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CEPI Garavelo Park

Processo de independência das Américas

Aparecida de Goiânia

01 de novembro de 2019
CEPI Garavelo Park

Processo de independência das Américas

Aparecida de Goiânia

01 de novembro de 2019
Introdução

Ao longo de anos e vários fatores, os paises das américas conquistaram suas


independências, fatores como as guerras napoleônicas e suas consequências o pioneirismo dos
Estados Unidos, o interesse econômico da Inglaterra colaboraram para tal processo, assim como
discussões e conflitos internos em cada um destes paises.

Influência dos ideais iluministas e Revolução Francesa

O Iluminismo foi a raiz de muitas das ideias da Revolução Americana. Foi um


movimento que se concentrou principalmente na liberdade de expressão, igualdade, no
racionalismo e valorização dos métodos científicos. tendo como principais pensadores desta
época René Descartes, este como o precursor deste movimento filosófico, John Locke, Robert
Hooke e Voltaire (1694-1770) foi o maior dos filósofos iluministas e um dos maiores críticos do
Antigo Regime e da Igreja. Defendeu a liberdade de pensamento e de expressão.
A partir dos fins do século XVIII, a Revolução Francesa como seus ideais de liberdade,
igualdade e fraternidade não apenas concebeu uma transformação das estruturas políticas que
regulamentavam tal nação, como bem sabemos, os ideais dessa revolução foram de suma
importância para que o combate ao Antigo Regime acontecesse e as antigas estruturas de
pensamento político, social e cultural da Europa sofressem grande transformação. Sob tal
aspecto, devemos grifar o iluminismo como o mais importante ideário.
Os ideais iluministas propagados pela Revolução Francesa reverberaram no continente
americano, onde as lutas por autonomia romperam com as amarras do pacto colonial. Por
consequência influenciando a independência dos paises países da América.

Influência dos Estados Unidos

Eram poucas as personalidades latino-americanas que haviam visitado, até aquele


momento, os EUA. Francisco de Miranda foi um dos mais conhecidos, tendo escrito um "diário"
num tom extraordinariamente positivo em relação aos EUA. Miranda, o precursor do movimento
de independência na Venezuela, esteve realmente entusiasmado pelos EUA. Houve influências
diretas dos EUA sobre os processos de independência na América Latina, Além dos seu interesse
em realizar comércio com os outros países.

Contrariedade ao sistema de exploração econômica imposta pelo pacto colonial


O Pacto Colonial consistia no “exclusivismo”, o que significava que a colônia só poderia
comercializar com a sua metrópole ou para os mercadores que convinham a Portugal. Essa era
uma medida para impedir que os navios estrangeiros comercializassem os produtos para vender e
lucrar na Europa. Importante ressaltar também que a metrópole tinha reserva sobre o mercado
brasileiro. Também era uma forma de impedir que produtos que a metrópole não produzia
chegasse nas colônias, o que acabava gerando um 'casulo' comercial reduzindo o lucro que a
metrópole poderia vir a ter.
Interesse dos criollos em conquistar poder político
e o Interesse da Inglaterra

Quando nós vimos a Sociedade Colonial Espanhola, estudamos os "Criollos". Eles eram
brancos, nascidos na América, que tinham propriedades rurais. Podiam ser também comerciantes
ou arrendatários das minas.
Eles tinham dinheiro, mas não tinham acesso aos cargos mais altos, pois esses cargos só
podiam ser dos "Chapetones". Então, os Criollos usaram o dinheiro para estudar. Muitos iam
para as universidades americanas ou europeias e assim tomavam conhecimento das ideias de
liberdade que corriam mundo com o Iluminismo.
Os Criollos exploravam o trabalho dos mestiços e dos negros, eram donos da maior parte
dos meios de produção e estavam se tornando um grande perigo para a Espanha. Por isso, a
Coroa espanhola decidiu criar leis
Os impostos foram aumentados. O pacto colonial ficou mais severos (o pacto colonial era
o acordo pelo qual as atividades mercantis da colônia eram de domínio exclusivo de sua
metrópole). As restrições às indústrias e aos produtos agrícolas coloniais concorrentes dos
metropolitanos se agravaram. (assim, as colônias não podiam desenvolver seu comércio com
liberdade)
Os Criollos tinham o exemplo dos EUA, que haviam se libertado da Inglaterra. E a
própria Inglaterra estava interessada em ajudar as colônias espanholas, pois estava em plena
Revolução Industrial. Isto quer dizer que precisava encontrar quem comprasse a produção de
suas fábricas e de encontrar quem lhe vendesse matéria prima para trabalhar. Assim, as colônias
espanholas receberam ajuda inglesa contra a Espanha.
Quando aconteceu a Revolução Francesa, os franceses, que sempre tinham sido inimigos
dos ingleses, viram subir ao poder Napoleão Bonaparte. Foi quando a briga entre França e
Inglaterra aumentou. Por causa do Bloqueio Continental
Por causa disso, a Inglaterra precisava mais do que nunca de novos mercados para fazer
comércio, portanto ajudou como pôde as colônias espanholas a se tornarem independentes.

Invasão Napoleônicas
Primeira invasão francesa de Portugal insere-se, por um lado, no plano de Napoleão
Bonaparte para impor o Bloqueio Continental a toda a Europa (1806), visando acabar com o
poderio económico e militar do Reino Unido; por outro lado, enquadra-se na dinâmica
expansionista da França Napoleónica. Entre 1807 e 1810, Napoleão ordenou três invasões a
Portugal, país que se recusou a aplicar o Bloqueio Continental, mas em todas elas foram
derrotadas. Napoleão tentara invadir a Inglaterra em 1805, mas os preparativos da campanha
naval foram arrasados pelos ingleses, após a grande derrota dos franceses na Batalha de
Trafalgar, próximo ao estreito de Gibraltar.
Compreensão dos acontecimentos vamos tratar a primeira invasão francesa (e espanhola)
de Portugal em três fases distintas: primeira, a ocupação, desde a chegada das forças invasoras
até ao início das revoltas; segunda, o período das revoltas contra o invasor e repressão; terceira,
desde o desembarque das forças britânicas até à saída dos Franceses.
Em dezembro de 1807, a bandeira francesa foi arvorada no Castelo de São Jorge, em
Lisboa. Os portugueses tomaram, então, o real conhecimento que a nação lusa caíra “em poder
das águias”. Alguns tumultos entre soldados franceses e o baixo povo registraram-se. Os últimos
gritavam: “Viva Portugal e morra a França!” Começava, assim, o domínio francês em Portuga,
com isso a família real se ve forçada a fugir para o Brasil, como o passar do tempo colaborou
para a independência do mesmo

Formação da Oligarquia Rurais, os caudilhos chefes Regionais

No processo de independência da América espanhola, conduzido pela elite criolla,


ocorreram verdadeiras campanhas militares, anos seguidos de lutas para conquistar a autonomia
política. Esse processo de guerras de independência impactou não apenas a ruralização, mas
também a militarização da sociedade hispano-americana e foi fator decisivo para a emergência
do caudilhismo e o fomento de clientelas políticas.
Isso não significa dizer que o caudilhismo não existisse na sociedade colonial, afinal era
uma espécie de caciquismo colonial em que laços pessoais eram estabelecidos entre grandes
senhores de terras, potentados rurais e parcelas de populações empobrecidas.
Estas viam na adesão aos grandes senhores a possibilidade de uma condição de vida
melhor, pois eram apadrinhadas, tornando-se leais aos membros da elite criolla colonial. No
entanto, o processo de independência reforçou os laços numa conjuntura em que o aparelho
administrativo metropolitano perdia capacidade de ação.
As lideranças criollas tornaram-se zelosas de seu poder político nos espaços conquistados
às autoridades espanholas, havendo disputas internas em que a violência armada era a língua
predominante entre os contendores. O resultado foi a emergência dos caudilhos na América
espanhola.
Se a militarização que conferiu poder aos caudilhos era um elemento fundamental para a
ruptura com o pacto colonial e com a emancipação política, esse mesmo militarismo acabou se
tornando um obstáculo para a busca de um sistema político republicano democrático.
Na verdade, os caudilhos se transformaram nos arquétipos da política latino-americana
nos séculos XIX e XX, pois, com as debilidades institucionais das repúblicas instaladas,
exerciam papel de árbitro dos conflitos e das forças militar e policialesca e fundamentavam uma
coesão social mantida, muitas vezes, pela força e pelo uso da violência.
O caudilhismo também foi elemento desestabilizador na medida em que o aparelho de
Estado era disputado pelos potentados rurais, o que produzia disputas armadas constantes. É o
caso, por exemplo, da rivalidade entre caudilhos na Argentina. Os senhores de terra das
províncias de Corrientes e Entre-Rios viviam em disputa com lideranças caudilhescas de Buenos
Aires.
No caudilhismo, as opções políticas ou ideológicas são secundárias, pois o princípio não
corresponde a um ideário específico, mas a uma lógica de poder territorial. Portanto, não há
diferenças profundas entre federalistas e unitaristas, liberais e conservadores, sendo possível que
um liberal se torne conservador e um unitarista se transforme em um federalista simplesmente
por circunstâncias do momento e de alianças interesseiras.
Vários estudos revelam a existência de uma hierarquização de caudilhos, em que chefes
locais estabeleciam relações de dependência e vinculações políticas a chefes regionais. Tais
práticas impediram a organização de sistemas políticos representativos da população, pois esta
era agenciada e dominada pelos caudilhos numa lógica de favores. Isso impedia o
desenvolvimento de uma consciência de direito e de cidadania nos vários países criados na
América espanhola.
Dessa forma, é possível afirmar que a lógica caudilhesca corresponde à não
transformação da sociedade, ao impedimento à ascensão social de grupos dependentes. Os
redutos de poder político só se mantêm por meio da exclusão de direitos, os quais se tornam,
então, na linguagem dos caudilhos, benefícios aos apadrinhados, à clientela, ou seja, esses
benefícios são pensados na forma de favores calcados em relações pessoais. Assim, a
impessoalidade inerente às formas racionalizastes de organização política não se faz presente,
comprometendo decisivamente a afirmação da cidadania nos países latino-americanos.
Pode-se considerar que a fragmentação político-territorial da América espanhola decorreu
dessas forças das lideranças locais, que, para exercerem seu poder da melhor maneira, buscavam
não a integração com outros espaços, mas a atomização regional e local.
A criação de um Estado muito extenso ameaçava diluir o poder dos chefetes locais em
uma estrutura estatal muito ampla na qual teriam dificuldades para exercer o poder político sem
inúmeros arcos de aliança. A atomização de interesses econômicos repercutia na desorganização
política em particular, daí os localismos pronunciados e, neles, a expressão do poder do
caudilhismo.
Linha do tempo

Referências

SOUSA, Rainer Gonçalves. "O Iluminismo nas Américas"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/o-iluminismo-nas-americas.htm. Acesso em
02 de novembro de 2019.

Essays, UK. (November 2018). The Enlightenment Influence on the American Revolution.
Acesso em 02 de novembro de 2019.

“A AMÉRICA ESPANHOLA”; Mundo Vestibular. disponível em :https: //


www.mundovestibular.com.br/estudos/historia/a-america-espanhola. Acesso em 02 de novembro
de 2019.

“A França no Brasil”; bndigital. Disponível em


https://bndigital.bn.gov.br/francebr/napoleao.htm.
Acesso em 02 de novembro de 2019.
Wilson Teixeira Moutinho, “Caudilhismo na América Espanhola”. Disponível em
https://www.coladaweb.com/historia/caudilhismo Acesso em 03 de novembro de 2019.

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