatalá, rei do pano branco. Eram cerca de
154 Orixás Fun Fun, mas no Brasil a quantidade se reduz significativamete, sendo que dois,
Orixá Olùfón, rei de Ifón (Oxalufã), Orixá Ógìyán, o comedor de inhame e rei de
Egigbó(Oxaguiã), tornaram-se suas expressões mais conhecidas.

A designação de Orixá Fun Fun se deve ao fato de a cor branca configurar-se como a cor da
criação, guardando a essência de todas as demais. O brando representa todas as
possibilidades, a base de qualquer criação. O nome Orisanlá foi contraído e deu orígem a
palavra Oxalá, e com esse nome o grande Deus-pai passoua ser conhecido no Brasil. Todos os
Orixás Fun Fun foram reunidos em Oxalá e divididos em várias qualidades de suas duas
configurações principais: Òsálufón, Osagiyan, sendo este último, jovem e grerreiro, filho do
primeiro mais velho e paciencioso.

Todas as histórias que relatam a criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi
o primeiro Orixá concebido por Olodumaré e encarregado de criar não só o universo, como
todos os seres, todas as coisas que existiríam no mundo.

A maior interdição de Oxalá é de fato o azeite-de-dendê, que jamais deve macular suas roupas,
seus objetos sagrados, e muito menos o seu Alá. A ú nica coisa vermelha que Oxalá permite, é
a pena de Ikodidè, prova de sua submissão ao poder genitor feminino.

Epó kété ó, Alà telè ó

Epó kété ó, Alà telè ó...

Evite o dendê, evite pisar no Alá

Evite o dendê, evite pisar no Alá.

O Alá representa a própria criação, está intimamente relacionado a concepção de cada ser; é a
síntese do poder criador masculino. Sua função primeira já remete ao seu significado profundo.
A ação de cobrir não evoca somente proteção, zelo, denota a atividade masculina no ato
sexual.
No Xirê Oxalá é homenageado por último porque é o grande símbolo da síntese de todas as
orígens. Ele representa a totalidade, o único Orixá que, como Exú, reside em todos os seres
humanos. Todos são seus filhos, todos são irmãos, já que a humanidade vive sob o meso teto,
o grande Alá que nos cobre e protege, o céu.

OFERENDAS DOS ORIXAS

OFERENDAS DE BARÁ Lodê- Milho torrado, pipoca, 07 batatas inglesas assadas, 07


opetés de batatas inglesas cozidas e amassadas sem casca com dendê. Opcional:
morango, bombom com papel vermelho, chave de batata inglesa. O Lugar Onde se
Leva as Oferenda Onde se Despacha No cruzeiro aberto, no cruzeiro de mato.

Bará Lanã e Bará Adague- Milho torrado, pipoca, 07 batatas inglesas assadas.
Opcional: bombons, gomos de bergamota, chave de batata inglesa. O Lugar Onde se
Leva as Oferenda Onde se Despacha Bará Lanã: No cruzeiro aberto, no cruzeiro de
mato. Bará Adague: No cruzeiro aberto
Bará Agelú
Milho cozido (axoxó), pipoca, 07 batatas inglesas mal cozidas sem casca, 07 tiras de
coco fruta sem casca, 07 balas de mel.
Opcional: bombons, doces coloridos, doces de massa.
O Lugar Onde se Leva as Oferenda Onde se Despacha
No cruzeiro aberto de praia, na beira da praia em local seco.
OFERENDAS DE OGUM
Ogum Avagã
Churrasco de costela de gado frito no azeite de dendê, miamiã gordo. uma laranja
azeda.
Opcional: doce de laranja azeda, cana de açúcar, espigas de milho.
O Lugar Onde se Leva as Oferenda Onde se Despacha
Ogum Avagã: No mato, no cruzeiro aberto, no cruzeiro de mato.
Ogum Onira e Olobedé
Churrasco de costela de gado frito no azeite de dendê, miamiã gordo, pipocas.
Opcional: doce de laranja azeda, cana de açúcar, espigas de milho, rocambole, fatias de
coco.
O Lugar Onde se Leva as Oferenda Onde se Despacha
Ogum Onira: No mato próximo a uma árvore.
Ogum Olobedé: No mato próximo a uma árvore, ou, próximo a uma árvore com pedras
ou cachoeira.
Ogum Adiolá: Costela assada, passada no nhame-nhame, canjica branca, canjica
amarela, quindim, cocada, merengue, laranja. Opcional: doce de laranja, cana de
açúcar, espigas de milho, rocambole, fatias de coco. O Lugar Onde se Leva as Oferenda
Onde se Despacha No mato próximo a praia, árvore próxima à beira da praia, no mato
próximo a uma cachoeira.

OFERENDAS DE IANSÃ
Iansã Oiá Timboá
Pipocas, 07 rodelas de batata doce frita no azeite comum, 01 maçã, 01 moranga cozida
recheada com carne moída.
Opcional: rosa vermelha, leque, espelho, perfume, jóias, manga, morango, bombom
vermelho, acarajés, doce de batata doce, doce de abóbora, abóbora, par de alianças,
fitas, laços, cerejas.
O Lugar Onde se Leva as Oferendas Onde se Despacha
Em uma Figueira.
Iansã Oiá
Pipocas, 07 rodelas de batata doce frita no azeite comum, um opeté de batata doce
esmagada sem casca no formato de uma bola ou 01 batata doce assada, 01 maçã.
Opcional: rosa vermelha, leque, espelho, perfume, jóias, manga, morango,
bombom vermelho, acarajés, doce de batata doce, doce de abóbora, abóbora, par
de alianças, fitas, laços, cerejas.
O Lugar Onde se Leva as Oferendas Onde se Despacha
Iansã Oiá: No mato próximo a uma árvore, em uma árvore próximo da beira da praia,
na beira da praia.
OFERENDAS DE XANGÔ
Xangô Agandjú Ibeje Amalá - Pirão (farinha de mandioca), ensopado de carne de
peito, temperado com alho, cebola e mostarda cozida só no bafo da panela da carne,
06 bananas da terra ou Catarina, 01 maçã verde. 06 doces de massa, balas, pirulitos,
bombons, mil folhas. Opcional: morango, caqui, bombons, mil folhas e doces de
massa, brinquedos, refringentes, balões, mariolas. O Lugar Onde se Leva as
Oferenda Onde se Despacha Numa pedreira de praia ou numa pracinha de crianças
(próximo dos balanços
Xangô Agandjú e agodô Amalá - Pirão de farinha de mandioca, ensopado de carne de
peito bem picada e cozida, temperada com alho, cebola e mostarda cozida, 06 bananas
da terra ou Catarina, 01 maçã vermelha. Opcional: morango, caqui, bombons, mil
folhas e doces de massa, mariolas. O Lugar Onde se Leva as Oferenda Onde se
Despacha. Numa pedreira de beira de praia.
OFERENDAS DE ODÉ. Costela de porco frita no azeite comum, miamiã doce (farinha de
mandioca e mel, feijão miúdo torrado e pipocas. Opcional: doces, balas, bombons,
pirulitos, refrigerantes, brinquedos, mamadeiras. O Lugar Onde se Leva as Oferenda
Onde se Despacha: Num coqueiro de mato ou num coqueiro de praia.

OFERENDAS DE OTIM. chuleta de porco frita no azeite comum, miamiã doce (farinha
de mandioca e mel, feijão miúdo torrado e pipocas. Opcional: doces, balas, bombons,
pirulitos, refrigerantes, brinquedos, mamadeiras.O Lugar Onde se Leva as Oferenda
Onde se Despacha: Num coqueiro de mato ou num coqueiro de praia.
OFERENDAS DE OBÁ- Canjica amarela cozida, feijão miúdo cozido, misturados com
salsa picada e azeite de dendê. Opcional: lentilha cozida, abacaxi, rosa cor de rosa,
leque, espelho, pente, brincos, pipoca, doces de massa, orelha de macaco, balas de
goma. O Lugar Onde se Leva as Oferenda Onde se Despacha. No cruzeiro aberto ou no
mato ou na figueira.
OFERENDAS DE OSSANHA Um opeté de batata inglesa sem casca, um opeté de batata
inglesa com casca e pipocas. Opcional: lingüiça de porco frita ou assada, ovo cozido,
figo, abacate, melão, mamão, alface, moedas. O Lugar Onde se Leva as Oferenda
Onde se Despacha. Num coqueiro de mato ou num coqueiro de praia ou na
figueira.

OFERENDAS DE XAPANÃ Xapanã Jubeteí, Belujá, Sapatá Feijão preto torrado,


amendoim torrado, milho torrado e pipocas. Opcional: opeté de batata inglesa,
decorado com milho, feijão e amendoim, pés-de-moleque, fatias de coco fritas no
dendê. O Lugar Onde se Leva as Oferenda Onde se Despacha. Xapanã Jubeteí: Na
figueira de mato ou no mato. Xapanã Belujá: Numa figueira de praia ou numa figueira
de mato ou no mato. Xapanã Sapatá: Numa figueira de mato.
OFERENDAS DE OXUM Oxum Epandá Ibeje Canjica amarela cozida, 08 doces de massa,
01 maçã verde, balas, bombons, pirulitos e quindins. Opcional: brinquedinhos de
menina, balões, Omolocum (bola de feijão miúdo cozido em forma de bola furado ao
meio e mel. Oxum Epandá Ibeje. O Lugar Onde se Leva as Oferenda Onde se Despacha
Na beira da praia ou numa pracinha de crianças (próximo aos balanços.
Oxum Epandá Canjica amarela e quindins. Opcional: flores, pudim, ambrozia, cerejas,
doce olho de sogra amarelo, leque, espelho, pente, perfume, Omolocum( bola de feijão
míúdo cozido em forma de bola furado ao meio e mel.O Lugar Onde se Leva as
Oferenda Onde se Despacha Na beira da praia de água doce ou salgada, ou na beira de
uma cachoeira.

Oxum Ademum Couve partida fina, refogada com farinha de milho, gema de ovo
cozido esmagado e misturado com a couve e moedas. Opcional: flores, pudim,
ambrosia, cerejas, doce olho de sogra amarelo, leque, espelho, pente, perfume,
Omolocum (bola de feijão miúdo cozido em forma de bola furado ao meio e mel. O
Lugar Onde se Leva as Oferenda Onde se Despacha. Na beira da praia de água doce ou
salgada, ou num coqueiro junto à praia.
Oxum Olobá Feijão miúdo cozido e enfarofado com farinha de mandioca, 04 ovos
cozidos partidos ao cumprido. Opcional: flores, pudim, ambrosia, cerejas, doce olho de
sogra amarelo, leque, espelho, pente, perfume, Omolocum (bola de feijão miúdo
cozido em forma de bola furado ao meio e mel. O Lugar Onde se Leva as Oferenda
Onde se Despacha Na beira da praia de água doce ou salgada, ou figueira junto à praia,
ou pedra junto à praia.
Oxum Adocô. Canjica amarela e canjica branca e quindins. Opcional: flores, pudim,
ambrosia, cerejas, doce olho de sogra amarelo, leque, espelho, pente, perfume,
Omolocum (bola de feijão miúdo cozido em forma de bola furado ao meio e mel. O
Lugar Onde se Leva as Oferenda Onde se Despacha. Na beira da praia de água doce ou
salgada.

Iemanjá Bocí, Bomi Canjica branca cozida misturada com salsa e merengues. Opcional:
flores, leque, pente, espelho, perfume, peras, melancias, manjar de coco, tainha ou
corvina assada. O Lugar Onde se Leva as Oferenda Onde se Despacha. Iemanjá Bocí,
Bomi Na beira da praia de água salgada ou doce
Iemanjá Nanã Borocum
Canjica branca, açúcar e merengues.
Opcional: flores, leque, pente, espelho, perfume, peras, melancias, manjar de coco,
tainha ou corvina assada.
O Lugar Onde se Leva as Oferenda Onde se Despacha.
Na beira da praia de água salgada ou doce
Oferendas de Oxalá
Oxalá Obocum e Olocum e Dacum. Canjica branca, coco ralado. cocadas. Opcional:
flores, peras, uvas, doce de coco qualquer, manjar branco, maria moles. O Lugar Onde
se Leva as Oferenda Onde se Despacha. Na beira da praia de água doce ou salgada.

Oxalá Jobocum Canjica branca, cocadas, 08 fatias de coco fruta descascados, coco
ralado. Opcional: flores, peras, uvas, doce de coco qualquer, manjar branco, maria
moles. O Lugar Onde se Leva as Oferenda Onde se Despacha. Na beira da praia de água
doce ou salgada.

Ocutás dos Orixás

O Ocutá é o centro, o imã que atrai o Orixá, o ponto principal entre Orixá e a pessoa.
Os Ocutás são destinados em sua forma, sua cor, sua consistência e seu tamanho,
devendo ser escolhido o tipo de ocutá de acordo com o Orixá que vai ser assentado
naquele ocutá. e obrigatóriamente, consultado os Orixás através do jogo de búzios.
Pois é ele o Orixá que vai ser assentado que escolhe o Ocutá que mais se enquadra a
sua feitura.
O Orixá ecolhe o ocutá se baseando no nome que vai receber e no ajuntó.
Os tipos de ocutás geralmente são pedras de rio.
Os demais ocutás que serão assentados para aquela família (ERUMALE), tem que ser
compativél com a classe do Orixá dono da cabeça (eledá) e corpo (ajuntó).

sendo que se o Orixá de cabeça (eledá) da pessoa for novo (moço) tada a família
(erumale) acompanhará a mesma regra.
O babalorixá ou yalorixá, devem se certificar que aqueles ocutás que estão recolhendo
dos rios, praias, estão vivos.
para depois levar para o templo religioso, para serem jogados através do jogo de
búzios, e preparados para a sua feitura.

Cada Ocutá tem uma forma que representa o Orixá. que são as seguintes formas:
(BARÁ). PEDRA DE FORMA PIRAMIDAL.
(OGUM). PEDRA DE FORMA DE UM CAPACETE. OU NA FORMA DE UMA ESPADA DE
MINÉRIO DE FERRO.
(IANSÃ OYÁ). PEDRA DE FORMA ARREDONDADA ACHATADA NA FORMA DE UM
CORAÇÃO. AVERMELHADA OU ESCURA.
(XANGÔ). PEDRA DE FORMA DE UM MACHADO.
(ODÉ). PEDRA DE FORMA SEMICILÍNDRICA, DEITADA LEMBRANDO UM ARCO.
(OTIM). PEDRA DE FORMA ARREDONDADA LEMBRANDO UM COCÔ (FRUTA).
(OBÁ). PEDRA EM FORMA DE UMA ORELHA.
(OSSANHA). PEDRA EM FORMA DE UM PÉ.
(XAPANÃ). PEDRA EM FORMA DE UM PORONGO. OU DE UM TECIDO VARIOLIFORME
E BEXIGOSO, DE COR ESCURA.
(OXUM). PEDRA EM FORMA ARREDONDADA E AMARELA.
(IEMANJÁ). PEDRA BRILHOSA, AZUL, BRANCA OU LILÁS. SENDO A MAIS CUMUM
ARREDONDADA.
(OXALÁ). PEDRA BRILHOSA BRANCA, OU LEITOSA, DE DIVERSAS FORMAS. SENDO A
MAIS COMUM ARREDONDADA.

Em nosso templo religioso não costumamos a consagrar ogum, odé, otim, com ocutás.

Ogum é assentado somente no aspiral (cobra de aço).


Odé é assentado somente no seu vulto (boneco de madeira).
Otim é assentada somente no seu vulto (boneco de madeira de otim).

A PREPARAÇÃO DOS OCUTÁS.


Após ser jogado e confirmado pelo o Orixá, o ocutá deverá ficar de molho em água
pura por 24 horas.

feito este processo, despachar a água nuns verdes (grama) dentro do pátio do templo
religoso.

depois ficará de molho em mieró especifico para o Orixá que for destinado aquele
ocutá. durante o tempo axé de número daquele orixá.

EXEMPLO: Bará por 07 dias, Xangô por 06 dias, Oxalá por 08 dias.

Esse mieró deve ser trocado por outro novo nos primeiros quatro dias. no quinto dia o
mieró novo ficará até fechar o número de conta daquele orixá especifico.

A água servirá para limpar aquele ocutá. o mieró servirá para purificar aquele ocutá.

O mieró deve ser feito com as ervas especifica daquele Orixá que está respondendo
pelo o ocutá.

Alguns Babalorixás ou yalorixás adotam usar as ervas do Orixá dono do templo


religioso.

Depois de tirar o ocutá do mieró no último dia, deve se colocar em cima de uma toalha
(ALÁ), branco no quarto de santo. (não secar o ocutá).

Depois que o ocutá secar naturalmente. passar untar todo o ocutá com orí (Banha).
depois passar azeite de dendê. azeite de dendê e mel. ou somente mel. conforme o
Orixá. e estará pronto o ocutá para receber o sacrificio sangue (Axorô).

OBÉS (FACAS)
A FACA SERVE PARA SACRIFICAR OS ANIMAIS DESTINADOS AOS ORIXÁS, É
CONHECIDA TAMBÉM PELO TERMO DE "OBÉ".
NA REALIDADE TODAS AS FACAS DEVERIAM PERTENCER AO ORIXÁ OGUM, QUE É O
LEGITIMO DONO DAS FACAS, PORÉM, AO ORIXÁ BARÁ TAMBÉM COSTUMAMOS
CONSAGRAR FACAS.

OS TIPOS DE FACAS USADOS PARA OS SACRIFICIOS DESTINADOS AOS ORIXÁS.SÃO DAS


SEGUINTE FORMA:
BARÁ LODÊ. UMA FACA DO TIPO COMUM COM PONTA.
BARÁ LANÃ ADAGUE E AGELÚ. UMA FACA DO TIPO COMUM COM PONTA.
OGUM AVAGÃ. UMA FACA DO TIPO COMUM COM PONTA.
OGUM ONIRA OLOBEDE E ADIOLÁ. UMA FACA TIPO COMUM COM PONTA. COM CABO
DE MADEIRA, DE AÇO, DE OSSO, DE PRATA.

QUAL O FUNDAMENTO DAS FACAS PARA QUÊ SÃO UTILIZADAS?

AS FACAS SÃO UTILIZADAS PARA SACRIFICAR ANIMAIS DESTINADOS AOS ORIXÁS.


A DO ORIXÁ BARÁ ELEGBA, LODÊ. PARA SACRIFICAR ANIMAIS AO BARÁ ELEGBA E
LODÊ PODENDO UTILIZAR PARA TRABALHOS FEITIÇOS PARA OS MESMOS, FORA DO
TEMPLO RELIGIOSO.
BARÁ LANÃ ADAGUE AGELÚ. PARA SACRIFICAR ANIMAIS DENTRO E FORA DO TEMPLO
RELIGIOSO. TAMBÉM PARA FEITIÇOS E TRABALHOS. TROCAS. E NA NAÇÃO DE CABINDA
PODEMOS UTILIZAR PARA EGUNS.
OGUM AVAGÃ. PARA SACRIFICAR PARA O MESMO. EM TRABALHOS FEITIÇOS, FORA DO
TEMPLO RELIGIOSO.
OGUM ONIRA OLOBEDE ADIOLÁ. É A FACA QUE PODEMOS DIZER A MAIS UTILIZADA
DENTRO DO TEMPLO RELIGIOSO. PARA ASSENTAMENTOS DE ORIXÁS, FEITURAS. PARA
TROCA DE VIDA E DE SAÚDE. ESSA FACA NÃO SAI DE DENTRO DO TEMPLO RELIGIOSO.
NÃO PODENDO CORTAR PARA EGUNS. É O QUE CHAMAMOS DE EXÉ DE FACA O AXÉ DE
(OGUM).
O QUE É ORIXÁ
O Orixá seria em principio um antepassado divinizado que em sua vida fixara ligações
permitindo lhe um dominio sobre certas forças da natureza,
bem como o trabalho em geral, e o conhecimento das qualidades e propriedades das
plantas. O seu manuseio e sua utilização para os diversos fins.
O poder do antepassado divinizado tem, após a morte condições de fazer uma
encarnação em seu filho durante o fenômeno da incorporação por ele provocado.
O Orixá é um poder imaterial, o qual somente percebemos quando está incorporado
num de seus filhos.

O filho é o veículo que permite ao Orixá vir à terra e é através dele, na incorporação,
que o Orixá pode dançar junto com o povo; receber cumprimentos, ouvir queixas,
conseder graças e conversar com pessoas.
Os poderes dos Orixás são iguais, padronizados, de acordo com a função de cada um
complementa se entre se e finalmente torna se o conjunto de forças que regem o
universo.
A pessoa, na qual o Orixá incorpora, é denominada "cavalo de Orixá"
Aquele que tem o privilégio de ser "montado" (incorporado) pelo seu Orixá.

O AXÉ DE FALA
Bem esse assunto causa muita polêmica entre os Babalorixás e Yálorixás.
Conceder o axé de fala a um Orixá, é permitir que o Orixá se manifeste na terra com
toda a sua força e axé. É permitir que ele se comunique com seus filhos e pessoas que
busquem o seu axé. embora "o Orixá não precise de axé de fala para conceder o seu
axé", mas sim para conceder uma palavra de conforto.
Todo o Orixá quando nasce sabe fala, e ele não fala em respeito ao seu Babalorixá ou
Yalorixá que o iniciou e permetiu que desta forma chegasse na terra.
O Orixá para obter o axé de fala deve estar devidamente assentado na sua vasilha com
Ocutá e ferrementas com sacrificios de animais de quatro patas, aves e pombos. para
poder confirmar aquele axé que lhe será concedido.
o tempo de chegada do Orixá na terra (aye). fica a critério do Babalorixá ou Yalorixá.
dependendo do desenvolvimento do Orixá na terra. podendo levar anos.
O Babalorixá ou Yalorixá que for conceder o axé de fala a um Orixá, deve convidar
pessoas antigas pais e mães de santo, para servirem de testemunhas.
ao concluir o axé de fala o Babalorixá ou Yalorixá retorna ao salão de santo onde
aquele Orixá diz o seu nome e atira (canta) os seus axés de rezas da (cabeça,
passagens, e do seu Babalorixá ou Yalorixá).
Nos dias de hoje é normal vermos Orixás com pouco tempo de chagada na terra (aye),
emitindo ruídos, sons (gritos), sem o axé de fala.
isso seria incorreto! Orixás que não tem axé de fala não emiti nenhum tipo de som pela
a boca. isso é fundamento!
Existe várias formas de conceder o axé de fala a um Orixá! alguns Babalorixás adotam
em fazer um tabuleiro único que serveria para os Orixás de Bará a Oxalá.
Outros adotam em fazer judiárias com o Orixá, na entenção de faze-lo, provar a sua
autenticidade. entendemos não ser preciso tais judiárias com o Orixá!
entendemos que no momento em que o Orixá diz o seu nome completo ao seu
Babalorixá ou Yalorixá sem a pessoa saber, estará confirmado a autenticidade daquele
Orixá.
No nosso caso adotamos um axé diferênciado a cada Orixá, de Bará a Oxalá juntamente
com a sua ave.
A CASA DO BARÁ
A CASA DO ORIXÁ BARÁ LODÊ E OGUM AVAGÃ DEVE SER ASSENTADA NO TERRENO DO
TEMPLO RELIGIOSO, NA PARTE DA FRENTE. POIS ELES SÃO OS GUARDIÕES DAQUELE
TEMPLO!

A CASA DEVE SER VERMELHA! MAIS NOS DIAS DE HOJE, TEMOS CASAS REVESTIDAS
COM CERÂMICAS, PEDRAS, E ATÉ MESMO PINTADAS COM OUTRAS CORES.

O QUE ESTAMOS VENDO MUITO É AS PESSOAS MANDAREM CONSTRUIR A CASA DE


BARÁ LODÊ E OGUM AVAGÃ, SEM NENHUM PREPARO ANTES DOS ASSENTAMENTOS
DESSES ORIXÁS. NA MAIORIA DAS VEZES A CASA ESTÁ (CRUA) COMO SE ESSA
CONSTRUÇÃO NÃO FOSSE SAGRADA. A IMPORTÂNCIA DA CASA DO BARÁ É DA MESMA
IMPORTÂNCIA DO QUARTO DE SANTO! (LOCAL SAGRADO) E NÃO VEMOS PAI OU MÃE
DE SANTO PREPARAR A CASA SAGRADA ANTES DOS ASSENTAMENTOS.

COMO PREPARAR A CASA DO BARÁ LODÊ E OGUM AVAGÃ:

ERVAS. GUINÉ, ALEVANTE, DINHEIRO EM PENCA, ORÔ, FORTUNA, CARQUEJA. PATA DE


VACA, ESPADA DE SÃO JORGE.

01) FAÇA UM MIERÓ COM ESSAS ERVAS (CALDO VERDE) DEVE-SE COAR AS ERVA
DEIXANDO SOMENTE O MIERÓ SEM FOLHAS ESMAGADAS.
02) DEVE-SE LAVAR TODA A CASA POR DENTRO COM ESSE MIERÓ. PARA LAVAR DEVE
USAR UM PANO BRANCO (ALÁ).

03) APÓS FAZER UM PUXADO DE MILHO TORRADO ESCURO DOS FUNDOS PARA
FRENTE (RUA), E DEPOIS FAZER UM PUXADO DE PIPOCAS DA FRENTE (RUA) PARA
DENTRO.

04) FAZER UMA LIMPEZA NO TEMPLO RELIGIOSO DOS FUNDOS PARA FRENTE,
DEIXANDO PARA LIMPAR POR ÚLTIMO A CASA DE BARÁ LODÊ E OGUM AVAGÃ.

05) APÓS ACENDA UMA VELA PARA BARÁ LODÊ, E OUTRA PARA OGUM AVAGÃ. ASSIM
ESTARÁ PRONTA PARA RECEBER SEUS ASSENTAMENTOS.

ATENÇÃO: NUNCA COLHER ERVAS OU PLANTAS SEM ANTES PEDIR PERMISSÃO A


OSSANHA. SEMPRE DEVEMOS FAZER UMA OFERENDA AO MESMO E ARRIAR NO PEJÍ,
PARA ASSIM PODER COLHER SUAS ERVAS.

O ACHERÊ OU AXÊRO

O Acherê é, em princípio, o medidor entre o Orixá e o iniciado no transe de


incorporação do Orixá no mesmo.
É uma possessão um tanto menos violenta da do Orixá inteiro, pois o Acherê, é
umamistura Orixá - pessoa inconciente.
O Acherê serve para apagar, com menos violência que o Orixá inteiro, da memória do
iniciado, o que ocorreu durante o tempo em que o Orixá esteve Incorporado nele.
O Acherê, devido a esta combinação Orixá - pessoa, tem a força e o conhecimento do
Orixá congregado com a vivência, a maldade ou bondade da pessoa, por isso, temos
que ter o máximo de respeito e cuidado ao tratarmos com o Acherê, fazendo com que
o mesmo não venha, porventura, revoltar-se conosco.
O comportamento da pessoa incorporada, no estado de Acherê, em geral é o de uma
criança, pois, fala um tanto atrapalhado, outras vezes trocando o sim pelo não, o certo
pelo errado e a frente pelas costas, na sua maneira de se expressar. é muito alegre e
bricalhão, é bondoso e dócil; sorri com felicidade e chora a mesma facilidade.
Gosta de receber presentes e costuma fazer a mediação com o Orixá e a pessoa para
resolver os problemas da mesma, em troca de guloseimas ou presentes, ou até mesmo
pela simples satisfação de ver a pessoa feliz.
Algumas pessoas preferem pedir e tratar dos assuntos pessoais direto com o Acherê,
pois o Orixá é sério, sendo o Acherê mais acessível.
Há Babalorixás e Yalorixás que entendem não poder o Acherê comer ou beber e fumar.
isso fica a critério do Babaloriá ou Yalorixá, conforme os fundamentos e feituras do
Templo Religioso que os mesmos pertencem.
Não Existem frentes para os Acherês! contumamos a ofertar-los com frutas e
guloseimas.
XANGÔ KAMUCÁ
QUEM É XANGÔ KAMUCÁ?

Xangô kamucá é o rei da nação religiosa de cabinda.

este magnifico orixá é exclusivamente cultuado na nação de cabinda! ou seja xangô


kamucá, naõ é cultuado por outras nações.

quando alguns se arriscam em falar ou palpitar sobre xangô kamucá. o fazem de forma
fria, e até com ares de zombaria em suas "análises", ignorando a sua grandiosa força
espiritual. também na qualidade de rei desta populosa nação religiosa, que é a maior
nação no estado do rio grande do sul em números de adeptos e de templos de religião
instalados.

XANGÔ AGODÔ KAMUCÁ BARUÁLOFINA. é o rei da nação religiosa de cabinda,


praticada e cultuada no estado do rio grande e do sul.
xangô é o nome do orixá; agodô é a classe deste orixá; kamucá é o nome deste orixá rei
que foi assentado para o babalorixá rei, WALDEMAR ANTONIO DOS SANTOS;
baruálofina é o sobrenome deste orixá rei da nação de cabinda.

KAMUCÁ NÃO É CLASSE DO ORIXÁ XANGÔ, É UM NOME APENAS.

diferentemente das demais nações em que os religiosos ( por receio dos inimigos ou
por desconhecimento) costumam omitir o nome do seu orixá de cabeça, os cabindeiros
costumam se apresentar sempre declarando o nome de seu orixá de cabeça. a classe
do orixá não é apresentada por uma questão de costume.
em nenhuma nação religiosa originária da áfrica, daquelas praticadas e cultuadas no
rio grande do sul, sejam estas puras ou misturadas é ASSENTADO QUALQUER ORIXÁ
NO BALÉ, portanto o rei xangô kamucá, teve o seu assentamento realizado para o seu
filho BABALORIXÁ REI WALDEMAR ANTONIO DOS SANTOS DENTRO DO PEJÍ QUARTO
DE SANTO.

a nação religiosa de cabinda, é uma nação regida por eguns.

O fato de xangô kamucá não ser cultuado pelas demais nações religiosas, no estado do
rio grande do sul, apenas podendo ser cultuado na cabinda; e também de não poder
ser assentado para pessoa alguma na nação religiosa de cabinda, se dá por uma
questão de respeito ao grandioso babalorixá waldemar antonio dos santos. falecido em
15 de setembro de 1935. é simples; imaginarmos que algum babalorixá ou yalorixá da
nação de cabinda assente o orixá xangô kamucá baruálofina para algum dos seus filhos
de religião.este filho ou filha, apartir da primeira gota de sangue (axorô) que caia sobre
a sua cabeça (eledá) ou ocutá, estaria de volta á terra o rei da nação religiosa de
cabinda. se o xangô kamucá incorporesse no filho ou filha, o babalorixá ou yalorixá
teria que se curvar bater cabeça para aquele orixá rei da nação de cabinda.
O BABALORIXÁ WALDEMAR DE XANGÔ KAMUCÁ BARUÁLOFINA NASCEU EM 24 DE
AGOSTO DE 1883 E FALECEU EM 15 DE SETEMBRO DE 1935.
ALGUMAS PESSOAS SEM O MÍNIMO DE CONHECIMENTO. ENSINAM DIZEM QUE ESSE
ORIXÁ É OFERTADO NO CEMITÉRIO.
OBRIGAÇÃO DO BORÍ
Da fusão da palavra Bó, que em Ioruba significa oferenda, com Ori, que quer dizer
cabeça, surge o termo Bori, que literalmente traduzido significa " Oferenda à Cabeça".
Do ponto de vista da interpretação do ritual, pode-se afirmar que o Bori é uma
iniciação à religião, na realidade, a grande iniciação, sem a qual nenhum noviço pode
passar pelos rituais, ou seja, pela iniciação ao sacerdócio. Sendo assim, quem deu Bori
é (Iésè órìsà).

O Bori de aves é a obrigação em que o filho-de-santo reafirma sua convicção


dentro da religião. É feito como uma preparação para o aprontamento, ou como um
"reforço de cabeça", que tem como objetivo melhorar as condições gerais do
filho-de-santo. Na obrigação do bori são consagrados alguns objetos que juntos
também se chamam bori: uma manteigueira de vidro ou porcelana, 01 moeda antiga,
alguns búzios (de acordo com o número de axé do orixá) e 01 quartinha (espécie
de vaso de barro sem tampa). Estes objetos são colocados dentro de uma vasilha,
juntamente com as guias e recebe o sangue (axorô) dos animais sacrificados,
vasilha esta que fica no colo do filho que está sendo borido, enquanto este fica
sentado no chão. O Babalorixá faz as marcações no corpo do filho da mesma forma
que foi feita no aribibó, com a diferença de serem sacrificados além de pombos,
galos ou galinhas, de acordo com o orixá dono da cabeça do filho-de-santo. Na
continuação da obrigação de bori conservam-se as mesmas etapas do aribibó, porém
no bori há uma testemunha a quem chamamos de padrinho ou madrinha de cabeça,
devendo-se total respeito ao padrinho, que deverá ser alguém com feitura,
filho-de-santo pronto, pois é o padrinho ou madrinha que deverá ser procurado
caso o afilhado necessite de orientação e o Babalorixá estiver impossibilitado
de auxiliar o filho-de-santo.
Terminada as etapas da matança o borido é
auxiliado a trocar de roupa e deita-se no chão mantendo-se o mais próximo de sua
obrigação. Os animais sacrificados vão para a cozinha, onde são preparadas as
inhélas (partes extremas e vitais das aves, fritas em óleo) que serão servidas
aos orixás e com o restante do corpo das aves serão preparadas as refeições para
alimentar o povo que permanecerá no Ilê durante o período de obrigação, ou então
serem servidas durante a noite de Batuque.
A reclusão do filho de santo
que está sendo borido varia de 03 a 04 dias em média, podendo ser de 8 dias ou
mais. Durante este período o borido reduz ao máximo suas atividades e
movimentos, permanecendo a maior parte do tempo deitado ao chão. Após o batuque
e o término do período de reclusão levanta-se a obrigação e monta-se o bori:
Coloca-se dentro de uma manteigueira a moeda ao centro rodeada pelos
búzios.
Cobre-se com bastante mel. Agora o filho-de-santo
tem o Bori (a manteigueira com os búzios e a quartinha cheia d'água), que ficará
guardado no Quarto-de-Santo, numa prateleira coberto por cortinas, juntamente
com os Boris dos demais filhos do terreiro, até que este filho se apronte e
tenha seu próprio terreiro. O Bori é considerado a "cérebro" do indivíduo,
portanto exige certos cuidados, não deve ser mexido, a quartinha deve estar
sempre com água e deve ser reforçado de tempos em tempos com nova
obrigação.

Há vários tipos de Bori:

Bori de Aves: quando são sacrificados galos ou galinhas da cor pertencente ao orixá
de cabeça e para o orixá que rege o corpo da pessoa. É uma obrigação de
iniciação para o filho-de-santo novo ou de reforço para o filho que fez bori e
que precisa renovar sua força espiritual.
Bori de Meio Quatro-Pé:
como é chamado vulgarmente, pois é considerado como preparação para o
aprontamento, isto é, antecede o Bori de Quatro-pés. Esta obrigação é feita para
filhos que já tenham feito bori de aves e também pode ser feito como reforço,
para os que já são filhos prontos. É sacrificado um casal de galinhas d'angola
se o filho-de-santo pertence a um orixá de frente, casal de marrecos se o
filho-de-santo pertencer á Oxum ou Oxalá ou então, um casal de patos se for
filho de Iemanjá. A feitura de um Bori de Meio Quatro-Pés, vai depender da
necessidade do indivíduo e/ou da exigência de seu orixá, o que será verificado
junto ao Babalorixá ou Yalorixá através do Ifá.
Bori de Quatro-Pés: considerado como apronte de cabeça, principalmente quando
junto
ao Bori ocorre o assentamento do Orixá de cabeça do filho-de-santo. Ocasião onde
se consagra não somente o Bori, mas também os objetos místicos: as ferramentas e
o ocutá onde será fixado o orixá e a guia delegum, guia com vários fios de
contas que variam em número e cor de acordo com o axé do orixá. È sacrificado um
animal de quatro patas de acordo com o orixá do indivíduo. A partir desta
obrigação, aumentam as responsabilidades do filho-de-santo, assim como seu
prestígio junto á sociedade batuqueira. O período de obrigação, em que o filho
fica "preso" no Ilê é maior do que no Bori de Aves, variando de 06 a 20 dias ou
mais, Isto vai depender da situação e das regras dadas pelo
Babalorixá.
OS AJUNTÓS
Ajuntós Nação Cabinda
Para quem não sabe, ajuntó é o Orixá que "casa" ou "acompanha" seu Orixá de
cabeça. Todos temos um Orixá que rege nosso eledá (cabeça) e outro que rege nosso
corpo, além dos Orixás de perna e passagem. Invariavelmente o Orixá do corpo precisa
"casar" com o Orixá de cabeça, precisam combinar, e a essa combinação chamamos
"ajuntó". Por exemplo: sou filho de Oxum Pandá, e o ajuntó de minha Oxum é Xangô
Aganjú (meu Orixá de corpo).Abaixo seguem os possíveis ajuntós entre os Orixás:

Bará Elegba com Oyá Timboá.

Bará Lodê com Iansã e com Obá.


Bará Lanã com Obá e algumas vezes com Oyá.
Bará Adague com Oyá e com Obá.
Bará Agelú com Oxum Pandá e algumas vezes com Oyá Niqué.

Ogum Avagã com Oyá Timboá e Oyá Dirã.


Ogum Onira com Oyá.
Ogum Olobedé com Iansã.
Ogum Adiolá com Oxum Pandá e com Yemanjá Bocí.

Oyá Timboá com Bará Elegba e com Ogum Avagã.


Oyá Dirã com Ogum Avagã.
Oyá com Bará Adague (às vezes com Bará Lanã e com Bará Agelú), com Ogum Onira,
Xangô Aganjú e Xapanã Jubeteí.
Iansã Com Bará Lodê, Ogum Olobedé, Xangô Agodô, Xapanã Belujá e Xapanã Sapatá.

Xangô Aganjú Ibeje com Oxum Pandá Ibeje.


Xangô Aganjú com Oyá, Obá, Oxum Pandá e Yemanjá Bocí.
Xangô Agodô com Iansã e Oxum Olobá.

Odé com Otim e Yemanjá Bocí.


Otim com Odé.

Obá com Bará Lodê, Bará Lanã, Bará Adague, Xangô Aganjú, Xapanã Jubeteí e Xapanã
Sapatá.

Ossanha com Oxum Demun e Yemanjá Bocí.

Xapanã Jubeteí com Oyá e Obá.


Xapanã Belujá com Iansã e Oxum Olobá.
Xapanã Sapatá com Iansã e Obá.

Oxum Pandá Ibeje com Xangô Aganjú Ibeje.


Oxum Pandá com Bará Agelú, Ogum Adiolá, Xangô Aganjú, Oxalá Bocum e Oxalá
Olocum.
Oxum Demun com Ossanha.
Oxum Olobá com Xangô Agodô e Xapanã Belujá.
Oxum Docô com Oxalá Jobocum (às vezes com Oxalá Oromilaia).

Yemanjá Bocí com Ogum Adiolá, Xangô Aganjú, Odé, Ossanha e Oxalá Dacum.
Yemanjá Bomí com Oxalá Jobocum (às vezes com Oxalá Oromilaia).
Yemanjá Nanã Borocum com Oxalá Jobocum.

Oxalá Bocum com Oxum Pandá (quando a passagem de Orixá for Xangô Aganjú).
Oxalá Olocum com Oxum Pandá (quando a passagem de Orixá for Xapanã Jubeteí).
Oxalá Dacum com Yemanjá Bocí.
Oxalá Jobocum com Oxum Docô e Yemanjá Bomí.
Oxalá Oromilaia: somente em casos especiais este Orixá faz ajuntó com Oxum Docô e
Yemanjá Bomí.

Aribibó

O Aribibó é uma obrigação religiosa feita exclusivamente com Pombos na cabeça do iniciado,
sempre um casal de Pombos na cor usada para o Orixá dono da cabeça da pessoa.

O Aribibó deverá ser feito em cabeças que já tenham sido jogadas e que já tenham sido lavadas
com Omieró.

É uma obrigação em "desuso" atualmente. Seja pela falta de conhecimento, seja pela
comodidade de alguns Religiosos.

O Aribibó é uma espécie de estreitamento das obrigações do iniciando para com os Orixás.

É usado também como recurso em situações que envolvam problemas de saúde.

QUINZENA

A Quinzena e´ como chamamos a Obrigação de Ebo seco ou Ebo com aves.

A Obrigação de Ebo seco e´ feita sempre que necessario para agradar aos Orixas com
barulho (toque de tambor) e que não se queira ou possa oferecer sacrificios com
sangue aos mesmos.
E´ uma Obrigação simples e de duração menos que as demais.

consiste de oferecer aos Orixas e ao povo doces, cremes, bolos, tortas, frutas, amalas,
canjicas, refrigerantes, sucos, etc.

Nesse tipo de obrigação não e´ feito o kassum (AXE DE BALANÇA).

Entendemos não fazer mesa de ibeje nesse ritual, por não existir sacrificios de aves.
entendemos que a canja deve ser feita com aves que foram sacrificadas aos ibejes, a
Oxum, Iemanja ou a Oxala.

desconsideramos aves industrializadas.

A Quinzena com aves. ou Obrigação de Ebo com aves.


A Obrigação de Ebo seco e´ feita sempre que necessario para agradar aos Orixas com
barulho (toque de tambor) e que tenham sacrificios com aves aos mesmos.

E´ uma Obrigação simples e de duração menos que as demais.

consiste de oferecer aos Orixas e ao povo doces, cremes, bolos, tortas, frutas, amalas,
canjicas, refrigerantes, sucos, aves que foram sacrificadas aos Orixas, etc.

Nesse tipo de obrigação não e feito o kassum (AXE DE BALANÇA).

Podendo fazer a mesa de Ibeje.

Para alguns Babalorixas e Yalorixas em nenhuma dessas Obrigações e´ esticado o ala´


de Oxala. somente em obrigação com sacrificios de animais de quatro patas.
BARÁ LODÊ E OGUM AVAGÃ
Na Nação de kabinda, Além desses dois Orixás Bará Lodê e Ogum Avagã. cultuamos o
Orixá Bará elegbá e Iansã oyá timboá.
ORIXÁ BARÁ LODÊ E OGUM AVAGÃ

Nos rituais Kabinda essencialmente no Batuque do Rio Grande do Sul, é dedicado um


espaço para culto dos Orixás Bará elegbá Bará Lodê e Ogum Avagã, e Iansã oyá timboá.
geralmente a frente das casas de religião.

Este espaço, contém seu obé (faca utilizada nos rituais de sacralização) específico, já
que obé do quarto de santo não deve ser utilizado neste local, assim como o obé do
Elegbá, Lodê, Avagã e Oyá timboá. não deve ser utilizado no quarto de santo. O obé
para cortar para estes Orixás geralmente é recebido junto com os assentamento
destes, realizado pela maioria dos BABALORIXÁS quando seus filhos estão com a
obrigação completa.

Na maioria das casas de axé o assentamento de Bará elegbá, Bará Lodê, Ogum Avagã e
Oyá timboá. é realizado na casa de seu filho, onde deve ser construído o espaço
específico para recebê-los.

Esses assentamentos tem a função principal, a de cuidar da casa de axé, são Orixás de
rua, do movimento, ficam em local de culto exclusivo de homens ou mulheres que não
mestruam mais.Bará elegbá, Bará Lodê deve ficar ao lado de Ogum Avagã e Ogum
avagã ao lado de Oyá timboá, no chão, pois são Orixás da terra.

Alguns Babalorixás colocam estes assentamentos em prateleiras, no espaço externo da


casa, prática esta considerada inadequada por muitos Pais de Santo, já que este Orixá
tem que ficar no chão do espaço sagrado para ele.

No espaço destinado ao culto do Bará Lodê e Ogum Avagã, ficam geralmente um ou


dois ecós (espécie de segurança que serve para atrair para sí as energias negativas do
local) em alguidar de barro, com água e azeite de dendê, com farinha de mandioca,
que é trocado todas as semanas.

Uma quartinha com água para Bará Lodê e uma quartinha seca para Ogum Avagã
acompanham o local, onde ainda são servidos axés específicos para estes Orixás.
Lodê e Avagã, são Orixás do seco, por isso seus axés não devem ser despachado em
dias de chuva ou com a terra molhada, não adianta parar de chover, e despachar
depois. A grande maioria dos Babalorixás respeita este fundamento.

Bará não é o exu da Quimbanda, nem o diabo do Cristianismo, tampouco possui


semelhanças nesse sentido. Deve ser tratado com muito respeito da mesma forma que
os demais Orixás.

Nada se faz sem Bará, Orixá responsável pela abertura dos caminhos, pelo movimento,
pela segurança nas ruas, assim como Ogum Avagã, que é o Ogum responsável pela rua,
pela proteção de quem trabalha com ferro, trânsito e militares.

Na nação de kabinda Bará é representado pela cor vermelha e número 7, e Ogum


Avagã pela cor verde e vermelha número 7.

QUEM É O BARÁ ELEGBÁ (LÉBA)

BARÁ ELEGBÁ OU LÉBA COMO É CHAMADO, É UM ORIXÁ EXCLUSIVO DA NAÇÃO DE


CABINDA!! MUITOS O CULTUAM NOS FUNDOS DO TERRENO RELIGIOSO, OU DE
VÁRIAS FORMAS INCORRETAS.

ELE É CULTUADO NA FRENTE DO TERRENO RELIGIOSO! PARA ALGUNS EM CASA


SEPARADA DO BARÁ LODÊ, PARA OUTROS JUNTO A BARÁ LODÊ. O FATO É QUE O BARÁ
ELEGBÁ É CULTUADO SOMENTE PELA NAÇÃO DE CABINDA.

BARÁ ELEGBÁ É UM BARÁ LODÊ, PORÉM ELE FAZ BARÁ LODÊ COMANDA CRUZEIROS
ABERTOS E CRUZEIROS DE MATAS, BARÁ ELEGBÁ COMANDA EM CRUZEIROS ABERTOS,
CRUZEIROS DE MATAS, LOMBA CEMITÉRIOS.

SEU FUNDAMENTO DEVE SER PASSADO POR ALGUÉM QUE É DE CABINDA, E QUE
TENHA O MESMO ASSENTO.

ASSIM COMO EXISTE A SUA AGREGADA CHAMADA ZINA!! QUE É UMA IANSÃ, UMA
(OYÁ).
EM PRIMEIRO LUGAR O VERDADEIRO BATUQUEIRO DEVE SE LIMITAR SOMENTE A SUA
NAÇÃO! NUNCA DEVEMOS FALAR OU DAR PALPITES SOBRE NAÇÕES QUE NÃO É
AQUELA QUE PRATICAMOS.

A TEORIA É UMA COISA, A PRÁTICA É OUTRA!

A CABINDA É UMA NAÇÃO QUE NÃO SE MISTURA COM AS OUTRAS, PORTANTO NÃO
EXISTE CABINDA COM IJEXÁ, OU COM JÊJE, OU COM OYÓ. CABINDA É CABINDA.

ENTÃO PARA AQUELAS PESSOAS QUE ESTÃO INICIANDO NA NAÇÃO DOS ORIXÁS,
SEMPRE PROCUREM UMA CASA OU NAÇÃO ÚNICA! QUE PRATIQUE OS FUNDAMENTOS
DA MESMA, SEM MISTURAS.

A CABINDA TEMOS DOIS RAMOS DIRETO E LEGÍTIMO DE WALDEMAR DE XANGÔ


KAMUCA. WALDEMAR O BABALORIXÁS REI DA CABINDA, E XANGÔ KAMUCA O ORIXÁ
REI DA CABINDA.

QUEM É IANSÃ OYÁ TIMBOÁ?


IANSÃ OYÁ TIMBOÁ, É UM ORIXÁ CULTUADO E PERTENCENTE A CABINDA! ESSE
ORIXÁ, NÃO PERTENCE AO IGEXÁ, OYÓ, JEJÊ, OU NAGÔ! É EXCLUSIVA DA NAÇÃO DE
CABINDA!

ESTAMOS VENDO MUITOS PAIS OU MÃES DE SANTO, QUE NÃO SÃO DA NAÇÃO DE
CABINDA CULTUANDO, E ATÉ MESMO DANDO CABEÇAS PARA ESSE ORIXÁ!

O FATO É QUE OYÁ TIMBOÁ É CULTUADA NO BALÉ! É A RAINHA DOS EGUNS, E SEUAS
ASSENTAMENTOS SÃO FEITOS NO BALÉ. ESSE ORIXÁ NÃO REGE CABEÇA DE FILHOS.

AS PESSOAS DE OUTRAS NAÇÕES, ESTÃO CULTUANDO UM ORIXÁ QUE NÃO PERTENCE


A SUA FEITURA, OU AXÉ.

A FALTA DE CONHECIMENTO, E INVENÇÕES CRIADAS POR AQUELES, QUE SOMENTE


OUVIRAM FALAR SOBRE O ORIXÁ! APRENDIZADOS DE BOCA, SEM TER ALGUÉM QUE
REALMENTE SAIBA OS FUNDAMENTOS E FEITURAS.
OS FUNDAMENTOS DE UMA NAÇÃO, SÃO PASSADOS PELO BABALORIXÁ, OU IALORIXÁ!
JAMAIS DEVEMOS CULTUAR ALGO QUE NÃO SEJA DA NAÇÃO QUE PRATICAMOS!
ASSIM MANTEREMOS NOSSA NAÇÃO O MAIS PURA O POSSÍVEL.

MUITAS VEZES OS FILHOS NÃO SÃO OS CULPADOS! ATÉ MESMO POR ACREDITAR NOS
SEUS BABÁS E IYÁS, ACABAM ADOTANDO OS ERROS QUE APRENDERAM.

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