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Independência dos Estados Unidos

Formação das Treze Colônias

Oficialmente, a colonização inglesa começou em 1607, com a fundação da cidade de


Jamestown, na Virgínia.A ocupação ocorreu no decorrer do século XVII, quando a Grã-
Bretanha vivia um período de revoluções e disputas políticas e religiosas.Por discordar das
ideias absolutistas e teológicas discutidas durante a Revolução Puritana, grupos de
protestantes, calvinistas e presbiterianos deixaram a Grã-Bretanha e encontraram na América
um novo lar para escapar das perseguições.Este território pertencia, segundo o Tratado de
Tordesilhas, à coroa espanhola. No entanto, naquele momento, os espanhóis estavam
ocupados em conquistar a região que hoje representa o México e o Peru e acabaram não
ocupando esta zona.Ainda assim, os espanhóis se estabeleceram na Flórida, em 1565, e na
costa oeste.

Principais causas da Independência


O processo de independência das Treze Colônias ocorreu ao longo do século XVIII e teve
como pano de fundo as disputas territoriais entre os colonos ingleses e franceses.A Guerra dos
Sete Anos, que elevou a crise financeira da Grã-Bretanha, fez com que os britânicos
aumentassem os impostos cobrados nas treze colônias a fim de cobrir as despesas de
guerra.Além disso, os colonos também receavam que a metrópole não os socorreria em caso
de ataques indígenas, o que acabou provocando um sentimento de que haviam sido
"esquecidos" pela metrópole.Com a difusão das ideias iluministas da Europa e sua mensagem
de liberdade política, os colonos entenderam que poderiam dispensar o governo britânico.

"A independência dos Estados Unidos foi declarada no dia 4 de julho de 1776, e esse
acontecimento também é conhecido como Revolução Americana. A independência dos
Estados Unidos foi resultado do desgaste da relação entre metrópole e colônia e resultou no
fim do vínculo colonial que existia entre a Inglaterra e as Treze Colônias.

Os Estados Unidos surgiram em um modelo republicano e federalista, tendo nos ideais


iluministas a sua grande referência. Esses ideais fizeram os colonos defenderem as liberdades
individuais e o livre comércio, por exemplo. Apesar disso, a independência americana foi
conduzida pela elite colonial, que estava irritada com a postura da metrópole.

O processo de independência dos Estados Unidos teve como ponto de partida a divergência de
interesses entre colonos e metrópole. Isso porque a postura da Inglaterra em relação a sua
colônia alterou-se drasticamente, sobretudo porque esta foi vista como fonte que financiaria o
desenvolvimento do processo industrial em curso daquela."

Era das Revoluções

Nos primeiros 50 anos do século XIX, ocorreram várias transformações na parcela ocidental do
mundo. A indústria e as comunicações mostraram crescimento significativo. Outro setor que
cresceu foi o militar, em que a oportunidade de seguir carreira no exército era uma grande
atração para a juventude da plebe, influenciada pela filosofia liberalista. Naquele momento
houve também um processo de expansão da educação primária pública e aumento da
população que habitava as principais cidades.

Com este advento, as pessoas que viviam na cidade começam a ter mais acesso à cultura e
participar mais ativamente de questões referentes à sociedade. Além disso, este fenômeno
ganha maiores proporções com as publicações de imprensa, que fomentavam a opinião
pública. Desta forma, alguns grupos com ideais liberais iniciam movimentos de contestação
à Santa Aliança, que tinha o objetivo de conter os ideais disseminados pela Revolução
Francesa. Gradualmente, os liberais, anteriormente vistos como subversivos, começam a ter
suas ideias vistas como justificáveis, endossando as revoluções que estavam por vir. Sob este
ponto de vista, o povo europeu começa a ver as autoridades e monarcas que não se
submetiam as leis, como tiranos.

De acordo com Eric Hobsbawm, historiador marxista britânico, esta primeira etapa do século
XIX é considerada a Era das Revoluções justamente pela disseminação de ideais de
liberdade por grupos organizados na Europa. Eles defendiam temas como direitos humanos,
igualdade entre os cidadãos e soberania da população. Influenciados pela Revolução
Francesa, ativistas de cunho nacionalista e liberal acirravam a revolução permanente. Naquele
momento, ocorriam movimentos importantes como guerras pela independência nacional das
colônias na América Latina, entre outros levantes.

A Independência da América Espanhola

A Independência da América Espanhola foi um processo histórico que ocorreu entre os anos de
1810 e 1898 e que resultou na formação de novos países na América Latina.

Esse movimento foi motivado por diversas causas internas e externas, e teve consequências
importantes para a história e a cultura da região.

Contexto Histórico
Desde o Século XVI, várias regiões do continente americano foram colonizadas pelos
espanhóis. Essa colonização não foi um processo pacífico. Povos como os maias, astecas
e incas foram dominados violentamente nesse processo.A estrutura social da América
Espanhola colonial estava dividida em chapetones (espanhóis) no topo; criollos (filhos de
espanhóis que nasceram na América e não detinham os mesmos privilégios que os
chapetones) no centro; e índios, mestiços e afrodescendentes na base da pirâmide.A
Independência da América Espanhola foi motivada pela insatisfação colonial com a
metrópole, a desestabilização política pós-Período Napoleônico, pelas ideias iluministas,
entre outras razões. Os criollos foram os principais agitadores das lutas por emancipação.A
revolução de maio em Buenos Aires, Argentina, em 1810, foi o início do processo de
independência na América Espanhola.A partir desse evento, vários países declararam a sua
independência, como a Venezuela, o Chile, o Peru, a Bolívia e o Uruguai. O líder Simón Bolívar
foi um dos principais responsáveis pela luta pela independência, tendo liderado a batalha de
Boyacá na Colômbia.O Brasil também se tornou independente da Portugal em 1822, em um
processo diferente dos demais países da América Espanhola.

"Período Regencial

Na História do Brasil, o chamado Período Regencial foi o intervalo de nove anos entre o fim do
Primeiro Império, comandado por D. Pedro I, e o início do Segundo Império, com subida ao
trono de D. Pedro II. O Primeiro Império teve fim em 7 de abril de 1831, quando D. Pedro I
abdicou do trono em favor de seu filho, então com sete anos de idade. Como o sucessor era
ainda criança, a Constituição de 1824, em seu Capítulo V, ordenava que o comando do Império
fosse delegado a uma Regência até que a maioridade fosse completada – valendo ressaltar
que a maioridade prevista pelo artigo 121 da referida Constituição era de 18 anos completos.

A Constituição de 1824 também previa que, caso o imperador fosse maior de idade, a
Regência deveria ser ocupada por seu parente mais próximo e, claro, maior de idade; caso
contrário, deveria ser formada uma Regência Provisória, constituída por ministros e
conselheiros de Estado. Como não havia nenhum parente próximo de Pedro II apto a assumir a
Regência à época, deu-se início à chamada Regência Trina Provisória, que, por sua vez, tinha
a missão de eleger a Regência Trina Permanente.
Regências Trinas

A Regência Trina Provisória foi composta por Nicolau Pereira Campos Vargueiro, José
Joaquim Carneiro de Campos e Francisco Lima da Silva e durou apenas dois meses. Foram os
regentes provisórios que cuidaram da parte formal da abdicação de D. Pedro I, que saiu do
país em 13 de abril, e declararam D. Pedro II oficialmente imperador do Brasil em 9 de abril.
Em 3 de maio, houve a eleição para a Regência Permanente, como mandava a lei. Em 17 de
julho, aconteceu a efetivação do governo, composta por José da Costa Carvalho (Marquês de
Monte Alegre), Francisco Lima e Silva e João Bráulio Muniz.

Nessa fase da Regência, o Brasil passou por importantes reformas institucionais com vistas à
consolidação da unidade política e territorial do país. Um exemplo dessas reformas foi a
criação da Guarda Nacional, que substituiu as antigas milícias regionais e passou a atuar
pontualmente em cada província a fim de manter a ordem nos municípios e, se fosse o caso,
proteger fronteiras sob o comando do Exército.

O próprio Exército passou por uma reorganização geral, recebendo maior apoio técnico e
material. Houve também a criação do Código de Processo Criminal, em 1832, inspirado nos
modelos inglês e estadunidense, que teve a função de dar processualidade (isto é, modo de
uso) ao Código Criminal, aprovado em 1830.

Regências unas de Feijó e Araújo Lima

A Regência Trina Permanente só teve fim após a eleição que determinou a confiabilidade do
comando do Império a um só regente, em 1835. Isso foi estabelecido pelo Ato Adicional de 12
de agosto do ano anterior. Esse ato também possibilitou a descentralização do poder, dando
mais autonomia a algumas elites provinciais – fato que desagradava a oposição de tendência
conservadora e centralizadora.

O primeiro regente a ocupar o cargo sozinho foi o padre Diego Antônio Feijó, que venceu seu
principal rival, Holanda Cavalcanti, com 2.826 votos contra 2.251 de Cavalcanti. Feijó ficou no
poder até 1838, quando renunciou ao cargo. Para saber mais detalhes sobre isso, acesse este
link: Regência Una de Feijó. À renúncia de Feijó seguiram novas eleições para o cargo da
Regência, cujo resultado foi favorável ao conservador Araújo Lima. Foi sob a regência de
Araújo Lima que estouraram as chamadas Revoltas Provinciais, como a Balaiada, a Sabinada,
a Cabanagem e a Revolução Farroupilha. Para mais detalhes sobre a estadia de Araújo Lima à
frente do Império, acesse este link: Regência Una de Araújo Lima.

Fim do Período Regencial com o Golpe da Maioridade

A Regência de Araújo Lima teve fim em 1840 com uma subversão parlamentar da Constituição
de 1824, conhecida como o Golpe da maioridade, que possibilitou a D. Pedro II, então com 15
anos de idade, assumir o trono imperial."

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