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bispo do Rio de Janeiro. Essa punição tinha sido antecedida por um discurso
feito pelo padre Almeida Martins na loja maçônica Grande Oriente, no qual o
religioso exaltou a figura do visconde do Rio Branco, que, além de primeiro-
ministro, era grão-mestre da maçonaria. Neste processo, o bispo de Olinda, D.
Vital e o de Belém, D. Macedo determinam o fechamento de todas irmandades
que não quiseram excluir seus associados maçons. A reação do governo foi
rápida e enérgica, quando em 1874, o primeiro-ministro, visconde do Rio
Branco, determinou a prisão dos bispos seguida de condenação a quatro anos
de reclusão com trabalhos forçados. Apesar da anistia concedida no ano
seguinte pelo novo primeiro-ministro duque de Caxias, a ferida não foi
cicatrizada e o Império decadente junto com a maçonaria que o sustentava,
perdiam o apoio do clero e da população, constituindo-se num importante fator
para queda do obsoleto regime monárquico e para separação do mesmo com a
Igreja.
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Congresso realizado a 9 de julho de 1816 que criou a República Argentina. O congresso tinha oobjetivo
de oficializar a proclamação de independência da Argentina, que agora (1813) tinha se tornado república
federativa e organizar uma constituição. Congresso de Tucumán começou suas sessões no dia 24 de
março de 1816, onde foram realizadas diversas discussões entre os diferentes representantes, que
manifestaram não só os interesses políticos de cada uma das províncias e suas posturas sobre o
caminho a ser tomado para o benefício de todas. Os debates se estenderam até 9 de julho de 1816,
quando a pedido do deputado jujenho Teodoro Sánchez de Bustamante se discutiu o projeto de
Declaração da Independência da Argentina. Nesse dia, o secretário Juan José Paso, representante de
Buenos Aires, tomou a palavra e perguntou aos congressistas se queriam “que as Províncias da União
fossem uma nação livre e independente dos reis da Espanha e sua metrópole”. Todos os deputados
aprovaram por aclamação a proposta e depois cada um ratificou seu voto. Por último, assinaram a Ata da
Independência neste mesmo dia. No dia 9 de julho de 1816, as Províncias Unidas na América do Sul
declararam formalmente sua independência da coroa espanhola, concluindo um complexo processo
revolucionário de seis anos e iniciando outro, também complexo, que levaria a conformação da Nação
Argentina. No ano de 1825, estas províncias trocaram sua denominação pela de Províncias Unidas do Rio
da Prata. Finalmente, a Constituição de 1826 instaurou o nome de Nação Argentina.
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José Gervasio Artigas (Montevidéu, 19 de Junho de 1764 — Ibiray, 23 de Setembro de 1850) foi um
político e militar uruguaio, sendo o herói nacional de seu país. Estudou no Convento de São Francisco,
sendo depois mandado pelo pai para o interior, onde passou a juventude entre gaúchos, índios e
tropeiros. Dedicou-se ao comércio de couro e gado, percorrendo todo o Uruguai e adquirindo influência
junto à população rural. Em 1797 ingressou no Regimento de Lanceiros como tenente. Durante a guerra
hispano-portuguesa, combateu os ingleses no Prata, aliados dos portugueses. Nessa época iniciou-se o
movimento de libertação das colônias espanholas e Artigas juntou-se aos insurretos, sendo nomeado
tenente-coronel pela junta de Buenos Aires. Derrotou os espanhóis na batalha de San José, em 1811,
obrigando o chefe da guarnição espanhola a retirar-se com suas tropas para Montevidéu. Derrotou
novamente os espanhóis na batalha de Las Piedras e sitiou a cidade. Divergindo do governo de Buenos
Aires, retirou-se para o interior. Após as resoluções do Congresso de Tucumán, Artigas uma vez mais
entrou em guerra contra o exército luso-brasileiro que invadira a Banda Oriental. Derrotado na batalha de
Catalán, em 1817, Artigas iniciou movimentos de guerrilha que duraram três anos. Não podendo mais
resistir, após a derrota na Batalha de Tacuarembó em 1820, asilou-se no Paraguai, onde morreu trinta
anos depois, sem haver retornado a seu país.
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O Vice-Reino do Rio da Prata (em espanhol Virreinato del Río de la Plata), estabelecido em 1776, foi o
último e mais curto vice-reino criado pela Espanha durante o período de colonização das Américas. Os
seus limites continham territórios da actual Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai (este último dentro do
território conhecido à época como Banda Oriental do Uruguai). Foi criado sobretudo por razões de
segurança, no sentido de tentar conter as outras potências mundiais com interesses na área, como a Grã-
Bretanha e, sobretudo, Portugal. O primeiro vice-rei foi Pedro de Ceballos.
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Bento Gonçalves da Silva (Triunfo, 23 de setembro de 1788 — Pedras Brancas, 18 de julho de 1847) foi
um militar, maçom e revolucionário brasileiro, e um dos líderes da Revolução Farroupilha, que buscava a
independência da província do Rio Grande do Sul do Império do Brasil.
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Juan Antonio Lavalleja y de la Torre (Santa Lucía, Minas, 24 de junho de 1784 – Montevidéu, 22 de
outubro de 1853) era filho de Manuel Pérez de La Valleja, estancieiro espanhol de Huesca, e de Ramona
Justina de la Torre, também espanhola. Militar e político uruguaio, liderou os Trinta e Três Orientais e
presidiu o Uruguai no Triunvirato de Gobierno de 1853, com Venancio Flores e Fructuoso Rivera (que
morreu antes da posse).
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Bento Manuel Ribeiro (Sorocaba, 1783 — Porto Alegre, 1855) foi um militar brasileiro, importante
personalidade de diversas campanhas militares da História do Brasil, como a Guerra da Cisplatina
(Guerra del Brasil) e Guerra dos Farrapos.
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José Fructuoso Rivera (Montevidéu, 17 de outubro de 1784 — Melo, 13 de janeiro de 1854). Conhecido
informalmente como Don Frutos, foi um militar e político uruguaio.
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A guerra da Cisplatina ou campanha da Cisplatina (espanhol: Guerra del Brasil) foi um conflito ocorrido
entre o Império do Brasil e a Províncias Unidas do Rio da Prata, no período de 1825 a 1828, pela posse
da Província Cisplatina, a região da atual República Oriental do Uruguai. Na historiografia argentina é
denominada como Guerra do Brasil ou Guerra Contra o Império do Brasil. Foi o primeiro de quatro
conflitos armados internacionais em que o Brasil lutou pela supremacia sul-americana, tendo o segundo
sido a Guerra do Prata, o terceiro a Questão Uruguaia e o último a Guerra do Paraguai. Juntos, integram
o conjunto das Questões Platinas, na História das Relações Internacionais do Brasil. O termo Cisplatina
(cis, aquém, da parte de cá de + platina, relativa ao rio da Prata), indica a localização geográfica do
território da antiga província, a Leste daquele rio; em castelhano era conhecida como Província Oriental
del Río de la Plata, constituindo-se no atual Uruguai. Localizada na entrada do estuário do Rio da Prata, a
Província Oriental era uma área estratégica, já que quem a controlava tinha grande domínio sobre a
navegação em todo o rio, acesso aos rios Paraná e Paraguai, e via de transporte da prata andina.
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Sebastião Barreto Pereira Pinto (Porto Alegre, 1775 — 1841) foi um militar brasileiro. Sentou praça no
regimento dos dragões de Rio Pardo em 18 de outubro de 1791, servindo nas campanhas de 1801, 1811-
1812, 1816, na Guerra Cisplatina , na Guerra da Independência e na Guerra dos Farrapos. Em 1823, em
Montevidéu, combateu o general Álvaro da Costa que se batia contra a Independência do Brasil. Foi
deputado provincial eleito à 1ª Legislatura da Assembleia Provincial. Ao iniciar a Guerra dos Farrapos, era
comandante de armas da província e se achava em Livramento. Quando o novo presidente, Marciano
Pereira Ribeiro, apoiado pelos farrapos, assumiu, foi destituído do comando e refugiou-se no Uruguai. Ao
retornar de Montevidéu, reassumiu o comando das tropas, em 15 de abril de 1837, sendo derrotado
sucessivamente pelos Farroupilhas nos campos de Atanagildo e na batalha do Barro Vermelho, em 30 de
abril de 1838, em que Rio Pardo (até então a Tranqueira Invicta) foi conquistada pelos farrapos. Por
causa da derrota foi submetido a um conselho de guerra, mas inocentado. Foi presidente da províncias de
Minas Gerais, de 22 de agosto de 1840 a abril de 1841. Recepiente de Imperial Ordem de Avis e da
Imperial Ordem do Cruzeiro
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Segunda a mesma autora, nos nove anos seguintes, esses tempos iniciais de
empolgação sofreriam modificações. Até o ano de 1840, é perceptível um
período de ascensão farroupilha, dadas as vitórias no campo militar. Nesta
segunda fase da luta, da Proclamação da República até 1840, os insurgentes
Combate do Seival.
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PADOIN, Maria Medianeira. Federalismo Gaúcho. Fronteira Platina, Direito e
Revolução. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2001.
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Luís Alves de Lima e Silva, o duque de Caxias, (Porto da Estrela, 25 de agosto de 1803 — Desengano,
7 de maio de 1880), foi um dos mais importantes militares e estadistas da história do Brasil. Filho do
brigadeiro e regente do Império, Francisco de Lima e Silva, e de Mariana Cândida de Oliveira Belo, Luís
Alves de Lima - como assinou seu nome por muitos anos - foi descrito por alguns dos seus biógrafos
como um predestinado à carreira das armas que aos cinco anos de idade assentou praça no Exército
(1808). O que os biógrafos não explicitam é que essa trajetória "apoteótica" é devida às especificidades
da carreira militar nessa época. Ter sido cadete aos cinco anos não era um sinal de seu caráter especial:
a honraria era concedida aos filhos de nobres ou militares e muitos alcançaram o mesmo privilégio, até
mesmo com menor idade. Caxias foi um militar do século XIX. Pertencia a uma tradicional família de
militares. De um lado, a família paterna, constituída de oficiais do exército. Do lado materno, a família era
de oficiais de milícia. Foi com o pai e com os tios que Luís Alves de Lima e Silva aprendeu a ser militar.
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Art. 3° - Dar-se-á pronta liberdade a todos os pris ioneiros e serão estes, às custas do
Governo Imperial, transportados ao seio de suas famílias, inclusive os que estejam
como praça no Exército ou na Armada.
Art. 4° - Fica garantida a Dívida Pública, segundo o quadro que dela se apresente, em
um prazo preventório.
Art. 5° - Serão revalidados os atos civis das autor idades republicanas, sempre que
nestes se observem as leis vigentes.
Art. 6° - Serão revalidados os atos do Vigário Apos tólico.
Art. 7° - Está garantida pelo Governo Imperial a li berdade dos escravos que tenham
servido nas fileiras republicanas, ou nelas existam.
Art. 8° - Os oficiais republicanos não serão constr angidos a serviço militar algum; e
quando, espontaneamente, queiram servir, serão admitidos em seus postos.
Art. 9° - Os soldados republicanos ficam dispensado s do recrutamento.
Art. 10° - Só os Generais deixam de ser admitidos e m seus postos, porém, em tudo
mais, gozarão da imunidade concedida aos oficiais.
Art. 11° - O direito de propriedade é garantido em toda plenitude.
Art. 12° - Ficam perdoados os desertores do Exércit o Imperial.
(ass.) O Barão de Caxias. ( citaação da Revista Militar Brasileira, abril-junho,
1978, vol. CXIII, ano LXIV, pp. 116-117. Apud Henrique Wiederspahn, ob. cit.,
pp. 11-12). Assinada a paz em Ponche Verde, David Canabarro redigiu uma
proclamação em que anunciava o fim da Guerra dos Farrapos. O texto tem a
data de 28 de fevereiro de 1845:
"Concidadãos! Competentemente autorizado pelo magistrado civil a quem
obedecíamos e na qualidade de comandante-em-chefe, concordando com a unânime
vontade de todos os oficiais da força de meu comando, vos declaro que a guerra civil
que há mais de nove anos devasta esse belo país está acabada.
Concidadãos! Ao desprender-me do grau que me havia confiado o poder que dirigia a
revolução, cumpre-me assegurar-vos que podeis volver tranqüilos ao seio de vossas
famílias. Vossa segurança individual e vossa propriedade estão garantidas pela
palavra sagrada do monarca e o apreço de vossas virtudes confiado ao seu
magnânimo coração. União, fraternidade, respeito às leis e eterna gratidão ao ínclito
presidente da Província, o ilustríssimo e excelentíssimo barão de Caxias, pelos
afanosos esforços na pacificação da Província".
Maçons revolucionários
Era forte a Maçonaria, encontrando muitos representantes de renome na
Província, dentre eles:
Bento Gonçalves da Silva14
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Morivalde Calvet Fagundes é autor de inúmeros trabalhos sobre a maçonaria gaúcha. Um de seus
méritos refere-se ao cuidado de comprovar suas afirmações com evidências documentais.
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Carlos Dienstbach, historiador maçom, autor que publicou uma importante obra sobre a maçonaria
gaúcha. DIENSTBACH, Carlos. A maçonaria gaúcha - história da maçonaria e das lojas do Rio Grande do
Sul. Londrina: A Trolha, 1993. (4. v.).
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O principal chefe da revolução Farroupilha nasceu na confluência dos rios Jacuí e Taquari, na Vila de
Bom Jesus de Triunfo, hoje cidade de Triunfo, no dia 23 de setembro de 1758. Bento era o décimo filho
de Joaquim Gonçalves da Silva e de Dona.Perpétua Meireles, sendo seu pai proprietário de fazendas de
criação de gado nos campos de Camaquã, à margem direita da Lagoa dos Patos. Foi o principal
dirigente da Revolta dos Farrapos, movimento liberal e federativo que proclama a República no Rio
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Grande do Sul.Participa da guerra contra as Províncias Unidas do Rio da Prata (1825-1828). Pelos
serviços prestados, D. Pedro I lhe concede o posto de coronel das milícias e o nomeia comandante da
fronteira sul do país. Sua destituição desse cargo, durante a regência do Padre Diogo Feijó, é o estopim
da Revolução Farroupilha, em 1835.Bento Gonçalves entra em Porto Alegre e derruba o presidente da
província, Antônio Fernandes Braga. Com o apoio da população, resiste às primeiras reações legalistas.
No mês seguinte enfrenta as tropas regenciais, é derrotado e preso. Mandado para a Bahia, é
encarcerado no Forte do Mar. Durante sua prisão, os farroupilhas proclamam a República Rio-Grandense,
em 11 de setembro de 1836. No ano seguinte, com a ajuda de liberais baianos, Bento Gonçalves foge do
cárcere e volta para o Rio Grande do Sul. É aclamado presidente da República Rio-Grandense, posto no
qual se mantém até a derrota final dos revoltosos, em fevereiro de 1845. Morre em 18 de julho de 1847.
Em 18 de julho de 1847, portanto, dois anos depois da Grande Epopeia Farroupilha, falecia em Pedras
Brancas (hoje Guaíba), em casa de José Gomes Jardim, o General Bento Gonçalves da Silva sendo,
sepultado no cemitério da povoação com assistência dos filhos, pessoas da família e amigos.
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José Mariano de Matos (Rio de Janeiro, 1801 — 5 de janeiro de 1866) foi um engenheiro e militar
brasileiro. Carioca e republicano, formado pela Escola Militar, foi soldado voluntário no 1º corpo de
artilharia de posição, em 2 de agosto de 1822. Foi nomeado cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro, em
17 de outubro de 1830, pelos serviços prestados à independência do Brasil. Foi transferido para o Rio
Grande do Sul, em 1830. Em 1833, major comandante do corpo de artilharia a cavalo, liderou, junto com
João Manuel de Lima e Silva, os protestos populares, contra a Sociedade Militar, cuja filial tinha sido
recém criada em Porto Alegre. A sociedade era suspeita de simpatizar com a restauração de D. Pedro I e
não era vista com bons olhos pelos estancieiros. Abafada a rebelião, foi afastado do comando pelo
governador José Mariani. Seguiu então para a corte, onde expôs aos regentes, entre eles seu irmão mais
velho Francisco Mariani, a situação de conflito da província, o que levou, entre outras coisas, à renuncia
do presidente da província. Foi deputado provincial eleito à 1ª Legislatura da Assembleia Provincial.
Esteve presente na sessão de 18 de setembro de 1835 da Loja Maçônica Philantropia e Liberdade, que
decidiu iniciar a Revolução Farroupilha. Na República Rio-grandense, para cuja adoção influiu
decisivamente, depois da vitória da Batalha do Seival, em 10 de setembro de 1836, pela Brigada Liberal
de Antônio de Sousa Neto, foi ministro da Guerra e da Marinha, vice-presidente da República e presidente
da república interino, em substituição a Bento Gonçalves, de 23 de novembro de 1840 a 14 de março de
1841. Autor do brasão que foi adotado para o Rio Grande do Sul pelos constituintes de 1891. Próximo do
final da revolução foi preso em Piratini, junto com o coronel Joaquim Pedro, por Chico Pedro, o Moringue,
e encarcerado em Canguçu, na cadeia que Moringue mandara construir como “quarto de hóspedes para
os farrapos”, como ironicamente divulgava. Finda a revolução, foi ajudante-geral do Duque de Caxias
durante a guerra contra Oribe e Rosas entre 1851 e 1852 e, ao retornar ao Rio de Janeiro, retomou sua
carreira. Em 1855 participou de diversas experiências sobre o uso de foguete de Halle juntamente com o
Barão de Capanema. Foi Ministro da Guerra do Império em 1864. Foi o farrapo que chegou mais alto na
hierarquia militar do Império, como general, sendo ministro do Conselho Supremo Militar ao falecer.
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José Gomes de Vasconcelos Jardim (Triunfo, 1773 — 1854) foi um fazendeiro, maçom, médico-prático
e militar brasileiro. Foi presidente da República Rio-Grandense durante a Guerra dos Farrapos. Era
casado com Isabel Leonor Ferreira Leitão. Participou da Revolução Farroupilha desde o início. Foi na
Estância das Pedras Brancas, à sombra do Cipreste Farroupilha em sua propriedade, que foi planejado o
ataque à Porto Alegre, dando início à guerra. Depois da prisão de Bento Gonçalves na ilha do Fanfa,
assumiu a presidência da República Rio-Grandense interinamente. Foi em sua casa em Guaíba que
faleceu o general Bento Gonçalves, em 1847.
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Antônio Vicente da Fontoura (Rio Pardo, 8 de junho de 1807 — Cachoeira do Sul, 11 de setembro de
1860) foi o maior líder civil da Revolução Farroupilha. Era anti-separatista.
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Onofre Pires da Silveira Canto (Porto Alegre, 25 de setembro de 1799 — Santana do Livramento, 3 de
março de 1844) foi um militar brasileiro, um dos líderes da Revolução Farroupilha. Combateu com o
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Regimento de Cavalaria de Milícias de Porto Alegre pela integridade do Rio Grande do Sul, nas guerras
contra Artigas, em 1816 e 1821, e pela do Brasil, na Guerra Cisplatina (1825 - 1828). Na Revolução
Farroupilha foi dos mais ativos e atuantes coronéis. Coube a ele comandar as forças que deram inicio à
Revolução Farroupilha na noite de 19 de setembro de 1835, no vitorioso encontro da Ponte da Azenha,
que criou condições para a conquista de Porto Alegre em 20 de setembro de 1835, com a entrada nela do
líder politico-militar da revolução, e seu primo, o coronel Bento Gonçalves. Em 22 de abril de 1836, num
dos episódios mais negros de sua biografia, Onofre Pires derrota em Mostardas os legalistas
comandados pelo capitão Francisco Pinto Bandeira, porém ordena o fuzilamento de todos prisioneiros.
Em outubro de 1836, Onofre Pires foi preso na Batalha do Fanfa, junto com Bento Gonçalves. Foi levado
como prisioneiro ao Rio de Janeiro, preso no forte de Santa Cruz, fugiu um ano depois em companhia do
capitão José de Almeida Corte Real. Em 1844, desgastados por tanto tempo de guerra, Bento e Onofre
entraram em linha de colisão. A partir daí, Onofre Pires falava abertamente no seio da tropa tudo o que
sentia em relação ao primo. Bento, em carta, pediu que Onofre confirmasse ou não, por escrito, as
acusações ofensivas à sua honra feitas em presença de terceiros. Onofre logo respondeu confirmando,
abrindo mão de suas imunidades parlamentares e colocando-se à disposição de Bento para um duelo,
hipótese desejada por Onofre Pires, que levava grande vantagem por seu porte atlético e por ter dez anos
de idade a menos do que Bento (44 contra 54 anos). Bento Gonçalves procurou Onofre Pires e o desafiou
para o duelo, que aconteceu no dia 27 de fevereiro de 1844, nas margens do rio Sarandi, em Santana do
Livramento. Onofre foi atingido no antebraço direito, fato que interrompeu o duelo. Onofre Pires morreu
quatro dias depois, em conseqüência de gangrena, e um ano antes do término da Revolução.
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David José Martins, conhecido como David Canabarro, (Taquari, 1796 — Santana do Livramento,
1867) foi um militar brasileiro. Descendente de açorianos, é neto de José Martins Faleiros e dona Jacinta
Rosa, naturais da Ilha Terceira. Instalados em Porto Alegre, aí lhes nascia o filho homem que seria José
Martins Coelho. Dona Mariana Inácia de Jesus, natural da Ilha de Santa Catarina, que, com seus pais
Manuel Teodósio Ferreira e dona Perpétua de Jesus, se instalaria em Bom Jesus do Triunfo pelo ano de
1778, aí conheceu o futuro marido, José Martins Coelho que com a família também para ali se havia
transferido. Casados, mudaram-se logo para Taquari onde lhes nasceu, a 22 de agosto de 1796, o
menino David José, no lugar denominado Pinheiros, uma légua além da freguesia-sede, em terrenos que
adquirira José Martins Coelho, fundando uma estância d ' e criar. O sobrenome Canabarro foi adicionado
mais tarde, vindo de seu avô, Manuel Teodósio Ferreira, que havia recebido o apelido do marquês do
Alegrete e o adicionado ao seu nome
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LEITMAN, Spencer Lewis. Razões socioeconômicas da Guerra dos Farrapos: um capítulo da história
do Brasil no século XIX. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
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FLORES, Moacyr. Modelo político dos farrapos: as idéias políticas da Revolução Farroupilha. Porto
Alegre: Mercado Aberto, 1982.
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Anita Garibaldi.
Quando, após quase uma década de luta, ficou evidente que a República Rio-
grandense estava condenada a desaparecer, o presidente Bento Gonçalves da
Silva dispensou Garibaldi de suas funções, e ele então mudou-se para
Montevidéu, no Uruguai, com Anita e seu filho Menotti, nascido em Mostardas,
no litoral sul do estado do Rio Grande do Sul. No Uruguai, em 1842, na Guerra
Grande, foi nomeado capitão da frota uruguaia em sua luta contra o governador
de Buenos Aires, Juan Manuel de Rosas. No ano seguinte, durante a defesa de
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Serafim Bravo
Entre os Veteranos da Revolução Farroupilha e a Guerra do Paraguai avulta a
figura Lendária de Serafim Corrêa de Barros (tataravô do autor).
Maragatos.
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Maragato foi o nome dado aos sulistas que iniciaram a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul em
1893, em protesto a política exercida pelo governo federal representada na província por Julio de
Castilhos. Os maragatos eram identificados pelo uso de um lenço vermelho no pescoço.O termo tinha
uma conotação pejorativa atribuída pelos legalistas aos revoltosos liderados por Gaspar da Silveira
Martins, eminente tribuno, e o caudilho estrategista Gumercindo Saraiva, que deixaram o exílio, no
Uruguai, e entraram no Rio Grande do Sul à frente de um exército. Como o exílio havia ocorrido em
região do Uruguai colonizada por pessoas originárias da Maragateria (na Espanha), os republicanos,
então chamados Pica-paus, os apelidaram de Maragatos, buscando caracterizar uma identidade
"estrangeira" aos federalistas. Com o tempo, o termo perdeu a conotação pejorativa e assumiu significado
positivo, aceito e defendido pelos federalistas e seus sucessores políticos. Na Revolução de 1923
desencadeada contra a permanência de Borges de Medeiros no governo do estado, novamente a
corrente maragata rebelou-se, liderada pelo diplomata e pecuarista Assis Brasil. Seus antagonistas que
detinham o governo, eram chamados no Rio Grande do Sul, de Ximangos, comparando-os à ave de
rapina. O lenço vermelho identificava o Maragato. O lenço branco identificava o Pica-Pau e o Chimango.
O movimento originou, no Rio Grande do Sul, o Partido Libertador, de grande influência regional.
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Bibliografia
ALVES, F.N. O Enaltecimento da Farroupilha Versus o Esquecimento aa
Federalista: Um Estudo de Caso Historiográfico http://repositorio.
furg.br:8080/jspui/bitstream/1/220/1/alves.pdf.